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ORÇAMENTO DE OBRAS DE

CONSTRUÇÃO CIVIL

Profa. M.Sc. Geórgia Morais Jereissati


Aula 05
Janeiro/2015

Especialização em Gerenciamento de Obras


na Construção Civil
Aula 05
Formação de Preços
- Custo de Mão de obra;
- Custo de Máquinas e Equipamentos;
Preço de Venda e BDI
- Parcelas que compõem o BDI;
- Obtenção do BDI

Especialização em Gerenciamento de Obras


na Construção Civil
Aula 05

FORMAÇÃO DE
PREÇOS
Custo da Mão de Obra
ENCARGOS SOCIAIS
E TRABALHISTAS

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Aula 05

FORMAÇÃO DE
PREÇOS
Custo da Mão de Obra
ENCARGOS SOCIAIS
E TRABALHISTAS

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FORMAÇÃO DE PREÇOS – Encargos Sociais e Trabalhistas
Aula 05

A maior parte dos custos dos Encargos Sociais


são decorrentes da Constituição da República
Federativa do Brasil, de 05 de outubro de 1988.
A determinação dos dias efetivos do trabalho está
amparado na Carta Magna e na Consolidação de
Leis Trabalhistas (CLT), que pode apresentar os
seguintes resultados:

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FORMAÇÃO DE PREÇOS – Encargos Sociais e Trabalhistas
Aula 05

Ao acrescentar aos salários os Encargos Sociais


apresentando-os como custo de mão de obra, concede à
empresa um modelo de mensuração que irá permitir avaliar
de forma global o custo total do gasto com a mão de obra e
o custo em média da contratação de um funcionário.

Considerando que uma obra pode chegar a ter de


40% a 60% de seu custo composto pela mão de obra, é fácil
perceber a importância que a estimativa correta dessa
categoria de custo tem para a precisão do orçamento.

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FORMAÇÃO DE PREÇOS – Encargos Sociais e Trabalhistas
Aula 05

A alíquota de leis sociais é dada em função da forma


de contratação dos profissionais:

Mensalistas: neste caso, o valor do salário já inclui alguns itens de


custo, tais como: repouso semanal remunerado, feriados. Neste caso
considea-se um total de 176 horas de trabalho por mês (20 dias úteis
por mês x 8,8 horas de trabalho por dia).

Horistas: não possui nenhum encargo embutido no salário hora. Por


lei é considerado 220 horas de trabalho por mês.

Encargos sobre a hora normal: é função das horas ou dias


realmente trabalhados.

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Encargos sobre o salário mensal: é fixo e igual durante todo o


ano.

Encargos sobre horas extras: depende do tipo de hora extra. Os


percentuais a serem aplicados sobre o salário por hora deverão ser
estabelecidos pelos dissidios coletivos das categorias profissionais. Já
para os mensalistas, calcula-se o valor da hora extra, dividindo-se o
salário mensal por 220 horas.

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FORMAÇÃO DE PREÇOS – Encargos Sociais e Trabalhistas
Aula 05

Mattos (2006) apresenta os encargos sob duas


óticas:
Encargos em sentido estrito – são os encargos sociais,
trabalhistas, e indenizatórios previstos em lei e aos quais o
empregador está obrigado. É esta modalidade a mais usada
entre os orçamentistas.

Encargos em sentido amplo – aos encargos sociais,


trabalhistas e indenizatórios somam-se outras despesas
que podem ser referenciadas ao homem-hora, tais como:
transporte, seguro em grupo e até horas extras habituais. A
rigor, esta ampliação de conceito de encargo existe por
conveniência de quem orça.
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Jornada de trabalho: 44 horas - de 2ª a 6ª feira - 8


horas diárias, ou seja 7,33 horas por dia
totalizando os sábados - 4 horas

Para outros Municípios é conveniente a observação


da ocorrência de feriados específicos ( jornada de
trabalho ).

RIBEIRO (2011)
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Jornada de trabalho: 44 horas - de 2ª a 6ª feira - 8


horas diárias, ou seja 7,33 horas por dia
totalizando os sábados - 4 horas – RJ / SP
Domingos: 49 dias
Feriados: 12 dias
Enfermidades (média admitida): 05 dias
Férias: 30 dias
Jornada mensal - Domingos: 04 dias
Dias Úteis: 26 dias
Total dos dias do ano: 365 dias

RIBEIRO (2011)
Dias efetivamente trabalhos: 269 dias

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HORISTA
PODE SER CONTRATADO POR TEMPO DETERMINADO
PAGA-SE EFETIVAMENTE POR PRODUÇÃO E POR
SEMANA. TRABALHO DE SEGUNDA A SÁBADO.

No salário hora devem ser considerados no percentual


de encargos sociais, o repouso semanal remunerado
e os feriados, que são pagos aos empregados
complementamente. Por lei considera-se 220 horas
de trabalho por mês. Entretanto devemos considerar,
ainda, o horário de trabalho definido nos dissídios

RIBEIRO (2011)
coletivos das diferentes categorias profissionais.

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MENSALISTA
CONTRATO POR TEMPO INDETERMINADO. PAGAMENTO NO
FINAL DO MÊS OU POR SEMANA. PAGA-SE O MÊS
COMPLETO, MESMO SE FICAR PARADO ALGUNS DIAS .
TRABALHO DE SEGUNDA A SEXTA.

Os valores dos próprios salários já incorporam alguns itens


de custo que no salário hora são considerados como
encargos sociais, ou seja, o repouso semanal remunerado
e os dias feriados admitidos como leis sociais sobre o
salário hora.
Para este caso considera-se, um total entre 176 horas de

RIBEIRO (2011)
trabalho por mês.

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Os Dados de rotatividade da mão de obra para este estudo foram obtidos no CAGED
– Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, e podem ser consultados em:

http://bi.mte.gov.br/cagedestabelecimento/pages/consulta.xhtml#

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DOMINGOS OU REPOUSO SEMANAL REMUNERADO

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FERIADOS

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AUXÍLIO ENFERMIDADE DOENÇA

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DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIO

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LICENÇA PATERNIDADE

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FALTAS JUSTIFICADAS

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DIAS DE CHUVA

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AUXÍLIO ACIDENTE DE TRABALHO

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FÉRIAS GOZADAS + 1/3

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SALÁRIO MATERNIDADE

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SALÁRIO MATERNIDADE

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AVISO PRÉVIO INDENIZADO

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AVISO TRABALHADO

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FÉRIAS INDENIZADAS + 1/3

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DEPÓSITO POR DESPEDIDA INJUSTA

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INDENIZAÇÃO ADICIONAL

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INDENIZAÇÃO ADICIONAL

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PARA OS MENSALISTAS:

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PARA OS MENSALISTAS:

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PARA OS MENSALISTAS:

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PARA OS MENSALISTAS:

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MEDIDAS PROVISÓRIAS 601/2012 E 612/2013 – DESONERAÇÃO DA


FOLHA PARA A CONSTRUÇÃO CIVIL

• Altera a Lei 12.546/2011, e altera a incidência de CONTRIBUIÇÕES


PREVIDENCIÁRIAS DEVIDAS PELAS EMPRESAS QUE MECIONA.
• Aplicado nas empresas do setor de construção civil enquadradas nos grupos
de:

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FORMAÇÃO DE PREÇOS – Custo da Mão de Obra

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ENCARGOS SOCIAIS E TRABALHISTAS
DA EMPRESA
Sobre os encargos complementares – fórmulas básicas:
 n

  PF  P F  P F 
 
! ! 2 2 n n
1
EPI =  N 
 S   x100 
 





 
Ferramentas 

n

 P F  


P F P F
manuais =  
! ! 2 2 n n
1
 N 
 S   x100 
 

 


 
Sendo:
N = número de trabalhadores na obra;
S = salário médio mensal dos trabalhadores;
P1, P2,Pn = custo de cada um dos EPI ou ferramentas manuais;
F1,F1,Fn = fator de utilização do EPI ou das ferramentas manuais,
dado pela seguinte fórmula: F = t/ 12x VU
Sendo:
T = tempo de permanência do EPI ou da ferramenta à disposição da obra;
VU = vida útil do EPI ou ferramenta manual em meses.
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ENCARGOS COMPLEMENTARES
Sobre os encargos complementares – fórmulas
básicas:
Vale- transporte – VT = 2xC1xN – (S x0,06) x 100 =
S
Café da manhã – VC = C2xN – ( 0,033 x S x 22 )x 0,01
x 100=
S
Almoço/ jantar – VR = C3xN 0,95 x 100=
S
Sendo:
C1 = tarifa de transporte urbano;
C2 = custo do café da manhã;
C3 = vale refeição – definido pelo acordo Sindical;
N = número de dias trabalhados no mês;
S = salário médio mensal dos trabalhadores.
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PERICULOSIDADE / INSALUBRIDADE

§PERICULOSIDADE (NR 16) - Contato


permanente com explosivos e ou inflamáveis em
condições de risco. Considera-se 30% sobre o
SALARIO-HORA DO EMPREGADO

§INSALUBRIDADE (NR 15)– As atividades ou


operações insalubres são aquelas que, por sua
natureza, condições ou métodos, de trabalho,
exponham os empregados a agentes nocivos à
saúde, acima dos limites de tolerância fixados
em razão da natureza e da intensidade do
agente e do tempo de exposição aos seus
efeitos.
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INSALUBRIDADE
NR 15

§ CLASSIFICAÇÃO MINIMO, MEDIO E MAXIMO - NR


15, aprovada pela Portaria 3.214/78.
10% SOBRE O SALARIO MINIMO
20% SOBRE O SALARIO MINIMO
40% SOBRE O SALARIO MINIMO

Referida perícia poderá ser requerida à Delegacia


Regional do Trabalho pela empresa ou pelo sindicato
representativo das categorias interessadas.

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HORA EXTRA

DE SEGUNDA A SEXTA-FEIRA
2h primeiras – 50% sobre o salário-hora
Após as 2h primeiras – 75% sobre o salário-hora
Após as 24h – 100% sobre o salário-hora

SÁBADOS
Até as 14h – 75% sobre o salário-hora
Após as 14h – 100% sobre o salário-hora

DOMINGOS
Todas as horas – 100% sobre o salário-hora
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ADICIONAL NOTURNO

• É a compensação que o trabalhador tem direito a receber


quando o trabalho é realizado a noite, esta compensação é
tanto em horas como em salário;

• O percentual que incide no valor da hora trabalhada diurna é


de 20% ( trabalho urbano).

• Tem direito a esta compensação todos os que trabalham em


atividades urbanas entre às 10 da noite e às 5 da manhã;

• Compensação sobre a hora noturna: A hora normal tem a


duração de 60 minutos e a hora noturna, por disposição legal,
nas atividades urbanas, é computada como sendo de 52
minutos e 30 segundos.

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ADICIONAL SOBREAVISO
Cobre os custos quando o funcionário fica de
sobreaviso ou prontidão para executar serviços
imprevistos ou para substituir um funcionário que
faltou a escala organizacional. O acordo coletivo
indica remuneração na razão de 1/3 da hora normal.

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ASPECTOS A CONSIDERAR PARA A ELABORAÇÃO DO CUSTO H /H NO
ORÇAMENTO
• Hora-extra
• Periculosidade
• Insalubridade
• Adicional Noturno
• Adicional de sobreaviso
• Exames médicos
• Uniformes e EPI’S
• Ferramentas
• Participação nos Lucros (Gestão da empresa)
• Transporte
• Alimentação
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FORMAÇÃO DE
PREÇOS
Custo de Máquinas e
Equipamentos

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Depreciação

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FORMAÇÃO DE PREÇOS – Custo de Máquinas e Equipamentos
EXERCÍCIO:

Uma escavadeira foi comprada por R$ 200.000,00 e


sua vida útil é estimada em cinco anos, considerando-
se uma utilização de 2.000 horas por ano. ) valor
residual é 10% do original. Calcular a depreciação
horária.

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FORMAÇÃO DE PREÇOS – Custo de Máquinas e Equipamentos
EXERCÍCIO:

Uma escavadeira foi comprada por R$ 200.000,00 e


sua vida útil é estimada em cinco anos, considerando-
se uma utilização de 2.000 horas por ano. ) valor
residual é 10% do original. Calcular a depreciação
horária.
Resolução:

Valor de aquisição (Va )= R$ 200.000,00


Valor residual (Vr ) = 10% x R$ 200.000,00 = R$ 20.000,00
Vida útil = 5 anos x 2.000 h/ano = 10.000h
Dh = Va – Vr = 180.000 = R$ 18,00 / h
VU 10.000
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Custos de Operação

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FORMAÇÃO DE PREÇOS – Custo de Máquinas e Equipamentos
Custos de Operação

- Combustível: para condições ideais tem-se que um motor a


diesel consumo de 0,15 litros por horsepower-hora, já os a gasolina
0,23 litros por horsepower-hora

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EXERCÍCIO:

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EXERCÍCIO:

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EXERCÍCIO:

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EXERCÍCIO:

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PREÇO DE VENDA E
BDI

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PREÇO DE VENDA E BDI

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PREÇO DE VENDA E BDI
BDI - Benefício e Despesas Indiretas
• O BDI é uma taxa que nunca deve ser pré
determinada. Ela deve atender as características da
obra, da empresa e do tipo de contrato.

BUDGET ORÇAMENTO
DIFFERENCE DIFERENÇA
INCOME FATURAMENTO
• Isto é, BDI representa no método original
norte-americano o
• LUCRO
Aula 05
PREÇO DE VENDA E BDI

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Aula 05
BDI / LDI
(BENEFÍCIOS E DESPESAS INDIRETAS)
ou LDI ( LUCRO E DESPESAS INDIRETAS)
Tributos + Despesas
operacionais + Lucro
É assunto polêmico.

• Está diretamente ligado a cultura técnica


empresarial e a uma logística geradora de
estratégicas condizentes com as variações de
nossa economia (tributos) e ao índice que a
empresa entende como sua remuneração, o seu
acréscimo de capital - o lucro.

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BDI / LDI
(BENEFÍCIOS E DESPESAS INDIRETAS)
ou LDI ( LUCRO E DESPESAS INDIRETAS)

Tributos + Despesas operacionais + Lucro

• Despesas operacionais – é o que deve ser agregado ao


preço do serviço ou produto para cobrir os custos
administrativos da empresa.

• Tributos - são os que incidem sobre o valor faturado


na execução dos serviços.
• PREÇO DE VENDA = CD + CI + CA+ BDI

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BDI / LDI
(BENEFÍCIOS / LUCRO E DESPESAS INDIRETAS)

Tributos + Despesas Operacionais + Lucro

Apresenta índice em percentual,


inserido nos custos de serviços
na planilha orçamentária.

Depende – variáveis mais importantes:

• Tipo do empreendimento / produto;


• Valor do contrato;
• Prazo de Execução;
• Volume do faturamento da empresa;
• Local de execução do empreendimento / produto.
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BDI / LDI – Impostos que incidem –
Nota Fiscal
TRIBUTO ÍNDICE % - lucro
PIS ............................................ 0,65 / 3,00
presumido/ real
COFINS ....................................... 3,00 / 7,65* com material *
CONTRIBUIÇÃO SOCIAL ............ 1,08

ISS ............................................... 3,00 a 5,00 – depende da localização do


empreendimento no Município .

IRPF ................................................. 1,2 a 8,0 (presumido: Aplica-se 15% sobre o percentual da


atividade empresarial; 8%x15%=1,2%) Lucro Real: 15% até R$20.000,00/mês; 25% acima do
estipulado.

Exemplo: TOTAL .......................................... 14,53 % – este com


5% ISS

INSS.............................................. 11,00 (recolhimento antecipado da contribuição


previdenciária, com incidência de MO ) Reserva Técnica

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PREÇO DE VENDA E BDI

DESPESAS ESPECIFICAS DA
ADMINISTRAÇÃO CENTRAL

Aula 05
PREÇO DE VENDA E BDI

DESPESAS ESPECIFICAS DA
ADMINISTRAÇÃO CENTRAL

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PREÇO DE VENDA E BDI

DESPESAS ESPECIFICAS DA
ADMINISTRAÇÃO CENTRAL

Aula 05
PREÇO DE VENDA E BDI

Aula 05
PREÇO DE VENDA E BDI

Aula 05
PREÇO DE VENDA E BDI

Aula 05
PREÇO DE VENDA E BDI

Aula 05
PREÇO DE VENDA E BDI

Aula 05
BDI / LDI – Despesas operacionais
Despesas operacionais ÍNDICE % - mínimo/
máximo

Administração central no canteiro de produção (Supervisão, despesas


de viagens,consultoria, auditoria especial,
detalhamento de projetos)....................................... 3,5 / 20,0

Rateio da Administração Central............................ 4,5 / 18,0

Despesas Específicas ( imprevistos com projetos) 1,0 / 5,0

Taxa de risco................................................................0,5 / 3,0

Custo Financeiro ......................................................... 2,0 / 5,0

Taxa de comercialização ............................................ 1,0 / 8,0

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PREÇO DE VENDA E BDI

DESPESAS ESPECIFICAS DA
ADMINISTRAÇÃO CENTRAL

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PREÇO DE VENDA E BDI

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Aula 05
CÁLCULO DO BDI / LDI
E mais:
Administração Central..............................2,0 / 8,0
Controle e garantia da qualidade ..........6,0 / 12,0
Controle tecnológico...............................5,0 / 10,0
Seguros....................................................2,0 / 5,0
Canteiro de Produção............................2,0 / 6,0
***Mobilização e desmobilização...............1,5 / 4,0
(*** TCU – Custos Diretos***)
É necessária a mensuração detalhada e
criteriosa dos custos de cada item na
planilha orçamentária. 104
CÁLCULO DO BDI / LDI – índices adotados
no mercado
Lucro 5 a 20% - edificações civis;
2 a 15% - obras de infra-estrutura.

Índice adotado pela empresa!


O índice do BDI apresentado nas empresas, inclui
todos os tributos e lucro, normalmente variando
de 26 a 50% (Dez /2014) do custo direto do
empreendimento; deve estar direcionado para os
critérios de definição de preço de cada empresa.
O BDI varia de empreendimento para
empreendimento (projeto, localização da obra,
etc...). 105
CÁLCULO DO BDI / LDI

• O BDI é um multiplicador sobre TODOS OS SERVIÇOS, e, portanto o


bom senso deverá imperar no seu dimensionamento.
O PREÇO DE VENDA VEM DA SEGUINTE EQUAÇÃO
PARAMÉTRICA:

PV = CUSTO / 1- i%

CONSIDERAÇÕES SOBRE O BDI /LDI:

•NEM TODA OBRA /SERVIÇO TEM O MESMO BDI;

•NO CÁLCULO DO BDI /LDI SÓ ENTRAM OS TRIBUTOS QUE


INCIDEM SOBRE O FATURAMENTO (PREÇO DE VENDA)
E PEQUENAS TRABALHAM COM O BDI / LDI MAIS ELEVADO.

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CÁLCULO DA FORMAÇÃO DO BDI / LDI
LINGUAGEM INICIATIVA PRIVADA

PIS ............................................ 0,65 %


COFINS ....................................... 3,00 %
CONTRIBUIÇÃO SOCIAL ......... 1,08 %
ISS ............................................... 5,00 %
IR ................................................. 4,80 %

Subtotal = 14,53%
RATEIO ESCRIT. CENTRAL............ 4,50 %
LUCRO.............................................. 6,00 %
Subtotal = 10,50%
TOTAL.......... 25,03 = 25,00 %
108
APLICAÇÃO DO BDI / LDI
Lucro + Despesas Operacionais = 10%
- TRIBUTOS = 15% TOTAL = 25%(BDI)
- PREÇO DE CUSTO = R$ 189.900,00
MÉTODO DIRETO
PV = PC x [1+(BDI%/100)]
R$ 189.900,00 x 1,25 = R$ 237.375,00

• Verificação:
- inversa: 237.375,00 : (1+0,25) = 189.900,00;
- por dentro: 237.375,00 - 189.900,00 = 47.475,00
• 47.475,00 : 237.375,00 = 0,2
• 237.375,00 x (1- 0,2) = 189.900,00
109
APLICAÇÃO DO BDI / LDI
Lucro + Despesas Operacionais = 10%
- Tributos = 15% TOTAL = 25% (BDI)
- PREÇO DE CUSTO = R$ 189.900,00
MÉTODO INDIRETO
PV = PC : [1- (BDI%/100)]
189.900,00 : (1 – 0,25) =
189.900,00 : 0,75 = R$ 253.200,00

Verificação:
253.200,00 x 0,25 = 63.300,00
253.200,00 – 63.300,00 = 189.900,00
110
APLICAÇÃO DO BDI / LDI
- Lucro + Despesas Operacionais = 10%
- Tributos = 15% TOTAL = 25%
- PREÇO DE CUSTO = R$ 189.900,00
Aplicação do método direto [1+(L + DO)/100]
PREÇO DE CUSTO = 189.900,00 x 1,10 = 208.890,00
Aplicação do método indireto (T)/100
208 890,00 : (1 – 0,15) = 208.890,00 : 0,85 =
PV = R$ 245.752,94

Verificação:
245.752,94 x 0,15 = 36.862,94
245.752,94 – 36.862,94 = R$ 208.890,00 (valor intermediário)
111
BDI / LDI
  I  R  F   
 1  1  1      1  i 1  r 1  f   
  100  100  100    1 x100     1 x100 
BDI / LDI =
 T  S C  L     1  (t  s  c  l )  
 1     
  100   

Sendo:
i = taxa de administração central;
r = taxa de risco do empreendimento;
f = taxa de custo financeiro do capital de giro;
t = taxa de tributos federados
s = ISS (taxa de tributo municipal);
c = taxa de despesas de comercialização;
l = lucro ou remuneração líquida.
As taxas no numerador incidem sobre os custos diretos
As taxas no denominador incidem sobre o Preço de Venda
( faturamento ).
Fonte:Instituto de Engenharia – agosto de 2004.
112
BDI - TCU
• Seu valor deve ser avaliado para cada caso específico, dado que seus
componentes variam em função do local, tipo de obra e sua própria
composição.

BDI = {[(1+AC/100)(1+DF/100)(1+R/100)(1+L/100)/((1-(I/100))]-1}X 100

Onde:
• AC = taxa de rateio da Administração Central;
• DF = taxa das despesas financeiras;
• R = taxa de risco, seguro e garantia do empreendimento;
• I = taxa de tributos;
• L = taxa de lucro.

• FÓRMULA BDI - Acórdão nº 325/2007-Plenário. Relator: Ministro Guilherme


Palmeira. Brasília, 14 mar. 2007. TCU - Triunal de Contas da União
BDI - TCU

A composição do BDI deve ser detalhada no maior grau possível.

Relativamente ao cálculo do BDI, importa dizer que a forma mais satisfatória de


cálculo e que constitui a tendência atual na área de custos rodoviários (Sistema
SICRO) é a inclusão do maior número de serviços possíveis de serem medidos
diretamente dentro da planilha de preços unitários, fora, portanto da taxa de
BDI, conforme preconizado pelo art. 40, inciso XIII, da n° Lei 8.666/93 [05].

O Tribunal de Contas da União (TCU) baixou um acórdão estabelecendo o teto de


Bonificação e Despesas Indiretas (BDI) para serviços e obras públicas de
engenharia.

O BDI é a soma do lucro, dos impostos e das despesas indiretas que um


empreendedor tem na obra. Junto com os custos diretos, ele compõe o preço
global do empreendimento.
BDI - TCU
Da aplicação do BDI:
• A aplicação do índice de Bonificação e Despesas Indiretas
(BDI) ou Lucro e Despesas Indiretas (LDI) deverá observar o
disposto no Acórdão 325/2007-TCU. Algumas observações:

• Não será admitido na composição do BDI a inclusão de:


IRPJ, CSLL, Administração Local,
Canteiro/Acampamento,Mobilização/Desmobili-zação e
demais itens que possam ser apropriados como custos
diretos da obra.

115
BDI - Decisão, publicada no dia 20 de
setembro, no acórdão 2.369/2011
O TCU informou, em nota, que as tabelas são apenas
referências de "parâmetros aceitáveis".
O acórdão estabelece percentuais mínimos e máximos de
BDI, de acordo com o valor do empreendimento e por
segmento: saneamento, edificações, irrigação e canais,
redes adutoras e estações elevatórias e de tratamento,
estruturas portuárias, pátios e pistas aeroportuários,
terminais de passageiros aeroportuários e fornecimento
de materiais e equipamentos.
BDI - Decisão, publicada no dia 20 de
setembro, no acórdão 2.369/2011

• No caso de obras de saneamento estimadas em até R$


150 mil, o BDI mínimo é de 25,3%, e o máximo, 31,8%. Se
o valor da obra for superior a R$ 150 milhões, os
percentuais ficam entre 20,8% e 27%.
• Em obras aeroportuárias (pátios e pistas de pouso) com
valor até R$ 150 mil, o BDI mínimo é de 21,5% e o teto,
22,7%. Para valores acima de R$ 150 milhões, os
percentuais são 17% e 23%,
• O Tribunal consultou a Caixa Econômica Federal; a Codevasf (Companhia
de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba); o Dnocs
(Departamento Nacional de Obras Contra as Secas); o Departamento de
Obras Hídricas do Ministério da Integração Nacional; o Departamento
Nacional de Infraestrutura de Transportes; o Centro de Excelência em
Engenharia de Transportes e a Infraero (Empresa Brasileira de
Infraestrutura Aeroportuária).

• O TCU justificou a decisão de definir parâmetros para BDI porque "é


crescente a preocupação (...) acerca da possibilidade de distorções nos
valores contratados com a administração pública em decorrência de
inclusões indevidas de itens na constituição do grupo denominado
despesas indiretas".

• O TCU, por sua vez, alega que os referenciais são para uso do próprio
tribunal e que "não pretende estabelecer o BDI a ser adotada pelas
empresas; pretende, sim, examinar a adequabilidade do preço global
(custo direto + BDI) dos contratos firmados pela Administração Pública na
execução de obras".
"O fato de o TCU estabelecer uma faixa referencial de BDI
não significa que as circunstâncias e particularidades
presentes na execução de uma obra serão
desconsideradas. Cada obra deve ter um BDI distinto,
adaptado ao caso concreto.“
( TCU )

O órgão explica ainda que o acórdão estabelece


referenciais de BDI para serem adotados pelo próprio
TCU na análise do preço de obras públicas, "uma vez que
uma das parcelas que compõem o preço é o BDI (a outra
parcela é o custo direto). Portanto, o TCU não pretende
estabelecer o BDI a ser adotado pelas empresas".
FONTE DE PESQUISA:
www.piniweb.com.br/construcao/custos/tcu-firma-percentual-minimo-e-maximo-de bdi-em obra-238844-1.asp
BDI - TCU

• Para o caso do item Administração Local, o valor máximo


admissível, calculado sobre o valor do Termo de Compromisso,
deverá estar dentro dos limites abaixo especificados:

Caso o valor do item Administração Local ultrapasse o percentual estipulado,


o excedente poderá ser aceito como contrapartida adicional.
128
BDI - TCU
• Na definição do valor do empreendimento, o
PROPONENTE/ COMPROMISSÁRIO deverá apresentar à
CAIXA

• a composição dos itens Administração Local;


• Mobilização/Desmobilização;
• Instalação de Canteiro/acampamento, com
detalhamentos suficientes que justifiquem o valor
obtido, não sendo admitido cálculo com
estimativas percentuais genéricas;

129
BDI - TCU

• Os orçamentos de referência elaborados pelo órgão


licitante, a integrar ou integrantes de Editais, devem
expressar a composição de todos os custos
unitário necessários e suficientes à sua precisa
identificação em consonância com o art. 7o, § 2o, inciso
II, da Lei no. 8.666/93. Não serão aceitas planilhas que
contenham Unidades referenciadas como “verba”, salvo
aqueles cujo planejamento não
possibilite quantificação.

130
BDI / LDI
SITES IMPORTANTES :

INSTITUTO DE ENGENHARIA
www.ie.org.br
bdildi@ie.org.br

INSTITUTO BRASILEIRO DE ENGENHARIA DE CUSTO


www.ibec.org.br
ibec@ibec.org.br

TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO – TCU


www.tcu.gov.br

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