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DIREITOS HUMANOS – I – VET

Prezado (a) Aluno (a)


Estamos em nossa semana 13. Nela, devemos rever todas as trilhas e seus respectivos
conteúdos, para que nada fique em aberto, uma vez que, na próxima sexta-feira, dia
07/05, ocorrerá o encerramento do envio das atividades propostas pelas trilhas, o que
equivale a PI, bem como da sua presença ao longo do período
Para que você melhor se prepare, envio 10 (dez) objetivos para orientar os seus estudos,
além de 2 (duas) questões para que você perceba como são as questões da prova – PII, a
qual realizar-se-á no dia 14/05/2022, no mesmo horário do plantão de sábado, acrescido
de 50 minutos. Início às 10:30h e término às 12:10h
Objetivos propostos:

01 -
Identificar o contexto político internacional em que é feita a Declaração Universal
dos Direitos Humanos.

A Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH) está


intrinsecamente relacionada ao contexto histórico das duas guerras mundiais
e, em especial, da Segunda Guerra Mundial, cujas operações militares no
período de 1939 a 1945, se alastraram da Europa para a Ásia e envolveram
países em todos os continentes, levados a apoiar os contendores de alguma
forma, em maior ou menor grau.

02 -Discutir o percurso no qual os Direitos Humanos são desenvolvidos e


relacionados com os momentos atuais sociopolíticos, econômicos, artísticos e
culturais.

Os direitos humanos resguardam direitos civis e políticos, direitos sociais,


econômicos e culturais, direito a um meio ambiente equilibrado, qualidade
de vida, paz, direitos de fraternidade, entre outros. Eles possuem algumas
características próprias, tais como: não se perdem pelo decurso do prazo;
não há possibilidade de transferência; não podem ser objeto de renúncia;
não podem ser desrespeitados por determinações infraconstitucionais ou
por ato das autoridades públicas; sua abrangência engloba todos os
indivíduos, independente da nacionalidade, sexo, raça, credo ou convicção
político-filosófica. A atuação do Poder Púbico deve ser sempre no sentido
de garantir a sua efetivação, inclusive com mecanismos coercitivos.Os
direitos fundamentais também não pertencem a grupos isolados ou
distintos e assim não devem ser analisados isoladamente.
03 -
Descrever o momento histórico antecedente à Declaração dos Direitos do Homem e
do Cidadão.

Originalmente, as pessoas só tinham direitos por causa de pertencerem a um grupo, tal


como uma família. Então, em 539 a.C., Ciro o Grande, depois de conquistar a cidade
da Babilónia, fez algo totalmente inesperado: ele libertou todos os escravos para que
eles pudessem regressar aos seus lares. Além disso, ele declarou que as pessoas
deveriam escolher a sua própria religião. O Cilindro de Ciro, uma peça de argila que
contém as suas afirmações, é a primeira declaração dos direitos humanos na história.

A ideia dos direitos humanos espalhou-se rapidamente à Índia, à Grécia e finalmente a


Roma. Os avanços mais importantes desde então incluem:

1215: A Magna Carta — que deu novos direitos às pessoas e tornou o rei sujeito à lei.

1628: A Petição de Direito — que definiu os direitos do povo.

1776: A Declaração de Independência dos Estados Unidos — que proclamou o direito à


vida, liberdade e à busca da felicidade.

1789: A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão — um documento da França,


que afirmou que todos os cidadãos eram iguais perante a lei.

1948: A Declaração Universal dos Direitos do Homem — o primeiro documento que


lista os trinta direitos de que deve gozar cada ser humano.

04 -Reconhecer a importância da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão para a


justiça ou para o Serviço Social

Os direitos fundamentais também não pertencem a grupos isolados ou distintos e


assim não devem ser analisados isoladamente. O Serviço Social, como interlocutor no
campo da defesa de direitos, tem promovido iniciativas bastante relevantes na
defesa dos direitos humanos. Essa defesa, é uma das diretrizes que integram o
Projeto ético-político profissional do Assistente Social. Com a defesa, Serviço Social
batalha para uma sociedade mais justa e igualitária.

05 -Reconhecer a Declaração Universal dos Direitos Humanos como um importante


instrumento na defesa dos direitos humanos.

Esse documento foi fundamental no estabelecimento de direitos essenciais a todos


os seres humanos, lutando contra quaisquer discriminações por raça, cor, gênero,
idioma, nacionalidade ou outra razão.
06 - Analisar os dispositivos da Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Os PRINCIPAIS PONTOS SÃO:
1. Todos Nascemos Livres e Iguais. Nascemos todos livres. Todos temos os nossos
pensamentos e ideias. Deveríamos ser todos tratados da mesma maneira.
2. Não Discrimine. Estes direitos são de todos, independentemente das nossas
diferenças.
3. O Direito à Vida. Todos temos o direito à vida, e a viver em liberdade e segurança.
4. Nenhuma Escravatura. Ninguém tem o direito de nos escravizar. Não podemos fazer
de ninguém nosso escravo.
5. Nenhuma Tortura. Ninguém tem o direito de nos magoar ou de nos torturar.
6. Você Tem Direitos Onde Quer que Vá. Eu sou uma pessoa igual a si!
7. Somos Todos Iguais Perante a Lei. A lei é igual para todos. Deve tratar-nos com justiça.
8. Os Direitos Humanos são Protegidos por Lei. Todos podemos pedir ajuda da lei
quando formos tratados com injustiça.
9. Nenhuma Detenção Injusta. Ninguém tem o direito de nos prender sem uma razão
válida, de nos manter lá, ou de nos mandar embora do nosso país.
10. O Direito a Julgamento. Se formos julgados, o julgamento deve ser público. A pessoa
que nos julga não deve ser influenciada por outras pessoas.
11. Estamos Sempre Inocentes até Prova em Contrário. Ninguém deveria ser acusado por
fazer algo até que esteja provado. Quando as pessoas dizem que fizemos uma coisa
errada temos o direito de provar que não é verdade.
12. O Direito à Privacidade. Ninguém deveria tentar ferir o nosso bom nome. Ninguém
tem o direito de entrar na nossa casa, abrir as nossas cartas ou incomodar-nos ou à
nossa família sem uma boa razão.
13. Liberdade para Locomover Todos temos o direito de ir aonde quisermos dentro do
nosso próprio país e de viajar para onde quisermos.
14. O Direito de Procurar um Lugar Seguro para Viver. Se tivermos medo de ser
maltratados no nosso país, temos o direito de fugir para outro país para estarmos
seguros.
15. Direito a uma Nacionalidade. Todos temos o direito de pertencer a um país.

07 -Reconhecer o conceito de cidadania não apenas no sentido de deveres,


obrigações e direitos.
Cidadania é o exercício dos direitos e deveres civis, políticos e sociais estabelecidos
na constituição. Os direitos e deveres de um cidadão devem andar sempre juntos,
uma vez que ao cumprirmos nossas obrigações permitimos que o outro exerça
também seus direitos.
Exercer a cidadania é ter consciência de seus direitos e obrigações, e lutar para que
sejam colocados em prática. Exercer a cidadania é estar em pleno gozo das
disposições constitucionais. Preparar o cidadão para o exercício da cidadania é um
dos objetivos da educação de um país.

08 - Descrever as citações históricas dos direitos humanos do trabalhador no mundo.

O Direito do Trabalho teve, em seu nascedouro, o escopo fundamental de intervir


em prol da classe trabalhadora, a qual se encontrava à deriva, isto é, sem o
aparato de garantias e direitos fundamentais capazes de salvaguardar seus
interesses.

Exsurge, de tempos pretéritos, o enfoque de garantia, tão somente, dos interesses


dos empregadores, de modo que o pacta sunt servanda (o contrato faz lei entre
as partes) não encontrava limitação legal, fato este acentuava sobremaneira a
vulnerabilidade da classe de trabalhadores.

1. Sociedade Pré Industrial

1.1. Escravidão Na sociedade pré-industrial o trabalhador era tido como coisa,


insuscetível de direitos e amparo de normas jurídicas capazes de garantir a
inviolabilidade de sua dignidade enquanto ser humano. Ou seja, o escravo não
era sujeito de direito, bem como seus filhos absorviam hereditariamente tal
circunstância.

1.2. Locação de Trabalho (Século XXI a.C. até XIX)

A locação foi um modelo de relação de trabalho adotado pela sociedade pré-


industrial, previsto, a priori, no Código de Hamurabi, no qual eram dispostas
temáticas, ainda que rudimentares, acerca de salário e forma de arrendamento
de trabalho.

Nesta esteira, com o passar do tempo, foi instituído o arrendamento da coisa no


Direito Romano - locatio conductio, o qual se subdividia em:

· Locatio rei: espécie contratual por meio do qual celebrava-se o uso de


determinado objeto mediante remuneração. Assemelha-se, para fins de
entendimento, ao contrato de mútuo, previsto ao longo dos artigos 586 a 592, do
Código Civil Brasileiro de 2002;

· Locatio conductio operarum: comum acordo com vistas asatisfazer interesses


voltados à prestação de serviços. Análogo ao contrato de prestação de serviços,
delineado nos artigos 593 a 609, do precitado diploma legal;

· Locatio conductio operis: Espécie de manifestação bilateral de vontades voltadas


à execução de determinada obra. Congênere ao contrato de empreitada inserto
nos artigos 610 a 626, do supracitado compilado normativo.

1.3. Servidão (Séculos I a XI)

A servidão teve seu nascedouro no feudalismo, cenário no qual os senhores feudais


forneciam proteção aos servos em troca de parte da produção realizada por
estes.
Não diferiu muito da servidão, uma vez que, embora recebendo certa proteção
militar e política prestada pelo senhor feudal dono das terras, os trabalhadores
também não tinham uma condição livre. Eram obrigados a trabalhar nas terras
pertencentes aos seus senhores. Camponeses presos às glebas que cultivavam,
pesavam-lhes a obrigação de entregar parte da produção rural como preço pela
fixação na terra e pela defesa que recebiam.
Depreende-se, portanto, que os servos, como troca da proteção exercida pelo
senhor feudal, destinavam parte da produção rural como pagamento.

1.4. Mita Espanhola (Século XIV)

A mita espanhola foi uma modalidade de trabalho obrigatória e vitalícia,


desenvolvida pelos indígenas na América Espanhola, imposta por sorteio.
Desenvolvia-se, normalmente, nos trabalhos referentes à extração de minério. O
empregado obtinha certa monta pecuniária, bem como determinada quantidade
de minério como contraprestação pelos serviços prestados neste recorte laboral.

1.5. Corporações de Artes e Ofício (Séculos XII a XVI)

Caracterizavam-se em estabelecimentos dirigidos por mestres sob os quais


detinham monopólio.
Em sua criação, encontra-se a composição estruturada pelos referidos mestres,
bem como pelos aprendizes, de modo que somente em meados do século XIV
surgiram os ditos companheiros.
O aprendiz era ocupante da classe hierárquica mais inferior, à vista de que, que,
passados 05 (cinco) anos de aprendizado tornava-se companheiro ou oficial. Após
o transcurso de prazo igual ao retrocitado, poderiam tornar-se mestres, porém,
após a submissão de prova.

1.6. Compagnonnage (Século XVI)


Diante da dificultosa ascensão ao topo hierárquico, qual seja, a classe de mestres
alhures citada, fundou-se o compagnonnage, formado por companheiros que se
reuniram em prol de seus interesses.
Em meados de 1789, com o advento da Revolução Francesa, as corporações de
artes e ofício foram abolidas.
Logo após, passados 02 (dois) anos, em 1791, a Lei de Le Chapelier vedou
expressamente, em seu artigo 1º, tal modalidade de trabalho, in verbis:

A aniquilação de todas espécies de corporações de cidadãos do mesmo estado ou


profissão, sendo uma das bases fundamentais da constituição francesa, são
proibidas de serem restabelecidas de fato, sob quaisquer pretexto e forma que
seja. (Lei de Le Chapelier, 1791).
Com efeito, extrai-se do referenciado diploma normativo o início de uma criação
legislativa em prol de determinada classe trabalhadora, isto é, a introita
intervenção estatal nas relações empregatícias.

2. Revolução Industrial (Século XVIII) A expansão empresarial devido a descoberta e


desenvolvimento das máquinas de vapor propiciou o aumento significativo da
substituição da mão de obra humana por estas.

No entanto, fomentou-se a contratação de empregados para operar as novas


máquinas que tomaram conta do corpo produtivo industrial.
Lado outro, ainda imperava a vontade do empregador no que concerne às relações
trabalhistas, sem a existência de intervenção estatal, bem como a exploração
trabalhista em face das mulheres e crianças.

Os trabalhadores reivindicaram, através dos sindicatos que os representaram e na


medida em que o direito de associação passou a ser tolerado pelo Estado, em
direito que os protegesse, em especial o reconhecimento do direito de união, do
qual resultou o sindicalismo; o direito de contratação, que se desenvolveu em
dois âmbitos, o coletivo, com as convenções coletivas de trabalho, e o individual,
com a ideia do contrato de trabalho; e o direito a uma legislação em condições de
coibir os abusos do empregador e preservar a dignidade do homem no trabalho,
ao contrário do que ocorria com o proletariado exposto a jornadas diárias
excessivas, salários infames, exploração dos menores e mulheres e desproteção
total diante de acidentes no trabalho e riscos sociais como a doença, o
desemprego e etc.
Ainda no que se refere às condições de melhoria do campo laboral, surgiu a ideia
de justiça social que consistia na necessidade de partilha equitativa dos bens
sociais, defendidas amplamente pela igreja católica por meio de documentos
denominados encíclicas (documento emitido por sumidades religiosas), como a
rerum novarum (1891) e Laborem Exercens (1981).

Em sequência surgiu o Marxismo, liderado por Karl Marx, o qual idealizou a


ditadura do proletariado, cujo escopo foi visar uma futura sociedade comunista, a
qual não foi aderida historicamente.

Superados tais marcos históricos, houve, em seguida, o constitucionalismo social,


que, em suma, buscou a inclusão de leis trabalhistas em determinados territórios.

Insta salientar, por oportuno, que a Constituição do México (1917) foi a precursora,
a nível mundial, a dispor em seu texto matéria de Direito do Trabalho, com
garantias quanto à jornada de trabalho, vedação expressa de trabalho realizado
por crianças menores de 12 (doze) anos, salário mínimo, igualdade salarial,
proteção à maternidade dentre outras.

Em 1919 a Constituição de Weimar, considerada a base das democracias,


disciplinou inúmeras garantias trabalhistas, bem como o intervencionismo Estatal
nas relações trabalhistas, com fincas a garantir o fornecimento de direitos aos
trabalhadores.

09 - Relacionar o conceito de gênero e de diferença aos significados estabelecidos


pela cultura.

De acordo com o conceito tradicional, a palavra gênero pode ser definida como
sinônimo da palavra sexo, ou seja, uma pessoa do sexo feminino é também do
gênero feminino. Na verdade, trata-se de um conceito social que indica aspectos
culturais e sociais associados a um determinado gênero.É importante referir que
as particularidades de cada gênero não são pétreas. Elas podem variar, por
exemplo, consoante determinada realidade cultural.
Alguns hábitos e costumes podem ser considerados característicos de
determinado gênero em um lugar e de outro gênero em um local diferente.

A desigualdade de gênero é um fenômeno social estudado pela sociologia que


acontece quando ocorre discriminação e/ou preconceito com outra pessoa por
conta de seu gênero (feminino ou masculino).
Essa discriminação é observada principalmente no que diz respeito ao âmbito
profissional (pessoas do gênero feminino com salários inferiores aos de pessoas do
gênero masculino; ambos exercendo a mesma função).
Também existe discriminação quando ocorre a criações de hierarquias familiares
(mulheres subordinadas a um ente de gênero masculino), especialmente no que
diz respeito a tarefas domésticas.
Para algumas instituições internacionais, a luta contra a desigualdade de gênero
está diretamente relacionada com os direitos humanos.
10 - Contrastar o conceito de indivíduo com o de cidadão na sociedade. E, as
dificuldades da escolarização
Indivíduo consiste num ser individual, conhecido pela sua existência única e indivisível.
Este termo costuma ser utilizado como sinônimo de cidadão, ou seja, um ser humano
inserido num ambiente social.
A palavra “cidadãos” tanto representa os habitantes de uma cidade, quanto os indivíduos
que possuem direitos civis, políticos e sociais. Para a pessoa ser cidadã e ter direito à
cidadania e a viver plenamente sua vida, são necessários os direitos civis. O papel da
escola na sociedade é socializar o conhecimento, seu dever é atuar na formação moral
dos alunos, é essa soma de esforço que promove o pleno desenvolvimento o indivíduo
como cidadão.
A falta de acesso associada à desvalorização da educação, à incompreensão dos pais
quanto à sua importância, os problemas econômicos e culturais, as drogas e a
criminalidade, entre outras tantas dificuldades, fazem da família muitas vezes um fator
de risco para o desenvolvimento e, consequentemente, para o desempenho dos alunos.

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