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ORÇAMENTO DE OBRAS DE

CONSTRUÇÃO CIVIL

Profa. M.Sc. Geórgia Morais Jereissati


Aula 04
Janeiro/2015

Especialização em Gerenciamento de Obras


na Construção Civil
Aula 04
Formação de Preços
- Composições de custo unitário
- Custos Diretos;
- Custos Indiretos;
- Custo de Material;
- Custo de Mão de obra;

Especialização em Gerenciamento de Obras


na Construção Civil
Aula 04

FORMAÇÃO DE
PREÇOS

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FORMAÇÃO DE PREÇOS

DIFERENÇA ENTRE CUSTO E PREÇO

• ESTIMATIVA DE CUSTO: • DEFINIÇÃO DE PREÇO:


- É uma decisão técnica. - É uma decisão de negócio.
Qual o custo para uma Quanto deverá ser pago
organização desenvolve pelo desenvolvimento de
um determinado projeto? um determinado projeto?
- Envolve basicamente os - Envolve os recursos
recursos utilizados no utilizados no projeto e
projeto. outros aspectos como:
Ex: Viabilidade Técnica margem de retorno,
Econômica descontos comerciais e
margens de risco.
Ex: Orçamento detalhado.

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Aula 04
FORMAÇÃO DE PREÇOS

CUSTO

CUSTO = Estimativa de receitas e despesas

CUSTO = entradas e saídas de dinheiro

Na construção ele inclui todos os gastos diretamente


associados para a produção de um bem ou objeto e
para o orçamentista é o gasto que tem de ser
levantado para a execução de um bem ou objeto.

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Aula 04
FORMAÇÃO DE PREÇOS

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Aula 04
FORMAÇÃO DE PREÇOS

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Aula 04
FORMAÇÃO DE PREÇOS

A TCPO(2003) classifica os componentes dos


preços em 3 categorias, diferenciadas pelas suas
bases de cálculo, a saber:

 Custo direto: gasto direto, correlacionado com a


quantidade do serviço da construção;

 Custo: não variar diretamente com a quantidade de


cada serviço em particular

 Benefício: margem de sergurança, reservada para


possiblitar a superação das incertezas do contrato
de construção e recompensar a construtora pelos
serviços prestados 8
Aula 04
FORMAÇÃO DE PREÇOS

PREÇO DE VENDA = CUSTO X ( 1 + BDI)

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Aula 04
COMPOSIÇÃO
DE CUSTO

O PRINCÍPIO
DE TUDO.
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Aula 04

FORMAÇÃO DE
PREÇOS
Composições de
Custo Unitário

O PRINCÍPIO
DE TUDO. 11
FORMAÇÃO DE PREÇOS - Composição de Custo Unitário

Os custos diretos são a somatória dos custos unitários


de todos os serviços específicos, multiplicados pelas
suas respectivas quantidades (TISAKA, 2006).

TISAKA (2006)
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Aula 04
FORMAÇÃO DE PREÇOS - Composição de Custo Unitário

Mas afinal, O QUE É UMA COMPOSIÇÃO DE CUSTO


UNITÁRIO?

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Aula 04
FORMAÇÃO DE PREÇOS - Composição de Custo Unitário

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Aula 04
FORMAÇÃO DE PREÇOS - Composição de Custo Unitário

É o processo de estabelecimento dos custos incorridos


para a execução de um serviço ou atividade,
individualizado por insumos e de acordo com certos
requisitos pré-estabelecidos.

Contem:
 todos os insumos que fazem parte do serviço,
 com suas respectivas quantidades
 e de seus custos unitários e totais
É o item do orçamento que possui uma
unidade de medição definida composta
de insumos ou mesmo de outros
serviços e que serve para fins de
controle do andamento da obra e de
pagamento da mesma.
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Aula 04
FORMAÇÃO DE PREÇOS - Composição de Custo Unitário

Na descrição dos eventos em obras, previstos no


Decreto 92.100 e na Lei 4.591, todos os serviços estão
cobertos por Composições de Custos analíticas, com a
discriminação isolada de cada unidade, sempre com a
anotação da mão-de-obra correspondente e respectivos
encargos sociais.

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Aula 04
FORMAÇÃO DE PREÇOS - Composição de Custo Unitário

Tão importante quanto o levantamento das


quantidades de um projeto é a correta escolha da
composição de custos unitárias a ser utilizada no orçamento,
que na verdade é o princípio de tudo.

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Aula 04
FORMAÇÃO DE PREÇOS - Composição de Custo Unitário

Cada serviço que compõe um plano de contas é


composto por composições de custo, que estão
relacionadas com:
• cultura técnica da empresa,
• metodologias construtivas,
• formas de contratação da mão de obra,
• capacidade financeira.

RIBEIRO (2011)
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Aula 04
FORMAÇÃO DE PREÇOS - Composição de Custo Unitário

O custo unitário é o custo correspondente a uma


unidade de serviço, por exemplo: custo de 1 m de meio fio
assentado, custo de 1 m3 de carga, transporte, lançamento e
espalhamento do solo (MATTOS, 2006).

MATTOS (2006)
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Aula 04
FORMAÇÃO DE PREÇOS - Composição de Custo Unitário
DESCRIÇÃO DO SERVIÇO UNIDADE DE MEDIDA
CÓDIGO

PRODUTIVIDADE/CONSUMO CUSTO
TOTAL

SEINFRA 23.1 (2014)


UNIDADE DE MEDIDA
DESCRIÇÃO DO INSUMO CUSTO UNITÁRIO

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Aula 04
FORMAÇÃO DE PREÇOS - Composição de Custo Unitário

Existem inúmeras fontes de consulta onde podemos


encontrar parâmetros de quantitativos dos coeficientes para
as composições dos serviços mais utilizados na construção
civil e predial, a mais conhecida é:

Esses indicadores dos


quantitativos e taxas horárias
de pessoal e equipamentos da
TCPO dão uma ideia bastante
próxima da realidade.
CADA EMPRESA TER AS SUAS PRÓPRIAS CONSTANTES
DE APROPRIAÇÃO ANALÍTICA DE CUSTOS DAS OBRA,
PARA PODER TER SEUS PRÓPRIOS PREÇOS
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Aula 04
FORMAÇÃO DE PREÇOS - Composição de Custo Unitário

Existem inúmeros sistemas referenciais de preços


que são mantidos por órgãos/entidades estaduais e
municipais, dentre eles:

DENTRE OUTRAS.

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Aula 04
FORMAÇÃO DE PREÇOS - Composição de Custo Unitário

Cada composição de custo unitário define o valor


financeiro a ser despendido na execução de uma unidade do
respectivo serviço e é elaborada com base em
coeficientes de produtividade, de consumo e de
aproveitamento de insumos, cujos preços são coletados
no mercado ou em Banco de Preços.

BAETA (2012)
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Aula 04
FORMAÇÃO DE PREÇOS - Composição de Custo Unitário

VERBA OU PERCENTUAL

Não irá refletir os trabalhos


necessários que serão exigidos no canteiro
de obras que, por sua vez, estão diretamente
ligados ao volume de unidades propostas e,
conseqüentemente, deverão ser

STABILE (2004)
dimensionados em relação a este fator.

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Aula 04
FORMAÇÃO DE PREÇOS - Composição de Custo Unitário

O não uso à inclusão de qualquer


unidade de obra onde não haja quantificação
prévia, com a perfeita identificação dos
produtos ou serviços, aliados à sua correta
mensuração em unidade reconhecíveis no
Orçamento de determinada obra, os valores
financeiros que expressam as referidas
“verbas” passam a ter duvidosa qualidade
quanto à sua mensuração na hora em que
tiverem que ser feitos os pagamentos pelos
serviços “verificados”, o que tornaria um

STABILE (2004)
absurdo a simples tentativa de sua
quantificação em qualquer estágio de obra a
ser remunerada
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Aula 04
FORMAÇÃO DE PREÇOS - Composição de Custo Unitário

Para que uma composição de custo seja utilizada é


preciso:
 a quantidade do serviço que será executada,

 a especificação de material

 a unidade de locação do mesmo no canteiro de obra,

 o tipo de contratação de mão de obra,

 o encargo social a ser considerado.

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Aula 04
FORMAÇÃO DE PREÇOS - Composição de Custo Unitário

Deve-se também observar os índices/coeficientes


para cada insumo de material, equipamento e mão de
obra, que irão constituir a unidade de serviço da
composição de custo que será utilizada no orçamento.

Mas, afinal, o que é um INSUMO?

É todo e qualquer elemento que entra no


processo de produção dos serviços que
compõem a planilha orçamentária:
 materiais de construção,
 equipamentos e máquinas,
 trabalhadores, etc,
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Aula 04
FORMAÇÃO DE PREÇOS - Composição de Custo Unitário

Tanto já se falou, em PRODUTIVIDADE, e o que é


isso?

• É a taxa de produção de uma pessoa


ou equipe ou equipamento, isto é, a
quantidade de unidades de trabalho
produzida em um intervalo de tempo
especificado, normalmente hora.

• Indica a eficiência em transformar energia (e tempo)


em produto.
• Quanto maior for a produtividade, mais unidades do
produto são feitas num determinado espaço de tempo.

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Aula 04
FORMAÇÃO DE PREÇOS - Composição de Custo Unitário

PRODUÇÃO PRODUTIVIDADE

• PRODUÇÃO retrata a quantidade de


unidades executadas em um certo
tempo,
• PRODUTIVIDADE é a rapidez com que
essa produção foi alcançada e

• São inversamentes proporcionais, ou


seja, quanto maior o índice, menor a
produtividade e vice-versa.

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Aula 04
FORMAÇÃO DE PREÇOS - Composição de Custo Unitário

A produtividade varia com:

 Tipologia do produto;
 Grau de adestramento da equipe;
 Tecnologia empregada;
 Apoio logístico;
 Condições climáticas;
 Dentre outros.

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Aula 04
FORMAÇÃO DE PREÇOS - Composição de Custo Unitário

Não se devem deixar de ser considerados na


produtividade as interrupções e oscilações que ocorrem
com a produção do trabalhador, tais como: a locomoção
entre uma frente de serviço e outra, paradas para beber
água, ir ao banheiro, falta de material, etc.

Esse tempo, chamado de improdutivo, depende do


trabalhador, da supervisão, das condições climáticas, da
complexidade do serviço, etc.

Então tem que ser obtido no campo abrangendo um


período relativamento longo, para ser mais realista.

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Aula 04
FORMAÇÃO DE PREÇOS - Composição de Custo Unitário

É interessante que as empresas criem formulários


para registrar estas produtividades e criar seus próprios
coeficientes e informá-los ao orçamentista.

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Aula 04
EXEMPLO
TABELA DE
PRODUTIVIDADE

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FORMAÇÃO DE PREÇOS - Composição de Custo Unitário

Adotar valores médios de produtividade pode


trazer distorções, sugere-se obter uma faixa de
produtividade que é a mediana, ou seja o valor central no
universo das amostras coletadas.

Já o consumo de material necessário para um

MATTOS (2006)
serviço pode ser matematicamente levantado a partir dos
desenhos, pois tem dimensões exatas.

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FORMAÇÃO DE PREÇOS - Composição de Custo Unitário

Esses índices (coeficientes) também podem ser


conseguidos através de:
 informações constantes em catálogos dos fabricantes,
 informações dos fornecedores,
 em revistas técnicas,
 livros técnicos e
 principalmente, em apropriações em canteiro de obras
(criando índices próprios da empresa)

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Aula 04
FORMAÇÃO DE PREÇOS - Composição de Custo Unitário

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Aula 04
FORMAÇÃO DE PREÇOS - Composição de Custo Unitário

• Qual o custo de colocação de 1 m2 de telha?

O custo de colocação de 1 m2 de telha é de R$ 59,18;

• Quantos insumos temos de mão de obra e de material?

Existem dois insumos de mão de obra (pedreiro e


servente) e um insumo de material (telha cerâmica);

• Qual o insumo que mais impacta no custo do serviço?

É a telha, pois seu custo total no serviço é de R$ 45,00/m2,


representando 76,04% do serviço.

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Aula 04
FORMAÇÃO DE PREÇOS - Composição de Custo Unitário

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Aula 04
FORMAÇÃO DE PREÇOS - Composição de Custo Unitário

• Qual a relação numérica pedreiro:servente?

A composição indica uma relação numérica de 1 pedreiro


para 1 servente (1:1), pois os coeficientes desses insumos
são iguais.

• Qual a produtividade do pedreiro?


Cada pedreiro deve preparar 0,769 m2 por hora de
trabalho. Esse índice representa 1,3h de pedreiro para
cada metro quadrado de telha, em 1h teremos 1/(1,3h/m2)
= 0,769 m2/h, que é a produtividade do pedreiro.

1 semana de 44 horas, uma equipe de 5 pedreiros


consegue colocar 44h x 5 pedreiros / 1,3m2/h =
169,23 m2 de telha; 39
Aula 04
FORMAÇÃO DE PREÇOS - Composição de Custo Unitário

• Qual o maior valor que deveria ser pago a um


supempreteiro?

O maior valor que deveria ser pago a um subempreiteiro


(material fornecido pelo construtor) seria R$ 14,48/m2 (não
está incluso o valor dos encargos sociais), pois o
subempreiteiro estaria encarregado apenas de fornecer a
mão de obra do serviço.

Acertar o serviço com o


subempreiteiro por um valor
superior a R$ 14,48/m2 acarretaria
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diminuição do lucro da obra. Aula 04
FORMAÇÃO DE PREÇOS - Composição de Custo Unitário

• Qual o maior valor que deveria ser pago a um


supempreteiro?

O maior valor que deveria ser pago a um subempreiteiro


(material fornecido pelo construtor) seria R$ 14,48/m2 (não
está incluso o valor dos encargos sociais), pois o
subempreiteiro estaria encarregado apenas de fornecer a
mão de obra do serviço.

Acertar o serviço com o


subempreiteiro por um valor
superior a R$ 14,48/m2 acarretaria
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diminuição do lucro da obra. Aula 04
FORMAÇÃO DE PREÇOS - Composição de Custo Unitário
Aula 04

Um completo banco de dados com composições de


custos e especificações / preços de insumos retratando
todos os serviços executados pela empresa formam
importante arcabouço para o orçamentista.

Torna-se importante a correta apropriação das


áreas volumes e quantidades de todos esses serviços,
de forma que possam ser corretamente avaliados os

RIBEIRO (2011)
seus custos indiretos, ou sejam os de Acampamento e
Canteiro de Produção e serviços de transporte vertical e
horizontal, inclusive armazenamento.

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FORMAÇÃO DE PREÇOS - Composição de Custo Unitário
Aula 04

Com as composições de custo podem ser medidas


as seguintes atividades:

 custo unitário do serviço;


 consumo de material, mão de obra, equipamentos,
ferramentas
 custo total do serviço;
 dimensionamento de tempo de serviço;
 dimensionamento de mão de obra, material e
equipamentos.

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FORMAÇÃO DE PREÇOS - Composição de Custo Unitário
Aula 04

Não se pode deixar de prever nos coeficientes as


perdas dos insumos, como por exemplo:

• considerar 10% de perda na quantidade de cerâmica,


• 10% também sobre a quantidade de metro dos tubos de
pvc,
• 5% na quantidade de quilos de aço,
• etc.

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FORMAÇÃO DE PREÇOS - Composição de Custo Unitário
Aula 04

Instrumento
eficaz para
Planilha referência no
orçamentária planejamento
mais
Composições abrangente
de Custo
corretas

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FORMAÇÃO DE PREÇOS - Composição de Custo Unitário

EXERCÍCIO

ARMADURA CA-60 MÉDIA D= 6,4 A 9,5mm

Produção 10.000kg

UNIDADE DE MENSURAÇÃO DE UMA UNIDADE DE


SERVIÇO:

MATTOS (2006)
Kg

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Aula 04
FORMAÇÃO DE PREÇOS - Composição de Custo Unitário

COMPOSIÇÃO DE CUSTO

ARMADURA CA-60 MÉDIA D= 6,4 A 9,5mm

Produção 10.000kg

INSUMOS COEFICIENTES
AÇO CA-60 1,15 Kg

TABELA SEINFRA 23.1 (2014)


Arame recozido 0,02 kg
Armador 0,08h
Ajudante 0,08h

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Aula 04
FORMAÇÃO DE PREÇOS - Composição de Custo Unitário

CONSUMO TOTAL DE MATERIAIS E MÃO


DE OBRA PARA 10.000Kg DE SERVIÇO

 Aço CA-60 = 1,15 kg x 10.000kg = 11.500kg


 Arame recozido = 0,02kg x 10.000kg = 200kg
 Armador = 0,08h x 10.000kg = 800h
 Ajudante = 0,08h x 10.000kg = 800h

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Aula 04
FORMAÇÃO DE PREÇOS - Composição de Custo Unitário

CUSTO TOTAL DO SERVIÇO


 Aço CA-60 = 1,15 kg x R$ 3,10 = 3,57
 Arame recozido = 0,02kg x R$ 9,97 = 0,20
 Armador = 0,08h x R$ 6,49 = 0,52
 Ajudante = 0,08h x R$ 4,77 = 0,38
 Encargos Sociais=97,49%= (0,52+0,38)x97,49% = 0,88

CUSTO para 1 kg do SERVIÇO


R$ 5,55 / Kg
AVALIAÇÃO - CUSTO para 1 kg do SERVIÇO
 Custo Material = R$ 3,77 (67,93%)
 Custo Mão de obra = R$ 1,78 (32,07%)
 Custo para 1kg = R$ 5,55 (100%)
CUSTO para 10.000 kg do SERVIÇO
 10.000kg x R$ 5,55 = R$ 55.500,00 49
Aula 04
FORMAÇÃO DE PREÇOS - Composição de Custo Unitário

DIGAMOS QUE PARA ESTE SERVIÇO, OS


OPERÁRIOS TRABALHEM 10 HORAS / DIA E 5 DIAS
PARA A SUA EXECUÇÃO.
DIMENSIONAMENTO DA EQUIPE DE PRODUÇÃO:

- ARMADOR:
800 HORAS/HOMEM: ( 10 Horas x 5 dias) = 16 homens

- AJUDANTE:
800 HORAS/HOMEM: ( 10 Horas x 5 dias) = 16 homens

TOTAL = 32 PESSOAS

Aula 04 50
Aula 04

FORMAÇÃO DE
PREÇOS
Custo Direto

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FORMAÇÃO DE PREÇOS – Custo Direto

Para Tisaka (2006) são todos os custos diretamente


envolvidos na produção da obra, que são os insumos
constituídos por materiais, mão de obra e equipamentos
auxiliares, mais toda a infraestrutura de apoio necessária
para sua execução no ambiente da obra.

Já Limmer (1997) define custo direto como sendo o gasto


feito com insumos de mão de obra, materiais e, ainda,
equipamentos, e meios, incorporados ou não ao produto.

Stabile (2004) resume custo direto como sendo o custo


formado pela apropriação de áreas, volumes e quantidades
contidas em projetos, destinadas a formar o produto-
acabado, ou seja, as obras propriamente ditas.
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Aula 04
FORMAÇÃO DE PREÇOS – Custo Direto

Os custos diretos são aqueles que aparecem diretamente


na planilha, compostos por:

• MÃO DE OBRA PRODUTIVA: onde se considera o


custo com salários e dos adicionais da equipe que
realiza o serviço;
• ENCARGOS SOCIAIS: obrigações sociais e Benefícios
e Obrigatoriedades pertinentes à mão de obra – vale
transporte, vale-refeição, assistência médica, ceta
básica, seguros e outros..
• INSUMOS DE MATERIAIS E EQUIPAMENTOS

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Aula 04
FORMAÇÃO DE PREÇOS – Custo Direto

Detalhamento dos Custos Diretos

• Instalação e Manutenção do Canteiro;


• Administração Local da Obra;
• Mobilização e Desmobilização.

BAETA (2012)
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Aula 04
FORMAÇÃO DE PREÇOS – Custo Direto

Mobilização e Desmobilização

São custos de transporte de equipamentos, ferramentas,


utensílios, mobiliário e pessoal para o canteiro de obras.

BAETA (2012)
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Aula 04
FORMAÇÃO DE PREÇOS – Custo Direto

Mobilização e Desmobilização

BAETA (2012)
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Aula 04
FORMAÇÃO DE PREÇOS – Custo Direto

BAETA (2012)
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Aula 04
FORMAÇÃO DE PREÇOS – Custo Direto
Aula 04

BAETA (2012)
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FORMAÇÃO DE PREÇOS – Custo Direto

BAETA (2012)
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Aula 04
FORMAÇÃO DE PREÇOS – Custo Direto
Aula 04
Instalação do canteiro de obras

• São os custos de construção das edificações e de


suas instalações (hidráulicas, elétricas, esgotamento)
destinadas a abrigar o pessoal (casas, alojamentos,
refeitórios, sanitários etc.) e as dependências
necessárias à obra, (escritórios, barracões, laboratórios,
oficinas, almoxarifados, balança, guarita etc.).

• Também abrange o custo de montagem de alguns


equipamentos (central de britagem, usina de CBUQ,
central dosadora de concreto, gruas etc.).

BAETA (2012)
• Custo de implantação dos arruamentos e caminhos
de serviço, além de distribuição de energia/água (trat.60
FORMAÇÃO DE PREÇOS – Custo Direto
Aula 04
Manutenção do canteiro de obras

• Custos mensais de água, esgoto, energia elétrica,


telefone, internet, aluguel de equipamentos dos
barracões (computadores, impressoras/plotters,
eletrodomésticos), material de limpeza etc.;

• Quanto maior o prazo da obra, maior será esta rubrica.

• Também considera o custo dos equipamentos e mão de


obra necessários para conservação do canteiro e dos
caminhos de serviço.

BAETA (2012)
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FORMAÇÃO DE PREÇOS – Custo Direto
Aula 04
Administração local

• Corresponde aos custos locais do construtor no canteiro de obras;


• Mão de obra indireta e apoio à mão de obra indireta (engenheiros,
mestre de obra, encarregados, secretária, motorista, almoxarife,
segurança do trabalho, apontadores, apropriadores de custo etc.);
• Veículos de fiscalização;
• Equipamentos de proteção individual e uniformes (NR-6);
• Transporte e Alimentação dos trabalhadores;
• Higiene e segurança do trabalho (NR-4);
• Exames médicos (NR-7);
• Caso já não estejam na manutenção do canteiro (atenção às
duplicidades!):Telefone, energia elétrica e materiais de consumo,
computadores, mobiliária e demais equipamentos administrativos do
canteiro (apenas a depreciação!);

BAETA (2012)
• Controle tecnológico dos materiais (laboratório, topografia etc.).

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FORMAÇÃO DE PREÇOS – Custo Direto
Aula 04
Fatores de Influência da Administração Local

• Prazo e cronograma da obra;


• Tipo de obra e dos serviços a serem executados;
• Local da obra;
• Contingente de trabalhadores da obra;
• Turnos de trabalho (impacto no contingente de trabalhadores);
• Jornada diária de trabalho (impacto no contingente de trabalhadores);
• Valor da obra;
• Legislação dos sistemas Confea/CAU, para definição de quais
especialidades serão requeridas e o respectivo prazo de permanência
para cada tipo de obra;
• Normas do Ministério do Trabalho (em especial NR-18, NR-6, NR-7,
NR12 e NR-4);
• Disposições existentes nas convenções coletivas de trabalho;

BAETA (2012)
• Exigências ambientais diversas;
• Restrições legais de trabalhos em determinados horários ou restrições
logísticas de acesso ao canteiro de obra. 63
FORMAÇÃO DE PREÇOS – Custo Direto
Aula 04
Detalhamento da Administração Local

• Mão de obra indireta;


• Alimentação de trabalhadores;
• Transporte de trabalhadores;
• EPI’s e ferramentas manuais;
• Veículos de apoio.

BAETA (2012)
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Aula 04

FORMAÇÃO DE
PREÇOS
Custo Indireto

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FORMAÇÃO DE PREÇOS – Custo Indireto

Os custos indiretos são aqueles que não foram


contemplados na planilha orçamentária, porém tem que
ser pagos pela empresa, tais como: impostos, seguros,
administração central, dentre outros.

São aqueles que dão base à produção para que o


objeto possa ser construído e só podem ser realmente
mensurados, como já foi exposto, quando já se conhecem
os custos diretos do objeto (RIBEIRO, 2011).

As despesas indiretas do construtor necessitam de


algum critério para serem apropriadas entre as obras
executadas pela empresa e não são passíveis de
medição direta, pois não podem ser discriminadas na
planilha orçamentária (BAETA, 2012). 66
Aula 04
FORMAÇÃO DE PREÇOS – Custo Indireto

O custo indreto é o somatório de todos os gastos


com elementos coadjuvantes necessários à correta
elaboração do produto ou, então, de gastos de difícil
adoção a uma determinada atividade ou serviço, sendo por
isso diluídos por certo grupo de atividades ou mesmo pelo
projeto todo Limmer (1997).

67
Aula 04
FORMAÇÃO DE PREÇOS – Custo Indireto
Aula 04

Os custos indiretos também correspondem a:

 Despesas com energia, abastecimento, refeições,


segurança e outros;

 Despesas com as instalações do escritório e administrativo


– aluguel, condomínio, luz, telefone, diretos, gerente,
contador, pessoal técnico, cadistas, secretária, etc;
 Despesas com comercialização – montagem de propostas,
visitas aos clientes, marketing, brindes, etc;
 Despesas com o canteiro de obra: containers, ligações
provisórias,, limpeza da obra, etc. QUE NÃO ESTEJAM
CONTEMPLADOS NA PLANILHA!

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FORMAÇÃO DE PREÇOS – Custo Indireto
Aula 04

CUSTO DE PROJETOS: M2 / HORA / DESENHO

• ARQUITETURA
• PROJETOS COMPLEMENTARES
projeto estrutural
instalações elétricas
água potável
rede de esgoto sanitário
abastecimento de gás,
e outros
• DOCUMENTAÇÃO AS BUILT
• ORÇAMENTO

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FORMAÇÃO DE PREÇOS – Custo Indireto
Aula 04
• ALVARÁ DE CONSTRUÇÃO, obtido na prefeitura municipal e, se necessário, o alvará de demolição, na
forma das disposições em vigor;

• CERTIFICADO DE MATRÍCULA DA OBRA DE CONSTRUÇÃO CIVIL, obtido no Instituto Nacional do


Seguro Social, no prazo de trinta dias contados do início de suas atividade

• ART ( CREA ) - ARTs dos responsáveis técnicos pela obra, registrada no CREA do estado onde se localiza
o empreendimento

• LICENCIAMENTO SANITÁRIO - estabelecimentos direcionados à saúde - Vigilância Sanitária Municipal

• LICENCIAMENTO AMBIENTAL
No caso de a licença ambiental ser exigida, deve-se observar a necessidade de ser obtida:
• Licença Prévia (previamente à licitação);
• Licença de Instalação (antes do início da execução da obra);
• Licença de Operação (antes do início de funcionamento do empreendimento).

• SEGURO DA OBRA E OUTROS


• HABITE-SE

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CAMPO ESCRITÓRIO

Engenheiro Gerente

Engenheiro Civil / Produção Engenheiro de Planejamento


Arquiteto
Chefe de Escritório
Mestre-de-obra
Contra-mestre ou Almoxarife Apontador
encarregado geral Auxiliar
Auxiliar
Administrativo Administrativo
Encarregado
Refeitório Segurança Enfermaria
Profissionais

Pedreiros Bombeiro Carpinteiro

RIBEIRO (2011)
Eletricista Armador Ladrilheiro Pintor Marmorista

½ oficial

71
SERVENTE
CANTEIRO DE OBRA

5
1. Portaria
3 2 2. Escritório da Obra
Administração
Sala dos mestres
3. Almoxarif. / Despensa
4. Vestiário/Refeitório/Enf
4 erm.
5. Depósito do canteiro

RIBEIRO (2011)
72
73

RIBEIRO (2011)
A rotina do trabalho em obra

Hoje, na grande 7:00h chegada


maioria das 7:20h Café/troca de roupa
empresas
construtoras, sua 7:30h 1º turno
rotina de trabalho
será essa:

11:30 ALMOÇO
Exemplo Rio de
janeiro 12:30 2º turno

17:00 partida

RIBEIRO (2011)
16:30 partida (sexta-feira)

74
Organização de um canteiro

RIBEIRO (2011)
75
76
77

RIBEIRO (2011)
78

RIBEIRO (2011)
79

RIBEIRO (2011)
80

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RIBEIRO
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(2011)
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RIBEIRO (2011)
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RIBEIRO (2011)
ED. Copan
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Tela de Proteção Bandeja de Proteção

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RIBEIRO (2011)
Organização de um canteiro

RIBEIRO (2011)
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FORMAÇÃO DE PREÇOS – Custo Indireto
Aula 04
• O custo de um canteiro de obra, pode ser balizado entre 2 a 4,5 % do
total do custo direto do empreendimento.
• É obrigação do orçamentista, a correta estimativa dos Custos
Indiretos das Obras, fazendo com que os trabalhos de estimativa e
previsão orçamentária se situem, tanto quanto tecnicamente
possíveis, os mais próximos da realidade
• Os principais fatores que alteram o custo indireto são:
 localização geográfica da obra,
 política da empresa (quantidade de engenheiros, mestres,
faixa salarial adotada, quantidade de veículos, etc),
 prazo da obra e complexidade desta.
• Quanto mais itens entrarem na planilha de mateiais e serviços,
menor a quantidade de itens no custo indireto e consequentemente
BDI menor.
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Aula 04

FORMAÇÃO DE
PREÇOS
Custo do Material

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FORMAÇÃO DE PREÇOS – Custo do Material
Aula 04

MUITAS VEZES REPRESENTAM MAIS DE 50% DO CUSTO UNITÁRIO


DO SERVIÇO.

O departamento de compras de uma construtora é muito


importante, pois age ao longo do tempo na estrutura organizacional
do trabalho, atua procurando sempre menores preços.

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Aula 04

FORMAÇÃO DE
PREÇOS
Custo do Material -
Cotação de Preços

93
FORMAÇÃO DE PREÇOS – Custo do Material
Aula 04

Após serrem identificados os serviços a serem executados,


quantificados e colocados no software de orçamento, este gera a
relação de insumos que serão utilizados na obra e/ou serviço. Com
esta lista em mãos, dá-se início a coleta de preços junto aos
fornecedores do mercado.

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FORMAÇÃO DE PREÇOS – Custo do Material
Aula 04

É importante que a empresa crie um banco de dados no Excel,


onde constem os preços dos principais e mais recorrentes produtos
utilizados nos orçamentos do escritório, como a variação mensal,
atualmente no Brasil, está muito pequena, pode-se utilizá-lo por dois
meses consecutivos, podendo ser atualizados por estagiários,
diminuindo o tempo gasto nesta etapa.

JEREISSATI; MORAIS (2010)


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CADASTRO DE FORNECEDORES

• Nome completo sem abreviação


• Endereço
• Cidade, Estado, CEP, U.F.
• Inscrição estadual
• CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica)
• Contatos
• Telefones (loja, depósito)
• Banco, agência, conta, e-mail
• Produtos / tipo de serviço
• Observação
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FORMAÇÃO DE PREÇOS – Custo do Material
Aula 04

A sistematização para a realização das tarefas que cada empresa


em seu Setor de Compras executa, está direcionada ao emprego de
um cadastro ou arquivo que contém informações que envolvem
preços, prescrições técnicas, endereços, telefones, sites, e-mail ,
universos estes de informações e comunicação onde se insere:
fornecedores, fabricantes, profissionais liberais, empreiteiros, mão de
obra produtiva e outros, elementos esses que irão dar respostas as
demandas e prioridades para o Setor em questão.

RIBEIRO (2011)
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MERCADO ELETRÔNICO
§Exemplos de sites:

www.e-construmarket.com.br
www.superobra.com.br
www.mercadoeletronico.com.br
www.suprenet.com.br

e outros...

99
FORMAÇÃO DE PREÇOS – Custo do Material
Aula 04

Os principais aspectos que influenciam no preço de aquisição de


insumos são:
 Especificações técnica:
 Unidade e embalagem:
 Quantidade:
 Prazo de entrega
 Condições de pagamento:
 Validade da proposta:
 Local e condições de entrega
 Despesas complementares: frete, impostos

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FORMAÇÃO DE PREÇOS – Custo do Material
Aula 04

Como fazer uma boa cotação?????

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FORMAÇÃO DE PREÇOS – Custo do Material
Aula 04

• Cotação exaustiva de preços de materiais (ver em outros estados ou


municípios).
• As cotações tem que vir por escrito, em planilhas.
• Os preços deverão ter validade por escrito (proposta e contrato) bem
como: reajustamento e forma de pagamento.

Observem: quanto maior a quantidade de material encomendado,


mais os custos podem baixar, pois aumenta o poder de negociação
dos mesmos.

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FORMAÇÃO DE PREÇOS – Custo do Material
Aula 04

Ao apresentar um orçamento ao cliente e assinar o contrato para


executar a obra, a empresa está apresentando um custo que deverá
ser válido até o término da obra. É adequado efetuar projeções
financeiras: moeda paralela, índices de reajustes oficiais, correção
monetária.

Realizar planilha que contenha as especificações técnicas de


materiais com vastas informações à nível de: dimensões, espessura,
tonalidade, marca, referência. Estas informações são muito
importantes para o comprador para que ele, com segurança, possa
realizar cotações de preços para a realidade esperada.

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FORMAÇÃO DE PREÇOS – Custo do Material
Aula 04
Consultar fornecedores atuantes no mercado, com boas condições de preços,
estoque e carreto próprio. Verificando se os prazos de entrega são aceitáveis.

Estabelecer parâmetros (custo x benefício) de preços à vista e preço posto obra.

Ter sempre como posição profissional no momento da cotação a visão de preços


com impostos pertinentes já embutidos, e mais, atenção com fretes, montagens,
embalagens, translados.

Quando o fornecedor não entregar os materiais no canteiro de produção,


acrescentar as despesas do transporte do material até o canteiro em seu
orçamento. Geralmente este custo está no plano de contas Transporte.

Escolher a unidade de compra e a embalagem adequada dos materiais, ou seja,


como esses devem ser entregues no canteiro de obra, para que não haja erros
graves para a cotação e o orçamento.
104
FORMAÇÃO DE PREÇOS – Custo do Material
Aula 04
 Durante a cotação, não esquecer a data e o nome do fornecedor, contato e
telefone. O emprego de planilhas de amostragem de custos é muito pertinente
nesse momento.

Geralmente são feitas três cotações e, quando os valores são


próximos se pega a média aritmética, quando os valores são muito
diferentes, realiza uma nova cotação. Existem situações em que se
considera a cotação de menor valor, como no caso de equipamentos
de valor significativo, como no caso de elevadores.

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FORMAÇÃO DE PREÇOS – Custo do Material
Aula 04

E em òrgãos Públicos, como fazer uma boa cotação?????

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Aula 04

107
Aula 04

108
Aula 04

FORMAÇÃO DE
PREÇOS
Custo da Mão de Obra

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FORMAÇÃO DE PREÇOS – Custo da Mão de Obra

SALÁRIO CONVENÇÃO COLETIVA + ENCARGPS SOCIAIS E


TRABALHISTAS = CUSTO MÃO DE OBRA

O orçamentista não pode esquecer das peculariedades de cada


obra, principalmente o que concerne a regiões com dificuldade de
encontrar profissinais habilitados, fazendo com que não sejam
respeitados os pisos.

Aula 04
110

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