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CASCAVEL – PR
2017
NATASHA ANTUNES SOARES
CASCAVEL – PR
2017
NATASHA ANTUNES SOARES
Esta monografia foi avaliada e aprovada pela Banca Examinadora, por atender aos
pré-requisitos exigidos pelo Curso de Letras – Português/Italiano, da Universidade
Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE.
COMISSÃO EXAMINADORA
____________________________________________
Profa. Dra. Alessandra Regina Ribeiro Honório
Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE)
Orientadora
_____________________________________________
Profa. Dra. Rejane Hauch Pinto Tristoni
Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE)
Membro Efetivo (da Instituição)
_____________________________________________
Profa. Ma. Wânia Cristiane Beloni
Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE)
Membro Efetivo (convidado)
Albert Einstein
RESUMO
Questa monografia cerca di mostrare alcuni vantaggi nel lavoro con l’uso dei materiali
autentici per l’insegnamento di italiano per bambini dai 3 ai 6 anni, non ancora
alfabetizzati o nel processo iniziale di alfabetizzazione, tenendo conto degli aspetti
propri dell’infanzia e della loro forma dell’apprendimento. Oltre a questo tema
generale, altri aspetti legati all'insegnamento e all'apprendimento della lingua italiana
per i bambini sono stati: riflettere sull'età per l'insegnamento delle lingue straniere per
i bambini; come mescolare/equilibrare le teorie dell'insegnamento pedagogico e
linguistico; le differenze tra insegnare agli adulti e ai bambini; l'uso di materiali autentici
nell'insegnamento delle lingue straniere; e come materiali autentici possono essere
realizzati per questo gruppo. La metodologia utilizzata sarà la ricerca bibliografica sugli
obiettivi specifici relativi all'importanza dell'uso di materiali autentici in lingua italiana
per l'insegnamento di bambini non alfabetizzati. Nella ricerca di rispondere a tali
domande, il nostro studio è organizzato in cinque capitoli come segue: riflessioni sugli
aspetti cognitivi dello sviluppo linguistico dei bambini e dell'età per l'inizio dell'istruzione
di lingue straniere per i bambini; differenza tra l'insegnamento di adulti e bambini; l'uso
di materiali autentici nell'insegnamento LE; post-metodo e didatizzazione di materiali
autentici; qual’è la rilevanza dei materiali autentici per insegnare ai bambini; e infine,
proponiamo alcune attività utilizzando materiali autentici selezionati per questo
pubblico. Al fine di proporre il materiale didattico, ci rivolgiamo a Internet, dal momento
che il nostro contatto con la lingua italiana avrà la forma di una lingua straniera e la
distanza tra i paesi rende difficile ottenere tali materiali.
INTRODUÇÃO........................................................................................................... 10
CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................................... 52
REFERÊNCIAS......................................................................................................... 55
APÊNDICES.............................................................................................................. 58
APÊNDICE A – PROPOSTA DE TRABALHO COM VÍDEO....................................... 59
APÊNDICE B – PROPOSTA DE TRABALHO COM MATERIAL IMPRESSO............ 62
APÊNDICE C – PROPOSTA DE TRABALHO COM ÁUDIO..................................... 67
APÊNDICE D – PROPOSTA DE TRABALHO COM MULTIMÍDIA E LIVRO
DIDÁTICO.................................................................................................................. 70
ANEXOS.................................................................................................................... 78
ANEXO 1 – REPORTAGEM E RESUMO: PROJETO ITALIANO PER BAMBINI.......79
ANEXO 2 – HISTÓRIA............................................................................................... 87
ANEXO 3 – IMAGENS DA HISTÓRIA....................................................................... 88
ANEXO 4 – GLOSSÁRIO DE IMAGENS................................................................... 91
ANEXO 5 – PROPOSTAS DE ATIVIDADES............................................................ 92
ANEXO 6 – MÚSICA................................................................................................. 95
10
INTRODUÇÃO
1 Projeto de Extensão de ensino de ensino de língua italiana gratuito para crianças. O projeto visa a
atender crianças com idade entre 3 e 12 anos. Sendo dividido em três turmas: piccoli, bambini 1 e
bambini 2. Para mais informações confira o anexo 1.
2 Para crianças.
3 Pequenos (as).
4 Talian é uma variedade da língua vêneta (língua/dialeto falado no norte da Itália, mais precisamente
na região do Vêneto), cuja origem remonta o contato dos imigrantes italianos que vieram para o Brasil
11
A relação de proximidade que essas crianças têm com a língua italiana é muito
rica e deve ser considerada e estimulada desde antes da alfabetização, para que esta
experiência propicie desde cedo a valorização e o respeito a outras culturas e povos.
Consideramos, ainda que, o contato que elas têm com o uso de novas tecnologias
também deve ser aproveitado, servindo como um recurso relevante para o ensino.
Todavia, ensinar uma língua estrangeira para crianças na faixa etária em
destaque nesta pesquisa mostra-se um grande desafio para os professores, visto que
há escassas teorias que abordam o ensino para o referido público, bem como poucos
materiais didáticos para apoio em sala de aula.
As reflexões que trazemos geraram algumas questões, dentre elas: Como
mesclar e equilibrar as teorias do ensino pedagógico com o linguístico? Qual a
importância do uso de materiais autênticos no ensino de línguas para crianças entre
3 e 6 anos? E quais materiais autênticos poderiam ser propostos para este grupo?
A metodologia utilizada em nosso trabalho foi a pesquisa bibliográfica, na qual,
buscamos respaldo teórico referente à importância do uso de materiais autênticos de
língua italiana para o ensino de crianças não alfabetizadas. Além disto, propusemos
algumas ideias para a criação de materiais, pois temos um déficit de teorias que
abranjam o ensino de línguas para a referida idade. Os materiais propostos neste
estudo se configuraram como sugestões para futuros trabalhos, tanto de italiano como
de outras línguas, podendo ser readaptados conforme a necessidade da turma, o nível
dos alunos, a idade etc.
Segundo Marconi e Lakatos (1992), a pesquisa bibliográfica é o levantamento
da bibliografia publicada, em forma de livros, revistas, publicações avulsas e imprensa
escrita. A sua finalidade é fazer com que o pesquisador entre em contato direto com
parte considerável do material escrito sobre um determinado assunto, auxiliando os
estudiosos na análise de suas pesquisas ou na manipulação de suas informações.
Ela pode ser considerada como o primeiro passo de toda a pesquisa científica. No
entanto, elegemos as bibliografias que apresentaram maior relevância para o tema
aqui proposto.
Para a proposição do material didático, recorremos à internet, visto que o nosso
contato com a língua italiana se dá na forma de língua estrangeira, e a distância entre
no século XIX, com o português, e por isso, apresenta aspectos das duas línguas. É falada na Região
Sul do Brasil, onde a colonização italiana foi mais intensa (HONÓRIO, 2017).
12
6a. as estruturas cerebrais que dão suporte aos mecanismos de memória explícita amadurecem depois
dos 6 anos. A memória implícita envolve a aquisição de conhecimentos implícitos racionais, voluntários,
verbais, reutilizáveis sob forma de automatismos e que melhoram através da prática;
b. durante os primeiros anos, o desenvolvimento neurossensorial está no máximo das suas
potencialidades e o uso integrado dos sentidos permite à criança coletar do ambiente as informações:
de um lado, a criança explora a realidade vendo-a, tocando-a, degustando-a, saboreando-a, ouvindo-
16
Apesar de não existir um consenso quanto à idade certa para uma criança
começar a aprendizagem de uma língua estrangeira em um curso de idiomas,
acreditamos ser a faixa etária anterior a alfabetização a mais propícia para essa
aprendizagem, por ser nessa idade (a partir dos 3/4 anos) que a criança inicia a
consolidação da fala, e a recorrente ampliação do vocabulário e da comunicação, de
sua atividade intelectual sobre o mundo e da compreensão dele. Todavia, vale
a, de outro, a realidade oferece à criança estímulos sensoriais que constituem uma grande fonte de
desenvolvimento;
c. o processo de mielinização (a maioria dos axônios dos neurônios motores é mielinizada, ou seja, são
recobertos por uma bainha de mielina, que é uma substância “gordurosa” que isola a membrana celular
do neurônio) começa aos 7 anos, para terminar próximo aos 20 anos; é a bainha de mielina que permite
de haver uma memória persistente: é na verdade fácil fazer que uma criança reaprenda qualquer coisa
em um curto prazo, enquanto é mais complexo ser capaz de tornar tais informações estáveis e
permanentes;
d. a persistência da atenção na execução de uma tarefa é defeituosa devido à incompleta maturação
das estruturas do lóbulo frontal, que se desenvolveram plenamente próximo aos 8 anos;
e. a lateralização cerebral que leva a estabilização da função cognitiva em áreas específicas dos
hemisférios do cérebro e a possibilidade de elaboração global e analítica dos estímulos recebidos se
completa em torno dos 7 anos (DALOISO apud LUISE; SERRAGIOTO, 2006, p. 9, todas as tradução
em língua italiana serão traduziadas por nós).
17
ressaltar que tal aprendizagem pode começar muito antes, em casa, com a
contribuição dos pais, por meio de músicas, desenhos, contação de histórias etc.
As afirmações feitas nos levam a várias reflexões metodológicas importantes
quanto ao ensino de LE para crianças: que as características cognitivas e cerebrais
de uma criança menor de 7 anos são diferentes das de crianças maiores; que é papel
do professor fornecer a tais alunos experiências linguísticas globais, multisensoriais,
práticas, as quais devem sempre ser reinteradas, graduais e ordenadas; que o ensino
da regra deve sempre ser de tipo indutivo e aplicado de forma a potencializar todas
as metodologias que privilegiem dentro do ambiente de aprendizagem a qualidade e
a quantidade da produção de input7 linguístico.
Além de se pensar sobre uma possível idade para o início do processo de
ensino e aprendizagem de uma língua estrangeria, é relevante discutirmos se há
diferenças entre adultos e crianças no tocante ao ensino e à aprendizagem de uma
LE. Sobre isso, dedicamos o capítulo subsequente.
Todos os aspectos sociais e culturais do ensino de uma língua são tão ou mais
importantes para as crianças do que para adultos, visto que é na infância que
aprendemos a conviver em sociedade. Contudo, como pontuam Luise e Serragioto
(2006),
línguas estrangeiras fazem parte do currículo da faixa mais baixa do sistema escolar de muitos países,
e cada vez mais se difunde a ideia de que ensinar línguas para crianças não é somente possível, mas
também acima de tudo desejável (LUISE; SERRAGIOTO, 2006, p. 4).
20
língua estrangeira na verdade não lhe serve para a realização de necessidades comunicativas
imediatas e de sobrevivência, pelas quais lhe basta a língua materna, nem ela é capaz de se projetar
no futuro para colocar em primeiro plano eventuais necessidades que poderá ter quando estiver
crescido e que poderão ser resolvidos com o conhecimento da LE. (LUISE; SERRAGIOTO, 2006, p.
10)
21
puro prazer de usá-la, para criar mundos fantásticos ou simplesmente para jogar com
ela.
O uso dos materiais autênticos voltados para o universo infantil em sala de aula,
como vídeos, áudio-livros, músicas etc., torna possível o ensino das regras de
determinada língua de forma mais prazerosa e motivante. Conforme podemos notar
em D'Annunzio,
Uma criança não apresenta razões específicas para aprender uma LE, visto
que, para suas necessidades de comunicação social, já lhe bastaria a língua materna.
Porém, pareceu-nos importante salientar a dimensão social da língua estrangeira para
a aprendizagem e desenvolvimento infantil,
Pois, o que justifica que crianças aprendam uma LE, é para ter acesso
as diferentes culturas existentes e que as circundam, e através dessas
diferentes culturas saber valorizar e conviver com pessoas de
diferentes raças, etnias, gêneros, idades, orientações religiosas e
assim ensinar através da LE e poder entender a noção de cidadania e
ética e que perpassam os valores culturais de cada cidadão.
(TONELLI; CHAGURI, 2013, p. 13).
12Muitas técnicas glotodidáticas podem se tornar mais motivantes e também mais eficazes em termos
aquisicionais, se inseridas em um contexto lúdico. Em outras palavras, se cria-se um ambiente lúdico
ou ao menos ludiforme o estudante, sobretudo aqueles mais jovens, que tem a sensação de brincar
também em atividades bastante estruturadas (D'ANNUNZIO, 2007, p. 26).
22
Tais afirmações nos fazem refletir que o ensino de língua na primeira infância
não apenas é recomendado, mas também deve ser pautado na utilização de materiais
autênticos, principalmente vídeos, músicas e livros, pois são esses materiais que
darão apoio para que a criança aprenda outros códigos da sociedade linguística da
qual está aprendendo a língua. Sobre esses materiais autênticos, discorremos no
próximo capítulo.
23
13 Se considera 'material autêntico' um tipo de material criado para falantes nativos, portanto, sem fins
didáticos [...] (BEGOTTI, 2006, p. 14).
14 Ao contrário do material autêntico, geralmente anexado ao manual do curso de línguas ou publicado
separadamente, o material autêntico didatizado coloca o aluno em contato com aspectos que marcam
24
a verdadeira língua estrangeira, vale dizer a velocidade, o tom, a pronúncia, os vários registros e
variedades sociolinguísticas (BEGOTTI, 2007, p. 2)
15 Na verdade, um texto deve ser considerado rigorosamente 'autêntico' apenas em seu contexto
original, ou seja a autenticidade não é mais considerada por muitos uma categoria de referência
significativa e isso implica em uma consequente reflexão sobre a artificialidade ou não da lição de língua
(BEGOTTI, 2006, p. 14).
16 [...] o material autêntico em relação especificamente ao seu conteúdo cultural, e o conceito de
autenticidade foi, portanto, revisto e posto segundo a ótica de autenticidade cultural, e, nesse sentido,
a escolha e uso de material autêntico adquire um novo significado (BEGOTTI, 2006, p. 14).
25
Material impresso
Acreditamos que possa ser o tipo de material mais utilizado pelos docentes,
tanto para o ensino de L2 na Itália quanto para o ensino de LE, devido à sua economia
e facilidade de utilização. Vale ressaltar que, no processo de aquisição de L2 (na
Itália), a quantidade de materiais autênticos é dificil de mensurar.
Esse material é facilmente fotocopiável e flexível, podendo ser elaborado de
diversas formas pelo docente, além de não aumentar o filtro afetivo 17 do estudante
porque é sempre muito bem aceito no ensino (BEGOTTI, 2006).
Entre os materiais impressos mais utilizados, podemos considerar: produções
de variados gêneros e suportes, os livros de literatura, as publicidades das revistas e
jornais, revistas de publicidade e jornais, a informação ou cartazes, artigos de jornal,
a literatura 'cinzenta'18 da vida cotidiana, tais como folhetos turísticos, mapas, receitas,
novelas, desenhos animados, realia (dinheiro, ticket do metrô etc.), entre outros
trazidos de países estrangeiros para contribuir com o ensino de LE.
17 Krashen atribui aos fatores afetivos uma importância considerável uma vez que, para ele, esses
fatores estão diretamente relacionados tanto ao processo de aquisição/aprendizagem de uma segunda
língua quanto aos resultados obtidos ao longo e ao final desse processo. A desmotivação do aprendiz,
a alta ansiedade e a baixa autoconfiança são elementos que podem, segundo o pesquisador, dificultar
a aquisição. Por outro lado, a aquisição será facilitada se houver condições psicológicas favoráveis
(motivação, baixa ansiedade e auto-confiança elevada). Embora do nosso ponto de vista esta hipótese
seja de grande relevância, Krashen dispensou-lhe um tratamento bastante sucinto. Conforme visto na
hipótese anterior, estar exposto a um input compreensível é condição necessária para que um indivíduo
adquira uma língua estrangeira. No entanto, segundo Krashen, apenas a exposição ao input não é
suficiente, é necessário que o aprendiz esteja afetivamente predisposto a recebê-lo. Para o autor, nem
todo input consegue transformar-se em aquisição devido à existência do que ele denomina “filtro
afetivo”, definido como “o bloqueio mental que impede os aprendizes de utilizar completamente o input
compreensível recebido para a aquisição da linguagem”. Isso significa que, se o filtro afetivo estiver
alto, “o aprendiz pode entender o que ouve e lê, mas o input não chegará ao LAD (Dispositivo de
Aquisição da Linguagem) ” (KRASHEN 1985 apud CALLEGARI, 2006, p. 11 - 12).
18 Literatura cinzenta diz respeito à literatura comum do cotidiano, tais como os citados no parágrafo.
26
Vídeo
Porém, como afirma Begotti (2006), um vídeo não é um material didático por si
só e pode desmotivar o estudante se o input não for corretamente adaptado ao seu
nível linguístico.
Áudio
19Assistir a um vídeo, portanto, permite não somente exercitar a comprensão oral da língua com todo
o aparato paralinguístico de hesitação, entonações particulares, velocidade ou lentidão do discurso,
mas também observar e aprender alguns aspectos não verbais da comunicação como a cinésica, a
prossêmica e todas as outras modalidades baseadas sobre a posição, os movimentos, a roupa do
corpo (BEGOTTI, 2006, p. 17).
27
Multimídia
20O uso da Internet em didática fornece uma gama infinita de materiais autênticos, mas vale ressaltar
que apresenta também desvantagens porque a informação muitas vezes não é selecionada, os textos
apresentam frequentes erros de digitação, é muitas vezes um desperdício em termos de tempo e
dinheiro, prevê conhecimentos tecnológicos por parte do professor e do estudante, sem a aquisição
dos quais pode-se instaurar uma desmotaivação e um abundante filtro afetivo (BEGOTTI, 2006, p. 18).
28
[...] estes não devem vir como uma “colcha de retalhos”, mas devem
aparecer de maneira organizada. As técnicas, metas, atividades
devem ser desenvolvidas em uma sequência. Desta forma, pode-se
aproveitar o que cada método tem de mais relevante, utilizando,
assim, as metodologias unidas, que auxiliem o professor a ter vários
métodos para se pautar na hora de preparar sua aula, e auxiliem o
aluno a se desenvolver, de acordo com as atividades que mais se
adaptam ao seu aprendizado (OLIVEIRA, 2009, p. 24).
21[...] os alunos são geralmente chamados a fazer hipóteses, inferências e previsões, para isso o
professor apresentará o material focalizando o paratexto, ou seja, as imagens presentes ou o título,
com o intuito de fazer os alunos preverem o tópico que será abordado. (BALBONI, 2006, p. 21)
32
22 O material autêntico pode apresentar, pela natureza de suas finalidades, estruturas linguísticas não
correspondentes ao programa de estudos de um nível linguístico, ou elementos paratextuais - títulos,
imagens, partes do texto - que mostram um registro ou uma microlíngua não conhecida [ainda pelo
estudante] (BEGOTTI, 2006, p. 19).
34
Quando chegou o livro didático, antes de utilizá-lo com a turma, foi feita uma
avaliação de seu conteúdo e da possibilidade real em se trabalhar com ele.
O livro Raccontami 1 indica o nível de aprendizado, considerando que é voltado
para o ao público infantil. No caso de sua proposta, é importante dizer que o livro
didático funcionou como material que complementa o conteúdo eleito, mas que, de
qualquer forma, é necessário também ser selecionado e avaliado, a fim de adequá-lo
às necessidades de aprendizagem do grupo de alunos.
Como primeiro dado avaliado, foi a impossibilidade de que cada aluno pedisse
individualmente seu livro, devido ao tempo de entrega pela editora. Nesse sentido, o
livro pode ser utilizado apenas como material de apoio para algumas atividades.
Passamos, em seguida, para a avaliação da diagramação do livro. Na parte da
diagramação, o livro apresenta as imagens em bom tamanho, coloridas,
interessantes; os personagens são do universo infantil, seja por serem crianças,
personificação de animais e/ou objetos; o tamanho das letras era grande e as histórias
curtas, próprias ao gosto infantil.
Begotti (2007) explica que a avaliação de um material didático, deve levar em
consideração, principalmente, a que público se destina e os parâmetros usados para
definir as características linguísticas, culturais, profissionais, de idade; pois esses
elementos são imprescindíveis para o bom desenvolvimento das atividades propostas.
Por último, avaliamos a parte mais importante da obra: o seu contéudo.
O livro é dividido em 9 unidades, cada uma delas com um conteúdo diferente,
conforme o seguinte quadro:
23[...] segunda língua se entende a língua aprendida por uma pessoa aloglota [pessoa que se encontra
subitamente diante de uma língua nova e que deve aprender de outiva e falar sem a necessária
preparação] no ambiente social onde o italiano constitue o meio de comunicação quotiana, ou seja,
essa é o instrumento principal para interagir na vida social e, sobretudo, na escola (LUISE;
SERRAGIOTO, 2006, p. 6, inserção nossa).
24 [...] a língua estrangeira (o italiano estudado por um estrangeiro na França, Brasil etc.) deve ser
motivada e calcada na realidade mais próxima a dos estudantes, criando, dramatizando situações
prováveis e fitcítias, mas que não tem uma real presença na vida, no ambiente (LUISE; SERRAGIOTO,
2006, p. 7).
38
25[...] o conceito de língua étnica (Balboni, 1999): por língua étnica se entende a língua da comunidade
de origem de uma pessoa quando esta lingua não é somente a língua materna, mas é contudo presente
no ambiente dos imigrantes: por exemplo o caso dos filhos de imigrantes italianos na América, Europa
do norte, Austrália - descendentes de imigrantes de algumas décadas atrás, mas que crescem em
zonas de alta porcentagem de italianos e por isso podem escutar o italiano falado em casa e entre os
amigos dos pais e em estações televisivas locais, mas sem por isso configurar-se como italiano L2
(LUISE; SERRAGIOTO, 2006, p. 7).
39
Mas não é apenas por trazer a língua em um contexto preciso que a utilização
de materiais autênticos para o ensino de LE para crianças não alfabetizadas seja
importante. Na sequência, nas subseções, apresentamos algumas justificativas
relevante, em nosso modo de compreender, para o uso destes materiais.
26 O material autêntico apresenta, também, a lingua estrangeira em um contexto preciso, e isso faz
aumentar a compreensão da mensagem comunicativa, e por isso, aumenta a motivação, ilustra
diversos modelos de língua oral e escrita e diversas variações sociolinguísticas segundo o meio
utilizado, o registro, a classe social e a proveniência geográfica dos interlocutores (BEGOTTI, 2006, p.
15).
40
O trabalho com tal material para crianças apresenta outras variações além
daquelas do cotidiano, pois podem ser trabalhadas músicas (com coreografias, o que
estimularia a parte motora e a parte cognitiva), histórias, fábulas, contos, filmes etc.
Esse recurso também é utilizado no ensino de língua materna em muitos
Centros de Educação Infantis (CEMEIs) e escolas particulares, pois prende a atenção
ao que está sendo dito/ensinado e potencializa a aquisição do conteúdo.
Um outro dado muito importante para incentivar o trabalho com esse recurso
se dá pelo fato de que é nesta faixa etária que a criança desenvolve o jogo de papéis,
no qual “ela brinca de faz de conta e assume papeis de adulto, de profissionais”, de
animais, de outras crianças etc. “Quando assume um papel, a criança passa a agir de
acordo com ele: toma outras atitudes, submete sua própria conduta a determinadas
regras” (MELLO, 2002, p. 4).
É por meio do vídeo que a criança passa a ter acesso a comportamentos
culturais diversos do seu, passa a conhecer outras formas de ver o seu mundo e o
mundo do “outro”, para que possa não apenas os aprender, mas posteriormente
utilizá-los no jogo de papéis, facilitando assim a aprendizagem de uma LE. Contudo,
27 No caso das imagens e vídeos, também uma série de componentes extralinguísticos importantes
tanto para a compreensão, quanto para o conhecimento do variado modelo cultural italiano: todos os
elementos da prossêmica (distância entre os corpos), cinésica (gestualidade e mímica), e vestêmica
(uso de objetos e vestimentas para enviar uma mensagem de pertencimento cultural), por exemplo,
podem ser veiculados através do uso de materiais autênticos com a possibilidade de encontrar textos
perenemente atualizados e de altíssima flexibilidade didática em sua utilização (BEGOTTI, 2006, p.
15).
41
não é uma simples troca de papeis, o que se espera é que, conhecendo o “outro”, ele
possa reconhecer a si mesmo e entender que as diferenças são características de
cada cultura e possa então respeitá-las. Conforme explicam Celentim e Serragiotto
(s/d),
Accetare una varietà di modelli, nel senso che ognuno è il migliore per
quella cultura, ognuno è l’espressione di un popolo, arrivando a quello
che Freddi (1983: 87) ha definito relativismo culturale [...]. Secondo
questo principio, non esiste una cultura migliore di un’altra, ma ognuna
rappresenta in modo completo un popolo (CELENTIN;
SERRAGIOTTO, s/d, p. 10)28.
Uma das melhores formas de se trabalhar com as diferenças entre cada cultura
pode ser por meio da utilização de vídeos que demostrem atividades do cotidiano,
festas, eventos culturais, com pessoas de diferentes faixas etárias e em diferentes
lugares. Assim, é possível que a criança identifique os aspectos culturais por meio das
28 Aceitar uma variedade de modelos, no sentido que cada um é o melhor para aquela cultura, que cada
um é a expressão de um povo, chegando aquilo que Freddi (1983:87) definiu relativismo cultural [...].
Segundo esse princípio, não existe uma cultura melhor que a outra, mas cada uma representa em
modo completo um povo (CELENTIM; SERRAGIOTTO, s/d, p. 10).
29 - Educação à paz, ao respeito, e à compreensão de culturas e línguas diversas;
O trabalho com o citado recurso, bem como com todos os outros, deve ser
pensado com muita cautela, visto que os pequenos se entendiam com uma maior
facilidade que o adulto, pois para aprender uma LE não lhes serve aos seus interesses
de comunicação imediata. Vale ressaltar que é importante que o lúdico permeie todo
o aprendizado.
A seleção e a didatização de um vídeo deve seguir os seguintes critérios: ser
adequado ao público-alvo e à sua faixa etária; ser atual (muitas vezes as crianças se
negam a ver um vídeo) - caso seja trabalhado em forma de desenhos, podendo
apresentar ou não personagens conhecidos pelas crianças; ser trabalhado com base
no conteúdo a ser ensinado; ser colorido; ter um áudio compreensível. Uma proposta
de trabalho com o referido material encontra-se no Apêndice A.
É por volta dos 3 anos de idade que a criança começa a aprender a ouvir
histórias e esse processo de contação se dá como uma pré-leitura. A conhecer
histórias novas, ela toma consciência de outras realidades (fantasiosas, fictícias,
30Os estudantes apreciam e gostam do uso de materiais autênticos, de qualquer natureza que esse
seja, e frequentemente a proposta do professor de analisar um evento comunicativo 'autêntico' é
recebida pelos alunos com entusiasmo e satisfação pela oportunidade que lhes é oferecida de
provarem a si mesmos com um tipo de comunicação que podem encontrar na vida cotidiana e
compreender sozinhos com notáveis dificuldades (BEGOTTI, 2006, p. 14).
43
Pommer (2008) concorda com Mello e Carvalho, ao afirmar que: “[...] a leitura
de contos em voz alta é uma atividade tradicional, porém, efetiva para introduzir as
crianças na leitura da imaginação”. Além disso, para a autora, “[...] através da
literatura, as crianças tornam-se capazes de compreender a própria realidade. E
compreendendo-a [...] tornam-se capazes de transformá-la” (POMMER, 2011, p. 22).
Todavia, devido à faixa etária, o livro não pode ser lido por elas, mas podem
ser narrados, contados a elas, para que tenham acesso a outras formas dessa cultura.
Carvalho (1987) argumenta que “A estória contada se liberta do autor e adquire um
transautor que é o transfigurador do conto: mas é indispensável o conhecimento do
tema e da estrutura da estória a ser manipulada” (CARVALHO, 1987, p. 197).
44
A música faz parte da cultura dos povos, desde muito antes do nascimento do
termo nação ou país. Ela não é apenas símbolo social, mas fundamental para a
caracterização de grupos sociais e culturais. A música nasce da necessidade de
comunicação, é por meio dela que contamos nossa história, lutas, desejos; é por meio
dela que nos tornamos nação, quando cantamos o hino nacional.
A música aparece na vida de uma criança muito antes de ela nascer, ainda no
ventre materno, seja por meio das músicas que a mãe ouve ou por aquelas cantadas
por ela. Quando a criança nasce, a música está lá, para divertí-la, ensiná-la e nas
canções de ninar, para fazê-la dormir.
Enquanto a criança cresce, a música faz parte de tudo que a criança vivência,
do seu contato com a família, com seus amigos e com a escola, como afirmam Chaves
et al. (2011):
[...] a música faz parte da rotina dos espaços educativos, [onde] nos
deparamos com situações nas quais crianças são convidadas a
cantar, geralmente, para realizar passeios, na hora do lanche, para
lavar as mãos, para se acalmarem ou ainda para aguardarem a
realização de alguma atividade [...] (CHAVES et al., 2011, p. 2).
31As indicações fornecidas em âmbito psico- e neuro-linguitico sobre o valor da música na ativação de
ambos os hemisférios e da possibilidade de alcançar, por parte dos estudantes, estados de relaxamento
ou de concentração que melhoram em modo decisivo processos cognitivos tais como, por exemplo, a
memorização do léxico e estruturas (CAON, s/d, p. 4).
47
criar estratégias que digam respeito aos interesses dos alunos, aos conteúdos a
serem trabalhados, às fases da didatização deste material, bem como:
Não podemos nos esquecer que a música para a criança é, antes de tudo,
diversão, brincadeira, dança e “cantoria”. Em contato com as canções, o pequeno não
tem consciência que estão aprendendo uma língua estrangeira, ou que é por meio da
música que muitas vezes adquirem esse conhecimento. Nessa perspectiva, é
fundamental que o planejamento das atividades leve em consideração que, além de
serem alunos de língua italiana, eles são crianças e que todo planejamento deve ser
pautado na ludicidade inerente ao mundo infantil, para que, por meio da fantasia, das
rimas agradáveis, das canções de ninar, das canções com coreografias divertidas etc.,
elas possam aprender e crescer com alegria, pois é brincando e jogando com as
palavras que as crianças aprendem, crescem e se desenvolvem.
Para exemplificar o desenvolvimento com esse recurso, o Apêndice C contém
uma proposta de trabalho.
Dentre todos os materiais já citados para o trabalho com o público infantil, são
certamente os materiais multimidiáticos os mais utilizados quando o assunto é ensino
de língua italiana. Isso ocorre devido a três fatores principais: a) a impossibilidade da
34 Este site apresenta também o ensino de francês e inglês voltado para o público infantil italiano.
51
CONSIDERAÇÕES FINAIS
mundo, e que todo planejamento deve ser feito com base nas necessidades
comunicativas dos alunos.
Destas indagaçãos iniciais, outras foram surgindo à medida que a pesquisa foi
se desenvolvendo: a primeira foi quanto à metodologia ou abordagem que
contemplassem não apenas a glotodidática lúdica, mas que se possibilita o trabalho
completo com materiais autênticos, e caso fosse pertinente, com o livro didático; para
que as crianças pudessem ter acesso aos códigos extralinguísticos, a cultura das
pessoas que falam essa língua. E, acima de tudo, que o planejamento das atividades
fosse feito respeitando a idade dos aprendizes, que a ludicidade, a brincadeira, os
jogos, a música, a dança, a contação de histórias, todo esse emaranhado de gêneros,
era o que fazia com que pudessem se desenvolver com alegria. De nada adiantaria
um planejamento que não os permitisse ser quem são.
Ao longo desta monografia, pudemos notar o quão importante é para uma
criança o ensino de uma língua no período anterior à alfabetização. Também,
refletimos quanto à utilização e à didatização de materiais autênticos para esse
público, de que todo o percurso de planejamento deve ser pensado com base nas
macroestratégias do pós-método.
Nesse sentido, o pós-método nos trouxe a possibilidade do ensino para
crianças nessa faixa etária, mas também, levou-nos a refletir sobre o modo como deve
ser pautado o ensino. Foi de extrema relevância as teorias sobre o pós-método
postulados por Leffa (2012) e Abrahão (2015). Pois, o pós-método permite que o
ensino/aprendizagem efetue-se levando em consideração os alunos (crianças entre 3
e 6 anos), suas formas diferentes de aprendizagem (pautada na ludicidade), seus
conhecimentos de mundo, sua forma de ver o mundo (fantástico e cheio de novos
conhecimentos), e a possibilidade de não apenas aprenderem uma nova língua, mas
de se desenvolverem, de conhecerem uma nova cultura para que pudessem ver o
diferente e aceitá-lo, compreendendo que o diferente não é algo negativo, mas uma
entre tantas formas de ver e agir no mundo.
Todavia, foi Begotti (2006) que nos trouxe as principais respostas, ao afirmar
as vantagens em se trabalhar com materiais autênticos no ensino de LE e traçar como
deve ocorrer o processo de didatização destes materiais. Apesar de sua teoria, bem
como a de grande parte das outras bibliografias consultadas, não trabalharem
especificamente com o ensino para crianças; esta pesquisa não seria desenvolvida
54
sem o aparato destes autores, dentre eles, além dos já citados, podemos destacar:
D’Annunzio (2007), Celentin e Serragiotto (s/d), Caon (s/d), Mainart e Santos (s/d).
Merecem destaque também, os autores que dedicaram suas pesquisas ao
público infantil, sendo de grande valia para complementarem as teorias iniciais, tais
como: Tonelli e Chaguri (2013), Hagège (1996), Caon e Rutka (2004), Carvalho
(1987), Pommer (2011), Chaves et al (2011), Tereziano (2010) e Oliveira (2009).
As propostas de atividades aqui presentes foram todas criadas com o intuito de
se tornarem um guia aos professores que queiram trabalhar com o ensino de LE para
crianças na faixa etária entre 3 e 6 anos, que ainda não foram alfabetizados ou estão
em processo inicial de alfabetização.
Relembramos que são apenas propostas e que o trabalho com materiais
autênticos, apresenta um leque variado de opções, sendo papel do professor adaptá-
los, reelaborá-los, recriá-los, sempre se pautando na ludicidade tão presente no
mundo encantado das crianças.
Esperamos que esta monografia sirva de início para novos questionamentos e
pesquisas para o ensino de língua italiana. Afinal, o percurso foi longo, porém, o
trabalho não termina aqui, ainda há muito a ser pesquisado e poucos teóricos
interessados no ensino para crianças nessa faixa etária, principalmente, por não
entenderem a necessidade de serem formuladas teorias e materiais didáticos para
que o ensino/aprendizagem seja efetivo e prazeroso para as crianças, com o intuito
de que ele comece agora e perdure por toda vida deles.
Acreditamos, portanto, em um ensino de LE com o uso de materiais autênticos,
criteriosamente selecionados, os quais oportunizem às crianças condições para
desenvolverem suas capacidades, mas que também proporcione a elas a
oportunidade de brincarem e serem crianças.
55
REFERÊNCIAS
CAON, Fabio. Canzone pop e canzone d’autore per la didattica della lingua, della
cultura italiana e per l’approccio allo studio dela letteratura. Venezia: Laboratorio
Itals/Università Ca’Foscari, s/d. Disponível em: <
http://www.itals.it/sites/default/files/Filim_caon_teoria.pdf>. Acesso em: 01 nov. 2017.
CORTIS, Luca; PANCHERI, Elisa Giuliani. Raccontami 1: corso di lingua italiana per
bambini. Firenze: Alma, 2004.
56
LEFFA, Vilson. Ensino de línguas: passado, presente e futuro. Belo Horizonte: Rev.
Est. Líng., v. 20, n. 2, 2012, p. 389-411.
LIMA, Ana Paula de. Ensino de língua estrangeira para crianças: o papel do
professor. São Carlos: UFSCAR, 2008 Disponível em:
<http://www.cadernosdapedagogia.ufscar.br/index.php/cp/article/viewFile/48/41>.
Acesso em: 27 de fevereiro de 2016.
APÊNDICES
59
-Trabalhar a partir do vídeo " Il coccodrillo come fa", os animais e a ampliação lexical do
tema: il cane, il gatto, l’asinello, la mucca, la rana, la pecora, il coccodrillo
-A partir do conhecimento de mundo dos alunos, estimular a ampliação do léxico
referente ao tema.
-Estimular a conversação sobre o tema e induzi-los a fazer perguntas sobre o tema
aos colegas.
- Mostrar crianças italianas falando em sua língua nativa, para que tenham contato
com os códigos extralinguísticos e culturais.
Conteúdos:
Encaminhamentos Metodológicos:
Organizar a sala previamente em forma de círculo para que todos os alunos possam
enxergar os demais colegas e ver a professora ao centro;
Iniciar a aula questionando aos alunos, quais animais, dentre os estudados, eles se
recordam;
Explicar aos alunos que irão aprender o som que os animais emitem em italiano;
Após os alunos escolherem qual animal serão, explicar que agora cada um deles vai,
com a ajuda do professor (a), confeccionar uma máscara que corresponda ao animal
que escolheu;
Passar novamente o vídeo outras duas vezes, solicitando que as crianças prestem
atenção no som e na imagem dos animais que eles escolheram;
Após as crianças terem associado a imagem do seu animal escolhido, solicitar que
eles comentem (ou façam) o som do crocodilo;
Pedir para que um ou dois alunos emitiam o som que o crocodilo faz;
Já que no vídeo o crocodilo não emite som algum, solicitar que os alunos prestem em
quais são as outras características que são possíveis de serem destacadas deste
animal;
Uma vez compreendido que o crocodilo não emite no vídeo nenhum som audível, mas
que existem outras características que foram apresentadas, solicitar para que cada um
dos alunos faça o som do seu animal;
Pedir para que os alunos juntamente com a professora imitem os gestos do crocodilo;
Passar novamente o vídeo outras duas vezes, para que as crianças possam fixar os
gestos e o léxico da canção;
Recursos:
-Atividades impressas.
61
Avaliação:
Será avaliado o feedback dos alunos de acordo com a sua participação nas atividades
orais, como também nas atividades lúdicas.
Anexos: Anexo 1
62
Conteúdos:
Encaminhamentos:
Antes de iniciar a aula, organizar a sala de aula para que as crianças possam sentar no
chão, em forma de semicírculo para que todos possam se enxergar a professora ao
centro;
O ambiente estará decorado com TNTs de forma que possibilite a criação de uma tenda
presa ao teto;
Iniciar a aula explicando que eles irão conhecer a história da "Pulce Olga";
Perguntar em italiano se eles sabem "Cos'è una pulce?", "Dove vive una pulce?","Cosa
fai una pulce?" etc.;
Entregar a cópia dos desenhos (anexo 2) os quais eles devem colorir, recortar e colar
nos palitos, com o intuito de confeccionarem os fantoches dos personagens principais
da história;
Após a confecção dos fantoches, contar a história da "Pulce Olga" (anexo 1) usando os
fantoches por eles mesmos confeccionados;
Pausando a leitura a cada parágrafo com o intuito de explicar o texto e questionar acerca
da compreensão textual;
63
Solicitar que ao final da história, eles expliquem o que entenderam do texto, bem como,
das profissões da pulguinha e da sua vida tão agitada;
Logo em seguida, apresentar a canção "Allo zoo di Mustafá" do livro Ambarabá 1 (anexo
3) para que ouçam;
Depois fazer uma leitura pausada da canção, tirando as dúvidas referentes ao léxico e
à entonação;
Questionar quais animais da canção eles conhecem e quais não conhecem do zoológico
de Mustafá;
Perguntar aos alunos como seria se "la pulce Olga" vivesse junto deles no zoológico de
Mustafá, se ela também teria uma banda, se gostaria de música, se seria feliz, se faria
novos amigos, etc (questionar tudo em italiano, depois traduzir, se necessário).
Logo após, passar novamente a canção para que cantem e dancem com a professora.
Recursos:
-Lápis de cor, lápis, borracha, folhas sulfite em branco, giz de cera, cola para E.V.A,
tesoura e palito grande para churrasco.
-Atividades impressas.
Avaliação:
Será avaliado o feedback dos alunos de acordo com a sua participação nas atividades
orais, como também nas atividades lúdicas.
Anexo 1:
La pulce Olga
Olga lavora, e cosa farà mai una pulce, direte voi… Olga lavora ad uno sportello di
informazioni.
Lavora allo Sportello Informazioni per la Salvaguardia Delle Pulci del rifugio.
Sì perché purtroppo le pulci non sono molto ben considerate, e sono costantemente
perseguitate dall’uomo che inventa continuamente nuove sostanze per eliminarle.
Olga raccoglie quante più informazioni possibili su queste ultime novità e le trasmette
alle altre amiche pulci… insomma, in poche parole salva loro la vita.
Olga ha creato un vademecum, cioè una serie di regole da seguire per salvare la
pellaccia! E la regola nr. 1 nel caso che il cane sul quale abiti dovesse venir adottato da
qualche famiglia è la seguente: SMAMMARE, SCAPPARE, FUGGIRE, CAMBIAR ARIA
omeglio CAMBIAR PELO. Raccogliere armi e bagagli e lasciare il quattro zampe abitato
perevitare l’incontro con l’antiparassitario del momento.
Olga ha un bel da fare ogni mattina per consolare le altre amiche pulci, sì perché lo
sportello oltre a dispensare informazioni sugli ultimi ritrovati antipulci, si occupa anche
ditrovare alle pulci rimaste senza casa un’altra sistemazione, un’altra casa, un altro pelo
insomma.
Terminato il lavoro giornaliero Olga si dedica ad altre attività, il lunedì pomeriggio di solito
frequenta la scuola di danza della pulce Vladimiro fra il pelo di Isotta una splendida
setterirlandese, mentre il martedì invece aiuta le pulcette della scuola elementare a fare
icompiti fra i peli di Gedeone, un gatto randa gissimo ma buonissimo che dal rifugio
proprionon se ne vuole andare e che trascorre pomeriggi interi a dormire sotto il sole o
sotto il tiglio Aristide.
Il mercoledì è giorno libero e Olga di solito si rilassa a casa davanti ad un film in tv, ma il
giovedì scalda la voce e passa la serata cantando. Sì perché Olga è la cantante di un
gruppo musicale, le “Flea Sisters” e ogni giovedì si ritrova con altre quattro pulci amiche
per provare i loro brani musicali.
Lo fanno tra il pelo del cane Arturo, un cane dal passato rock, essendo stato il cane di
un famoso cantante rock ormai trasferitosi per lavoro negli Stati Uniti. Arturo è un cane
dall’orecchio musicale incredibile e aiuta le “Flea Sisters” nell’arrangiamento dei loro
pezzi dando loro dei consigli favolosi.
Durante i fine settimana invece Olga si dedica quanto possibile alle altre sue amiche
pulci ed esce con loro per una serata il pizzeria o al ristorante. E allora si spostano fra il
pelo di qualche nuovo cane o gatto che da loro ospitalità anche per una sera.
Olga è semplicemente una pulce felice.
Felice di avere così tanti amici, felice di aiutare chi ha bisogno e felice di avere così tanti
impegni. Vorrebbe anche trovare un fidanzato ma al giorno d’oggi è così difficile trovare
il vero amore… ma Olga non demorde, sa che prima o poi l’amore pulcioso busserà alla
sua porta e allora saranno veramente fuochi d’artificio!!!
©www.mammafelice.it – fiabe a cura di Caterina Falchi, illustrazioni a cura di Anastasia
Fogal
65
Anexo 2:
66
Anexo 3:
67
Objetivos:
- Trabalhar as cores por meio da canção;
- Ampliar a concentração e a dicção das crianças;
- Estimular por meio do tema aspectos referentes à conversação, léxico, dança e canto;
- Proporcionar um momento de descontração e aprendizagem por meio da música e
dança.
Conteúdos:
Encaminhamentos:
O início da aula se dará de forma que as cadeiras e mesas estejam todas dispostas
tradicionalmente em filas;
Conversar com os alunos, perguntando quais cores eles conhecem e se sabem como
são nomeadas em italiano;
Explicar aos alunos que nesta aula, eles irão aprender com o auxílio da professora e por
meio do vídeo Gli amici pesciolini, como são nominadas as cores em italiano;
Passar então, o vídeo com a música "Imparare i colori con gli amici pesciolini", disponível
em <https://www.youtube.com/watch?v=RHvWW1hYHds>, primeiramente, para que
conheçam a canção;
Logo após, questionar sobre quais cores eles mais gostam e se conseguiram descobrir
com a ajuda dos peixinhos como se fala essa cor em italiano;
Explicar que a música será passada novamente (outras duas vezes), mas que desta vez
eles terão que cantar e dançar com Gli amici pesciolini, solicitando que todos fiquem em
pé e se dirijam ao espaço previamente reservado dentro da sala para essa atividade;
68
Pedir para que se sentem novamente e explicar que agora será a vez deles de colorirem
a imagem Gli amici pesciolini (anexo 1), solicitando que cada peixe seja colorido com
uma cor diferente;
Explicar aos alunos que serão colocados potinhos de tintas de várias cores sobre cada
uma das mesas;
Ao comando da professora, que será o nome da cor, falada em italiano, o aluno que
souber o potinho correto e o trouxer primeiro para a professora que estará em frente ao
quadro, ganhará um ponto para a equipe;
A equipe vencedora será aquela que trouxer o maior número de potinhos com as cores
corretas e em menor tempo;
Finalizada a atividade anterior. Informar aos alunos que agora será a vez deles de
criarem o fundo do mar. Para isso, deverão misturar as tintas da atividade anterior, de
forma a criarem novas cores e pintar na cartolina que foi previamente colado no chão;
Conforme os alunos criarem novas cores, aproveitar para ampliar o léxico, explicando,
a cada nova cor criada, o nome que a mesma recebe na língua italiana.
Recursos:
-Lápis de cor, lápis, borracha, folhas sulfite em branco, cartolina, tinta guache, giz de
cera e caneta esferográfica para confecção das atividades;
-Atividades impressas.
Avaliação:
Será avaliado o feedback dos alunos de acordo com a sua participação nas atividades
orais, como também nas atividades lúdicas.
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Anexo 1:
GLI AMICI PESCIOLINI - I COLORI
70
-Trabalhar a partir do vídeo Testa, spalle, ginocchia e piedi, as partes do corpo, música
e dança;
-A partir do conhecimento de mundo dos alunos, estimular a ampliação do léxico
referente ao tema.
-Estimular a conversação sobre o tema e induzi-los a fazer perguntas sobre o tema
aos colegas.
Conteúdos:
Encaminhamentos Metodológicos:
Organizar a sala previamente em forma de círculo para que todos os alunos possam
enxergarem os demais colegas e verem a professora ao centro;
Explicar que nesta aula eles irão conhecer uma história diferente, com o mesmo
personagem: o Pinocchio;
Explanar que agora eles irão ver o vídeo da música Testa, spalle, ginocchia e piedi,
disponível na página do youtube
<https://www.youtube.com/watch?v=t1X4UMmuLug&list=RDt1X4UMmuLug&t=50>,
com o intuito de que com a ajuda da música eles relembrem os membros do corpo
estudados na história;
Explicar que eles devem prestar atenção à música e coreografia do vídeo, pois, será
feita uma competição de dança entre eles e o vencedor irá ganhar um brinde do
professor (trazer um brinde menor para os demais alunos);
Passar três vezes o vídeo para que as crianças cantem e dancem na competição;
Anexos:
72
Anexo 1:
73
Anexo 2:
74
Anexo 3:
75
76
77
78
ANEXOS
79
O projeto atende dois grupos nos sábados (Per Bambini A e B), de 7 a 11 anos
de idade e, nas sextas, um grupo de crianças de 4 a 6 anos de idade (Bambini Piccoli),
as quais ainda não são alfabetizadas, mas aprendem por meio da oralidade.
Fonte: http://www5.unioeste.br/portalunioeste/maisnoticias/40000-criancas-
aprendem-italiano-de-forma-ludica. Acesso em 12 dez. 2017.
82
Resumo
Apresentação
35 Para crianças.
36 Professora Doutora, Letras, CECA, Cascavel. E-mail: profalessandra.ribeiro@gmail.com.
37 Professora voluntária, Letras, CECA, Cascavel. E-mail: alessandracamila.s.g@gmail.com.
38 Graduando, Letras, CECA, Cascavel. E-mail: gabrielroani2@gmail.com.
39 Graduanda, , Letras, CECA, Cascavel. E-mail: pandora.a.s@hotmail.com
40 Pequenos.
83
Procedimentos Adotados
Resultados
Considerações Finais
Referências
DÉCURÉ, Nicole. Jouer? Esce bien raisonnable?. In: Le Jeux – Les langues
Modernes. Paris: Presses de l’Université Paris-Sorbonne, 1994, p. 16-24.
ANEXO 2 – HISTÓRIA
88
ANEXO 6 – MÚSICA