Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Recife
2018
GIRLEIDE SANTOS DA SILVA MELO
Recife
2018
Catalogação na fonte
Bibliotecário Jonas Lucas Vieira, CRB4-1204
__________________________________
Prof. Dr. Jose Alberto Miranda Poza
Orientador – LETRAS - UFPE
__________________________________
Prof. Dr. Vicente Masip Viciano
LETRAS - UFPE
__________________________________
Profª. Drª. Cristina Corral Esteve
LETRAS - UFPE
Recife
2018
Aos meus queridos pais, que tanto me
apoiaram em toda minha trajetória. Ao
meu esposo, meu amigo em todos os
momentos.
AGRADECIMENTOS
A Deus, a Ele seja toda Glória, sempre! Por Ele e para Ele são todas as
coisas! (RM. 11.36). Não há palavras para agradecer ao meu Deus, por ter chegado
até aqui! Todas as coisas foram feitas por Ele, e sem Ele nada do que foi feito
se fez. (JOÃO 1:3).
Ao meu orientador, Dr. Alberto Poza, por todo o apoio que tem me dado ao
decorrer da minha jornada universitária, o senhor faz parte de todo o meu
crescimento acadêmico, meu muito obrigada!
Aos meus pais, Givaldo e Joelma, pelo apoio, força e investimento em mim!
Vocês são minha base, amo-os!
Ao meu esposo, Daniel, por ter sido tão amigo, tão companheiro! Você
também faz parte dessa história, pois desde a época do Ensino Médio, vem
acompanhando-me, e ajudando-me a nunca desistir, obrigada por sempre acreditar
em mim!
À minha irmã, Girlaine, não poderia deixar de lhe agradecer por todo o apoio
e amor. Amo-te.
Aos meus queridos amigos, que tanto contribuíram para que hoje eu
estivesse aqui, meu muito obrigada a todos! Amo-os!
RESUMO
In this paper, we deal with the discursive markers used in orality by Brazilians in the
Spanish language and the problem of interlanguage in those particles. We bring up
matters about the learning process of a foreign language, the relation of similarities
and differences between the Portuguese and Spanish languages, discussions on
interlanguage versus “portunhol”, contrastive analysis and analysis of errors and
interlanguage types / processes. Our general aim is to analyze the phenomenon of
interlanguage in the discursive markers through discourses given by Brazilians in the
Spanish language, accomplishing it in a contrastive way in relation to the
components in the Portuguese language. We consider interlanguage as the speech
of foreign language learners that represents the language in development and in
which misunderstandings are noted. In our case, a Brazilian who studies Spanish
ends up, in this sense, neither speaking Portuguese, nor Spanish. The interlanguage
will always be present in an apprentice of foreign languages and each apprentice will
use it in a distinct way. It is known that discursive markers can be used to cause
interference in the discourse in a procedural way, that is, they can be used to help
give continuity to what is being said. These discursive particles have pragmatic
functions, that is, they are related to the elocutionary functions that the speaker
wishes to fulfill by using them. With this in mind, we can see that a marker can have
several meanings depending on how and where it is used. The markers belong to an
extra-clause category that, in a certain way, are linked to notions external to the one
of predication, such as those that refer to the attitudes or intentions of the speaker. In
our methodology, in the practical part of the analysis, we made some recordings in
the classroom, we made transcriptions of the recordings, then we established their
analysis, always searching for the elements that did not belong to the Spanish
language, but that were the results of a contamination (interlanguage) with the
Portuguese language in relation to the category of discursive markers. After that, we
analyzed the type of interlanguage that occurs in those particles, describing the
linguistic elements that appear in our work, referring to the particles. With that all, we
conclude that interlanguage is a necessary process in learning any foreign language
in any individual, but once this phase is prolonged more and more, and there is no
concern to advance levels, then we can find a problem that needs to be analyzed.
LISTA DE ESQUEMA
LISTA DE GRÁFICOS
1 INTRODUÇÃO..............................................................................................14
1.1 ASPECTOS METODOLÓGICOS..................................................................19
1.1.1 Constituição do Corpus.................................................................................19
1.2 SOBRE A (NATUREZA DA) LINGUAGEM. ABORDAGENS E TEORIAS.....22
1.2.1 A Pragmática Linguística...............................................................................28
1.2.2 A teoria da Argumentação.............................................................................35
1.2.3 A Relevância Comunicativa...........................................................................40
1.2.4 Inferência e Dedução.....................................................................................45
3 MARCADORES DISCURSIVOS...................................................................73
3.1 PERSPECTIVAS SOBRE OS MARCADORES DISCURSIVOS...................73
3.1.1 Marcadores e sua mobilidade discursiva. A gramaticalização x a
pragmaticalização dos marcadores...............................................................92
3.1.2 O papel metadiscursivo dos marcadores discursivos. A atividade
formulativa.....................................................................................................9 5
3.1.3 Marcadores discursivos, desde a perspectiva das Classes gramaticais.....101
3.3.1 Marcadores como advérbios.......................................................................102
3.3.2 Marcadores discursivos como conjunções..................................................111
3.3.3 Marcadores discursivos como interjeições..................................................115
3.1.4 Os marcadores discursivos na interlíngua de aprendizes
de língua estrangeira...................................................................................118
4 ANÁLISE DOS DADOS COLETADOS.......................................................125
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................154
REFERÊNCIAS...........................................................................................159
ANEXOS......................................................................................................172
14
1 INTRODUÇÃO
Neste trabalho optamos pela denominação “marcador” por acreditar que este
seja o termo mais abrangente a todos os tipos de partículas que abordamos em
nosso trabalho, e também a mais neutra, pois pressupõem tanto a organização
textual, como a articulação interacional da linguagem. (PENHAVEL, 2010).
[...] uma vez que estes são responsáveis por garantir a coerência
das mensagens, bem como gerenciar a conversação, além disso,
esses operadores são comuns no discurso. Seu estudo justifica-se
por trazer a este público estratégias que o falante pode usar para que
a comunicação seja bem sucedida, e isso também é
operacionalizado pelos MDs.
Este tipo de método foi escolhido devido à finalidade que temos com o nosso
trabalho, que além de analisar os marcadores discursivos e seus problemas de
interferência linguística e valores semânticos, pretende-se verificar as vezes em que
cada marcador com problema de interferência foi utilizado.
Procedimentos Metodológicos
- Discussão remota sobre a linguagem, com intenção de refletir sobre como tudo foi
iniciado, desde a antiguidade até nosso estudo, a Pragmática.
22
princípios eternos e imutáveis fora do próprio homem, e por isso invioláveis. Por
convencional entendia-se o que resultava do costume e da tradição, advindos de um
contrato social, praticado por membros da comunidade.
Weedwood (2002) afirma que essa discussão sobre a natureza dos nomes
dominou sobre os estudos referentes à língua, além da relação entre as palavras e
seus significados e, com isso, outras investigações surgiram, no propósito de
pesquisar a verdadeira natureza dos nomes, não era a forma original da palavra que
buscavam, mas seu sentido original.
A discussão entre a regularidade e a irregularidade na língua/ linguagem era
também realçada entre os gregos. Havia os que sustentavam a ideia de que a língua
era essencialmente sistemática e regular (tanto no plano de variações do corpo
fônico quanto do significado), os analogistas e os que tomavam posição oposta, os
anomalistas. (LYONS, 1979). Os anomalistas ressaltavam as diferenças e
discrepâncias de formas da língua.
Dessa forma, é possível afirmar que analogistas e anomalistas
possuíam, como aspectos distintivos, não somente a questão dos
diferentes procedimentos de estudo/ análise da linguagem, mas
também e até mesmo em virtude deles decorrerem das visões
convencionalista e naturalista da linguagem, discorriam de modo
diverso acerca da relação entre as palavras e as coisas a que se
referiam. (ARANHA, Fonsêca, 2011).
considera os nomes como uma representação exata dos objetos. Enquanto Crátilo
via os nomes em conformidade com a sua natureza, Hermógenes via-os apenas
como uma convenção. Sócrates tenta convencer Hermógenes de que Crátilo tem
razão quando diz que os nomes são naturalmente inerentes às coisas e que nem
todo homem é artista de nomes.
Platão era defensor da ideia de que a linguagem é motivada e, embora ele
traga em sua obra a contraposição das duas ideias (motivação e arbitrariedade), os
argumentos a favor da primeira são mais fortes e precisos.
Aristóteles deu início ao que chamamos de compreensão mentalista em sua
obra De Interpretacione. A palavra Interpretação significa algo por si. Nesse estudo
são destacados os verbos, os nomes e as orações. Segundo Aristóteles (2013, p. 1)
“Um nome é um som de voz significante segundo convenção sem tempo, do qual
nenhuma parte é significante tendo sido separada”
Embora abordados por Aristóteles no De Interpretatione, o nome e o
verbo são mais princípios da interpretação do que a interpretação em
si uma vez que, no tratado aqui contemplado, esta concerne à
oração que é uma voz significativa da qual separadamente alguma
das partes é significativa, como uma palavra, não como uma
afirmação ou como uma negação. Assim como o nome e o verbo, a
oração é uma voz significativa. (SOUZA BRITO, 2014, p. 27, 28).
O terceiro período foi iniciado com a proposta de que as línguas poderiam ser
comparadas entre si. Assim, deu-se origem à Filologia comparativa ou gramática
comparada. Franz Bopp (1816) compreendeu que as relações entre línguas afins
podiam se tornar matéria duma ciência autônoma. "Esclarecer uma língua por meio
de outra, explicar as formas duma pelas formas de outra." (SAUSSURE, 2006, p. 8).
Bopp estudou as relações que unem o sânscrito ao germânico, ao grego, ao latim,
etc., afirmando, assim, que essas línguas pertenciam a uma mesma família.
(SAUSSURE, 2006, p. 8).
Pode-se dizer que a linguística histórico-comparativa abriu o caminho
para a ideia de mudança linguística, de modo que, a partir das
investigações e comparações entre diversas línguas, chegava-se a
uma “língua-mãe”, de onde originavam-se as outras. (SILVIA
CABRAL, 2014, p. 87).
O signo é arbitrário. O seu valor não está em si, mas no que se pode fazer com ele
dentro de um sistema. O significante é imotivado, arbitrário em relação ao
significado. Há dois tipos de arbitrariedade, segundo Saussure: a relativa (no signo)
e a absoluta (no sistema).
Hay, según hemos dicho, unas nociones básicas que todos los
estudios pragmáticos tienen en cuenta: hablante, contexto,
significado. Hay también una manera de mirar al lenguaje que
distingue a la pragmática de otras lingüísticas y no lingüísticas.
(REYES, 1994, p. 38).
Reyes ainda afirma que o silêncio também produz significado, pois é um fato
linguístico. A pragmática também estuda o silêncio que comunica. Essa
comunicação afeta tanto ao que a pratica como ao comunicado, já que quando nos
expressamos, moldamos nossa realidade e refletimos sobre nossas próprias
experiências.
30
Isso aconteceu, justamente, por causa das condições que não estavam
favoráveis para a interpretação do enunciado. Gutiérrez Ordoñéz (2002) afirma que
existem alguns tipos de significações e são esses:
31
condições de verdade de uma frase dependem da relação dessa frase com seu
contexto.
A autora afirma que o significado de uma frase muitas vezes é muito distinto
de um significado de um enunciado em um fato/ contexto particular, logo, ela afirma
que não se pode na interpretação, somente distinguir os significados, mas sim,
elaborar técnicas para estudá-los.
que a palavra “bonito” foi utilizada ironicamente pela mãe da criança e possui o
sentido contrário ao adjetivo usado em sua forma comumente. Quando mudamos o
contexto do mesmo enunciado, vamos supor que seja produzido agora em uma
situação em que uma mulher mostra um sapato a uma amiga e afirma: - Muito
bonito, não é? Nesse enunciado, a mesma palavra “bonito” possui outro significado,
o de beleza, a palavra foi empregada com o seu sentido literal nessa situação.
Observando esse enunciado, vemos que ele está bem organizado do ponto
de vista sintático-estrutural, entretanto, é difícil estabelecer um significado semântico
porque algumas palavras postas na oração não possuem significados precisos. O
pronome “le” precisa de um contexto para podermos compreender seu significado,
ele pode ter vários, como por exemplo:
Segundo Portolés (2001, p. 15), toda comunicação verbal consta de uma parte
codificada e de outra parte produto de inferências, isto é, de certos processos
mentais que levam a conclusões como as anteriores: “los hablantes nos
comunicamos presentando lo dicho como un estímulo para desencadenar estas
inferencias. La simple descodificación nunca es suficiente, pues la comunicación
humana es esencialmente una comunicación inferencial.” O contexto é essencial
para que se produza este processo inferencial, além do que é dito em um
enunciado.
Nos dois exemplos 4, podemos ver que o marcador discursivo “por eso” indica
consequência. Logo, fica explícito que o fato de ser possível o castigo da menina é
37
consequência de haver quebrado o copo. Por outro lado, nos exemplos 5, vemos
que o uso do marcador “pero” não está adequado à situação, já que este indica
adversão. O mesmo ocorre com o enunciado:
Com isso, vê-se que o valor informativo de um enunciado não pode ser
considerado imutável, pois pode variar quando se muda o contexto dentro do qual se
interpreta.
O estudo dos conectores na Linguística começou entre as décadas de 70 e
80. Segundo a perspectiva da época, esses conectores possuíam o valor de
propriedade limitada à coesão e coerência. Esses estudos também mostraram que
os marcadores tinham uma função definidora no texto, ou seja, se houvesse um
determinado conector em um enunciado e este fosse retirado de seu lugar, a frase
não teria mais o sentido original, ou talvez, sequer teria sentido.
Estudos posteriores analisaram que essa perspectiva passada não era muito
adequada aos estudos linguísticos. Observou-se que a ausência desses conectores
em alguns enunciados não causava a perda de coerência que existia antes com sua
presença.
Así, cabe señalar que, por una parte, la ausencia de este tipo de
enlaces no implica necesariamente la desaparición de la relación
conjuntiva que expresan, y, de este modo, el enunciado global
formado por dos proposiciones relacionadas sin que medie conector
entre ellas puede resultar perfectamente coherente . (MARTÍN
ZORRAQUINO; DURÁN. 1998, p.103-104).
Podemos aplicar esta teoria de forma mais clara através dos seguintes
exemplos:
44
13. -Estamos muy cansados; entonces, nos quedaremos en casa. / Estamos muy
cansados; nos quedaremos en casa.
14. -El niño no consiguió ganar lo que tanto querría, por eso está feliz.
Podemos ver que o uso do marcador “por eso” possui um valor consecutivo,
mas não há sentido em dizer que o menino está feliz porque não conseguiu ganhar
o que queria. Não é pragmaticamente “adequado”.
De acuerdo con la perspectiva relevantista, la utilización de un
conector sólo es pragmáticamente adecuada si el hablante puede
encontrar, sea en el contexto físico, sea en el lingüístico, sea en la
memoria, alguna premisa- aluna información- que explique el porqué
de la relación entre las proposiciones relacionadas. (MARTÍN
ZORRAQUINO; DURÁN. 1998, p. 107).
Pode-se ver que nem tudo o que falamos lhes é dado de forma explícita a
nossos interlocutores. Muitas vezes é necessário que se façam deduções do que o
falante quis expressar com seu enunciado:
Muitas vezes o que se fala pode ser que já esteja totalmente claro, entretanto
é impossível pensar que o ouvinte não fará interferências de seu “mundo” no
enunciado produzido. Podemos definir a inferência como um ato que realiza o
receptor da mensagem para poder interpretar bem a referência. O êxito de um
determinado ato de comunicação se dará através também da habilidade do
interlocutor/ ouvinte/ leitor) de inferir o que o outro quer comunicar.
Segundo Hurford e Heasley (1983), o contexto desempenha um papel muito
importante no significado de um enunciado. O contexto discursivo é o conjunto de
fatores extralinguísticos que condicionam a produção de um determinado enunciado
e seu significado.
A inferência não se resume em somente uma classe, porém possui a
possibilidade de assumir mais valores. Além disso, não só se encontra a inferência,
mas também a imbricadura (comentado anteriormente no nosso trabalho). Conclui-
se que todas as implicações são inferências, mas nem todas as inferência são
implicações.
46
16. Um senhor pergunta a um amigo: -Algum de teus filhos fala alguma língua
estrangeira? Logo, ele responde-lhe: -Clara fala espanhol.
Os que adquirem uma nova língua não o fazem tomando consciência de tal
ato, entretanto os que aprendem uma língua participam do processo de
aprendizagem. Logo, a aquisição seria uma internalização natural ao homem, “trata-
se de uma construção informal que consiste na aplicação de estratégias universais
que conduzem à aquisição dos sistema adulto ou nativo, dependendo do caso.”
(GONÇALVEZ, 2006, p. 45).
Quadro 4- Portunhol
Miranda Poza (2014) defende a ideia da terceira definição que vimos mais
acima, de que o portunhol seja um resultado de um intercâmbio de comunicação
entre povos de fala portuguesa e espanhola. Hoje temos um grande debate acerca
do portunhol entre alguns países. Alguns o consideram apenas como uma tentativa
"errada" de se comunicar em língua espanhola, outros:
Alguns estudos variados, com o passar do tempo, mostram como houve uma
mudança no conceito de interlíngua para a Linguística. Podemos ver a interlíngua
sendo considerada de três formas:
interlíngua sempre estará constante. Muitas vezes, isso pode frustrar ao professor
de uma determinada língua estrangeira, já que estas irregularidades não seguem um
padrão linguístico preestabelecido. Este fenômeno também é caracterizado pela
autonomia que possui, em criar suas próprias regras. Pode-se dizer também que a
interlíngua está em constante evolução, pois está constituída por várias etapas
sucessivas de aproximação à língua meta.
Rosas Torras (1994, p.52) destaca que a interlíngua pode ser dividida em
alguns pontos:
1. Simplificação
2. Sistematicidade
57
3. Dinamicismo
4.Fossilização
A autora ainda afirma que uma das razões para a existência da interlíngua é a
interferência de uma forma constante na interlíngua, provocando, desse modo, erros
resistentes. Outro motivo para esse problema pode ter origem em causas pessoais,
segundo afirma Fernández, p.150 "la percepción que tenga el aprendiz de las
distancia entre la Ll y la L2, a las diferentes formas de acercarse a la lengua, a la
motivación por adquirir un grado más alto de integración o sólo de subsistencia, a la
edad, etc.". Esses fatores podem também ser a causa de uma interlíngua. Os novos
58
sons da língua estrangeira, a nova sintaxe ou até mesmo o léxico distinto, pode
causar um certo estranhamento em uma aprendiz de uma língua estrangeira.
5. Variabilidade
Segundo Miranda Poza (2014) apud James (1998), existem pelo menos três
elementos linguísticos no processo de aprendizagem de uma língua estrangeira:
e logo perceba que não é exatamente como ele crê. Dizemos, assim, que o ocorrido
se tratou de uma transferência negativa (interferência).
LINGUÍSTICA APLICADA
LINGUÍSTICA CONTRASTIVA
Farias (2007) afirma que a hipótese que fundamenta esse modelo de análise
é a de que todos os erros podem ser pré-determinados, se identificamos as
diferenças léxicas, fonéticas, morfológicas e sintáticas que existem entre a língua
62
Mais adiante (década 70) essa ideia muda, durante as teorias de Chomsky,
que compreende as interferências da língua materna não como simplesmente um
erro, mas como mecanismos acionados pela mente humana como um primeiro
passo para a aprendizagem de uma língua. Com o surgimento desses novos
estudos a respeito da aprendizagem de línguas estrangeiras, várias críticas surgiram
à Análise Contrastiva.
64
(FISIAK, 1984) afirma que uma comparação sistemática entre dois línguas (a
nativa e a língua meta) em todos os níveis de suas estruturas, geraria predições
sobre as áreas de dificuldade na aprendizagem da língua meta e que, desses
resultados, poderiam coligir-se consequências metodológicas dirigidas a facilitar o
processo de aprendizagem no aluno. Resulta básico o conceito de “interferência”,
fenômeno que se produz quando um indivíduo utiliza em uma língua, características
fonética, lexical, morfológica ou sintática de sua língua nativa.
Vázquez (1991: 31-85) pontua quatro critérios sobre a análise de erros, são
estes:
Erros transitórios
Erros vs. erros
Erros de omissão interlinguales Erros irritantes permanentes:
fossilizados
vs. Fossilizáveis
Erros individuais
Erros de seleção vs. erros coletivos
falsa Erros de Erros
simplificação estigmatizantes
Erros de Erros na
colocação falsa produção escrita
vs. erros na
produção oral
Erros de
justaposição
66
Vázquez (1991: 31; 45-63) afirma que os erros intralinguais e interlinguais que
aparecem em cada um dos componentes do sistema são fonológicos, léxicos,
morfossintáticos, semânticos e pragmáticos, de modo que organiza os erros
produzidos por interferência da língua materna ou da língua meta, segundo os
componentes afetados, sendo estes:
Quadros (8.1, 8.2 e 8.3) - Desvios à língua espanhola (dados de coleta através
de gravações de nossa pesquisa)
UNIDADES LEXICAIS
1. Interferência intralingual;
4. Fatores sociolinguísticos;
5. Idade;
6. Fatores fisiopsicológicos;
7. Modalidade de exposição à LE
Magro (2016) afirma que o erro, na teoria de Análise de Erros já não é mais
visto como algo prejudicial, mas sim como uma atualização de estratégias do aluno,
como hipóteses a serem testadas na criação de uma gramática própria que se
aproxime da de LE.
2.3 ORALIDADE
Tanto a oralidade como a escrita são práticas sociais, pois são utilizadas com
finalidades dentro de uma determinada sociedade. Se comparada à escrita, a
oralidade não possui um prestígio tão grande quanto aquela, pois como a segunda é
natural ao homem, desenvolvendo-se a partir de um sistema inato (CHOMSKY,
1970) e realizada socialmente, já a escrita, realiza-se através de um processo de
alfabetização do sujeito.
3 MARCADORES DISCURSIVOS
3. Prática insuficiente
4. Abuso da tradução
marcadores eram apenas considerados como palavras que serviam para dar coesão
ao texto.
Do ponto de vista gramatical, temos mais acima três orações iguais “a porta
está aberta”, mas as três estão inseridas em contextos discursivos distintos, logo, a
aplicação do princípio de pertinência em cada caso nos conduz a distintas
inferências.
Para lograr este fin se recurre, entre otros medios, a los marcadores,
ya que guían el procesamiento de lo comunicado por los distintos
miembros del discurso y permiten obtener las inferencias queridas.
La relación que algunos marcadores establecen entre miembros del
discurso se puede interpretar como una muestra de cohesión entre
ellos, pero en el fondo, se trata de un medio de lograr unas
inferencias, de otro modo, serían difíciles o imposibles.
78
Ele ainda afirma que não há como se utilizar das mesmas unidades sintáticas
da língua escrita, na oralidade, pois na conversação, deve-se obedecer a princípios
comunicativos e não meramente sintáticos. (MARCUSCHI, 2008, p. 61). Em relação
a essas funções sintáticas, os marcadores conversacionais podem ser responsáveis
tanto pela sintaxe da interação como pela segmentação e encadeamento de
estruturas linguísticas.
1. Verbais
2. Não verbais
3. Suprassegmentais
80
que foram passadas. O autor acredita também que os marcadores não são peças
insubstituíveis dentro de um enunciado e que sua função não é primordial dentro
dele, mas crê que esses servem como um meio de auxiliar no processamento da
significação do que se enuncia.
(Exemplos nossos)
trabalho com um veículo ainda mais veloz que um carro, como uma motocicleta, mas
em determinado dia mudou de opção e foi com o outro.
Com isso, pode-se refletir que a escolha por usar ou não um marcador
discursivo nesse caso, vai depender da intenção do falante. Se existir a intenção de
posicionar-se a respeito do que se fala, normalmente se utilizará um conector. A
partir do momento em que se opta por não o utilizar, implica em deixar o interlocutor
interpretar e conectar as ideias dos dois enunciados e isso vai ocorrer sempre de
modo subjetivo. Quando se utiliza um determinado marcador naqueles enunciados,
vistos anteriormente, o locutor direciona o seu interlocutor ao que ele quer
argumentar.
[...] los conectores pragmáticos funcionan, ya en el plano local, ya en
plano global de la conversación, como instrucciones de la actividad
argumentativa de los interlocutores y/o como trazos o señales de la
actividad formulativa. (ASCHENBERG; LOUREDA LLAMAS, 2011, p.
123).
orientação argumentativa
e deôntica)
METADISCURSIVOS
Bueno, eh, este, etc.
Esse mesmo teórico afirma que o estudo sobre os marcadores discursivos nas
últimas décadas, através da gramática tradicional, não se caracterizou por analisar
esse objeto de estudo com verdadeira profundidade. Esse estudo tomou por base
89
[...]
red son elevados. Además, esto impone costes futuros de gestión (personal
en cabinas, etcétera) nada despreciables.
No enunciado acima podemos ver que é clara a oposição existente entre "ser
brasileira" e não gostar de futebol. A ideia implícita é que ser brasileiro implica em
gostar do esporte citado acima, mas houve essa ruptura desse discurso, no caso de
Maria.
O enunciado acima traz a ideia de que para ser preparado é necessário ter
uma determinada experiência, o que falta em um jovem. Isso é compreensível a
partir de uma interpretação.
Conectores organizadores
São os elementos que organizar uma
da informação
informação que desenvolve um
mesmo aspecto temático, a
92
Nestes últimos exemplos, em que o uso de “por eso” y “por ello” aparecem ao
final dos enunciados, esses são considerados sintagmas livre com função de
complemento verbal e não podem assumir o papel de marcadores discursivos por
causa de sua posição. Isso ocorre, pois os marcadores possuem algo chamado
“mobilidade posicional”, uns mais que outros, já alguns têm a mobilidade nula, como
por exemplo, o uso de “porque”. Abaixo criamos mais exemplos a esse respeito:
27: Carlos no puede venir porque está enfermo.
28: *Carlos no puede venir está enfermo porque.
29: *Porque Carlos está enfermo, no puede venir.
93
O marcador “pero”, como podemos ver mais acima, não permite a sua
mobilidade em um enunciado, ele sempre deverá estar posicionado no meio da
frase.
3) Recuperador de um turno
comunicativo.
Exemplo:
No enunciado acima, o
marcador “pero” intermedia duas
ideias: a primeira, de cuidar dos
filhos e a segunda, de ter um tempo
sem os filhos. O marcador, como
antiorientador, une duas orações
com valores opostos e inicia um
argumento distinto do anterior.
Martín Zorraquino e Durán (1988, p.
140) afirmam: “en efecto, la
organización secuencial corre
100
momentos exercem essa função discursiva como no caso de vários verbos (mira,
oye) e também elementos com base nominal (hombre, mujer), etc.
O advérbio hoje produz um sentido temporal ao verbo viajar. Luan viajou, mas
não foi em um dia qualquer, foi no dia atual- hoje. O advérbio, nesse caso, opera
sobre o contexto sintático e semântico em que aparece, afetando um ou mais
conjuntos de expressões. (CASTILHO, 2014).
Castilho ainda afirma que uma das principais características do Adv é sua
plurivocidade, devido as suas diversas possibilidades de interpretações. Como já
falado anteriormente, existem várias classes de adverbiais, porém, neste trabalho,
serão focados com mais precisão os que assumem a função de marcadores
discursivos em alguns contextos.
Adverbiais Modalizadores
Exemplos:
44. Este ano, provavelmente, as coisas irão piorar. (Este año, probablemente, las
cosas empeorarán).
Modalizadores epistêmicos
49. Falante 2: Exatamente! Precisamos fazer isso que você disse! (¡Exactamente!
Necesitamos hacer lo que usted dijo).
51. De maneira nenhuma, irei hoje! (De modo alguno, ¡iré hoy!)
106
52. O que você faz quando chega a casa? (¿Lo que usted hace cuando llega a
casa?)
53. Certo, primeiro eu organizo minhas coisas e [...] (Vale, primero yo organizo mis
cosas y [...]
Modalizadores deônticos
54. A sua nota implicará obrigatoriamente no resultado final. (Su nota implicará
obligatoriamente en el resultado final).
56. Sinceramente, não consigo fazer essa tarefa. (Sinceramente, no consigo hacer
esa tarea.)
Graduadores intensificadores
Esses adverbiais graduam “para mais”, retratando o mais alto grau de uma
qualidade, a plenitude desta ou o impacto que o alto grau pode causar sobre o
interlocutor. (CASTILHO, 2014).
59. Pablo habitualmente lê seus livros. (Pablo habitualmente lee sus libros).
60. Pablo, às vezes, lê seus livros. (Pablo, a veces, lee sus libros).
61. A menina não pode comer o bolo. (La chica no puede comer el pastel).
62: A menina comeu o bolo recentemente, não? (¿La chica comió el pastel
recientemente?)
- Não. (No.)
64. Ela está lendo um livro não didático (Ella está leyendo un libro no didáctico.)
Em cada exemplo visto acima, podemos ver uma diferente forma de utilização
do adverbial “não”.
Na oração 63, o adverbial “não” foi utilizado com um valor oracional, como um
meio de resposta a uma pergunta anterior. No exemplo 64, o “não” foi utilizado como
um prefixo nominal, que representa um conjunto complementar de outros tipos de
livros, não citados no enunciado.
Adverbiais circunstanciais
67: Mariana mora perto do mar. (Mariana vive cerca del mar).
Vale salientar que alguns advérbios, também são utilizados como marcadores
discursivos. Vemos, por exemplo, o caso do “aí” usado somente em língua
portuguesa como marcador discursivo, (esse caso veremos detalhadamente a seguir
na parte de análise dos marcadores), porém no caso de seu uso em espanhol como
marcador, temos, então o problema de interferência. Vejamos alguns exemplos:
70. Mariana saiu cedo de casa, e aí não precisou se apressar tanto. (Mariana salió
temprano de casa, y entonces no necesitó tener tanta prisa).
Sobre os que exprimem uma ideia temporal, (CASTILHO, 2014) afirma que
esses se parecem muito com os que expressam a ideia de lugar. No circunstancial
de tempo revela-se produtiva a relação cronológica entre dois termos de um
enunciado.
71. Você não poderá sair antes das nove horas. (Usted no podrá salir antes de las
nueve horas).
72. Tudo ficou lindo quando a noiva entrou, então todos começaram a aplaudir.
(Todo ha sido lindo cuando la novia entró, entonces todos comenzaron a aplaudir).
74. Colocarei o mais cedo possível meu filho na escola. (Pondré lo más temprano
posible mi hijo en la escuela).
75. No fim da noite gosto de descansar bem. (Al fin de la noche, me gusta
descansar bien).
111
76. Ainda existem casas sem energia. (Aún hay casas sin energía).
1. Palavras
2. Sintagmas
3. Sentenças coordenadas
82: María entró por la puerta principal y salió por la puerta de la sala.
4. Sentenças subordinadas
5. Sentenças correlatas
Goulart (2014) afirma que muitos estudantes (isso engloba tantos os de língua
materna, como os de língua estrangeira), sentem bastante dificuldade ao utilizar as
conjunções adequadamente, considerando bem seus sentidos e colocando-as bem,
de acordo com seus contextos de uso.
1. Causais: porque, pois, porquanto, como (=porque), pois que, visto que,
visto como, por isso que, já que, uma vez que, que (porque, puesto que,
pues, debido a, ya que).
3. Condicionais: se, caso, contanto que, salvo se, sem que (=senão),
desde que, a menos que, a não ser que (si, con tal que y siempre que).
7. Finais: para que, a fim de que, porque (=para que) (para que, a fin de
que, y con el objetivo de que).
8. Proporcionais: à medida que, à proporção que, ao passo que, quanto
mais... mais/menos, quanto menos... mais/menos (a paso que, cuanto
mais/ cuanto menos...)
9. Temporais: quando, antes que, depois que, até que, logo que, sempre
que, assim que, desde que, todas as vezes que, cada vez que, apenas,
mal, que (=desde que) (mientras, cuando, mientras tanto, antes de que,
después de que, tan pronto como).
10. Integrantes: que, se.
89. João não foi à escola e está doente. (Juan no fue a la escuela y está enfermo).
90. ¡Bravísimo!
¡Puaj!: desagrado
¡Hola!: saudação
¡Ojalá!: desejo
¿Eh?: surpresa consulta
Existem também algumas palavras que são utilizadas com o valor de uma
interjeição, em contextos específicos:
¡Diablo! ¡Viva!
“Sujeito A --- Porque, incluso, si los alumnos no tienen ganas de aprender aquello,
no estás cumpliendo tus objetivos. Entonces, es inútil, aunque te parezca que el
material es brillante, no estás dando clases para ti mismo, y sí para otro grupo que…
Generalmente… eh… generalmente está basado en una parte… en una variedad
específica del español. En el caso del Gente (libro)…es…
Sujeito A--- Y entonces eso, ya…, incluso en el modelo que se da está basado en
una variedad del español, que en general, no contempla, ni habla de las otras.
Cuando vayamos a buscar algo y, y… investigar sobre libros didácticos, vamos a ver,
que por ejemplo, éé… la mayoría de los libros no trata de las variedades, por
ejemplo, latino americanas, y cuando va a hacer, la mayoría, hace como algo
pintoresco: mira, es que existe esto de México, y ahí hay civilizaciones antiguas, que
parece que todo es interesante, lo que sea, en un cuadrito así (gesticula con las
manos como haciendo un cuadro), bastante colorido, con unas imágenes antiguas
como si eso fuera… la cosa del pintoresco, una cosa pasada, que no existe más,
que no tiene más importancia histórica, que no tiene validad. La mayoría de los
libros trabaja así. Sobre todo esos que se dicen completamente de acuerdo con el
Marco de Referencia Europeo.
Sujeto A --- Mira, este es un problema que tenemos generalmente con la enseñanza
de asignaturas exactas, asignaturas exactas en Brasil. Lo que pasa es que, ééé…
que en la escuela pública hay personas que, vamos a decir que somos graduados
en biología, pero faltan profesores, y ahí el director llega y dice: mira, tú tienes que
120
[...]
Sujeto A--- No solamente el profesor, es el sistema. Pero, hay una culpa si perpetúas
los errores del sistema, cada uno con lo suyo. Entonces, la culpa es del sistema que
está mal organizado, ¡sí! Pero cuando compartes de esta mala organización y haces
un mal trabajo, a causa de eso.
Sujeto A --- Sí, es el fin. Y ahí, vamos ya con una parte de exatas fallida, y ahí vamos
a la parte de humanas, la gente todavía se da mejor, ¿no? Y estás […] eso de la
profesión, ¿é Márcia?
Sujeto A --- Bueno, mira, piensa en lo que estás diciendo, estás aquí en un grupo…
D (sup.) Ah, que você fale o que lhe ocorre, dado esse tema, e eu posso fazer uma
sugestão inicial e se depois a, o papo morre eu posso fazer pergunta, S. também, e
aí a gente mantém uma conversa durante quarenta minutos, não é? Sei, sei.
Quarenta minutos? Quarenta minutos (riso/inint.) bom (inint.) vocé podia por
122
exemplo descrever isso aqui, esse lugar onde você mora, né, e situar isso dentro da
cidade do Rio de Janeiro, tá? Se isso ainda existe, por quê, por que não, e outras
(sup.) Bom, e aí, eu vou te dizer uma coisa muito interessante: eu nasci numa rua
que fica nesse mesmo quarteirão, faz parte desse quarteirão, na rua Mena Barreto,
uma rua ali adiante e vivi toda a minha infância na rua Visconde Silva que é a
continuação da rua Mena Barreto. E nessa ocasião não havia praticamente tráfego
por aqui, principalmente na rua Visconde Silva. Nós jogávamos futebol na rua
Visconde Silva e ficava um dos gols numa calçada, o outro gol na outra calçada,
atravessado na rua e quando passava um automóvel nós parávamos o jogo,
deixávamos o automóvel passar e o jogo depois continuava. Hoje em dia eu acho
que você não consegue atravessar a rua Visconde Silva, a qualquer hora do dia, a
não ser no sinal, e mesmo assim tomando um certo cuidado porque há o perigo do,
dos carros ultrapassarem o sinal. E eu sempre morei por aqui, é muito engraçado
isso. A L., minha mulher, morava aqui nessa casinha mesmo, quando solteira. Eu a
conheci aqui. Nós formávamos uma turma, isso aqui todos são conhecidos, eram
todos conhecidos e a vida era bem melhor, não é? Eram aqueles casarões grandes.
Eu por exemplo morava ali na rua Visconde Silva, num casarão enorme. Tínhamos
galinheiro, tinha uma, uma mangueira enorme no fundo da casa. E padeiro, o
açougueiro, o ... Todo mundo se conhecia, tudo vinha em casa. Um batalhão de
empregados, não é? Hoje está uma coisa horrível porque com essa, com esse
crescimento urbano desenfreado o, a rua Visconde Silva, como todas as ruas da
cidade, estão invadidas de automóveis ou entulhadas de automóvel, o nível de
barulho é brutal. As casas estão muita, muito, várias delas derrubadas. A minha
antiga casa não está derrubada, felizmente. Aliás está muito bonita, foi toda
reformada pelo comprador atual. Imagina, o meu pai a vendeu por oitocentos
cruzeiros e foi um bom preço. Era uma casa, era uma beleza de casa. Todo o
madeirame dela é de pinho-de-riga, todo o madeirame. E o meu pai não era um
homem rico, meu pai era um funcionário público. Ele tinha doze filhos, você imagina,
doze filhos e tinha que criar aquela garotada toda. Mas mesmo assim pôde comprar
essa casa, ele comprou essa casa, essa casa própria ele depois vendeu pra esse
tal, por essa fortuna (inint./riso)”.
MARCADORES EM CORRESPONDENTES
PORTUGUÊS EM ESPANHOL
Ah Ah
Não é? ¿No es?
E aí Y entonces
Por exemplo Por ejemplo
Bom Bueno
Né? ¿Vale? ¿No es?
E Y
Tá? ¿Vale?
Acho que Creo que
A não ser A no ser
Mesmo assim Mismo así/ asimismo
Depois Enseguida
Felizmente Felizmente
Imagina Imagina
Aliás De otra manera
Mas Pero
Vários marcadores utilizados mais acima, não possuem somente uma função
sintática, mas sim, são marcadores conversacionais, utilizados como forma de
ajudar na interação entre os falantes participantes da situação. Entre esses
124
Alguns marcadores vistos mais acima, como por exemplo: porque, mas/ pero,
assumem esta função porque são conectores que fazem parte da estrutura da
oração e não podem ser retirados facilmente, pois fazem parte da oração.
AHÍ- Y AHÍ
1. Adv. dem. María vive ahí. Puse los papeles ahí encima.
Indica sentido de “Nesse lugar”.
4. Adv.dem.
Volvieron a verse al cabo de diez años y ahí empezó todo.
1. -Hemos viajado a Curitiba y [...] como esta idea colectiva negativa se refleja en
estas identificaciones.
- Pero ahí es una memoria colectiva muy negativa, podría ser un [...]
Este exemplo possui o “ahí” com o valor adversativo do português, utilizado com a
partícula “pero”, que o torna ainda mais enfático, quanto ao seu sentido adversativo.
2. [...] Así como somos cambiados por lo que tenemos contacto, por lo que
aprendemos, también cambiamos. Y ahí, llegamos al punto que dice [...]
[...]
3. Sería interesante trabajar y ahí van desarrollando toda [...]
4. Ahí, cuarenta minutos para Tía Tula y cuarenta minutos para Niebla.
compreender que nesta língua, sim, o “aí” é considerado como uma marcador em
diversas situações, logo o que ocorreu nas nossas gravações foi um problema de
interferência linguística.
ASÍ/ ASSIM
1. Uso catafórico.
María anda así, llena de cosas para hacer.
129
2. Uso anafórico
- Si haces lo que pido, te llevo dónde quieras.
- Si así me haces, lo hago.
O uso anafórico mais acima, também temos uma advérbio de modo, e desta
vez, sua ocorrência é após o seu correspondente.
3. Uso conclusivo
María está llena de cosas para hacer, así, no tiene mucho tiempo.
Já neste exemplo mais acima, o uso de “así” não possui mais um valor de
modo, mas sim de conclusão.
Martín Zorraquino e Portolés (1999) afirmam que a partícula “así” pode ser
usada com dois valores semânticos em espanhol:
Bv
a) Exemplificação: ilustra o anterior, geralmente acompanhado do operador
discursivo “por ejemplo”.
b) Conclusão: consequência determinada por uma circunstância anteriormente
apresentada (elemento anafórico como advérbio modal).
ÀS VECES / A VECES
Temos acima uma locução adverbial muito utilizada em nossa língua, que tem o
sentido de “ocasionalmente, de vez em quando e por ordem alternativa”. Exemplos:
Às vezes vou à praia.
Às vezes eu gostaria de sair de casa.
Às vezes erramos, outras acertamos.
131
Como já sabido, não existe crase na língua espanhola, e esta é a razão pela
qual não a colocamos na expressão adverbial mais acima. A expressão, assim como
foi usada pelos informantes, existe na língua espanhola, mas não pode ser utilizada
com um adverbial, mas apenas como sujeito de uma oração, como nos exemplos
abaixo:
As veces que saliste fueron muchas.
Fueron muy tristes as veces que lloré.
Além das expressões vistas acima, existe também o vocabulário “aveces”, que
também é muito confundida, em espanhol, com o marcador “a veces”. Aveces é
verbo avezar conjugado em segunda pessoa singular do presente no modo
subjuntivo do espanhol. Significa ‘acostumbrar’, ‘habituar’:
Aunque aveces a tus hijos a tus valores, ellos, cuando crezcan, tomarán sus propias
decisiones.
BOM/ BUEN
Indica acordo total ou parcial, como que foi dito anteriormente ou com o que o
falante considera subentendido.
M: [((vea usted)) yo] los días por ejemplo/ que pasa la música/ me los veo
acostaos// digo ¡bueno!
(A. Briz y Grupo Val.Es.Co, Corpus de conversaciones coloquiales, Madrid, Arco,
2002, 123, l. 25)
1) De modalidad deôntica
2) Focador da alteridade
3) Metadiscursivo conversacional
CERTO? / ¿CIERTO?
c- [...] Las palabras son comprensiveis [sic] o no, lo que ustedes prefieren, entonces
van hacer este, ¿cierto?
HÃ?
interj. Indica que alguém não compreendeu ou não ouviu claramente o que foi dito.
Expressa admiração, surpresa, espanto [...] (Dicionário Dicio.com.br).
MAS
2. Denota a verdade sobre algo, após uma oração negativa: Não foi à festa da amiga
porque estava doente, mas gostaria muito de ter ido.
3. Denota uma ressalva ou uma exceção em relação a algo que foi dito: Vivia na
criminalidade, mas era um bom filho.
5. Exprime a causa de uma ação anterior: Não o deixei entrar, mas ele já havia sido
avisado que não viesse.
6. Usada após um pedido de desculpas, introduz uma opinião que pode diferir da do
interlocutor: Desculpe, mas acho que você está errado quando diz que ela não o
cumprimentou deliberadamente.
8. Expressa censura a atos ou ditos: Entendo que ela não tinha que ficar, mas
poderia ter avisado que ia embora.
2. conj. advers. U. a principio de cláusula sin referirse a otra anterior, para dar
énfasis o fuerza de expresión a lo que se dice. Pero, ¿dónde vas a meter tantos
libros? Pero ¡qué hermosa noche!
MISMO QUE
NA VERDADE
NÉ?
“eu acho um fato interessante… né… foi como meu pai e minha mãe vieram
se conhecer… né… que… minha mãe morava no Piauí com toda a família…
né…meu… meu avô… materno no caso… era maquinista… ele sofreu um
acidente… infelizmente morreu…minha mãe tinha cinco anos… né… e o
140
irmão mais velho dela… meu padrinho… tinha dezessete e ele foi obrigado a
trabalhar… foi trabalhar no banco… e… ele foi…o banco… no caso… estava…
com um número de funcionários cheio e ele teve que ir para outro local e pediu
transferência prum mais perto de Parnaíba que era a cidade onde eles moravam
e por engano o… o…escrivão entendeu Paraíba… né… e meu… minha família
veio parar em Mossoró que exatamente o local mais perto onde
tinha vaga pra funcionário do Banco do Brasil e:: ela foi parar na rua do
meu pai… né…e começaram a se conhecer…namoraram onze anos …né…
pararam algum tempo… brigaram… é lógico… porque todo relacionamento
tem uma briga… né…e eu achei esse fato muito interessante porque foi uma
coincidência incrível…né… como vieram se conhecer… namoraram e hoje… e
até hoje estão juntos… dezessete anos de casados.”
(CUNHA, M .F. A. (org.) Corpus discurso & gramática: a língua falada e escrita na
cidade de Natal. Natal: EdUFRN, 1998.)
Como pudemos ver no texto acima, o marcador “né?” não foi utilizado como
um valor de advérbio, mas sim, sem carga semântica em seu uso. O marcador “né”
é considerado como um marcador final, pois é utilizado sempre aos finais de frase. A
partícula também é tratada como sendo interacional, conversacional, pois somente é
utilizada na interação com o outro. Na perspectiva da Linguística sistêmico-
funcional, Halliday (1989) trata sobre a função interacional. Partindo da ideia de
Halliday, esses marcadores interacionais cumprem duas funções, ambas
relacionadas com a troca de falantes: indicam a entrega explícita do turno a outro
interlocutor.
Nas nossas gravações, encontramos o marcador das seguintes formas:
-Bueno, ¿y cuál es la propuesta que ella decía que era la propuesta vigente hasta el
momento, antes de su propuesta?
POR SU VEZ
Este marcador está como uma forma de tradução direta da língua portuguesa,
o marcador “por sua vez”. Porém, em espanhol utiliza-se a expressão “por su parte”
o “a su vez”. O Dicionário de Partículas Discursivas do Espanhol, coordenado por
Briz Gómes (2000) define o marcador “por su parte” da seguinte forma:
TODAVÍA
“1. Adv. Hasta un momento determinado desde tiempo anterior. Está durmiendo
todavía.
2. Adv. Con todo eso, no obstante, sin embargo. Es muy ingrato, pero todavía
quiero yo hacerle bien.
3. Adv. U. con sentido concesivo corrigiendo una frase anterior. ¿Para qué
ahorras?; todavía si tuvieras hijos estaría justificado.
4. Adv. Denota encarecimiento o ponderación. Juan es todavía más aplicado que
su hermano.
5. Adv. desus. siempre (ǁ en todo tiempo).”
1. Conj. Palavra gramatical que liga dois termos ou duas orações, estabelecendo
uma relação de oposição; contudo, entretanto, mas, porém,
todavia: “Aparentemente, há nada mais contristador que uma dessas terríveis pestes
que devastam um ponto do globo? E, todavia, esse suposto mal é um benefício, não
só porque elimina os organismos fracos, incapazes de resistência, como porque dá
lugar à observação, à descoberta da droga curativa” (MA4).
Eran muchos capítulos, pero yo sabía que no había tiempo, pero todavía quería que
hubieran leído estos textos.
Eran muchos capítulos, pero yo sabía que no había tiempo, sin embargo quería que
hubieran leído estos textos.
Explicativo
Copulativo
1. Pero, vamos leer [sic] las informaciones otra vez para ver si estamos correctos,
porque son posibilidades, entonces si todas las informaciones corresponden.
2. Entonces, para decidirmos [sic] cual obra es más sencilla, cual obra tiene los
personajes que es posible comprender mejor, entonces, realmente decir [...]
Continuação do discursos
1. [...] porque como las chicas no van estar [sic] presentes, necesitan saber sus
notas para hacer de la clase, entonces hasta sábado eh... las notas de todos
ustedes [...]
2. [...] porque sé sus dificultades y venía para la conversación sobre los libros, ¿sí?
Entonces, ¿ustedes quieren esperar un poquito para poder llegar y hacer una
revisión? [...]
3. [...] Las palabras son comprensiveis [ sic] o no, lo que ustedes prefieren, entonces
van hacer este, ¿cierto?
Conclusão
1. El noruego vive junto a la casa azul, então ele não cria gatos
2. Ese “filiação identificadora” sería voltado para cosa más individual, pero buscando
en el colectivo, como se fose [sic] una ligación. Então estamos el, el colectivo y
transferimos para el individual en nuestro contexto.
4. [...] la manera cómo vas a entender el mundo, vas a entender bajo tus puntos de
vista, bajo tu historia de vida, bajo tus experiencias, ese tomada de subjetividad,
entonces, el elemento que presentamos, para uno puede ser muy interesante, para
otro puede ser fome [...]
5. Es una traducción mal hecha de, por qué los chilenos nos parecen, entonces
dicen, está mal, está mal traducida.
6. [...] porque muchas veces tengo, eh, tengo vontade de acesar [sic] alguna cosa y
no comprender, no tem legenda [sic] en portugués, entonces ...
7. El individuo que fuma bluemaster bebe cerveza. Bebe cerveza. Entonces, bom
[sic], cerveza sería...
Consecutivo
1. Como, por ejemplo, es, una persona que está en núcleo de lenguas hay pasado
por la enseñanza fundamental y então solo en la enseñanza media entramos en la
universidade [...]
2. [...] estaba muy difícil para ella porque tiene que participar de muchos eventos,
entonces, no, no, no, entonces, ella habló conmigo ayer por el facebook y preguntó
qué podría hacer [...] no tiene tiempo para que ella pudiese hacer, entonces, eh,
hablé para hacer una pesquisa, una pequeña de García Márquez [...] para que
pueda por lo menos llegar a una puntuación para proseguir.
O teórico ainda afirma que a palavra “vale” como marcador discursivo ainda é
muito recente. Segundo Zorraquino e Portolés (1999), vale é um marcador
conversacional, pois é utilizado em interações entre interlocutores.
É muito arriscado atribuir sinônimos aos marcadores, isso devido ao alto grau
de polifuncionalidade dos mesmos. Por essa razão, é muito complicado pensar que
“bueno” possui os mesmos valores semânticos em todos os contextos que no uso de
“vale”. Aschenberg e Loureda Llamas (2011) afirmam que “la polifuncionalidad de los
marcadores dificulta que encontremos autêntico sinónimos en todos los usos de un
determinado marcador.”
Ex.: El hombre que tiene caballos vive al lado del chico que fuma, ¿vale?
Ex.: ¡Vale! Allí está todas las informaciones para rellenar todos los huecos
Vale ressaltar que o marcador discursivo “vale” nem sempre teve tantos
valores semânticos em uso. Até o fim dos anos 60 não se encontram registros da
partícula como discursiva. Um uso muito comum dessa partícula era com a
expressão “vale dios”. O marcador só começou a adquirir uma característica mais
pragmática a partir dos anos 80.
Marcadores com
problema de Vezes utilizados Correspondência em Espanhol
interlíngua nas
Gravações
¿Cierto? 3 vezes Vale
Ahí/ y ahí 56 vezes Entonces
Hã? 10 vezes ¿Cómo?
Então 4 vezes Entonces
Né? 4 vezes ¿Sí? ¿No?
Bom 1 vez Bien/ Bueno
Mas 2 vezes Pero
Tipo 1 vez Por ejemplo
Así/ assim 7 vezes Por ejemplo/ o sea (conclusivo)
Sendo que 1 vez Siendo que
Na verdade 1 vez En verdad
148
Entonces
Y ahí (Interlíngua)
Tampoco
Estruturadores das informações Primeramente
Obviamente
Incluso
Generalmente
Quizá
Entonces
O sea
Sendo que
Reformuladores Y luego
A veces
Por lo tanto
Ni siquiera
Ahora
149
Bueno (Bom)
Bien
Vale
Mira
Oye
¿Cierto? (Interlíngua)
Marcadores Conversacionais ¿No?
¿Sí?
¿Está?
Exactamente
Después
¿An?
¿Perciben?
¿No es eso?
¿Verdad?
¡Vamos!
¡Eso!
Né? (Interlíngua)
¡Ah!
Tipo
Así
Por favor
Sinceramente
¡Dale!
Buen (Interlíngua)
150
Pero
Porque
Sin embargo
Luego
MARCADORES COM FUNÇÃO
Por ejemplo
SINTÁTICA Aunque
O sea
Todavía
A veces
Sino
Creo que
Tampoco
Mientras
Además de eso
151
Ah
Marcadores com
funções sintáticas
Marcadores Con-
versacionais
Marcadores transferidos do
português diretamente ao
espanhol
Problemas lexicais
Problemas nas
formas gramati-
cais
Problemas nas
formas verbais
Problemas nos
Marcadores discur-
sivos
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
BAKHTIN, Mikhail. Marxismo e filosofia da linguagem, 12ª ed. São Paulo: Hucitec,
2006.
CHOMSKY, Noam. Knowledge of language: its nature, origin and use. London:
Praeger, 1986.
CHOMSKY, Noam. The Minimalist Program. Cambridge, MA: MIT Press, 1995.
CUNHA, Maria Furtado (org.) Corpus discurso & gramática: a língua falada e
escrita na cidade de Natal. Natal: EdUFRN, 1998.
discursivo-bueno-en-las-conversaciones-de-estudiantes-italianos-y-
espa%C3%B1oles-hablando-en-espa%C3%B1ol. Data de acesso: 01/02/2017.
FEIJÓO HOYOS, Balbina L.; HOYOS ANDRADE, Rafael E.. Dicionário de falsos
amigos do espanhol e do português. São Paulo: Embajada de España /
Consejería de Educación / Scritta Editorial, 1992.
FRASER, Bruce. What are discourse markers?. Journal of Pragmatics, 31, p. 931-
952, 1999.
SAUSSURE, Ferdinand. Curso de linguística geral. 26ª ed. São Paulo: Cultrix,
2006.
https://periodicos.ufsc.br/index.php/forum/article/view/19848412.2014v11n4p457.
Data de acesso: 15/05/2017.
ANEXOS
TRANSCRIÇÃO 1
PROFESSORA: - ¿Cierto? ¿Qué vamos hacer? Las notas, voy a poner, eh...en una
documentación en el facebook porque como las chicas no van a estar presentes,
necesitan saber sus notas para hacer de las clases, entonces, hasta sábado, eh...
las notas estarán en el grupo, ¿sí? Lo que ustedes prefieren: un documiento con las
notas de todos ¿o ustedes prefieren que envíe, eh..., particular?
PROFESSORA: -¿De todos? ¿Hay problema? ¿No? Hablen con Alessandra, que
ustedes están...Alessandra está haciendo las cosas de mestrado y estaba muy dificil
para ella porque tiene que participar de muchos eventos,entonces, no, no,no,
entonces ella habló conmigo ayer por el facebook y preguntó qué podría hacer, yo
hablé quer si tuviese leído los libros, poderia mezclar la conversación sobre ellas y
trairía una pesquisa de Gabriel García porque la presentación de ella, no, no tiene
tiempo para que ella pudiese hacer, entonces, eh..., hablé para hacer una pesquisa,
una pequeña de García Márquez, sus obras y su vida, para que pueda, por lo menos
llegar a la puntuación para proseguir, porque sé sus dificuldades y venía para la
conversación sobre los libros, ¿sí?
Cuando los otros chicos llegaren, ustedes deciden qué hacer, entonces, es un
ejemplo. Ellas van hablar de Niebla , ellas van hablar de Niebla , entonces, por
ejemplo, Pâmela prefiere hablar sobre el resumen de la obra, eh..., Leidiane prefiere
hablar sobre los personajes, eh..., los lugares que se pasa en la historia, hay
muchas cosas qué hablar de los libros, entonces, ustedes van a se decidir en estes
quince minutos y hablar. Cada grupo, creo que con cada persona terá cuarenta
minutos para hablar de todo, porque si son cuatro personas, da un poquito menos de
diez minutos, creo que no es necesario hablar del libro todo, pero un resumen. Ahí,
cuarenta minutos para Tía Tula y cuarenta minutos para Niebla.
PROFESSORA: Entonces, para decidirmos cuál obra es más sencilla, cuál obra
tiene los personajes que es posible comprender mejor, entonces, realmente dicer, no
dicer que una obra es que una obra es más importante que la otra, pero hablar que
la obra, por ejemplo, Tia Tula es menor, entonces se queda un poco más fácil de
leer, eh... Niebla, por lo tanto tiene los personajes menos complejos, ¿sí?
¿Comprenden ahora la propuesta? Entonces, haremos eso después del intervalo y
yo estaré haciendo la evaluación de cada persona. Por ejemplo (risas), tú, Nathália,
tienes que hacer tu movimiento con el grupo porque no está hablando, Nathália no
está hablando, entonces, ayuda (risas), escribe para el grupo porque está difícil,
¿sí? Entonces, voy estar evaluando, por eso no voy participar con tanta, tanta
enfase porque estoy evaluando todo conocimiento que ustedes tienen sobre sus
obras de lectura, ¿sí? Como ustedes saben, las notas fueron compuestas por un
punto de la pesquisa de Gabriel García, cuatro puntos de la presentación del día de
los muertos, creo que todos que están acá se presentaron en el día de los muertos y
cinco puntos en, de hoy, la conversación, el conocimiento de la lectura. Entonces,
dos puntos serán de participación, participación, por ejemplo, eh..., tres puntos será
de conocimiento mismo, que ustedes está hablando, que ustedes está hablando de
la obra. La lectura, lo que has comprendido, lo que has buscado, ¿sí? ¿Cierto?
174
TRANSCRIÇÃO 2
P: PROFESSORA
P- Sí, vamos terminar las otras informaciones, vamos a las pistas. Pista un, Leidine
A- El ganés bebe té
A- Pero, yo voy atentarles, el dueño de la casa verde bebe café. Carlos, la persona
[...]
A- El hombre que vive en la casa ubicada exactamente ubicada a las demás bebe
leche
A- El hombre que fuma blend vive al lado del que tiene gatos.
P- Vale. Allí está todas las informaciones para rellenar todos los huecos que tiene ahí
y un poquito de quien puede ser el pez.
P- En verdad, ustedes van hacer, eh... las informaciones que tienen van a poniendo
y van a trabajar con posibilidades. Puede ser que si es eso, entonces ponga acá,
entonces si es eso voy a poner , depués, entonces, tiene que, sería interesante
trabajar juntos porque eso ayuda siempre, solamente van a conseguir si leer,
solamente leyendo las informaciones que pueden....las pistas.
P- ¿Qué podemos hacer? Sueco tiene perros, o sea, el dueño del pez ya no es el
sueco.
P- ¡Vale!
P- ¡Después!
A- El ganés bebe té
P- ¡Después!
A- Aí é, nesse sentido é porque eu tava olhando pro quadro, aí tava achando que...
mas tudo bem.
P- Eh... ¡Después!
P- Casa amarilla
A- El hombre que vive en la casa ubicada exactamente al lado de las demás, bebe
leche
A- Amarilla
P- ¡Eso! ¡Después!
A- El hombre que fuma blend vive al lado del hombre que tien gatos.
(Risas)
P- ¿Alguien tiene gato? Me parece que es una buena información para quien fuma
Brend, ¿sí? La persona que fuma tiene un vecino que bebe agua, o sea, puede ser
que el que fuma brend, puede, puede estar acá, porque este tiene un vecino que
bebe agua, a menos él que tenga gatos y beba agua, pero vamos adelante. Eh...el
hombre que tiene...
P- Caballos vive al lado del que fuma, o sea, caballos... Sí, ¡después!
177
A- El individuo que fuma bluesmaster bebe cervezas. Cervezas, eh...sila casa azul
tiene caballos, la amarilla que es gato porque es vecino de quien toma agua.
A- É outra informação.
P- El noruego vive junto a la casa azul, tenemos: la persona que fuma Blend tiene un
vecino que bebe agua. La persona que fuma brend. Vecino que bebe agua, ¿sí? Hay
otras informaciones, podemos hacer lo siguiente, por ejemplo, eh... ¡ya sé! Que,
hum...Acá no puede ser el sueco, ¿verdad? No puede porque el sueco tiene perros,
¿no es eso? Si el sueco tiene perros, no puede ser acá porque ese es el hombre
que tiene caballos, este que tiene pájaros, no puede ser acá porque ya es el
cigarrillos de él, ¿no es eso? Mira, la persona y este tampoco puede ser el que bebe
cerveza, ¿no es eso? Este no puede beber cerveza porque él no fuma bluemaster,
entonces, ¿cuál es la otra bebida? Té, cerveza, agua, ¿qué más? Café, leche.
¿Podríamos poner agua acá?
A- ¡Podríamos!
A- É uma possibilidade.
A- Agua.
A- Eu botei.
P- ¿Agua? Vamos a poner así porque después pode cambiar. Agua, entonces este
que bebe agua es vecino del que tiene, del que fuma, entonces nosotros ponemos...
A- Blend.
P- Cierto de que es una posibilidad, puede ser que cambiemos. Vamos, ¿hay otra
información que puede nos ayudar? La persona que fuma Blend tiene vecinos que
bebe agua. No, este ya tenemos, esta información. Eh... Aquí, el hombre que fuma
Blend vive al lado del que tiene gatos, entonces el noruego tiene gatos. El noruego
puede tener gatos.
A- Gatos.
P- Es interesante esta información, o sea, gatos puede poner acá, ¿no puede ser
acá?
A- El noruego vive junto a la casa azul, então ele não cria gatos, não dá.
P- ¿Cómo?
A- Ah, vive junto a la casa azul. Sí, es verdad la información, pero ¿la información
de, de qué estábamos preguntando?
A- Gatos.
P- Vecino, vecino
P- Sí, entonces ¿podríamos poner los gatos acá? Sí, ¿no? Es una posibilidad. Si
hay un error, después cambiamos. Gatos, entonces, el noruego tiene gatos, o sea,
uno ya está lleno, el noruego toma agua, fuma Blend y tiene gatos. Vamos leyendo
otra vez la información: el hombre inglés vive en la casa roja, então, ya sé, el sueco
tiene perros en su casa. O sea, caballo, gatos, no puede ser acá, entonces el sueco
solo puede ser o este o este, ¿no es verdad? ¿Dónde ustedes pondrían el sueco?
Eh...los perros. El sueco tiene perros. ¿Acá o acá? Vamos, son, son suposiciones,
son posibilidades.
A- Roja.
A- No.
P- Sueco y tiene perros, ¿no es eso? A ver si, eh... el dueño de la casa verde bebe
café, ¿no? La casa verde está situada a la izquierda de la casa color blanco. El
dueño de la casa verde bebe café. Ya. La persona que fuma cigarros Plumal cría
pájaros.
P- Rojo o blanco.
A- Yo coloqué blanco.
A- Pájaros.
A- Pájaros
180
A- Pájaros.
P- Entonces todo tiene que ser junto, ¿no es eso? Vale, eh... ¿dónde estábamos?
Cría pájaros. ¿Vale? El dueño de la casa amarilla fuma... Está, este está correcto. El
hombre que fuma Blend vive al lado del que tiene gatos. Antes, el hombre que vive
en la casa ubicada exactamente del que bebe leche, el noruego es la primera, el
hombre que fuma Blend, no sé si es así, vive al lado del que tiene gatos. Que tiene
gatos, o que tiene caballos vive al lado del que tiene [...] Caballo, es verdad, es
verdad, el individuo que fuma Bluemaster.
A- Bebe cerveza
A- Bebe cerveza
P- No, porque el inglés bebe leche y el ganés está ubicado en la casa vermelha.
Hace falta el ganés.
A- No, porque el vecino de que fuma Brend só puede ser roja porque a izquierda ya
es ganés.
A- La persona que fuma Blend, Blend que tá aí tiene un vecino que no, que bebe
agua.
A- Este
P- Ah, ya está.
P- Y el verde, ¿alemán?
A- Falta polmol
P- El ganés
A- ¿Ganés?
P- ¿Puede ser?
P- Té. El ganés toma té. Y roja tería polmol y pájaros. Puede ser este, ¿no?
P- Pero, vamos leer las informaciones otra vez para ver si estamos correctos, porque
son posibilidades, entonces si todas las informaciones corresponden
A- Vale.
P- Casa roja. El sueco tiene perros, sueco y perros, ¿vale? El ganés bebe té. La
casa verde está situada a la izquierda de la casa color blanco. Verde... El dueño de
la casa verde bebe café. Casa verde, café. La persona que fuma cigarros polmol cría
pájaros, ¿verdad? ¡Es esto! El dueño de la casa amarilla fuma, ¿vale?
A- Vale.
A- Roja
182
A- ¡Vale!
P- Y el hombre que fuma Blend vive al lado del que tiene gatos, ¿verdad?
A- ¡Verdad!
P- El hombre que tiene caballos vive al lado del chico que fuma, ¿vale?
A- Vale.
A- El alemán que...
A- Vale.
A- Vale.
P- Vale.
P- ¿Café?
P- Si fuera brasileño, ¿no? Brasileño sí, pero alemán, pero es el juego. Inglés, me
parece que toma más.
A- Té.
183
P- Leche, no sé si. Está, ¡vale! Eh... ¿si acuerdan que hemos hablado un poco sobre
cómo vamos hacer el examen? ¿Final? ¿Ustedes prefieren que sea algunos
capítulos del Quijote mismo o no? Algunas cosas ¿o una prueba como hacemos
siempre?
P- No, no
A- Mas, ¿cómo sería e trabajo parta presentar? ¿Sería la actividad de Don Quijote?
P- É...un capítulo o dos, no sé, hablando sobre la historia, parecido con aquél de, de
[...]
P- No sé.
A- ¿Mexicano?
TRANSCRIÇÃO 3
A –Comunicativa.
P- Bueno… ¿Y cuál es la propuesta que ella decía que era la propuesta vigente
hasta el momento, antes de su propuesta?
A - Funcionalista.
P- Sí, pero, no quiero una respuesta taxonómica, quiero que me expliques, o sea, no
quiero que me digas, lengua en la perspectiva interacional del lenguaje,
sociointeracinal, no es así, quiero que me expliques. ¿Qué es lengua? ¿Voy a poner
acá en la pizarra las respuestas, sí? Vale, la primera idea, pensamos en gramática,
185
A- Sí
A- Son hablas de diversos pontos de vistas, por ejemplo, cuando, eh, vamos hablar,
muchas veces utilizamos voces de otros discursos de otros de otros que nos
apropiamos y hacemos nuestro discurso.
P- Exactamente pero tiene que exactamente que ver con eso que dijiste,
apropiación, apropiación es esta palabra. Nos apropiamos y cuando nos apropiamos
hacemos el nuestro discurso. Y probablemente habrá muchos discursos que será el
nuestro, y toda la lengua tiene una carga simbólica, basada exactamente por estos
discursos. ¿Para que es importante aprender las reglas gramaticales, aprender el
funcionamiento de una lengua solamente por aprender? ¿Hum? Los otros [...]
A- Creo que por la importancia de una lengua é para, eh… unos puntos, vivimos,
conseguimos vivir en la sociedad, para isso, precisamos ter un leque de
posibilidades argumentativas, eh, críticas para eh… se encontrar el medio de la
sociedad.
P- Exactamente
186
A- Como sujeto
A- No sé si objeto.
A- Eh, professora, por ejemplo, últimamente, eh, antes, eh, no tenía interese de
aprender el idioma inglés, pero de algunos años para acá tengo sentido algunas
necesidades, por ejemplo, porque me gusta eh… ver películas legendadas, digamos
así, varias cosas, intereses que tengo de conocer, assim, acesar cosas, eh,
importantes con la lengua inglesa y para mí, ya está en un nivel que yo tengo
187
necesidad de aprender la lengua inglesa porque muchas veces eh, tengo vontade de
acesar alguna cosa y no comprender, no tem legenda en portugués, entonces…
P- Es una respuesta muy buena esta: porque a mí me gusta ver películas, o sea no
es porque te gusta el sonido, o sea puede ser que sea, puede ser, pero bueno
generalmente tiene que ver con otra cosa que quieres entender porque interesa los
libros, porque te interesa las películas, porque te interesa un contante, porque te
interesa [...]
A- A pesar de que a través de este gusta lleva a iniciar una admiración por la lingua
que antes no se vía, lleva a este camino.
P- Exactamente, ¿por qué? ¿Cuándo nos gusta una cosa? ¿Cuándo nos interesa
algo? Despierta en nosotros una idea de afectividad que Humberto Maturano, el
chico que vamos a estudiar. Va a llamar de amor, pero bueno, te despierta esta idea
es que va, nos acercamos de alguna cosa por amor, no necesariamente el amor que
aprendemos en el amor por una persona, exactamente eso, es simplemente una
posibilidad de abrirse para una cosa nueva, que te guste, que te interesa, que te
respecte, es muy difícil para mí, hay gente que puede ser que sí, pero bueno, es
muy difícil pensar en alguien que le interese las reglas gramaticales. Me gusta
mucho, porque el latín, mira tiene cinco conjugaciones y…
A- Eu também
P- Es muy raro, lo normal es que no pase esto porque exactamente, es muy difícil
que solamente una forma, una idea formal despierte interés, no es tan interesante
enseñar una lengua, sinceramente, lo lindo no es este. Y acá vimos la hoja que les
di. Ustedes ya leyeron. Por qué algunos ya dijo ya trabaje eso con los chicos de
metodología dos y ya habían leído. ¿Ustedes ya leyeron? ¿Bueno, vamos a leer la
tirita? ¿Alguien puede leer, por favor?
188
A- Sí
P- ¿Qué?
A- As veces es como si no estuviese dando clase, por ejemplo, a veces vamos hacer
una discusión, y por no ser reglas gramaticales escuchan, ¿estáis dando clase,
señor? Cualquier otra cosa, menos una clase.
P- Es esto lo que pensé, ¿nunca tuvieron un alumno que dijeron, oye, por qué no
nos enseña la gramática?
A- No. Porque a veces las personas creen que aprender una lengua es saber sus
reglas, pero creo, no es eso. La idea de saber alguna cosa. Las personas asocian
eso, aprender con saber gramática.
P- Exactamente, acá está la profesora diciendo esto, y Mafalda dice que no, ¿por
qué no enseñas algo realmente importante?, pero si pensáis por otro lado ya
189
P- ¿Qué él diciendo? ¿Entienden esta idea? Cuando dice en este sentido en esa
perspectiva saberá el sentido de la lengua la servimos de la feliz expresión de Payer,
eh, implica fundamentalmente que el mundo de la subjetividad va a, bueno,
aconteça identificações com saberes interdiscursivos. Cuándo dijiste, eh, mucha
gente la cercanía con la lengua materna, por ejemplo, la iden, a idenficação com
saberes interdiscursivos, ¿alguien puede explicarme?
A- Quiere decir que no es solamente ya una cosa por ella mismo, sino una [...]
P- Exactamente, enseñar una lengua es hacer con que una persona, una lengua
extranjera, es hacer con que una persona que no se ve de ninguna manera inscrita o
que tiene por alguna razón un interés específico se pueda ver como sujeto de una
lengua que nos es suya y ¿cómo es posible hacer esto? ¿Cómo es posible acceder
190
a este nivel de la persona, el nivel en el que eh, el nivel en que uno puede relacionar,
identificarse con el grupo. ¿Cómo podemos como profesores despertar eso? ¿Hacer
con que las personas se tornen sujetos de sus discursos en una lengua que no es
de ellos, una lengua extrajera, la lengua del otro? Como vimos, lengua es una cosa
cultural, ¿cómo es posible?
A- Pero, la idea de texto, para mí, es distante del discurso, el discurso es trabajar la
interculturalidad.
P- Exactamente, pero mi punto es, bueno, los discursos en un texto, y hay muchos,
pero es distinto, pero mi pregunta es ¿cuál es el instrumento de trabajo? El discurso
sí, es una de las formas que se puede trabajar, pero ahí es que voy a decir, por
191
ejemplo, eh, no, ¡por ejemplo nada! Seguimos ¿cómo pensar, cómo pensar la
subjetividad en la enseñanza de una lengua extranjera? O sea, cuando Celada va a
decir lo seguinte: “Neste sentido acreditamos produtivo lembrar que, a partir das
afirmações de Peichei, podemos afirmar as coisas a sabe que esta língua pode
impor, serão sempre tomadas em rede de memória, dando lugar a filiações
identificadoras, tomadas em redes de memória dando lugar a filiações
identificadoras.”
A- Es como la experiencia que se pasa con todos que van a cursar también.
A- No, pero hay experiencias que son comunes que todos tienen que pasar. Y a
partir de esas experiencias comunes puede llegar, podría ser reglas motivadoras
para llegar a otras.
A- Como, por ejemplo, es, una persona que está en núcleo de lenguas hay pasado
por la enseñanza fundamental y então solo en la enseñanza media entramos en la
universidad y tocas en el tema de la escuela, sería interesante trabajar, y ahí van
desarrollando toda sentimental que está desarrollando la escuela, la red de amistad,
eso son experiencias comunes y de ahí que el alumno, la memoria afectiva.
P- Exactamente, todos, exactamente, pero hay una cosa a más; todos tenemos
memoria, todos vamos a la escuela, la escuela es un evento de memoria común a
todos nosotros. Para mí, la escuela fue una cosa muy buena, ¿para todos fue?
¿Alguien tiene una mala experiencia en la escuela?
A- No, no.
P- Hay tres personas en que este grupo que, ¿todos pasaran por clases de
matemáticas?
A- Sí
192
A- Me gustaba
A- Un bichinho fofinho.
P- Exactamente. Por las subjetividades, por las historias que tenemos, es la parte de
nuestra subjetividad que cumprimos la idea de significación. Significado de la
palabra gato es sí un animal felino de cuatro patas, significado. ¿Cuándo pensamos
en significación tiene que ver con la inserción del sujeto en la lengua?, ¿sí?
A- ¿Puedes repetir?
P- ¿Qué?
Miguel y que va a decir lo siguiente: ¿Qué sería memoria individual? Para ustedes,
¿qué es la memoria de ustedes?
A- Los dos.
P- Y si los dos, ¿en qué medida? ¿Las memorias son las experiencias colectivas o
experiencia individual?
A- Los dos
P- Los dos, bueno, ¿en qué medida? ¿Por qué es colectiva e individual?
A- Individual sería porque no tiene ese compartimento con las otras, ¿colectividad?
Compartilla, por ejemplo, tiene cosas que hacemos para nosotros mismos y no
compartillamos.
A- Sí
P- Historia ya vamos a pensar para otra cosa, es que historia tiene que ver con
fechas y, quiero hablar de un consciente, de una cosa que existe en mí, ¿tenemos
memorias comunes?
A- Sí.
A- Sí.
A- A queda do teto.
(Risos).
P- Bueno, es una memoria común. ¿Creen que esta memoria, hay una memoria que
dura más tiempo, crees que esta memoria es constitutiva de nuestra identidad? Si
todos se mueren sí, va a ser un momento muy [...]
A- La queda del teto, creo que tiene que ver con significación, para mí puede ser una
cosa banal, pero para otra persona puede ser una cosa traumática.
A- Sí
P- Exactamente, sí hay cosas que pasan y no tiene tanta importancia, es verdad, por
ejemplo, voy a dar dos elementos, para los que les gustan la América Latina y para
los que le gustan España y Argentina, por ejemplo, que sería para ustedes, por
195
A- Argentina sería relacionado más a esa cuestión de la raíz latina que tenemos,
esa.
A- Yo creo que es relacionado con las cosas que está al marque de la cultura, de la
lengua, la comida, una cosa que tocos ven, sería el símbolo, desde ahí desarrollan
las relaciones con él que sería las cosas más importantes y esa dimensión sería esa
dimensión de cómo ese símbolo es interpretado.
P- Exactamente, para ustedes, ¿quién sería las perso, los discursos, que estarían
relacionados a Argentina, por ejemplo? ¿Cuáles serían?
P- Que quieren estar, puedo elegir lo que quiero y como soy la profesora, yo digo lo
que quiero eh, que quiere ser Europa en América Latina, un país europeizado, ¿sí?
Bueno, que es un país europeizado, qué es lo que, que es lo que en España
primero, eso es en Argentina. España ¿qué puede ser? Un discurso, uno. Un
discurso, no un. ¿Cómo?, ¿cómo es España? Bueno, entonces trabajamos con
Argentina. No tiene ninguna idea sobre España vamos para Argentina. Un país
europeizado. ¿Por qué creen en esto? ¿Cuáles son las bases que te llevan a pensar
en esta memoria?
A- La inmigración.
P- ¿Exactamente, fue uno de los países que más recibieron inmigrantes y cómo
ustedes saben de eso? ¿Qué?
P- Ustedes saben que, por ejemplo, en Argentina ¿por algún tiempo la década de
cuarenta, no mentira, treinta, en la década de treinta en el que había dos discursos
196
A- Sí
A- El fantástico.
P- Tiene esa idea, tiene este nivel, desarrollan la literatura así, fantástico, pero tiene
una propuesta, es ahí que es muy criticado, ¿por qué fue criticado Borges? Por
censuras políticas, porque decían exactamente a él correspondía esta postura, por
ejemplo, hay varios, varios elementos de cultura que se pueden trabajar, varias otras
cosas, o sea, eh textos que pueden ser antiguos, no pueden llevar a esta memoria a
acceder a esta memoria, está por ejemplo, hay millones de oídos. Todos los
escritores que conocéis, todas las películas que conocéis, todas las canciones que
conocéis están insertas en un momento, en una idea de cultura, en una memoria
que tenemos y si no tenemos, también puede ser un elemento de creación de la
memoria. Y ahí, yo quiero llegar hasta, buen, y ahí la idea de proceso de
subjetivação, Celada, Celada, va a traer una idea de proceso de subjetivação. ¿Qué
sería esto? Está marcada por dos puntos para ese, el primer es el proceso de
aprender una lengua, “o processo de aprender uma língua estrangeira deve ser de
asujeitamento, pois se trata da submissão dos sujeitos, as formas de dizer e a
memória de sentidos que ela produz.” Y de ahí, yo cambiaría la palavra submisión
197
porque no creo que sea una submisión, yo creo que también, cambiamos un poco la
lengua, o sea, no solamente somos, estamos submisos, sino que también la
hacemos distinto, la cambiamos, y en la medida que la cambiamos no estamos
submisos. Pero es un diálogo, podemos decir. Cuando ella dice esto: o proceso de
aprender uma língua estrangeira debe ser atendido como asujeitamento, ¿qué?
A- Me incómoda.
P- Exactamente, que vamos a construir memorias, que vamos acceder a una cosa
externa, también parte de nosotros y, bueno, en la medida en que nos, que nos sub,
voy a utilizar la palabra submisssão porque ya que dice en él, yo Ia cambiaria
mucho, voy a cambiar, que dialogamos con la, con la, con las formas de decir y la
memoria de sentidos que la lengua produce también la cambiamos, la cambiamos y
transformamos para nuestra realidad, o sea, es una relación dialógica; así como
somos cambiados por lo que tenemos contacto, por lo que aprendemos, también
cambiamos. Y ahí, llegamos al punto que dice: “este processo implica que a outra
língua e os saberes que ela pode supor entrarão em relações, captura a
identificação e resistência confronto, com a malha de uma subjetividade já inscrita
em determinadas filiações de sentido.” O sea, ya tenemos muchas construcciones,
tenemos una malla, que es lo que dice, de subjetividad, cada uno de nosotros. Una
malla de memoria, una malla de sentidos. Por lo tanto, podemos, cuando tenemos
este contacto y podemos “asujeitarlos” en esta nueva lengua, este proceso puede
producir- capturo identificação, resistencia ou confronto, es todo común y normal, es
esto lo que decía. Podemos tener la idea de amor, que empezaría, como va a ser
natural, está relacionado con la idea de captura-identificação. Pero también
podemos tener la idea de rechazo, o sea, aprendes que otra, ¿por qué hacer esto?
198
No haces porque tenemos una memoria. Para mí, esto es mi subjetividad. No hace
el mínimo punto sentido. ¿Entienden la idea o no? ¿Qué carita es esta?
P- O Sea, qué interesante que piensa la muerte distinto, o sea, es eso que quiero
decir, que está en contacto con un elemento de cultura que no es de la, de tu cultura,
de tu lengua, respectiva, te puede despertar interés o rechazos, pero es normal, las
dos, las dos ideas son normales si representan de la misma manera, la posibilidad
de tener contacto, o sea, de alguna manera tendrá que tener contacto con el distinto,
por eso causa rechazo o te interese, pero las dos maneras, tuvisteis contacto, puede
intentarse hacer que este elemento de cultura, pero sin inserir tu subjetividad, en
otras veces se encaja perfecto, en otras, no. ¿Entendiste?
A- Hum-rum
P- ¿Sí?
A- Sí
P- Bueno, y ahí me gustaría traer un texto que yo iba a sacar, exactamente el texto
que yo iba a sacar fotocopia, pero no tenía dinero, eh, ¿qué? ¿Qué horas es?
199
P- ¿Once treinta y cinco? Ah, tenemos tiempo, ¿es hasta las doce, sí?
A- Sí
P- ¡Alguien puede leer, por favor! Se quieren puedes manterse más cerca, porque
ahí van a leer mejor.
A- “Linguagem e ação. A vou dizer algo sobre a linguagem. Ainda que atualmente
falem de linguagem como sistema de signos, símbolos de comunicação, no
momento em que queremos entender a linguagem no próprio ser vivo ou associado
ao ser vivo em termos de signo, por exemplo, se digo ao meu cachorro vá buscar
aquilo, apontando a minha mão e dedo para o que eu quero, o comum é o cão
orientar-se para a mão e não para o que eu estou apontando. O apontar, porque a
associação dos gestos de apontar com aquilo que se aponta, como se estabelece
essa relação? O símbolo é um apontar em algum domínio de objetos concretos ou
abstrato, como tal, requer uma operação de que ao constituir um apontar daquele
que aponta e daquele que é na apontado vai ao que aponta da entidade de aponta.
Tal acordo se dá na linguagem. O símbolo não é primário, para operar com
símbolos, precisamos já estar na linguagem.”
A- “Em que consiste a linguagem? Quando vemos duas pessoas, através das
janelas, sem ouvir o que dizem o que seria necessário observar para afirmar que
200
elas estão conversando? Eu digo que o que teríamos que observar é o curso que sai
em suas interações e se a vemos no fluir de interações decorrente, iremos como fluir
coordenações de condutas e coordenações de condutas e podemos descrever como
de acordo e também diremos que essas pessoas estão na linguagem. Vejamos um
exemplo: se estamos de um lado da rua e queremos pegar um taxi e vemos um taxi
vazio, seguindo a direção contrária que estamos, faremos um gesto, faremos um
gesto com a mão, que nos coordena com o motorista e com o carro. Tal alteração é
uma coordenação e não é vista como tal, nada, além disso, mas se pode fazer um
gesto que coordena nossa conduta com o motorista cm seu parar, faremos outro,
querendo que este faça a volta e pare do nosso lado, orientado na direção contrária
que vinha antes, há uma coordenação de coordenação de ação. Vista em conjunto,
a primeira alteração coordena o parar e pegar o passageiro e a segunda, a direção a
seguir. Tais sequências de interações, constitui uma linguagem, o observador
poderia dizer que houve um acordo, à primeira vista, somente ocorreu urna
sequência de coordenações condutas, mas trata-se de uma experiência particular,
por ter sido umas coordenações de ações, coordena a primeira e simplesmente se
agrega a ela.”
P- ¡Dale! ¡Sí!
A- “O resultado disso é que, cada vez que coisas decorrentes acontecem, mudanças
estruturais e seguem um curso contingente com um curso desses. lsso acontece
conosco no cotidiano que, apesar de estarmos em contínuas mudanças estruturais
espontâneas ou reativa ao curso de nossas mudanças estruturais espontânea ou
reativa se faz de maneira contingente numa história de nossas interações. Tornemos
um caso de uma criança que está crescendo.”
P- ¡Fuerte!
P- Solo una idea, Ia idea de corporalidad para él, está relacionada no solamente
con, con el cuerpo, pero el cuerpo tiene un sentido más amplio que sería de un
cambio postural, de postura en algo, en todas Ias situaciones, ¿sí?
202
P- Es una traducción mal hecha de, ¿por qué los chilenos nos parecen?, entonces
dice, está mal, está muy traducida.
P- ¡Sí! ¿Qué es lo que dijo hasta ahora? ¿En este último párrafo? Cuando dice: “é
pela forma de mover-se que se reconhece um chileno ou norte americano. Isso só
misteriou pra mim, é suficiente observar como alguém se movimenta ou se veste
para saber que é chileno e se outro falar e ainda mais fácil. Por que os chilenos nos
parecemos? Nós nos parecemos porque em conjunto estamos imersos na mesma
história de interações e o curso de mudanças corporal de todos nos se parece na
medida em que é contingente com a nossa história. As diferenças individuais dessa
história, tem a ver com as características iniciais de cada um e as circunstâncias
particulares que estão nessa história que nos constitui como chilenos.”
A- No, pero tiene muchas cosas comunes por vivimos en una misma cultura.
A- Sí.
203
P- ¿Tú ya saliste? ¿Encontraste alguna vez con brasileiros afuera? ¿No perciben
que son brasileiros solo por verlos caminar? ¿Por la manera como se visten?
Percibes. O sea, identificas perfectamente el brasilero. No es que lo conoces, a
veces ni lo escuchaste hablar, es la manera, alguna cosa hace con que, mira es
brasileiro, ¿sí? Ahora, ¿somos iguales?
A- No.
A- Eh, no es brasileiro.
A- Los pachucos.
P- Los pachucos.
A- ¡Pachucos!
204
P- Sí. Bueno, ¿sí qué? No necesita también que [...] Ustedes están terribles hoy. No
necesita que [...] Y ¿por qué no hablan para que todos? ¡Dale!
P- Pero, ahí es una memoria colectiva muy negativa, podría se un… Yo tengo un
poco de dificultad, cuando yo salgo da acá y voy a otro lugar, utilizar este ejemplo
cuando pensé y reconocer un pernambucano, pero es algo de aquí, a Ceará por
ejemplo, solo se hablan, están callados, a veces no percibimos la diferencia.
TRANSCRIÇÃO 4
PROFESORA --- Si tienes clases de CE, obviamente sé que tengo que esperar un
poquito porque nadie aparece de la nada.
PROFESORA --- (interrumpe la alumna) En otra parte de este libro, creo que no está
aquí conmigo. Este autor va a intentar desmitificar la idea de lo qué es ser
comunicativo. Porque generalmente piensan que en esas asignaturas, con ser
comunicativo es simplemente algo para hacer juegos, cosas de este tipo. Cuando,
en verdad, no se trata de eso. Hay una planificación estructurada para que sea
comunicativo en la clase, y es una de las opciones, pero hay una planificación, y no
es una planificación que está basada en juegos, ni simplemente hablar. La
comunicación exige la parte escrita, la parte formal, esquematizado y todo eso.
Entonces, en ese capítulo hablaremos sobre esta parte retomando lo que Jucélia
había hablado antes.
PROFESORA --- Y entonces eso, ya…, incluso en el modelo que se da está basado
en una variedad del español, que en general, no contempla, ni habla de las otras.
Cuando vayamos a buscar algo y, y… investigar sobre libros didácticos, vamos a ver,
que por ejemplo, éé… la mayoría de los libros no trata de las variedades, por
ejemplo, latino americanas, y cuando va a hacer, la mayoría, hace como algo
pintoresco: mira, es que existe esto de México, y ahí hay civilizaciones antiguas, que
parece que todo es interesante, lo que sea, en un cuadrito así (gesticula con las
manos como haciendo un cuadro), bastante colorido, con unas imágenes antiguas
como si eso fuera… la cosa del pintoresco, una cosa pasada, que no existe más,
que no tiene más importancia histórica, que no tiene validad. La mayoría de los
libros trabaja así. Sobre todo esos que se dicen completamente de acuerdo con el
Marco de Referencia Europeo.
Y entonces… así que hay cosas buenas, pero en realidad, para nuestra realidad
específicamente es como si fuera borrar completamente nuestro pasado histórico,
que me parece que no es aceptable cuando es hecho de esta manera... entonces,
cada profesor cuando trabaja con un libro como ese debe traer otros materiales, otro
soporte para que é… demuestre de alguna forma esas variedades distintas. No
solamente desde el punto de vista lingüístico, pero también cultural y relacionado el
pasado histórico con nuestra realidad. La gente se interesa, en verdad que se
interesa.
PROFESORA --- Y muchas veces es para decir: mira, sí que hablamos de cultura,
pero de esta forma.
Alumna --- […] Entonces, el autor dice que es importante recuperar la capacidad de
evaluar libros didácticos […] Y dice que hay cursos de reciclaje en las vacaciones
[…]
PROFESORA --- Hay especializaciones por ahí, que sí que tratan de eso, creo que
aquí para nuestra región hay dos, creo que hay un en Fafire y el otro… yo no sé si
es en Carpina…
Habla otra alumna --- Pero, ¿no pasan los llamados cursos de actualización?
[Alumna vuelve al texto] --- Y dice que esos analices deben ser acompañados por
especialistas, hamm… del área de lingüística aplicada a la lengua extranjera, pero
no sé si es realmente lo que ocurre.
208
PROFESORA --- Sí, creo que la mayor… la idea es.... Preferentemente que sí, pero,
en general, el profesor se encarga solo de la tarea de evaluar el material. La verdad
es que no tiene una orientación. Incluso, hay muchos profesores que están por ahí
actuando no son graduados en español. Entonces, utilizan algunos criterios de la
lengua materna para evaluar materiales de lengua extranjera, que son criterios
muchas veces distintos. Entonces, tenemos este problema.
[Alumna habla]
PROFESORA --- Generalmente cosas dinámicas cuestan tiempo más tiempo que
cosas formales muchas veces… si haces un juego va a tardar.
Alumna --- […] o sea, eso que el autor va a tratar, no necesariamente va a funcionar
en un contexto real, sino que son algunos ideales […]
PROFESORA --- Es lo que hablábamos clase pasada, ¿no? de pensar un plan muy
bonito, muy lindo, muy de acuerdo con todas las reglas que aprendemos en la
universidad, pero que no es aplicable en el grupo que estamos enseñando, entonces
ese ideal es lindo, pero no se realiza, no se materializa.
209
Alumna vuelve al texto: […] IFPE, es una escuela de referencia de enseñanza, no,
pero que en teoría, y en real no funciona profe…
PROFESORA --- IFPE dice mucho sobre nuestra realidad, lo que me dice es que
está más preocupado en formar técnicos que dar la base que la enseñanza media
debe dar, porque es una frase bastante común que: (con ironía) la escuela debe
preparar para la vida, preparar para el mundo. Pero, cursos como este,
generalmente no prepara para nada, solamente para que sea un técnico en… o sea
lo que sea lo que esté estudiando ahí.
Alumna --- […] regencia […] cuando llegar, profa de verdad, solo voy a adaptar como
de hecho el profesor hace, o sea, el profesor haceee… tan así… y voy hacer así
también, porqueee... […]
Otra alumna – Ya sé de toda la realidad, pero es algo que está en mí, es una
vocación…
PROFESORA --- Pero, si te parece que nooo… que no conseguirás hacer la parte
buena que estamos buscando, hay otras formas de trabajar con el español, me
parece. Puedes trabajar con el español, pero con otras formas, con traducción o
como intérprete…
PROFESORA --- Pero, tienes que prepararse para eso, estamos aquí para eso. Si
no puedes pensarlo, tampoco puedes hacerlo, no puedes pensar así, incluso, mira,
210
son…vamos a decir que un aula de clase… idealmente, 30, 40… son 40 alumnos,
que si tú eres mala profesora, van a mirarte y decir: ¡qué bosta!
Alumna --- Profa, me gusta aprender, pero cuando veo que ellos no están
interesados […]
Otra alumna --- […] Cómo voy a gustar de una lengua que ya no me gusta…
[Alumnas hablando]
[Alumna comentando]
[Alumnas hablando]
PROFESORA --- Sí, es el fin. Y ahí, vamos ya con una parte de exatas falida, y ahí
vamos a la parte de humanas, la gente todavía se da mejor, ¿no? Y estás […] eso
de la profesión, ¿é Márcia?
PROFESORA --- Bueno, mira, piensa en lo que estás diciendo, estás aquí en un
grupo…
[Alumnas sonriendo]
PROFESORA --- Pero mira, en serio ahora, estás aquí un aula tiene más o menos
12 personas, la que… de verdad van trabajar con el español, van a trabajar con eso,
porque no falta trabajo para quien quiera trabajar de verdad. Y ahí, serán 12
personas que tendrán un empleo bueno. Y ahí, te gradúas y necesitas un empleo y
vamos a decir que Jucélia oo… no sé, Rayanne, o cualquiera de vosotros tiene una
escuela y aparece una plaza para otro profesor de español, no te van a llamar, con
un discurso así. No llamen a Márcia, dijo que iba a hacer de cualquier manera.
Entonces, hay que tener cuidado con tus palabras, porque eso también… creo que
yo no te convidaría en este momento para una escuela.
PROFESORA --- Tiene que pensar, mira, vamos a superar, Márcia. En esta
asignatura, vamos a pensar en algunos modos de superar los problemas básicos,
por ejemplo cuando tienes unnn… libro didáctico que es pésimo, por ejemplo, vamos
a pensar en eso: qué cosas vamos a pensar sin tener un proyecto, solo con una
pizarra, solo y un marcador, cómo pensar tareas, en actividades que, ééé…. aunque
tengas un libro didáctico malo consigas hacer una buena clase. Vamos a pensar en
eso en esta asignatura todavía. Y esa es la realidad, estamos pensando en lo que
vamos a hacer de aquí a un año, dos, tres o que ya hacemos, entonces es necesario
prepararse. Piensa en eso, vete a un psicólogo.
[Risas]
Alumna --- Depende mucho también de nuestro propio esfuerzo, porque si tenemos
un material horrible […]
Alumna --- […] enfoque por tareas, es una secuencia enorme de tareas […]
PROFESORA --- ¡Claro, claro! Y les digo, hay suceso cuando quieres hacer, hay
suceso. Incluso se cambia la opinión de los alumnos y el comportamiento también.
La clase está un lío, todos están bromeando, no te escuchan, no te quieren
escuchar, pero cuando consigues cambiar tu postura, me llama la atención porque
ellos están acostumbrados con una cosa que es mala. Cuando das alguna cosa
buena, te aseguro que ellos nunca van a desperdiciar, porque…
Alumna --- Es bonito, a mí me parece bonito ver cuando los alumnos están así […]
213
Alumna --- Es porque he impartido una vez una clase: lengua portuguesa para una
escuela de [….]
PROFESORA --- A veces, lo que pensamos que está lindo, es lo que hablábamos
antes, a veces lo que pensamos que está lindo, está lindo para nosotros, pero no
está lindo para los otros.
Alumna --- Para ti, Márcia, para ti estaba lindo, para ellos no […]
PROFESORA --- Cuando vayamos a preparar una clase, en la parte práctica de esa
asignatura, vamos a lidiar directamente con estos problemas… Voy a traer
214
situaciones específicas en las que las cosas están un lío y vamos a conseguir
superar la mayoría de ellos. Algunas, obviamente serán más difíciles que otras, no, y
ahí vamos a… ehh…
Alumna --- Creo que, también, dependiendo de lo que vamos a llevar […]
PROFESORA --- Sí, sigue. (Diciéndole a la chica para seguir con la discusión del
texto)
Alumna --- Cuando yo estudiaba […] yo siempre sacaba notas altas […]
PROFESORA --- Entonces, no podemos decir que las evaluaciones que nosotros
mismos hacemos no valen de nada, porque si no, ¿por qué hacemos? Para una
clase tenemos que prepararla.
Alumna --- Yo creo también, profa que […] los profesores saben que ellos están
“colando”, pero simplemente no hacen nada, ¡deja! […]
[Todos se ríen]
PROFESORA --- ¡Mira! Bueno, para que no… el enfoque, que vayamos con el texto.
Saltaremos algunos comentarios.
PROFESORA --- Déjame ver el texto que me olvidé del mío (risas). Qué feo, ¿no?
PROFESORA --- Bueno, en este punto sabemos que algunas cosas hacen parten
ééé… y siempre fueron parte de las clases que damos, por ejemplo: la gramática es
una de ellas, pero el nombre de enseñanza de gramática ya está sucio y cargado
de… una idea de que es algo aburrido, repetitivo, ê de una cierta manera, éé… de
una cierta manera inútil, vamos a decir así, pero no es, dependiendo de la forma
con… a través de la cual aprendes eso. Pero, eso es un ejemplo de cómo éé… el
nombre de la cosa está sucio y cargado de algo que para el alumno puede que sea
malo, entonces éé… el enfoque comunicativo viene para traer, para este tipo de
cosa, como para otros también éé… nuevos titulares, nuevas formas de llamar a una
cosa parecida, porque el método cambia, pero la cosa en sí, puede que sea muy
semejante. Entonces, dar un nombre nuevo, a veces hace con que los alumnos
tengan algún tipo de interés nuevo, porque no es aquella cosa vieja, que ya
conocían antes. Entonces, por ejemplo, vas a dar un ejemplo de cómo se dice
alguna cosa en español, o lo que sea y dices: ahora vamos a formalizar, un ejemplo,
formalizarlo es: vamos de gramática, no es la misma cosa, y eso éé… quita unnn…
216
no miedo, pero unnn… una dificultad que el alumno tiene ya con aquel término,
¿comprendes? Y ahí, cuando el enfoque comunicativo va a hacer esto con varios…
varias partes del aula, que antes consagrados como la parte… la parte del tedio,
éé… eso cambia la relación que tienes con los alumnos. La gramática fue solamente
un ejemplo, puede ser con…
PROFESORA --- Incluso es uno de los puntos queee… los libros didácticos fallan
bastante, porque no consideran. La mayoría es extranjero, es importado, y ahí no
consideran las dificultades yyy… y puntos específicos para el… el alumno de
español como lengua extranjera en Brasil, y ahí por ejemplo, un libro que usaría para
un brasileño sería el mismo libro que se usaría para un alemán, que tiene matices
lingüísticas completamente distintas. Y ahí, un libro puede que sea muy repetitivo
para un brasileño… sea… todo muy nuevo, y ahí es todo, todo, es repetitivo. Tiene
que aprender, porque no sabe nada.
PROFESORA --- Éé… es mucho común, es mucho frecuente como esas, cuando
tenemos una éé…una matriz como nosotros de colonizados, tenemos una herencia
cultural que a veces es muy parecida, y muchas veces no hay tantos cambios así.
Por ejemplo, yo me acuerdo que he analizado un libro didáctico que… trataban…
que era una cosa como esa, que Jucélia ha hablado, y trataba del cumpleaños, y ahí
traía una musiquita de cumpleaños de no sé dónde, que no me acuerdo y le
preguntaba, y decía: en mi país éé… el cumpleaños cantamos una canción y
comemos pastel, y ¿en tu país cómo es? Cantamos una canción, comemos pastel, y
comemos otras cosas más, pero no es tan distinto.
Y entonces creo que éé… hacer las preguntas apropiadas paraa… el tipo de alumno
que estás trabajando con ellos, él va a conseguir, por ejemplo ééé… ¿sueles
conmemorar tu cumpleaños dónde? A veces un niño de escuela pública no
conmemora su cumpleaños con frecuencia, porque no tiene fiesta, y no tiene dinero.
Hoy creo que esa realidad que está un poco diferente, pero éé… no sé, 15 años
atrás, no. Yo conocía personas que nunca habían conmemorado, nunca habían, no
sé, ido a un centro de compras, un shopping. Entonces, es una realidad que, si
217
hacemos las preguntas adecuadas para que el grupo, y tenemos eso, y no: cómo se
conmemora el cumpleaños en Brasil. En Brasil puede que se conmemore
informalmente, pero, y en tu casa. Hay condiciones, por ejemplo de conmemorar de
tal manera, como dice el libro, con toda esta… éé…
PROFESORA --- Cosas bonitas, todo eso. Entonces, hacer la pregunta apropiada
para que el grupo. A veces, la cosa que te va a garantizar ese suceso, el éxito en
aquel grupo, muchas veces, porque te aproximas del alumno de una forma éé… que
no es simplemente poner la mano en su hombro, y cosas de este tipo. Es una
aproximación que a veces ni él había pensado en eso. Es un conocimiento que éé…
aseguraría por ejemplo que los problemas de Márcia fueran quitados, y ahí en el
momento en que surgieron, por ejemplo, en el momento. Los traumas no existen en
este punto. Si consigues alcanzar los problemas y hacerlos reflejar sobre esto y
esperar de alguna manera. Y ahí estás cumpliendo tus objetivos pedagógicos, pero
también los objetivos humanos… Eso es fundamental y es lindo…
PROFESORA --- Yo creo que, eso de llenar huecos puede ser parte de la
construcción del conocimiento de los alumnos. Por ejemplo con cuestiones de
gramática, éé... a veces cuando vas a rellenar surgen las dudas, y las dudas pueden
ser quitadas de una forma más rápida.
PROFESORA --- Sí, por ejemplo, vamos a decir que estamos trabajando los
pronombres ooo… una cosa que los alumnos de básico se equivocan bastante los
verbos reflexivos, o los pronombres reflexivos. Y ahí si pones para que contesten
eso en un texto que va a hacer, no va a tener mucha dificultad en hacerlo
correctamente. Generalmente, cuando hacemos éé… textos enteros, producciones
escritas más largas, porque eso tarda un poco resolver. Y ahí esa duda va a… tarda
más para que sea resolvida. Si haces un ejercicio como ese te va a costar a veces
15 minutos de tu clase y será quitada la duda. Entonces, a veces sí que es válido.
218
PROFESORA --- El problema es… Sí, incluso cuando es bien planeada no pasa
nada. El problema, creo que… cuando hice mi pasantía éé… la graduación, la época
todavía era en GP (Ginásio Pernambucano), allí en Aurora. Y la clase de español,
llevaba unas fichas, éé… no me acuerdo su nombre y tampoco me hace falta, é…
llevaba unas fichas con dos páginas, é… frente y verso con cosas de completar.
Entregaba las fichas: este contenido está en la página 50 del libro, miren y hagan,
me entreguen que vale punto. Se sentaba en su silla, se quedaba leyendo un libro. Y
nosotras, era yo y una amiga que hice la pasantía solo mirando y… nos
quedábamos, bueno, qué vamos a hacer durante esos 45 minutos de clase. Mirar a
los alumnos en grupo haciendo… otros estaban en el móvil, y no sé qué. Y la
profesora leyendo el libro. Y ahí tomábamos nota, cuál era el libro. Bueno, qué
vamos a hacer en esta clase. Vamos a describir cuál es el libro que está leyendo,
cuál es la ropa que está usando, porque está usando, no hay más para decir, ¿no?
está haciendo nada. Probablemente ha tomado unas cosas de internet, copiado y
colado y ya está.
PROFESORA --- Sí, y ahí es un problema. Cuando los huecos son hechos de esta
forma…
Alumna --- […] aunque sea una tarea de rellenar huecos, hay que haber la
participación del profesor […]
PROFESORA --- Y eso es lo que vamos a pensar después, y que tienen que ver con
los textos que antes, de planeamiento, de cómo cada cosa tiene que tener sus
objetivos bastante claros, su metodología bastante clara y su tipo de evaluación
bastante clara. Si vas a evaluar determinado contenido, a través del método de
rellenar huecos, esto tiene que estar en planeamiento didáctico, tiene que estar
bastante bien planeado. No es algo que surge de la nada, es algo de la clase, es
219
algo que hacer parte de un plan que hiciste antes, y que va a estar bien, de acuerdo,
coherente con el plan que hiciste.
PROFESORA --- Sí. Un ejemplo é… que pasó conmigo, una de las veces que he
estado en una clase como esa que Márcia dice que… es pésima, que nunca van a
querer saber de nada, no tienen interés, no tienen nada. Una de las veces que
conseguí llamar la atención fue… bueno, estás ahí todo… pensando en otras cosas,
queriendo estar en otros lugares, pero, ¿por qué? Qué es que hace con que este
ambiente que estamos aquí sea algo tan malo, tan desagradable, para que todos
quieran estar en otras clases. Y ahí vamos a quedar así: ah… bueno, es que está
calor, es que las sillas están malas, y no sé qué… y así, empiezas a conocer por qué
ellos están así. Y a veces consigues hacer alguna cosa para que se.... Por ejemplo,
puedes hablar que se ha roto un ventilador, cosas de este tipo, y eso faz la
diferencia. Cuando conoces por qué los alumnos no quieren prestar atención. Sí que
consigues cambiarlo, y… o entonces, convencerlo que aunque sea así, hay
esperanza de que consiga. Que presten atención y consigan hacer otra cosa. Una
cosa que… que hice que fue bastante… fue bonito, fue que no querían aprender
español, porque pensaban que no eran capaces de aprender: Bueno, déjame pensar
en una estrategia para eso éé… en casa, he visto un vídeo que era bastante corto,
como tres minutos. Y he visto las estructuras que eran distintas del español y del
portugués. Bueno, un alumno de aquel que no sabe nada de español va a tener
dificultad con esas y esas expresiones y formas lingüísticas. Y ahí ¿qué hice? Una
clase que va a durar 45 minutos, expliqué qué expresiones eran esas, y ahí les dije:
miren, ¿consiguieron comprender estas expresiones? Bien, entonces vamos a ver
este vídeo que está en español. He pasado y lo comprendido: mira, yo he
comprendido, nunca pensé que podría comprender un vídeo como este. Nunca
conseguía comprender nada en español, parecía otra cosa muy distinta, muy lejos,
muy lejana de mí. Y ahí… sí consigo. Bueno, es posible entender. Solo esto me
costó, no sé, 5 minutos mirando un vídeo en casa.
PROFESORA --- Pero, mira lo que está antes. Permiso, ¿dónde es? (Le pide a la
alumna para mirar su texto) Miremos todos, porque él (el autor) no exenta a nadie de
responsabilidades. (Lee un fragmento en portugués del texto)
PROFESORA --- […] Pero, yo creo que… que no es tan, tan, tan distinto. La
cuestión del programa, estoy hablando la cuestión del programa. Qué es lo que ven
los alumnos de otras facultades, qué es que vemos aquí, en cuestión de programas
curriculares. Pero, quién va a dar y cómo va a dar, ahí ya es otra cuestión. […]
Seguro, esto nos dicen éé… las investigaciones que están hechas por ahí. Esta
semana ya, creo que esta semana, he visto una… de Folha, que la universidad está
entre de las 10 mejores de Brasil
PROFESORA ---- Y... creo que la séptima de universidades federales. Eso es bueno,
pero también es un reflejo de cómo é… la cuestión de la educación en Brasil está,
así, así.... porque tampoco somos excelentes, me parece. Tenemos que evolucionar
bastante para llegar a un nivel de excelencia de verdad. Y ahí, é… creo que é… este
es un índice bastante significativo de cuánto tenemos que mejorar, pero que
estamos aún ahora sin […], ¿no?
221
PROFESORA --- Sí, que era lo que hablábamos al empiezo. Muchos dicen que ser
comunicativo es simplemente poner los alumnos para hablar, hacer juegos, cuando
en realidad no es así.
PROFESORA – Vale, muy bien. ¿Algo más? (Dirigiéndose a la alumna) Idalina que
ha leído, ¿tienes comentarios?
PROFESORA --- Mejor que el otro. La idea es que […] Después, voy a intentar…
humana, vamos a decir así. Y empezamos con, éé… el primer día de clases, es el
capítulo 1, le tocó a Miranildo, ¿has leído? Y ¿Cláudia?
PROFESORA --- Bueno, son todas preguntas muy bien pensadas para nosotros,
¿no? Y preguntas que ya nos hicimos este semestre, en esta asignatura: qué puede
dificultar el aprendizaje, qué es lo que el alumno trae para el aprendizaje, está en el
cero, es una tabla rasa, éé… qué esperan del profesor, qué razones tienen para
aprender, cuáles es su motivación, éé… cómo puede el profesor ayudar a sus
alumnos para que conozcan cómo es… cuál es su método de aprendizaje, y qué
podemos compartir de responsabilidades. ¿Todo está para el profesor o algo está
para los alumnos? Y si compartimos esas responsabilidades, cuáles son las mías,
cuáles son las vuestras, no como algo… entonces va a intentar éé… explicitar. Y
todas esas preguntas, creo que nos debemos hacer en cada grupo que vayamos a
dar clases. Y diría que en más de un momento porque a veces hay necesidades […]
durante un semestre letivo…
PROFESORA --- Que son expectativa de […]. Un profesor trae un tipo… unas
expectativas de la clase, el alumno tiene otra, y ahí no están sintonizadas las cosas
que quieren.
Alumna --- Muchas veces parece que el profesor tiene un programa en corto […]
[Alumno prosigue…]
Alumna —Yo tengo una duda, el primer día de clase es para quien va a dar la clase
por primera vez o para […]
PROFESORA --- El primer día de clase como tenemos el primer día de clase todos
los en la universidad. Incluso, é… cuando ya cuando conoces los alumnos. Por
ejemplo, estábamos juntos en otra asignatura, otro tiempo. Pero, el primer de
metodología 4 es el primer día de metodología 4. No es… no es la herencia de
223
metodología 1, o lo que sea. Estábamos… incluso, tenemos que pensar que cuando
los conocí en metodología 1, eráis alumnos de, no sé, de cuarto, quinto período éé…
un año y medio, más o menos, creo. Y esto es un año y medio es muy, muy decisivo
en la universidad, porque son 4 años, un año y medio é… no sé, creo que son 30%.
Ya cambiaron mucha cosa. Sus vidas, éé… sus profesiones. Algunos trabajan, otros
no trabajaban. Y todo eso cambia la persona que eres. Entonces, cuando entré en
metodología 4 sabía que no iba encontrar las mismas personas que estaban en
metodología 1, aunque sean las mismas personas según éé… la burocracia de
vuestros nombres y todo eso. No sois los mismos, has evolucionado bastante, y no
sois las mismas niñas que estabais en metodología 1, sois otras.
Alumna --- Éé… en este libro el enfoque […], o es solo para universidades?
PROFESORA --- No, no, enseñanza en general. Incluso, él trae… unos… éé… él
trae unos dibujos, y algunos de los dibujos están niños, están… es para didáctica, no
es para profesores universitarios, habla para clase de español como segunda lengua
o lengua extranjera.
[Alumna comenta]
PROFESORA --- Sí, sí, para escuelas. En realidad, es un libro para el profesor, es
un libro de didáctica de lengua extranjera…
clase. Y ahí, en ese primer día que está hablando aquí sobre: ¿qué es que tiene que
conocer en el primer día de clase? Ya vas a traer un contenido como ha hablado
Miranildo y Claudiana. Vas a traer un contenido para todo el semestre, para toda […]
Vas a poner todo el contenido para que empiecen, pero sin ni conocer a los alumnos.
Y ahí, va a decir: mira, hay otra cosa que pensar: hay que conocer que el primer día
de clase es diferenciado de los demás.
Alumna --- Para todo esto es importante que… […]. Son características que nosotros
podemos mirar, ¿no? […]
PROFESORA --- Y todo es fácil, no es algo de… España […]. Incluso si no tienes
recursos para hacer fotocopias, cosas del tipo, se pude hacerlo oralmente… y eso
solo basta que estés con la voz. No hace falta emplear ninguna plata […]
PROFESORA --- Y esto es él (el autor) sugiere al final de la página éé… haz una
lista con las cualidades que a tu modo de ver pueden ser positivos o negativos para
el aprendizaje de una lengua. Esto parece un poco tonto, mira: me está pidiendo que
haga una lista de no sé qué, pero esto es fundamental. No que formalices la lista,
pero que pienses respecto eso, porque eso quiere decir qué es que esperas de tus
alumnos. Tú tienes que saber claramente qué es que esperas de los alumnos, antes
que conozcas a él. Antes, mira: voy a dar clase de… no sé, un grupo de Letras,
quinto período, octavo período. ¿Qué es que espero de esos alumnos sin… siquiera
conocerlos? ¿Qué es que espero de alumno de Letras de octavo período?, por
225
Hay algunas expectativas que tú tienes que saber, que tienen que ser basadas en
aquello que es posible, de aquellos que están en realidad, mismo sin conocer los
alumnos. Y ahí, cuando… cuando conozcas vas a… ééé… rellenar los vacíos que
estaban en tu primera evaluación, en tu primera expectativa. Hay que… Existe una
necesidad muy importante de saber qué es que quieres de ellos, porque sino tu
clase, tu evaluación, todo que vas a hacer es vacío, porque si ni tú mismo sabes qué
quieres, cómo ellos van a querer, van a saber qué hacer… se tiene que saber.
PROFESORA --- Tienes que adaptarse a las nuevas expectativas que son
desarrolladas durante el semestre.
Alumna --- La profesora sabe que tengo una buena escrita… la oralidad no tan
buena…
PROFESORA --- Hay que dar tiempo al tiempo. Pero, tampoco es éé… tampoco
vamos a dejar de incentivar y hablar, ¿sí? Él es tímido, pero tiene que ser evaluado
con la oralidad también. Entonces, qué método vamos a utilizar para evaluar y
incentivar el alumno la oralidad en el alumno que es tímido. Y ahí, hay una serie de
cuestiones que podemos traer para…
Alumna --- Es una cuestión que puede ser el primer día de clase.
PROFESORA --- Tampoco é… también para que se sientan un poco más seguros,
algo de […], la evaluación, mira: no es que es esté preparado para… porque no
vamos a saber hacer… esto es esto, y bueno, puedes seguir.
[Todos se ríen]
PROFESORA --- Creo que el mejor termómetro para eso serán los alumnos. Aun
así, y ahí, lo que pasa es que tenemos que ser entrenados, aunque sea que una
mala palabra, entrenados para conseguir detectar cómo, qué señales nos dan los
alumnos; demuestran cuando estén en clase, de nuestro trabajo.
PROFESORA --- Eso depende, claro, con el grupo que vas a hablar. Pero, tampoco
tienes que ignorar los problemas que están surgiendo, por ejemplo, si hay una clase
que… no sé, 50% de los alumnos están distantes y pasa algo, sientes que pasa
algo. Y ahí, al final puedes preguntar: mira, he percibido que estáis distintos hoy, qué
es que pasó, é… hay algún problema en la escuela, qué pasó para que esteas así.
PROFESORA --- A veces, puede ser. A veces, puede que sea. No en el primer día,
pero, por ejemplo ééé… si tienes alguna dificultad, desde el punto de vista físico de
la escuela, estructural, puede decir a los alumnos, por ejemplo, mira: yo había
programado una clase que sería mucho más é… divertida, pero hoy no conseguí é…
no sé, el proyecto é… entonces, les pido ayuda porque la clase será… tendrá una
parte que será un poco provisionada, algo de eso. […], porque los alumnos saben
cuándo tú no sabes algo y… esa idea de intentar mentir para los alumnos es algo
que es… irreal, me parece. Por ejemplo, muchas veces me equivoco cuando estoy
hablando, y sé que todos perciben. Es muy ideal pensar que los alumnos no
perciben, ¿comprendes? Hay que saber que los alumnos perciben todo. Si tú… no
sé, si tus zapatos están sucios, si… no sé, si…hiciste un maquillaje que está feo,
227
todo lo percibe el alumno. Si hablas mal, no sé, si estás con una cara triste, si estás
con una cara feliz. ¡Todo lo percibe el alumno! Y es ilusión pensar que no, que no los
alumnos no van a percibir, ¡van a percibir! Punto. Somos alumnos y sabemos cómo
somos.
Alumna --- Sí, porque si estamos en esta posición que estás tú ahora…tú estás más
expuesta […]
PROFESORA --- Sí, exactamente. Y a veces cuando estamos aquí pensando si los
alumnos, de repente, porque eres tú el profesor, son diferentes y no son… alumnos,
alumnas en cualquier parte, no importa si es niño o si es adulto, da igual. Es
alumno… y somos malos… en general somos malos. Nos juzgamos demasiado.
Bueno, hacemos eso. Yo hago con mis profesores y vosotros hacéis con los suyos.
[Risas]
PROFESORA --- ¿Qué van a hacer contigo? Pero, claro, yo juzgo a mi profesor. Hoy
yo tengo otros criterios, yo…bueno, no es bueno así.
PROFESORA --- Claro, claro. Será siempre algo que estamos juzgando. Ya está. Y
entonces, cuando compartes algo, te humanizas: y ahí, mira, mira, la profesora está
con una maquillaje fea, peleó con el marido y no tuvo tiempo de hacerla bien. No sé,
algo de este tipo. Y te humanizas, y te aproximas de los alumnos. Entonces, esa
ilusión de que… los alumnos van a percibir si está, no sé, triste o lo que sea, es una
ilusión, y solamente eso. Nadie es tan buen actor que consiga engañar, no sé, una
clase de 30 personas, ¿no? Entonces, este punto trata exactamente de esto, que
compartas las dificultades para que los alumnos comprendan, por qué un proceso de
aprendizaje está siendo afectado por esas dificultades, porque […] y no vas a
conseguir.
[Alumna sigue]
Alumna --- […] decidir cuándo quieres que hagan una pausa […]
PROFESORA --- Claro. Entonces, é… para cerrar, vamos a los últimos comentarios.
PROFESORA ---Y al final, solo para que conozcáis como el libro funciona, trae una
tabla con sugerencias de qué preguntas hacer, y cómo organizar esa primera clase.
Que quede claro que eso no es una é… una tabla de contenidos obligatorios que
vas a hacer. Pero, sirve para ubicarnos cuando estamos bastante perdidos y qué es
para hacer. Como a veces Márcia ha comentado que estaba, eso nos sirve para
organizarnos mejor.
PROFESORA ---- Este es de los 90, me parece. La última… esa edición es de 2005,
pero creo que la primera es de 95.
PROFESORA --- Es, es un poco antiguo, pero que está un poco sistematizado,
demasiado sistematizado. Pero, a veces en estos libros del siglo XXI nos dicen
cosas lindas, pero no nos dicen cómo sistematizar algunas cosas, que es necesario.
Y ahí, me parece que necesitamos aliar el nuevo conocimiento que tenemos, que
está lindo para nuestra realidad, pero con alguna sistematización, porque si no
decimos: clase intercultural, clase intercultural, clase comunicativa, pero ¿cómo? A
través de qué criterios, qué cosas voy a hacer en la clase comunicativa, intercultural
o lo que sea. Que sea sistematizado, bien ordenado y todo eso. Y ahí, tenemos que
229
unir esas preguntas… estas… estes sistemas formales que están con el
conocimiento nuevo y agregar todo eso y hacer una cosa mejor todavía… de lo que
conocemos. Por eso, me parece que tenemos, sí, que agregar este conocimiento de
los años 90, que noss… parece antiguo con el conocimiento nuevo, que estamos
pensando, por ejemplo, cómo aliar eso a una clase de literatura para enseñanza de
lengua extranjera. Es algo que da trabajo porque no hay un conocimiento listo sobre
eso, pero nosotros tenemos que hacer, me parece. Y ahí, para hacer bien tenemos
que é… agregar todo eso. Bueno, hoy nos quedamos por aquí. Teníamos un objetivo
bastante idealizado, de qué íbamos a hacer en clase, ¿no? Eran muchos capítulos,
pero yo sabía que no había tiempo, pero todavía quería que hubieran leído estos
textos… entonces, voy a hacer a llamada. Quedamos con Emily y Carla empezando
el viernes a las 8h15…
PROFESORA --- ¿Has oído, Carla? Muy bien, gracias. Voy a hacer la llamada.
Adrielle estaba ahí, Aline..., Idalina, Janaína no ha venido… Jucélia, Márcia, Rita…
230
TRANSCRIÇÃO 5
PROFESOR --- ¿Van a dar clases hoy o van a observar? (Dirigiéndose hacia Márcia
y yo)
PROFESOR --- Muy bien. Yo quiero comentar las pruebas y… quiero proponer que
hagamos un ejercicio complementario, ¿por qué?, porque lo que pasa es que de
manera general no fueron buenas las notas. Los tiempos verbales, pretérito perfecto
simple y el compuesto.
PROFESOR --- Muy bien. Pero, no fue por falta de explicación, no sé lo qué hubo,
pero no hay problema, tenemos otras oportunidades, otra oportunidad. Mientras, yo
voy a distribuir y después comentar, comentarla. Yo quiero, hamm… compartir con
ustedes un texto clásico de la literatura universal, que es un texto bíblico también,
llamado El Hijo Pródigo. ¿Quién conoce este libro?
PROFESOR --- Distribuye aquí, todos, todos. (Hablando con los alumnos)
PROFESOR --- ¡Mira! ¡Atención! Este texto clásico del Hijo Pródigo fue muchas
veces escenado en el cine, en el teatro, en las escuelas, en las iglesias, en todas
partes. Entonces, por favor, tenemos aquí, además de eso, tenemos aquí mucha
cosa muchos elementos de gramática [...] en el texto. Entonces, vamos a estudiar
también en la perspectiva de que aprendamos… aprendemos gramática en el texto,
¿vale? Por favor, lean, marquen las palabras desconocidas o circulen las
desconocidas […]. Primero, el texto del Hijo Pródigo, después el comentario de un
psicólogo, aquí detrás, sobre el uso de… de las drogas […], muchos jóvenes. Y
marca aquí también, la solución, y […] a través del artículo […] texto muy bueno,
universal. Nada […] con religioso, pero cosas prácticas para nuestra vida, ¿vale?
Por favor, lean y anoten en él, las palabras desconocidas, para que podamos
estudiarlas aquí, ahora, ¿vale?
PROFESOR --- “Pessoal! Tem uma atividade para fazer, vejam aí no texto”, los
tiempos que están en pretérito compuesto, ¿vale?
PROFESOR --- [Sigue llamando a los alumnos para que recojan sus exámenes]
[Alumnos hablando]
PROFESOR --- Ahora, presten atención, por favor. Vamos a repasar el contenido,
¿no? Hacer comentarios, en seguida… sí, yo puse una citación: amar o […] amar,
¿vale? Ahora, el primero, (leyendo la cuestión del examen) completa el siguiente
texto con la forma adecuada del pretérito perfecto. Últimamente… mira, sabes que el
pretérito perfecto es lo mismo que el pretérito perfecto compuesto, ¿vale?
PROFESOR --- Muy bien. (Leyendo la cuestión) Últimamente, muchas cosas han
cambiado. ¿Vale?
PROFESOR --- Mira, han cambiado. Mira, ¡atención! Últimamente, muchas cosas
han cambiado. ¿Por qué han cambiado?
PROFESOR --- Puede ser un pasado de… un día, de… dos días, pero, que tiene
que ver con la actualidad: últimamente. (Sigue leyendo otra cuestión) Después: hoy,
he leído en el periódico que ya han encontrado la fórmula que permite revivir a los
seres vivos después de la muerte. ¡Escuchen!, ¿hoy, tiene que ver con el presente?
PROFESOR --- ¿Hoy? El adverbio hoy, ¿el marcador temporal hoy, tiene que ver
con el presente?
PROFESOR --- Entonces, hoy éé… he leído, ¿vale? Hoy he leído, ¿dónde?, en el
periódico que ya o que ya, ellos…han encontrado…
PROFESOR --- Han encontrado… he leído que ellos han encontrado, han
encontrado, han encontrado, ¿por qué? Mira, hay que concordar con el verbo […],
han encontrado, han encontrado la fórmula que permite revivir a los seres vivos
después de la muerte. ¿Han comprendido? Bueno, han… encontrado, han
encontrado, ¿por qué?, porque tiene que ver con el presente: últimamente, hoy
también. […] con el pretérito. (Leyendo otra cuestión) Lo han probado, lo han
probado que ellos han vuelto, lo han probado, lo han probado que ellos han vuelto,
han vuelto, ¿qué significa eso?, ¿qué significa eso: han vuelto?
PROFESOR --- Ahh… voltaram, voltaram a sobreviver. Han vuelto a vivir, han vuelta
a la arena…
234
PROFESOR --- Bueno, todo vale cuarenta aciertos, todo, toda la prueba.
PROFESOR --- Eso. Cuarenta aciertos. A ver, ¡adelante! Ahhh…. (Vuelve a leer el
examen) Durante […], pero, todos los científicos han dicho que trata del primer paso
hacia la inmortalidad. Mira: vuelto, dicho. Participios irregulares, ¿por qué? El verbo
en el infinitivo es volver, volver, y aquí, decir. Entonces, aquí han vuelto combinando
con científicos, han dicho también; han dicho, el verbo, ¿vale? Bueno… ¡Atención!
prosiguiendo aquí: (siguiendo la lectura del texto) pero, todos los científicos han
dicho que trata del primer paso hacia la inmortalidad. También, en el campo de la
genética haber, haber ahí… el verbo en el infinitivo es volver, volver, y aquí, ¡bien!,
decir. Entonces, aquí han vuelto combinando con científicos, han dicho también, han
dicho […], ¿vale? ¡Atención! Prosiguiendo aquí, pero todos los científicos han dicho
que trata del primer paso hacia la inmortalidad, también en el campo de la genética,
haber, haber ahí está en sentido impersonal. En portugués, se queda el verbo en la
versión en singular, y el compuesto también: ha habido, ha habido, ha habido. Ha
habido que… la próxima es simplemente emplear hubo, hubo […] Muy bien,
¡adelante! Ahmmm… Ha habido grandes avances, la OMS han abierto, la OMS ha
abierto. De Nuevo, participio irregular, irregular, abrir: abierto, volver, vuelto, decir,
dicho, ¿vale? Aquí hay regular, encontrado, colgado…
PROFESOR --- ¡Adelante! Ham... (Sigue leyendo un fragmento del texto del
examen) La OMS ha abierto las puertas a la decisión […], ellos, hablar, ellos han
tardado…
PROFESOR --- Ellos han tardado mucho tiempo en poner de acuerdo, pero a veces
lo han hecho, lo han hecho, ¡miren! Lo han hecho.
[Alumna comentando]
PROFESOR --- ¡Escuchen! Han hecho, han hecho, hecho, participio irregular de
nuevo, han hecho… “fizeram” ellos han hecho, pero queda aquí lo han hecho. (Sigue
leyendo y respondiendo) Las grandes autoridades eclesiásticas… decir, ¿cómo
sería?
PROFESOR --- Han hecho. Vale, muy bien. Han dicho, han dicho, han dicho, de
nuevo, participio irregular: decir, dicho, han dicho hamm… que esto es un atentado
contra la divinidad y en la sociedad se ha abierto ¿por qué?, se ha abierto, ¿por
qué? ¿Por qué se ha abierto? Porque es un verbo pronominal: abrirse, se ha abierto.
Se… ha… abierto. (Hablando despacio para una alumna).
[Alumnos hablando]
PROFESOR --- ¡Mira! Nunca, nunca también es un marcador temporal que tiene
relación con el presente, puede ser pasado y puede ser presente. Nunca […],
estamos viviendo. Entonces, nunca, ver, nunca he… visto… nunca he visto, nunca
he visto ¿vale?
PROFESOR --- “Nunca he visto nada igual, nada igual”. ¿Alguna duda?
PROFESOR --- (Leyendo la segunda cuestión) Segundo: “completa los verbos del
siguiente trecho de una entrevista al músico uruguayo Jorge Drexler con las
terminaciones que corresponden en el pretérito indefinido”. A ver, ¡atención!,
pretérito indefinido. ¿Qué es eso? Pretérito indefinido o pretérito perfecto simple.
Aquí te pide, aquí te pide las desinencias, o sea, te pide las terminaciones,
terminaciones. Aquí, por ejemplo, (Leyendo el texto) En 1995, una invitación del
músico español Joaquín […] es más bien hija de la madrugada o el alcohol, lo… lo
llevó, lo llevó, lo llevó. ¡Mira! La desinencia: o…propia del pretérito, llevó a España.
PROFESOR --- Llevó. (Sigue la lectura) Era una de esas invitaciones de boliche de
Joaquín a las 7 de la mañana […], pero me lo repitió, repitió, repitió. ¡Mira! Repitió,
tanto, tanto, tanto, que me fui para allá, le toqué el timbre, le toqué, toqué, le toqué el
timbre. (Sigue) Me dijo: vente porque todos te van a querer grabar canciones […]. Yo
pensé, yo pensé. A ver: llevó, repitió, toqué, pensé, pretéritos indefinidos o…
[Alumna interrumpe]
PROFESOR --- O pretérito perfecto simple de indicativo, toqué, t-o-q-u-e [...], repitió,
repitió, repitió. ¡Atención! Toqué el timbre, pensé. Yo pensé, repitindo. (Sigue el texto)
Yo estaba en Uruguay y con […]. Drexler ya era una celebridad en España cuando
recibió…
237
[Alumnos hablando]
PROFESOR --- Cuando recibió, recibió el Oscar a la mejor canción por […] en 2005,
2005, ¿vale? Bien, ahí tenemos cinco aciertos: llevó, repitió, toqué, pensé, recibió,
¿vale? ¿Alguna duda?
ALUMNA --- Quando não tem um marcador temporal [...], tem que usar o composto,
é?
PROFESOR --- ¡Mira! ¡Escucha! Voy a explicar. Explico, primero: esta semana…
¡Silencio! [Llamando a una alumna] Esta semana, ¡mira!, el marcador temporal aquí
es esta semana, ¿tiene que ver con el presente?
ALUMNA ---Sí.
PROFESOR --- Está el ámbito del presente, porque […] la semana, la semana no se
ha acabado todavía ¿vale? Entonces, esta semana he comido tortilla y pollo asado
casi todos los días. ¿De acuerdo? (Dirigiéndose a algunos alumnos) Por favor,
guarden los celulares. Bien, bien... (Sigue) Ayer, ayer... ¿tiene que ver con el
presente ayer?
[Alumnos hablando]
239
PROFESOR --- A ver, ¡atención! Todavía no han llegado mis hermanos, porque
todavía indica algo que está dentro del ámbito del presente, ainda, ainda! ¿Qué les
habrá pasado? Bueno, letra C. Letra Ch, el dígrafo ch.
PROFESOR --- (Empieza a leer) En 1978, ¡mira, está bien definido ahí, en 1978,
¿estuve o estaba?
PROFESOR --- Porque indica, indica una circunstancia en el pasado que nada tiene
que ver con el presente…
[Alumna interrumpe]
PROFESOR --- En Nicaragua. Fue, fue un bellísimo viaje. Fue, fue, ¡mira!, fue, el
viaje fue bellísimo. Fue un bellísimo viaje. De verdad que me encantó, el bellísimo
viaje me encantó, me encantó. Para quien puso me encanté, puede ser también.
240
[Alumnos hablando]
PROFESOR --- Muy bien, muy bien compañero, muy bien. Aburrido aborrecer.
Bueno… siempre lo… ha hecho. ¡Mira!, siempre, otro marcador temporal que tiene
que ver con el presente. Está relacionado con el presente. […]. Siempre, nunca,
todavía, etc., ¿vale? Bueno, isso vale siete, siete aciertos, siete aciertos. ¡Adelante!
Cuestión 4, éé… (Leyendo) Completa esta tabla con las formas del pretérito
indefinido de estos verbos regulares.
[Alumnos hablando]
[Alumnos conversando]