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PREFEITURA MUNICIPAL DE JI-PARANÁ-RO

SECRETARIA MUNICIPAL DA SAÚDE


DEPARTAMENTO DE ATENÇÃO ESPECIALIZADA

CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL II-RAIO DE LUZ

PROJETO BÁSICO PREDIAL DO CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL II-RAIO DE


LUZ

Ji-Paraná

2021
PREFEITURA MUNICIPAL DE JI-PARANÁ-RO
SECRETARIA MUNICIPAL DA SAÚDE
DEPARTAMENTO DE ATENÇÃO ESPECIALIZADA

SUMARIO

INTRODUÇÃO..........................................................................................................................3
JUSTIFICATIVA.......................................................................................................................4
OBJETIVOS...............................................................................................................................5
OBJETIVOS GERAIS............................................................................................................5
OBJETIVOS ESPECÍFICOS..................................................................................................5
METODOLOGIA DE FUNCIONAMENTO.............................................................................6
RESGATE HISTÓRICO DA SAÚDE MENTAL, REFORMA PSIQUIÁTRICA E
CENTROS DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL.......................................................................6
CARACTERIZAÇÃO DA DEMANDA................................................................................9
SERVIÇOS PRESTADOS PELO CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOAL....................10
Consultas Médicas Psiquiátricas...................................................................................................11
Atendimentos Individuais.............................................................................................................12
Grupos Terapêuticos...................................................................................................................12
Atendimento Familiar...................................................................................................................13
Busca Ativa...................................................................................................................................14
Visita Domiciliar............................................................................................................................14
Acolhimento.................................................................................................................................15
ATIVIDADES COMUNITÁRIAS:......................................................................................16
PROMOÇÃO E PREVENÇÃO DE SAÚDE MENTAL.....................................................16
AÇÕES DE PROMOÇÃO DE SAÚDE MENTAL.............................................................17
CARACTERIZAÇÃO PREDIAL............................................................................................19
CRONOGRAMA......................................................................................................................22
ORÇAMENTO.........................................................................................................................23
REFERENCIAS........................................................................................................................24
ANEXOS..................................................................................................................................25
PREFEITURA MUNICIPAL DE JI-PARANÁ-RO
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INTRODUÇÃO

Os centros de atenção psicossocial – CAPS são unidades prestadores de serviço em saúde


destinados a usuários portadores de transtorno mental grave e persistente ou decorrente ao uso
de álcool e outras drogas, de caráter substitutivo a instituições de modelo asilar, podem ser
dividido em modalidades de acordo com seu território.
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JUSTIFICATIVA

Esta ação se justifica por seu expressivo impacto socioeconomico tendo em vista que as
instalações em prédio próprio do CAPS podem beneficiar acarretando em uma redução de
despesas fixas com alugueis, além de reformas e adequações prediais.

Tendo em vista que a construção predial seria própria da prefeitura municipal da cidade de Ji-
Paraná e específica para exercer a prestação de serviço de saúde mental que a instituição se
propõe o que aperfeiçoaria a assistência psicossocial prestada agregando a si qualidade e
praticidade.

Socialmente seria viável pelo fato de que se trata de instalações modernas, confortáveis e de
alta qualidade o que tornaria a prestação deste serviço mais acessível, prática, ágil uma ves
que atualmente a unidade funciona em uma residência que não agrega todas as possibilidades
para o atendimento da demanda da regional de saúde a cidade.

Vale mencionar também que esta unidade, mediante a presente proposta, seria uma referência
de reabilitação psicossocial de atendimento ao portador de transtorno mental grave e
persistente ou decorrente ao uso de álcool e outras drogas, um ambiente de socialização,
interação e exercício de práticas terapêuticas.
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1 OBJETIVOS

1.1 OBJETIVOS GERAIS

Construção de uma unidade prestadora de serviço em saúde especializada em atenção


psicossocial.

1.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

 Diminuição de despesas com alugueis, adaptação e reformas prediais;


 Fomentação de um espaço específico para o desenvolvimento de atenção psicossocial;
 Fomentação de um espaço predial adequado, específico e definitivo para o
desenvolvimento de atenção psicossocial.
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2 METODOLOGIA DE FUNCIONAMENTO

2.1 RESGATE HISTÓRICO DA SAÚDE MENTAL, REFORMA PSIQUIÁTRICA E


CENTROS DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL.

Durante todo o processo historio de evolução da humanidade sempre houve o adoecimento


mental e, por conseguinte atenção a este processo de adoecimento, do período neolítico ao
mesopotâmico, cerca de 8000 a.C. – 5000 a.C. este processo especifico de adoecer foi
condicionado à prática mitológica como ação de forças sobrenaturais e deuses que
enlouqueciam as pessoas e para isso muitas vezes usava-se de artifícios igualmente míticos
nos processos de cura.

Com o passar do tempo observou-se que o adoecimento mental ia muito além de mera
mitologia, os antigos egípcios foram os primeiros a usaram práticas recreativas como dança,
passeios, musicas, arte no processo de cura, associado quando necessário a práticas cirúrgicas
mais modernas.

Na Grécia, com advento da filosofia a saúde mental começou a ganhas mais destaque,
Socrates, Platão e Aristoteles foram os principais filósofos e estudiosos da psique - alma
humana, elaborando teorias que são relevantes ate os dias atuais. Em algum lugar entre os
séculos V e III a.C. o médico grego Hipócrates rejeitou a ideia de que a instabilidade mental
era o resultado da ira sobrenatural e admitiu-se a idéia de que seria um desequilíbrio do corpo
humano.

Porém devido a soberania religiosa e o avanço do cristianismo rejeitou-se qualquer prática ou


conhecimento que não advinha da igreja, embora ainda acreditava-se que os transtornos
mentais seriam um desequilíbrio do corpo e para restaurar esse desequilíbrio praticas médicas
arcaicas eram utilizadas, como: uso de purgantes, laxantes, sangrias e ervas para reequilibrar o
organismo.

Algo que merece atenção neste período histórico é que os familiares até então detinham a
curatela do seu doente visto que somente no final do século VI, em Bagdá, é que o primeiro
hospital psiquiátrico seria fundado.

E ter um doente na família era sinônimo de vergonha desprestigio social e “genética ruim” o
estado autorgana em quase todo o globo a responsabilidade a seus familiares, prisão era
descartado, no entanto castigos físicos a doentes mentais eram aceitos e até utilizados como
forma de tratamento.

Ao fim do século XV e início do século XVI, outras opções de tratamento além das limitações
do cuidado familiar (ou custódia) se fariam presentes, como as casas de trabalho – que nada
mais seriam que paróquias vinculadas à igreja oferecendo alojamento, cuidados e alimentação
básica aos mais pobres e mentalmente enfermos em troca de trabalho.
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Quem era rico poderia mandar seu ente querido para essas casas onde teriam o mínimo de
conforto e tratamento médico, porem com o crescimento populacional surgiu-se os asilos
primeiro fundado em Valência (1406), não ofereciam nenhum tratamento ou conforto real aos
necessitados, forçando seus então pacientes a viverem em condições desumanas, submetendo-
os a abusos cruéis.

Agora os familiares de portadores de transtorno mentais tinham um local para “depositar”


seus doentes e muitos deles eram abandonados por seus familiares. Esta prática perdurou ate o
século XIX quando o direito social ganhou força e houve um acréscimo exponencial das
denuncias de maus tratos.

Sobre este contexto sociocultural e econômico surge em 1792 Dr. Philippe Pinel primeiro
médico psiquiatra a desacorrentar os doentes mentais, introduzindo na época exercícios
físicos ao ar livre, higiene pessoal e ambiental, práticas recreativas o que foi revolucinário
para a sociedade.

Pinel e outros nomes iniciaram um movimento de saúde mental que inspirou tratamentos
inovadores embora usados como punição como é o caso da eletroconvulsoterapia,
hidroterapia até o surgimento do primeiro psicofarmaco da década de 50.

Levando em consideração que em pleno século XX com altas e modernas técnicas de


tratamento de saúde mental ainda se tinha o problema de maus tratos, foi o que embasou na
cidade italiana de Trieste, logo na segunda metade do século XX, a reforma psiquiátrica que
tornou-se um marco para a psicologia ao redor do mundo, principalmente por seus princípios
e ideais.

Os ideais desta reforma seria de abandonar totalmente e ir em contra ponto ao modelo


manicomial e trazer o usuário para o centro protagonizador do seu tratamento, como também
implementar e fomentar outras formas de terapêuticas como psicoterapia.

No Brasil, o SUS e seus programas de saúde mental seriam desenvolvidos tendo como base
seus preceitos. Nise da Silveira, a histórica referência brasileira e mundial no que concerne a
área, seria sua maior expoente.

De acordo com Alves (2010) “Reforma Psiquiátrica é entendida como processo social
complexo, que envolve a mudança na assistência de acordo com os novos pressupostos
técnicos e éticos, a incorporação cultural desses valores e a convalidação jurídico-legal desta
nova ordem”.

Inspirado na reforma psiquiátrica italiano em 1987 ocorreu no Brasil a I Conferencia Nacional


de Saúde Mental e a partir de 1990 Baseado da declaração de Caracas o que se fortaleceu o
desenvolvimento de ações sociais, políticas e de saúde voltadas para a atemática, desde então
já foram realizadas 4 conferencias de saúde mental.
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Desde então os processo de mudança na assistência só terá sustentação se os portadores de


transtornos mentais, cuidados adequadamente, não forem excluídos da comunidade em que
vivem ou não se tornarem um fardo para seus familiares.

Como produto deste novo movimento surge os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), que
de acordo com o ministério da saúde são pontos de atenção estratégicos da RAPS: serviços de
saúde de caráter aberto e comunitário constituído por equipe multiprofissional e que atua
sobre a ótica interdisciplinar e realiza prioritariamente atendimento às pessoas com sofrimento
ou transtorno mental, incluindo aquelas com necessidades decorrentes do uso de álcool e
outras drogas, em sua área territorial, seja em situações de crise ou nos processos de
reabilitação psicossocial e são substitutivos ao modelo asilar.

Atualmente são divididos em:

 CAPS I: Atendimento a todas as faixas etárias, para transtornos mentais graves e


persistentes, inclusive pelo uso de substâncias psicoativas, atende cidades e ou regiões
com pelo menos 15 mil habitantes.
 CAPS II: Atendimento a todas as faixas etárias, para transtornos mentais graves e
persistentes, inclusive pelo uso de substâncias psicoativas, atende cidades e ou regiões
com pelo menos 70 mil habitantes.
 CAPS i: Atendimento a crianças e adolescentes, para transtornos mentais graves e
persistentes, inclusive pelo uso de substâncias psicoativas, atende cidades e ou regiões
com pelo menos 70 mil habitantes.
 CAPS ad Álcool e Drogas: Atendimento a todas as faixas etárias, especializado em
transtornos pelo uso de álcool e outras drogas, atende cidades e ou regiões com pelo
menos 70 mil habitantes.
 CAPS III: Atendimento com até 5 vagas de acolhimento noturno e observação; todas
faixas etárias; transtornos mentais graves e persistentes inclusive pelo uso de
substâncias psicoativas, atende cidades e ou regiões com pelo menos 150 mil
habitantes.
 CAPS ad III Álcool e Drogas: Atendimento e 8 a 12 vagas de acolhimento noturno e
observação; funcionamento 24h; todas faixas etárias; transtornos pelo uso de álcool e
outras drogas, atende cidades e ou regiões com pelo menos 150 mil habitantes.

2.2 CARACTERIZAÇÃO DA DEMANDA

De acordo com o primeiro protocolo de saúde mental de Ji-Paraná, criando no ano de 2004 o
programa municipal de saúde mental, funcionando como um ambulatório de psiquiatria,
posteriormente, em 2005 foi criado o Centro de Atenção Psicossocial II – Raio de Luz,
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voltado para o atendimento diário de usuários da região de saúde que apresentam quadro de
transtorno mental severo e persistente conforme prevê a legislação vigente.

O Atendimento em saúde mental da região de Ji-Paraná visa promover a atenção integral à


saúde dos portadores de algum sofrimento psíquico, bem como de seus familiares em uma
atenção individual e comunitária, voltada para o cuidado e a reabilitação psicossocial.

Atualmente a região de saúde de Ji-Paraná é composta pelos seguintes municípios descritos na


tabela 1.

TABELA 1: RELAÇÃO DE POPULAÇÃO ESTIMADA DOS MUNICÍPIOS DA REGIÃO


DE SAÚDE DE JI-PARANÁ.

Municípios Quantitativo populacional


Ji-Paraná 130.009 pessoas
jarú 51.620 pessoas
Ouro preto do oeste 35.737 pessoas
Governador Jorge Teixeira 7.445 pessoas
Vale do Anari 11.377 pessoas
Vale do Paraíso 6.656 pessoas
Mirante da Serra 10.818 pessoas
Nova União 6.895 pessoas
Theobroma 10.395 pessoas
Presidente Médici 18.571 pessoas
São Miguel do Guaporé 23.077 pessoas
Alvorada do Oeste 14.106 pessoas
Urupá 11.272 pessoas
Teixeropolis 4.233 pessoas
Costa Marques 18.798 pessoas
Seringueiras 11.851 pessoas
São Francisco Do
20.681 pessoas
Guaporé

393541
FONTE: PRODUÇÃO DO AUTORES.

Vale mencionar que os municípios que tem CAPS próprios em suas cidades não são atendidos
no CAPS de Ji-Paraná são eles:

Acredita-se que uma instituição gerenciada de forma clara, assertiva e fluida tem mais
facilidade de alcançar seus objetivos de forma mais prática otimizando assim recursos
humanos, materiais e econômicos.

Outro importante foco e a busca constante de parcerias intersetoriais como a Atenção Primaria
em Saúde (APS), Estratégia de Saúde da Família (ESF), Núcleo de Apoio a Saúde da Família
(NASF), Hospital Municipal, com intuito de fortalecer a atenção em saúde mental
melhorando a atuação da instituição – CAPS II Raio de Luz nas mais diversas áreas do
município otimizando e garantindo que os objetivos possam ser alcançados.
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2.3 SERVIÇOS PRESTADOS PELO CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOAL

O Centro de Atenção Psicossocial II Raio de Luz deve prestar a atenção necessária e cabível
por lei ao usuário, visando os objetivos da política de saúde mental vigente com qualidade e
responsabilidade para com o individuo.

2.3.1 O Projeto Terapêutico Singular (Pts)

O Projeto Terapêutico Singular (PTS) é um conjunto de propostas de condutas terapêuticas


articuladas por uma equipe interdisciplinar para o indivíduo, bem como para os grupos social
e familiar onde o mesmo esteja inserido que possibilita a participação e sensibilização da
família, o esclarecimento de dúvidas acerca do sofrimento psíquico do usuário, a reinserção e
construção de autonomia para o usuário e, consequentemente, do fortalecimento de vínculos.
O PTS pode ser dividido em quatro fases principais, sendo estas: A utilização de um roteiro
norteador pode ajudar na organização de um PTS, estabelecendo momentos sobrepostos, são
eles: o diagnóstico situacional; a definição de objetivos e metas; a divisão de tarefas e
responsabilidades e a reavaliação do PTS (BRASIL, 2007; OLIVEIRA, 2008).

 Diagnóstico - Nessa etapa do diagnóstico situacional é importante identificar as


necessidades, demandas, vulnerabilidades e potencialidades mais relevantes de quem
busca ajuda. Valorizar as potencialidades permite a ativação de recursos terapêuticos
que deslocam respostas estereotipadas, favorecendo a emergência de novos territórios
existenciais e a reconfiguração daqueles já vigentes;
 Definição de metas - A operacionalização deste processo se dá por meio de uma
comunicação culturalmente sensível e da negociação pactuada entre o técnico de
referência e a equipe por um lado, e da equipe ou do próprio técnico de referência com
a pessoa, a família, o grupo ou o coletivo por outro. Neste momento do PTS também é
importante fazer projeções de curto, médio e longo prazo;
 Divisão de responsabilidades - A divisão de tarefas e responsabilidades envolve a
definição clara e a atuação do técnico de referência por meio do esclarecimento do que
vai ser feito, por quem e em que prazos;
 Reavaliação - momento em que se discutirá a evolução e se farão as devidas
correções de rumo.
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2.3.2 Consultas Médicas Psiquiátricas

A avaliação com o médico psiquiatra possui objetivo de prevenção, estipulação de um


diagnóstico e tratamento e reabilitação das diferentes formas de sofrimentos mentais, sejam
elas de cunho orgânico ou funcional, com manifestações psicológicas severas.

O atendimento pode ser individual, familiar ou grupal conforme a necessidade do profissional


médico ou a necessidade que o paciente expressar durante a consulta.

A meta principal é o alívio do sofrimento e o bem-estar psíquico, para isso, é necessária uma
avaliação completa do paciente sob a ótica biopsicocultural, entre outras afins, para isso a
avaliação deve ser periódica conforme a necessidade do paciente ou firmada em protocolo de
reavaliação. O tratamento pode ser por intervenção medicamentosa ou não, cabendo a este
profissional a solicitação de interconsulta multiprofissional conforme a necessidade individual
de cada usuário, cabendo ao mesmo o devido encaminhamento necessário para tal.

2.3.3 Atendimentos Individuais

Os atendimentos individuais consistem em uma escuta especial, focada e personalizada de


acordo com a necessidade individual de cada paciente, avaliado pelo(s) profissional (ais) a
fim de estimular a reflexão no sujeito, dando o apoio para que pense, reveja, evolua e
aprofunda as suas situações e questões que são significativas para o processo de
desenvolvimento de seu tratamento.

Estes atendimentos incluem o atendimento do médico psiquiatra, da equipe de enfermagem, o


serviço social, psicologia especifica com particularidades restritas a cada área de atuação. Esta
modalidade de tratamento tem indicação para pacientes que demonstram necessidade de uma
escuta individual, e/ou que possuam dificuldades de trabalhar algumas questões em grupo, ou
ainda não apresentam perfil para participar de grupos terapêuticos, adequando sempre as
necessidades do usuário ao tratamento.

2.3.4 Grupos Terapêuticos


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O grupo terapêutico potencializa as trocas dialógicas, o compartilhamento de experiências e a


melhoria na adaptação ao modo de vida individual e coletiva. Para Cardoso e Seminotti
(2006), “o grupo é entendido pelos usuários como um lugar onde ocorre o debate sobre a
necessidade de ajuda de todos”.

No desenvolvimento das atividades, os participantes fazem questionamentos sobre as


alternativas de apoio e suporte emocional.Contudo, alguns pacientes sentem dificuldade de
interagir com o grupo,sobretudo por estarem diante de pessoas desconhecidas; apesar desse
entrave,acham importante ouvir as experiências de vida dos colegas e aprender com os relatos
(PELUSO; BARUZZ; BLAY, 2001).No grupo terapêutico, ele desenvolve laços de cuidado
consigo mesmo e compartilha experiências com os demais (Mendonça, 2005).

Os espaços terapêuticos trabalham as relações interpessoais dos sujeitos aliadas ao


reconhecimento e ao respeito das diversidades existentes no grupo. São espaços de
comunicação e integração (VALLADARES et al., 2003).

No Brasil, a terapia de grupo em diferentes abordagens é praticada por grande número de


profissionais de áreas diversas. O trabalho com grupos se constitui um dos principais recursos
terapêuticos nos mais diferentes contextos de assistência à saúde e, mais especificamente, no
campo da saúde mental. Esse incremento decorre, em grande parte, das condições criadas a
partir da reforma psiquiátrica, tendo por foco a ressocialização do indivíduo em sofrimento
psíquico.

Grupos com Enfermagem: Os grupos realizados pela equipe de enfermagem possuem objetivo
de trabalhar o autocuidado, higiene, controle de medicação, educação em saúde em geral,
psicoeducação, doenças sexualmente transmissíveis, sexualidade, alimentação, entre
outros.Sempre tendo em vista a deficiência que a doença mental atinge nessas áreas de
cuidado pessoal.

Grupos com Psicologia: Os coordenadores do grupo ficam encarregados de facilitar a


comunicação, clarificar o debate, incitar a reflexão e proporcionar um clima acolhedor para
que os pacientes sintam se à vontade para colocar suas questões subjetivas envolvidas ou
decorrentes do processo de adoecimento. Possuem objetivo de criar um espaço para reflexão.
É neste local e momento que o paciente inicia a busca pelo sentido, e através da reflexão
busca o auxilio para mudanças necessárias para lidar com a doença. É através da palavra, da
comunicação e expressão que o inconsciente irá se colocar para o equilíbrio emocional. Os
Grupos organizados pela Equipe de Psicologia poderão caracterizar-se como Grupos
Psicoterapêuticos, Operativos, de Escuta e Orientação, Psicoeducação, entre outros.
Salientando que os Grupos Psicoterapêuticos possuem a mesma eficácia de tratamento
oferecida no Atendimento Individual, e que a atuação em um órgão de Saúde Pública, faz-se
necessário repensar e adaptar o modelo de atendimento a fim de proporcionar um acesso mais
democrático ao profissional de psicologia e à Psicoterapia.

Oficina terapêutica: São realizados trabalhos manuais, a fim de estimular a aprendizagem,


autoconfiança, autoconhecimento, estimulação da coordenação motora e desenvolvimento
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pessoal. Neste momento são realizados trabalhos com tecidos, colagens, pinturas em geral,
bonecos diversos em E.V.A., confecção de sabonetes, pinturas e decopagens em caixas de
MDF, entre outros.

Oficina de geração de renda: onde são realizados trabalhos com a finalidade de geração de
renda e autonomia profissional, são ensinados os indivíduos fabricação de bolos, biscoitos e
bolachas, trufas, ovos de pascoa e bombons em geral.

2.3.5 Atendimento Familiar

São realizadas reuniões semanalmente administradas pelos psicólogos da Unidade de Saúde


CAPS II e uma vez por mês com a equipe multiprofissional completa. O atendimento familiar
é realizado por procura espontânea da família, ou quando convocada pela equipe, conforme
agendamento prévio. Ressalta-se, ainda, que toda ação de acompanhamento em Saúde Mental
a um usuário é também uma ação de Promoção da Saúde Mental da família (sistema familiar)
deste usuário.

2.3.6 Busca Ativa

A busca ativa é um termo muito usado nas vigilâncias epidemiológica e sanitária, bem como
na saúde do trabalhador, que a definiu como "ir à procura de indivíduos com finalidade de
identificação sintomática, principalmente das doenças e agravos de notificação compulsória
(Lemke AR, Silva NA 2010).

Por diversas questões, o paciente pode deixar de comparecer as consultas agendadas, e


quando isso ocorre, sem o conhecimento antecipado da equipe técnica, os profissionais
buscam, inicialmente via contato telefônico para buscar o retorno ao tratamento e entender os
motivos do afastamento. Quando este contato não apresenta sucesso é realizado a visita
domiciliar.

2.3.7 Visita Domiciliar


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A visita domiciliar faz parte das possibilidades de intervenção terapêutica em saúde mental e
pode ser realizada por um profissional da saúde mental ou da atenção básica visto que ela está
ancorada no referencial da atenção psicossocial, considerando a noção de território e a
integralidade das ações das redes de saúde. Cabe à equipe interdisciplinar avaliar a
necessidade e pertinência das visitas domiciliares considerando a necessidade do paciente em
relação a sua demanda e a contribuição da visita domiciliar para o seu tratamento. Não
existem normas claras para definir a indicação de uma visita domiciliar, mas convencionou-se
indicá-la nos casos em que o paciente está incapacitado de comparecer ao serviço para o
tratamento, quer seja por questões de saúde clínicas ou psíquicas.

As mudanças que ocorrem na rotina e ambiente familiar, provocadas pelo paciente portador
de transtornos mentais causam alterações que necessitam de adaptação e reorganização
visando o cuidado e apoio ao paciente. Assim, torna-se relevante utilizar a estratégia das
visitas domiciliares com o intuito de verificar tais alterações e oferecer suporte a essas
famílias.

2.3.8 Acolhimento

Acolhimento é uma diretriz da Política Nacional de Humanização (PNH), e faz parte de todos
os encontros do serviço de saúde. O acolhimento é uma postura ética/estética/política que
implica na escuta do usuário em suas queixas, além disso, no reconhecimento do seu
protagonismo no processo de saúde e adoecimento, e na responsabilização pela resolução,
com ativação de redes de compartilhamento de saberes (BRASIL 2006).

Acolher é um compromisso do profissional de saúde em resposta às necessidades dos


cidadãos que procuram os serviços, para isso é necessário haver uma postura, por parte do
profissional, capaz de acolher,escutar e pactuar respostas mais adequadas aos usuários, com
intuito de sanar suas necessidades em saúde.

O processo de acolhimento implica em prestar um atendimento com resolutividade e


responsabilização, orientando, quando for o caso,o paciente e a família em relação a outros
serviços de saúde de maior complexidade como é o caso de hospitais gerais ou especializados
em saúde mental ou serviços de menor complexidade como Unidades Básicas de Saúde –
UBS, Núcleos de Saúde da Família - NASF, Centro de Referência em Assistência Social –
CRAS para a continuidade da assistência e estabelecendo articulações com esses serviços para
garantir a e eficácia desses encaminhamentos.
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Isso significa que todas as pessoas que procurarem a Unidade de SaúdeCAPS II devem ser
acolhidas por um profissional de nível superior da equipe técnica, que ouvirá e identificará a
necessidade do indivíduo. Este pode ser durante a consulta especializada, no primeiro contato
entre o usuário e o profissional, ou em um momento especifico para tal, onde será avaliado a
necessidade de saúde do mesmo e traçado medidas resolutivas para isso, o projeto terapêutico
singular.

Devem ser levadas em conta as expectativas do indivíduo e avaliados os riscos. Esse primeiro
contato auxilia na criação de vínculo entre o usuário e o serviço, através dos profissionais e
estrutura, o que interfere diretamente na adesão do indivíduo ao tratamento. Durante o
processo de acolhimento o paciente é orientado quanto ao funcionamento do serviço, e quanto
às modalidades de tratamento (intensivo, semi-intensivo e não-intensivo).

Considerando que neste momento seja observada a possível necessidade de um


acompanhamento diferenciado ao do CAPS II, o paciente será encaminhado a outro serviço
de maior ou menor complexidade. Dessa maneira, nota-se que se trata de uma avaliação
inicial do estado geral do paciente.

Ao ser recebido para acolhimento o paciente deverá ser avaliado nos seguintes critérios:
queixa principal, histórico vital, história do desenvolvimento do transtorno apresentado,
condição atual, doenças pré-existentes, tratamentos anteriores, histórico familiar, hábitos de
vida, bem como padrão alimentar, padrão de sono e queixas clínicas.

No final do processo de acolhimento que deve durar o tempo que o profissional deve achar
necessário estipula-se a modalidade de acompanhamento prevista pela portaria nº 336, de 19
de fevereiro de 2002 em não intensivo, semi-intensivo e intensivo.

Parágrafo único. Define-se como atendimento intensivo aquele destinado aos pacientes que,
em função de seu quadro clínico atual, necessitem acompanhamento diário; semi-intensivo é o
tratamento destinado aos pacientes que necessitam de acompanhamento frequente, fixado em
seu projeto terapêutico, mas não precisam estar diariamente no CAPS; não-intensivo é o
atendimento que, em função do quadro clínico, pode ter uma frequência menor. A descrição
minuciosa destas três modalidades deverá ser objeto de portaria da Secretaria de Assistência à
Saúde do Ministério da Saúde, que fixará os limites mensais (número máximo de
atendimentos); para o atendimento intensivo (atenção diária), será levada em conta a
capacidade máxima de cada CAPS, conforme definida no Artigo 2º.

2.4 ATIVIDADES COMUNITÁRIAS:

Os profissionais de saúde mental devem fomentar e estimular ações locais e dos recursos
comunitários. As ações na comunidade se processam na vida cotidiana, através do
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relacionamento entre as pessoas, família, amizade, vizinhança, trabalho, escola, entre outros.
Assim, têm se buscado e utilizado, para o bem estar dos pacientes, parcerias com vários
outros grupos com organização formal, como associações, e organizações não
governamentais. Além disso, é muito importante a utilização da infraestrutura de lazer
existente no município e proximidade, tais como parques, praças, centros de convivência,
bibliotecas e demais locais, que propiciam a realização de atividades voltadas para o convívio
social, o Treino em Habilidades Sociais e à ressocialização do paciente.

2.5 PROMOÇÃO E PREVENÇÃO DE SAÚDE MENTAL

Nas últimas décadas a construção de políticas públicas de saúde vem caminhando no sentido
de valorizar a participação popular, o controle social e o protagonismo das comunidades. As
ações passam a ser focadas mais na promoção da saúde do que na intervenção curativa e de
reabilitação. Assim, ainda que a promoção de Saúde Mental esteja invariavelmente inserida
na compreensão de Promoção da Saúde em geral, há que se aprofundar a especificidade deste
campo de atuação no que diz respeito à atenção primária.

Buss (2004, p. 16) define promoção de saúde como “Um conjunto de valores: vida, saúde,
solidariedade, equidade, democracia, cidadania, desenvolvimento, participação e parceria,
entre outros. Refere-se e também a uma combinação de estratégias” ações do Estado (políticas
públicassaudáveis), da comunidade (reforço da ação comunitária), de indivíduos
(desenvolvimento de habilidades pessoais), do sistema de saúde (reorientação do sistema de
saúde), e de parcerias intersetoriais; isto é, trabalha com a ideia de responsabilização múltipla,
seja pelos problemas, seja pelas soluções propostas para os mesmos.

Em consonância com esta definição, a Política Nacional de Promoção de Saúde (Ministério da


Saúde, 2006) apresenta, como objetivo geral, o que pode ser entendido como um conceito de
promoção de saúde: “Promover a qualidade de vida e reduzir vulnerabilidade e riscos à saúde
relacionados aos seus determinantes e condicionantes – modos de viver, condições de
trabalho, habitação, ambiente, educação, lazer, cultura, acesso a bens e serviços essenciais.” A
partir da compreensão de que os indivíduos e a comunidade podem promover condições
saudáveis de existência.

Tais condições, acima citadas, estão atreladas ao conjunto de relações com o poder público,
iniciativa privada, ONGs e outras instituições, faz-se necessário que as equipes de saúde
participem ativamente da construção da autonomia dos sujeitos, com ações que visem à
efetivação do controle social e o empoderamento dos grupos familiares, institucionais,
religiosos para que compartilhem, junto com os gestores, o protagonismo na melhora da
qualidade de vida.
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SECRETARIA MUNICIPAL DA SAÚDE
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Tal processo de empoderamento se dá pelo compromisso da educação em saúde, inclusão e


valorização dos saberes e necessidades dos usuários e dos grupos que os representam.

Em saúde mental, é especialmente relevante considerar a autonomia e capacidade de auto-


cuidado dos indivíduos como indicador de saúde. E cabe considerar não apenas a autonomia e
participação dos indivíduos, mas também das comunidades, como fator definidor das
condições de saúde do território.

2.6 AÇÕES DE PROMOÇÃO DE SAÚDE MENTAL

A promoção da saúde mental passa por ações coordenadas e efetivadas pela equipe de saúde
da família, com apoio das equipes do NASF. É a partir da Equipe de Saúde da Família, das
demandas e projetos por ela apontados, que o apoio matricial elabora estratégias de
intervenção, priorizando o que é mais urgente e necessário para cada território. Por isso, faz-
se necessário que a equipe de saúde mental se envolva e colabore com a ESF também para
identificar as demandas de Saúde Mental e as potencialidades de cada localidade.

As iniciativas de promoção de saúde mental passam por atividades de educação em saúde, nos
mais diversos espaços, e de organização social e familiar. Destaca-se o cuidado especial às
mudanças no ciclo de vida familiar ea preocupação com o trabalho com grupos, com ênfase
na cooperação mútua. Importa que as pessoas e as comunidades de maneira geral possam,
cada vez mais, cuidarem de sua própria saúde, ou seja, promoverem sua própria saúde, com
condições de gerirem de forma mais eficaz sua existência.

Como se considera que a saúde mental é uma dimensão da saúde dos indivíduos e das
populações cabe salientar que ações de promoção de saúde de maneira geral também
promovem saúde mental, e devem ter o apoio da equipe matricial, reiterando a integralidade
da atenção e do cuidado.

Os profissionais de saúde devem fomentar e estimular ações locais, reconhecendo a


potencialidade dos recursos comunitários. As ações na comunidade se processam na vida
cotidiana, através do relacionamento entre as pessoas, famílias, vizinhança, igreja, trabalho,
escola, entre outros. Além desses, as comunidades têm utilizado para o seu bem estar, vários
outros grupos com organização formal, como associações, clubes, organizações não
governamentais, grupos de auto-ajuda, de jovens, de idosos, de pais, e outros.

É muito importante a utilização da infra-estrutura existente nos locais, tais como parques,
praças, centros de convivência, bibliotecas dentre outros, os quais propiciam a realização de
atividades como oficinas de arte, de literatura, de artesanato, esporte, lazer, etc.
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Ressalta-se, ainda, que toda ação curativa em Saúde Mental a um usuário é uma ação de
Promoção da Saúde Mental da família (sistema familiar) deste usuário.

Seguem algumas das atividades que podem ser desenvolvidas pela equipe de saúde da família
com o apoio da equipe distrital de saúde mental:

 Educação em Saúde;
 Promoção de Saúde Mental de Crianças e Adolescentes;
 Grupos de cuidadores (e/ou Grupos de orientação e aconselhamento parental);
 Grupo de multifamílias;
 Grupos de Adolescentes;
 Trabalhar questões relacionadas à sexualidade (educação sexual);
 Promoção de Saúde Mental na maturidade e terceira idade;
 Preparação para aposentadoria;
 Grupos de cooperação mútua na terceira idade;
 Atividade física para idosos;
 Constituição da família, gravidez e puerpério;
 Planejamento familiar;
 Preparação para parto e puerpério (para receber a criança, organizar o sistema familiar,
fortalecer os vínculos familiares);
 Acompanhamento da família (e não só do bebê) durante o puerpério;
 Grupo de cooperação mútua;
 Grupo de Mulheres (cooperação mútua);
 Grupo de orientação profissional;
 Formação em saúde para lideranças comunitárias, religiosas e pastorais.

3 CARACTERIZAÇÃO PREDIAL

No ano de 2003 o ministério da saúde publicou uma cartilha orientando a construção dos
Centros de Atenção Psicossocial esse documento tem a finalidade de orientar os gestores
locais, as equipes dos CAPS e os demais atores implicados na elaboração de projetos de
construção, reforma e ampliação dos espaços desses dispositivos da atenção psicossocial.

Vale mencionar que a base operacional deste dispositivo é fundamental para a prestação de
uma atenção de qualidade e das relações entre os interessados.

O projeto básico de construção predial deve obedecer aos requisitos conforme RDC 50
moldados mediante a realidade sociocultural dos usuários além, é claro do adequado aos
números de colaboradores e ações executadas pela instituição.
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O caps deve conter no mínimo os seguintes ambientes de acordo com o manual de estrutura
física dos centros de atenção psicossocial e unidades de acolhimento em conformidade com a
Resolução – RDC nº 50, de 21 de fevereiro de 2002:

ÁREA MÍNIMA
(APROXIMADA ÁREA
QT.
) TOTAL
AMBIENTE OBJETIVOS DESCRIÇÃO MÍN
OBRIGATÓRIA (M²)
.
(M²)

Recepção Local onde Deve ser acessível;


30
compreendida como acontece o primeiro Acolhedor;
1 (1,2 m2 por pessoa, 30
Espaço de contato do usuário. Ter sofás, poltronas, cadeiras;
logo 36 m2)
acolhimento Mesas para a recepção.
Salas de atendimento Um espaço Pia para higienização das mãos;
individualizado acolhedor que Mesa com gavetas para os profissionais;
garanta privacidade Cadeiras;
para usuários e Sofá; 8 9
27
familiares nos Armário;
atendimentos Se necessário algum recurso terapêutico.
realizados.

Salas de atividades Espaço destinado Disposição dos móveis seja flexível


coletivas ao atendimento em permitindo a formação de rodas, mini
grupo, práticas grupos, fileiras, espaço livre, etc.
24 (1m2 por 48 (1m2
expressivas; Poderá contar com equipamentos de 2
ouvinte) por
corporais, multimídia;
ouvinte)
comunicação, Pia para higienização das mãos.
reuniões com
familiares.
Espaço de Espaço de Ser um ambiente atrativo;
convivência encontros de Aprazível de encontros;
usuários e afins,
como terceiros,
1 65 65
pode ser utilizado
para desenvolver
atividades
culturais.
Banheiros com Deverão ser, no
chuveiro e com mínimo 02
sanitário adaptado banheiros, um
para pessoas com feminino e um
2 4,8 9,6
deficiência: masculino, todos
com chuveiro e
adaptação
Para pessoas com
deficiência.
Sala de aplicação de Espaços de Bancada para preparo de medicação; 1 6 6
medicamentos (Sala trabalho da equipe Pia;
de medicação) e técnica. Armários para armazenamento de
Posto de É interessante que a medicamentos;
enfermagem: porta seja do tipo Mesa com computador.
guichê,
possibilitando
assim maior
interação entre os
profissionais que
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estão na sala e
os usuários e
familiares.
Sala administrativa Espaço destinado Mesa;
às atividades Cadeiras;
12 (5,5m2 por
administrativas Armários. 1 22
pessoa)
caráter de um
escritório.
Sala de reunião Sala que comporte Mesa que comporte o quantitativo de
mesa redonda ou pessoas;
mesa retangular Cadeiras;
grande para Espaço para projeção.
reuniões
de equipe, reuniões
20
de projetos com
(40 m2 sendo 2 m2
usuários e
1 capacidade 20
familiares, reuniões
máxima 20
intersetoriais,
pessoas)
pessoas externas à
unidade, supervisão
clínico-
institucional, ações
de educação
permanente, etc.
Almoxarifado Espaço para Prateleiras;
armazenamento de Armários.
1 5 5
materiais
necessários.
Sala para arquivo sala para circulação Armário e/ou arquivos
de 02 pessoas. É a Mesa;
sala onde ficam Cadeira;
armazenados os Computador;
1 5 5
prontuários que Impressora.
Poderão ser
prontuários
eletrônicos.
Refeitório CAPS deve ter uma mesa grande ou pequenas;
capacidade para cadeiras.
oferecer refeições
de acordo com o
PTS de cada
usuário. O
refeitório deverá 1 60 60
permanecer aberto
durante todo o
dia não sendo para
uso exclusivo no
horário das
refeições.
Copa (Cozinha): Espaço destinado Mobiliário de cozinha.
pára a manipulação
de alguns
alimentos, assim
como para 1 16 16
realização de
Ações coletivas
gastronômicas com
os usuários.
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Banheiro com Banheiro pequeno


vestiário para com espaço para 2 12 24
funcionários: vestiário.
Depósito de material É uma área de
de limpeza (DML): serviço, com
espaço para colocar
1 1 2
produtos e
utensílios de
limpeza.
Abrigo de recipientes áreas para descarte
de resíduos (lixo) e de lixo doméstico.
Abrigo externo de Vide Plano de
resíduos sólidos Gerenciamento de
Resíduos Sólidos e
Regulamento 1 4 4
técnico da
ANVISA/MS sobre
gerenciamento de
resíduos de
serviços de saúde.
Área externa para Espaço externo Com uma cobertura para proteção
embarque e suficiente para climática.
1 21 21
desembarque de entrada e saída de
ambulância ambulâncias.
Área externa de Área aberta, de
convivência: circulação de
pessoas, com
espaços para ações
coletivas (reuniões,
oficinas, ações
culturais e
comunitárias, etc.)
e individuais
(descanso,
leitura), ou
simplesmente um
espaço arejado no
qual os usuários
e/ou familiares
possam 1 75 75
compartilhar
momentos em
grupo ou sozinhos,
projetado como
espaço de conviver.
Pode ser
um gramado, uma
varanda,
semelhante a uma
praça pública, com
bancos, jardins,
redes, de acordo
com os contextos
socioculturais, etc.
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4 CRONOGRAMA

o cronograma disposto para a realização do projeto esta sobre a responsabilidade da direção


do departamento de atenção especializada e secretaria municipal de saúde.
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5 ORÇAMENTO

o orçamento disposto para a realização do projeto esta sobre a responsabilidade da direção do


departamento de atenção especializada e secretaria municipal de saúde.
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6 REFERENCIAS

VALENTE P. A História da Saúde Mental: Do antigo ao contemporâneo. Disponível em A


História da Saúde Mental: Do antigo ao contemporâneo - Blog Cenat (cenatcursos.com.br)
visualizado em 12.05.2021 as 14:20.

Alves, D.S.N. Reforma Psiquiátrica. Disponível em http://www.ccs.saude.gov.br/memoria


%20da%20loucura/Mostra/reforma visualizado em 12.05.2021 as 15:20.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações


Programáticas Estratégicas. Manual de Estrutura Física dos Centros de Atenção Psicossocial e
Unidades de Acolhimento: Orientações para Elaboração de Projetos de Construção de CAPS
e de UA como lugares da Atenção Psicossocial nos territórios. - Brasília: Ministério da Saúde,
2013.

Resolução – RDC nº 50, de 21 de fevereiro de 2002. Agência Nacional de Vigilância


Sanitária Brasília: Ministério da Saúde, 2002.

7 ANEXOS

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