MENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO - INVENTÁRIO - DOAÇÃO DO
ASCENDENTE A UM DOS DESCENDENTES - ADIANTAMENTO DE LEGÍTIMA -
ALEGAÇÃO DE REALIZAÇÃO DE PERMUTA - AUSÊNCIA DE PROVAS - EXCLUSÃO DO BEM DOADO DA COLAÇÃO - IMPOSSIBILIDADE - ACORDO PARA RENÚNCIA TRANSLATIVA - INOBSERVÂNCIA DA FORMA PRESCRITA EM LEI - RECURSO DESPROVIDO.
I - A doação efetuada entre ascendente e descendente poderá ser
considerada como adiantamento da legítima (art. 544, do Código Civil), salvo se o doador constar, no ato da liberalidade, ou por testamento, que esta parte está saindo de sua porção disponível, dispensando, assim, o dever de colacionar (artigos 2.005 e 2.006, do Código Civil).
II - Inexistindo provas de que o negócio jurídico firmado entre genitor e filho
foi oneroso, não há como afastar a disposição constate no art. 544 do Código Civil de 2002.
III - Inexistindo entre os herdeiros desavenças quanto aos direitos do
agravante sobre os mencionados imóveis, poderão realizar a renúncia translativa, também conhecida como cessão de direitos, que deve ser realizada por meio de instrumento público ou termo judicial. EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO - AÇÃO DE INVENTÁRIO - DESTITUIÇÃO DE INVENTARIANTE - INÉRCIA NÃO COMPROVADA - DESRESPEITO AO ART. 623, CPC/15 - PRAZO PARA DEFESA - AUSÊNCIA - NOMEAÇÃO DE INVENTARIANTE DATIVO - INVIABILIDADE - INOBSERVÂNCIA DA ORDEM ESTABELECIDA NO ARTIGO 617, DO CPC, NA NOMEAÇÃO DE NOVO INVENTARIANTE - RECURSO PROVIDO.
I - O rol de motivos para exclusão do inventariante previsto no art. 622 do
NCPC é meramente exemplificativo, sendo cabíveis outras hipóteses, e podendo o inventariante ser removido no caso de mostrar-se omisso, ímprobo ou prejudicial ao término do inventário.
II - Antes de ocorrer a destituição do inventariante, de acordo com o art. 623
do NCPC, ele deve ser intimado para, no prazo de 15 (quinze) dias, apresentar defesa e produzir provas, sob pena de se constituir cerceamento de defesa. III - De acordo com as disposições contidas no parágrafo único, do art. 624, e no art. 617, ambos do Código de Processo Civil, havendo outros herdeiros maiores e capazes, não pode o magistrado optar diretamente pela nomeação do inventariante dativo.
EMENTA: ADMINISTRATIVO E PREVIDENCIÁRIO - ÓBITO DE SEREVIDOR
ESTADUAL APOSENTADO - SEGURADO DO IPSEMG - PECÚLIO - INDENIZAÇÃO DEVIDA AOS HERDEIROS E AO CÔNJUGE SOBREVIVENTE - SEPARAÇÃO DE FATO COMPROVADA NOS AUTOS - EXCLUSÃO DA ESPOSA DA POSIÇÃO DE BENEFICIÁRIA - MONTANTE INTEGRALMENTE DEVIDO AOS HERDEIROS DO FALECIDO - PEDIDO JULGADO PROCEDENTE - CONFIRMAR A SENTENÇA, EM REMESSA NECESSÁRIA, PREJUDICADA A PRIMEIRA APELAÇÃO - JUSTIÇA GRATUITA - HONORÁRIOS SCUMBENCIAIS - SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE DO PAGAMENTO - PROVIMENTO PARCIAL DO SEGUNDO RECURSO. 1 - O pecúlio configura benefício previdenciário consistente no pagamento de uma indenização aos herdeiros e ao cônjuge do segurado do IPSEMG em caso de falecimento. 2 - Demonstrada nos autos que o segurado estava separado de fato quando veio a óbito, existindo até mesmo uma ação de separação judicial em curso, fica o cônjuge sobrevivente excluído da posição de beneficiário do pecúlio, devendo o montante respectivo ser integralmente pago aos herdeiros do falecido. 3 - A concessão da justiça gratuita implica na suspensão da exigibilidade do pagamento relativo aos honorários advocatícios sucumbenciais. 4 - Em remessa necessária confirmar a sentença, julgando prejudicado o recurso do IPSEMG e dar parcial provimento ao recurso da segunda ré. EMENTA: < AÇÃO DE USUCAPIÃO. HERDEIRO. LEGITIMIDADE ATIVA .POSSE EXCLUSIVA. TEMPO DO ANTECESSOR. ACESSÃO DA POSSE. IMPOSSIBILIDADE. REQUISITOS NÃO COMPROVADOS. SENTENÇA REFORMADA. A ação de usucapião pode ser ajuizada por herdeiro ou condômino quando verificada a existência de posse exclusiva, com animus domini, e desde que demonstre de modo inequívoco a exclusão dos demais condôminos ou herdeiros. Todavia, nesses casos, quando a ação é proposta por apenas um dos herdeiros, não é possível aproveitar o tempo de posse do autor da herança para completar o lapso temporal da usucapião em detrimento dos demais heredeiros. > MENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO - CUMPRIMENTO DE SENTENÇA - NULIDADE DECISÃO AGRAVADA - AUSENCIA FUNDAMENTAÇÃO - EXETINÇÃO PESSOA JURÍDICA - SUBSTITUIÇÃO PROCESSUAL - EXCLUSÃO DA LIDE - COISA JULGADA - FORMULAÇÃO DE QUESITOS NOVOS E IMPERTINENTES - INDEFERIMENTO - CERCEAMENTO DE DEFESA - INOCORRÊNCIA - NEGAR PROVIMENTO - Considera-se suficientemente fundamentada a decisão em que o Magistrado manifesta sobre os argumentos relevantes e pertinentes alegados pelas partes, não havendo que se falar em nulidade da decisão agravada por insuficiência de fundamentação e negativa de prestação jurisdicional. - Com a extinção da pessoa jurídica, essa perdeu a sua personalidade e foi sucedida, em todos os aspectos patrimoniais e obrigacionais, pelos herdeiros dos sócios falecidos. - A extinção da pessoa jurídica, por si só não acarreta a sua exclusão, pura e simples da lide. - Não cabe à parte rediscutir questão que se encontra sob o manto da coisa julgada. - As questões ventiladas após a apresentação do laudo pericial devem versar apenas sobre esclarecimentos das conclusões do expert, sendo vedada à parte a formulação de novos quesitos, rediscutindo matéria já analisada ou levantando novas questões. - A perícia realizada está de acordo com os comandos exarados na decisão de primeira e segunda instância, obedecendo a coisa julgada, sendo que o agravante reitera questionamentos já respondidos pelo perito.