Escola Secundária da Rainha Santa Isabel – Estremoz

Física e Química A Ficha de trabalho nº 10 11º ano

Nome ______________________________ Nº ____ Turma _________ Data ___/___/___

GRUPO I

1. Num recipiente contendo 500 g de água à temperatura de 20,0 ºC, introduziu-se uma
resistência elétrica de aquecimento com 300 W. A resistência esteve ligada durante 10 min e,
quando foi desligada, a temperatura da água passou para 80,0 ºC.
capacidade térmica mássica da água = 4,186x103 J/kgK

1.1. Determina a energia transferida pela resistência elétrica durante o aquecimento da

água.

P = E/∆t

E = P x ∆t = 300 x 10x60 = 1,8 x 105 J

1.2. Qual a energia transferida como calor para a água?

E = mc∆θ = 0,500 x 4,186x10 3 x (80,0 – 20,0) = 1,26 x 10 5

J

1.3. Calcula o rendimento do processo de aquecimento.

η = Eútil/Etotal = 1,26 x 105 / 1,8 x 105 = 0,70 = 70 %

GRUPO II

1. Observa a tabela:

Material Capacidade térmica mássica Condutividade térmica

(J/kgK J/mK
Mármore 880 2,9
Perspex 1500 0,2
Cimento 3350 0,1
Vidro 670 1,0
 1.1. De todos os materiais da tabela, indica justificando, o melhor isolador térmico.

O cimento porque apresenta o menor valor de condutividade

térmica.

1.2. De todos os materiais da tabela, indica o que sofre menor variação de temperatura para
uma mesma energia por unidade de massa transferida.

Atendendo a que ∆θ=Q/mc, o material que apresentar maior

valor de capacidade térmica mássica é o que sofre menor
variação de temperatura, para uma mesma energia por unidade
de massa transferida. Neste caso, esse material é o cimento.

1.3. Escolhe um par de materiais (A,B), ao qual se aplique a seguinte frase:

“A é melhor isolador térmico do que B, mas para elevar de 1 ºC a temperatura de 1 kg
de B é preciso mais energia do que no caso de A.”

O material A é o vidro e o material B é o mármore.

GRUPO III

1. O basquetebol é um desporto olímpico desde os Jogos Olímpicos de Verão de 1936, em Berlim.

O nome vem do inglês basquetebol que significa, literalmente, “bola no cesto”.
Considera que um jogador larga a bola 100 cm acima do solo, de acordo com o registo
estroboscópico da figura. Os tempos entre duas posições sucessivas são iguais.
Despreza a resistência do ar e o movimento de rotação da bola.
1.1. Descreve as transformações/transferências de energia durante o movimento de queda e
durante a ascensão da bola.
Durante a queda da bola:
A energia potencial gravítica transforma-se em energia
cinética, de tal forma que, imediatamente antes de a colisão
ocorrer, a energia potencial gravítica se transformou
totalmente em energia cinética.

Durante a ascensão da bola:

A energia cinética transforma-se em energia potencial
gravítica, de tal forma que, ao atingir a altura máxima, a
energia cinética se anula.

1.2. Descreve as transformações/transferências de energia durante a colisão da bola com o

solo.
Desde que a bola toca no solo até que para
instantaneamente:
A bola deforma-se (e produz som e aquecimento da
superfície da bola e do solo) à custa da transformação da
energia cinética em energia potencial elástica.

Desde que a bola se encontra deformada (e parada) até que

sai do solo, começando a ascensão:
A energia potencial elástica transforma-se em energia
cinética.

1.3. Se o coeficiente de restituição para o par { bola ; solo } fosse igual à unidade (e=1), qual
seria, em unidades SI, a altura do ressalto?
hressalto = 100x10-2 m

1.4. Indica se, durante o ressalto (ascensão) o trabalho realizado pelo peso da bola é positivo,
negativo ou nulo.
Negativo
 1.5. Verificou-se que durante o primeiro ressalto a bola atingiu uma altura 25,0 cm abaixo do
ponto de onde havia sido largada. A dissipação de energia mecânica durante a colisão da bola
com o solo é dada pela expressão:

2. Numa atividade de esqui, uma esquiadora, puxada

por um braço de um dos telesquis da estância,
sobe com velocidade constante um plano com uma
inclinação de 20,0º, de acordo com a figura. O
braço do telesqui aplica na esquiadora uma força
que faz um ângulo de 30,0º com a direção do plano
inclinado. A massa do conjunto esquiadora +
equipamento de esqui é 85,0 kg e h representa o
desnível da pista de esqui. Considera desprezável o valor da força de atrito.

2.1. Seleciona a expressão que permite determinar o trabalho realizado pelo braço do telesqui na

esquiadora.

(A) F h cos 10,0 °

h
(B) F cos 20,0 °
sin 20,0°
h
(C) F cos ⁡30 °
sin 20,0°
(D) F h cos 50 °

(C)
h
w ⃗F =F Δr cos α =F cos 30 ,0 °
sin 20 ,0 °
 2.2. No trajeto de subida da esquiadora o trabalho do peso é dado por…

(A) −m g h

(B) m g h

(C) m g cos 20,0°

(D) m g cos 70,0°

(A)
w ⃗F =− Δ E pg=−m g h
g

2.3. Considerando que depois de atingir o topo da pista a esquiadora larga o telesqui e, partindo do

repouso, desce a pista com movimento retilíneo, determine o valor da sua velocidade ao fim de

15,0 m de movimento.
W ⃗F =W ⃗F
R g

W ⃗F =F g Δr cos α ⇒W ⃗F =m g Δr cos(90 °−20,0 °)⇔

g g

⇔ W ⃗F =85,0 × 10× 15,0× cos 70,0 °=4,36 ×103 J

g

1 1
W ⃗F =Δ Ec ⇔ W ⃗F = m v 2f − m vi2 ⇒
R
2
R
2
1 1
⇒ 4,36 ×103= × 85,0× v 2f − × 85,0 ×02 ⇔ v f =10,2m s−1
2 2

3. Uma criança coloca um carrinho em movimento numa das suas pistas de brincar. A figura que se

segue representa a pista por onde o carrinho se desloca.

O carrinho, de massa 200 g, largado do topo da pista passa no ponto A, que se encontra 0,50 m

acima do plano da base da pista, com uma velocidade de valor 2,0 m s−1. No mesmo movimento, o

carrinho passa no ponto B com uma velocidade de valor 1,5 m s−1, acabando por parar no ponto C que

dista 0,75 m de B. Os pontos B e C encontram-se no plano base da pista.

 3.1. Relativamente ao movimento do carrinho pode afirmar-se que existe…

(A) conservação da energia cinética do carrinho.

(B) conservação da energia potencial gravítica do sistema Terra + carrinho.

(C) conservação da energia mecânica do sistema Terra + carrinho.

(D) variação da energia mecânica do sistema Terra + carrinho.

(D)

3.2. O trabalho realizado pela força de atrito entre os pontos A e B é…

(A) – 0,2 J (B) – 1,0 J

(C) – 1,2 J (D) – 1,4 J

(C)

W ⃗F =Δ Em
a

1 1
Δ E m= Δ Ec + Δ E pg ⇒ Δ E m= m v 2B − m v2A +m g h B−m g h A ⇒
2 2
1 1
⇒ Δ Em= × 0,200× ( 1,5 )2− ×0,200 × ( 2,0 )2+ 0,200× 10 ×0−0,200 ×10 ×0,50=−1,2 J
2 2

3.3. Determina o valor da força de atrito que atuou no carrinho entre os pontos B e C.

W ⃗F =W ⃗F
R a

W ⃗F =Δ Ec
R

1 1
W ⃗F =Fa Δ r cos α= Δ Ec ⇒ Fa Δ r cos α = mv 2C − m v 2B ⇒
a
2 2
1 1
⇒ F a × 0,75 ×cos 180 °= × 0,200× ( 0 )2− × 0,200×(1,5)2 ⇔ F a=0,3 N
2 2
 GRUPO IV

1. Numa aula laboratorial, determinou-se a velocidade de propagação do som no ar recorrendo à

utilização de um software de captação de som e a uma mangueira com 19,5 m de comprimento.
Na tabela seguinte registaram-se os valores obtidos em vários ensaios para o intervalo de tempo
entre o instante em que se emitiu um som (com uma pancada forte entre dois blocos de madeira) e o
instante em que o mesmo som foi captado, depois de ter percorrido a mangueira.
Ensaio 1 2 3 4 5
Tempo / s 0,055 0,057 0,056 0,054 0,057

Nas condições em que a experiência foi realizada o valor tabelado para a velocidade de propagação
do som no ar é 343 m s-1.

Determina o valor da velocidade de propagação do som obtido experimentalmente e o erro relativo,

em percentagem, desse valor experimental.
Apresenta todas as etapas de resolução.

Na resposta, devem ser apresentadas as seguintes etapas:

A) Cálculo do valor mais provável do tempo
0,055+0,057+ 0,056+0,054+ 0,057
∆´ t= ⇒ ∆´ t=0,056 s
5

B) Cálculo da velocidade de propagação do som

d 19,5
v= ⇒v= ⇔ v=348=3,5× 102 ms−1
∆t 0,056

C) Cálculo do erro relativo

e a=| x−x r|⇒ e a=|348−343|=5
ea 5
e r ( % )= ×100 ⇒ e r ( % )= ×100 ⇔ er ( % )=1 %
xr 343

2. Com o objetivo de determinar experimentalmente a velocidade de propagação do som no ar, um

grupo de alunos usou um osciloscópio, um gerador de sinais, um altifalante, um microfone e uma fita
métrica.
O valor experimental da velocidade de propagação do som no ar, obtido pelos alunos, foi 319 m s −1.
 2.1 O valor tabelado da velocidade de propagação do som no ar, nas condições em que foi realizada a
experiência, é 345 m s−1.
Qual é o erro relativo, em percentagem, desse valor?
A. 7,5%
B. 8,2%
C. 26%
D. 92%

A
2.2 Comparando, em termos das respetivas ordens de grandeza, a velocidade de propagação da luz
no ar com a velocidade de propagação do som no ar, conclui-se que a velocidade de propagação
da luz é
A. 108 vezes superior.
B. 107 vezes superior.
C. 106 vezes superior.
D. 105 vezes superior.

3. A palavra radar é o acrónimo de Radio Detection And Ranging, que, em português, significa deteção
e localização por rádio. Trata-se de um sistema que permite detetar a presença, a posição e a
direção do movimento de objetos distantes, tais como navios e aviões. O funcionamento do radar
baseia-se na reflexão de um feixe de radiação eletromagnética. A radiação utilizada no radar pode
ter comprimentos de onda, no vácuo, da ordem de grandeza do centímetro. Quando o feixe de
radiação, geralmente emitido por impulsos, encontra um obstáculo, uma parte desse feixe é
refletida, regressando à antena emissora. O tempo que um impulso demora a chegar ao obstáculo e a
regressar à antena emissora, depois de refletido, permite determinar a distância a que o obstáculo
se encontra dessa antena.
M. Teresa Escoval, A Ação da Física na Nossa Vida, Lisboa, Ed. Presença, 2012, pp. 192-193
(adaptado)
3.1. A frequência de uma radiação eletromagnética cujo comprimento de onda, no vácuo, seja cerca
de 1cm é da ordem de grandeza de
(A) 104 Hz
(B) 106 Hz
(C) 108 Hz
(D) 1010 Hz

D (f = c/λ)
3.2. Qual das expressões seguintes permite calcular a distância, em metros, a que um obstáculo se
encontra da antena emissora, se Δt representar o intervalo de tempo, em segundos, que
decorre entre a emissão de um impulso e a receção do respetivo eco?

C (2d =c∆t, logo d= c∆t/2)

3.3. A radiação eletromagnética utilizada no radar pode ser produzida num dispositivo onde
existem ímanes que originam campos magnéticos semelhantes ao campo magnético B
representado na figura.

Qual é o esboço do gráfico que pode representar o módulo desse campo magnético, B,
em função da distância, d, ao polo norte (N) do íman que produz esse campo?

B
 3.4. A figura seguinte representa um feixe de uma radiação eletromagnética monocromática que se
propaga na atmosfera da Terra, atravessando três meios óticos diferentes – meios 1, 2 e 3.

Para a radiação considerada, o índice de refração do meio 1 é ______ ao índice de refração

do meio 2, sendo a velocidade de propagação dessa radiação no meio 1 ______ à sua
velocidade de propagação no meio 2.
(A) inferior … superior
(B) superior … superior
(C) inferior … inferior
(D) superior … inferior

4. Considera um raio de luz que viaja na água e encontra a superfície que a separa do ar.
nágua = 1,33
nar = 1,00

4.1. Determina o ângulo crítico da luz para o par de meios água/ar.

1,33xsinθc = 1,00xsin90º <=> 1,33xsinθc = 1,00 <=> sinθc =0,752 <=>

θc =sin-1(0,752) = 48,8º

4.2. Identifica o significado físico do valor encontrado.

Significa que qualquer raio de luz que incida na superfície de separação

água/ar com um ângulo superior a 48,8º deixa de sofrer refração nesta
superfície e passa a sofrer reflexão total, como se a superfície de
separação destes meios transparentes se comportasse como um espelho.
5. Observa o esquema da figura que representa uma fibra ótica. O feixe de luz propaga-se do ar para o
núcleo transparente da fibra (n = 1,48).

5.1. O princípio de funcionamento das fibra ótica baseia-se no fenómeno da…

(A) … difração.
(B) …refração.
(C) … reflexão.
(D) … reflexão total.
D

5.2. Indique uma das características que as fibras óticas devem apresentar para que ocorra esse
fenómeno.
O núcleo deve apresentar um índice de refração superior ao índice de

refração do revestimento.

Ou

O ângulo de incidência na superfície de separação núcleo – revestimento

deve ser superior ao ângulo crítico.

5.3. Determina o valor máximo que o ângulo  pode ter para que o feixe se propague totalmente no
interior da fibra, sabendo que o revestimento apresenta um índice de refração de 1,42.
Apresenta todas as etapas de resolução.
Na resposta, devem ser apresentadas as seguintes etapas:
A) Cálculo do ângulo crítico no interior da fibra ótica
n1 sen α c =n2 sen 90 ° ⟹ 1,48 × sen α c =1,42× sen 90 ° ⟺ α c =73,6°

B) Cálculo do ângulo de refração

α R =180 °−90 °−73,6 ° ⟺ α R=16,4 °

C) Cálculo do ângulo de incidência

n1 sen α i=n2 sen α R ⟹ 1,00× senθ=1,48 × sen 16,4 ° ⟺θ=24,7 °