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Conceito:
“Com os homens nunca podemos ter bem a certeza, ao passo que com os animais, ou outros
seres naturais, sim. Por grande que seja a nossa programação biológica ou cultural, nós seres
humanos, podemos acabar por optar por algo que não está programado.”
Determinismo e Liberdade
Para os críticos do determinismo, só essa posição dominante e exterior da alma pode explicar
a liberdade. No entanto, há quem considere que essa crítica não leva em conta o terceiro
exemplo de determinismo (co-determinismo), que reconhece modos de causalidade que
engendram vários níveis de realidade (por exemplo, molecular, biológico, psíquico, social,
planetário...), cada qual com uma consistência que lhe dá autonomia, jamais cessando, porém,
de interagir com os outros níveis.
Filósofos tais como Deleuze, Espinoza e Nietzsche não vêem contradição alguma entre
determinismo radical e liberdade. Para Deleuze, liberdade não é livre escolha nem livre-
arbítrio, mas sim criação. Somos livres porque somos imanentes ao mundo determinista,
mundo onde não existe nada que seja singularmente determinado que não seja ao mesmo
tempo singularmente determinante. Se supuséssemos que somos exteriores ao mundo
determinista, cai-se num determinismo inerte passadista (pré-determinismo), onde, segundo
ele, só nos resta a liberdade empobrecida chamada livre-arbítrio e livre escolha, que é pré-
determinismo porque toda escolha e arbítrio se dá entre duas ou mais entidades dadas, isto é,
já determinadas, já criadas