Colocar as ideias no papel nem sempre é fácil. Para tornar o processo mais fluido, é preciso planejar, pensar na temática, no gênero textual e no público-alvo do texto. Rascunhos e alterações são necessários para alcançar o resultado desejado.
Além de pensar na temática, é importante delimitar um recorte. Por exemplo, falar sobre igualdade de gênero é bem amplo, então, que tal focar em algum tema mais específico, como assédio em locais públicos? Dessa forma, é possível ter um foco mais certeiro ao escrever.
Mesmo com o recorte, é provável que você pense em diversos tópicos a serem abordados. No exemplo acima, seria possível falar das diferenças entre cantada e assédio, objetificação da mulher, educação diferentes entre homens e mulheres desde cedo, e muitos outros. Anote o que quer falar para não se perder e tentar encaixar ao longo da sua produção.
Também há diversos tipos de texto:
Dissertação: É um gênero textual que visa expor um tema de forma minuciosa. Ele é argumentativo e opinativo, e se sustenta com fatos, reflexões, dados, incita debates, analisa diferentes raciocínios e introduz questionamentos. O autor utiliza estes e outros recursos para defender um ponto de vista de forma lógica, coerente e coesa, e o uso de recursos argumentativos ajuda a sustentar e enriquecer a tese defendida.
Narração: É um texto que relata uma história, real ou fictícia, e coloca os personagens em um tempo e um espaço. O narrador - quem conta a história - pode ser personagem (participa da história e a conta em 1ª pessoa), observador (observa a história e a conta em 3ª pessoa) ou onisciente (narra o que observa, mas sabe tudo sobre o enredo. Conhece e relata pensamentos e sentimentos íntimos das personagens).
Descrição: Texto que descreve algo, seja uma pessoa, um objeto, um sentimento, um lugar ou um acontecimento. Ele tem por objetivo revelar impressões e qualidades de algo. Age de forma semelhante a uma fotografia ou uma pintura, pretendendo tornar algo visível através do uso de palavras.
Pensando nisso, continue a história do trecho abaixo:
Livro: Fique Comigo - Ayòbámi Adebáyò.
Capítulo 17 Quando eu era pequena, para colocar os filhos para dormir, minhas madrastas contavam histórias. Mas sempre por trás de portas fechadas e trancadas. Como eu nunca era convidada a escutar, ficava à espreita no corredor, passando por portas e janelas, na tentativa de determinar, noite após noite, qual voz estava mais alta. Eu me consolava dizendo a mim mesma que não ter mãe significava que eu podia escolher minhas próprias histórias. Se eu não gostasse da história que uma esposa estava contando aos meus filhos, podia simplesmente passar para a porta ao lado. Eu não estava aprisionada por trás de portas trancadas como meus meios-irmãos. Eu era livre, dizia a mim mesma.
Agora é com você! Termine da sua maneira a história.