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seção 2
Planejamento do processo ensino-aprendizagem
Acompanhe agora a
compreensão de alguns
autores sobre o tema:
a) Rays (2000, p. 13-14):
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[...] durante a fase pré-ativa, a professora ou o professor deve planejar sua ação e
preparar os instrumentos de que terá necessidade para realizá-la. Logicamente, essa
fase é prévia às outras, e a qualidade das outras fases dela dependerá. [...] A fase
pré-ativa exige um trabalho considerável. Dificilmente se pode considerar que uma
professora ou um professor desenvolva sozinho todas as habilidades requeridas pela
concepção de métodos, pelo planejamento e pela criação de material de ensino.
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• os processos de ensino e aprendizagem;
• os conteúdos que ensinam aos alunos;
• o contexto em que a dinâmica do ensino ocorre.
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seção 3
Níveis de planejamento, planos de ensino
e o trabalho com projetos:
possibilidades didáticas de organização
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quando ela iniciou a envolver os alunos nas práticas de planejamento, ou
seja, quando começou a compartilhar as propostas didáticas, atribuindo
funções aos alunos, a expectativa das próximas aulas tornou-se mais
envolvente. Outro aspecto que permitiu repensar as fragilidades dos
meus planos de aula foi a releitura do Projeto Político-Pedagógico da
nossa escola, durante a Semana Pedagógica. Percebi que as concepções
ali expressas confirmavam o que estava vivendo na sala de aula, mas
ainda há muito que fazer, e sozinho não sei se consigo planejar como o
PPP da escola aponta.Uma coisa é bem certa: as horas destinadas para
planejar ainda são insuficientes, é preciso estudar e estudar sempre, e o
PPP é o referencial que embasa o que fazemos no dia-a-dia”.
“A avaliação com um sentido significativo não é só avaliação dos alunos. É, sobretudo, contrastação
das intenções da professora com sua prática. O resultado é sempre o início do planejamento da
intervenção posterior”. (HERNÁNDEZ, 1988, p.1).
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pela
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Na tentativa de responder a essa pergunta, apresentaremos relatos
extraídos de pesquisas desenvolvidas (ALTHAUS, 2004; ZANON, 2004)
com professores atuantes em escola pública.
O trabalho docente deve estar vinculado ao PPP, caso contrário, não há razão para
o mesmo existir, levando-se em consideração que o professor também é construtor
do projeto [...] A supervisão deve dar suporte ao planejamento e ação, com reuniões,
propostas de trabalho e de projetos. (ZANON, 2004, p. 115; 141).
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a) Plano de Curso
b) Plano de Unidade
c) Plano de Aula
d) Projetos
a) Plano de Curso
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As escolas (ou instituições) organizam-se de diferentes maneiras
(roteiros diferenciados) com práticas também diferenciadas. Via de regra,
os aspectos presentes na organização de um Plano de Curso são:
As redes de ensino (nos diversos Estados da Federação), têm autonomia para definir as formas
de organização de seus planos, diferenciando as nomenclaturas. No Estado do Paraná, por exemplo,
a rede pública estadual de ensino adota a denominação Plano de Trabalho Docente que corresponde,
em sua estrutura, ao plano de curso.
Observe, no quadro abaixo, as orientações extraídas do endereço <http://www.pedagogia.seed.
pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=23>, para que você perceba a estrutura didático-
pedagógica de um Plano de Trabalho Docente:
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b) Plano de Unidade
c) Plano de Aula
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um processo integrador entre a instituição educativa e o contexto social, efetivado
de forma colaborativa pelos professores e seus alunos. A aula, lugar privilegiado da
vida pedagógica, refere-se às dimensões do processo didático – ensinar, aprender,
pesquisar e avaliar – preparado e organizado pelo professor e seus alunos. (VEIGA,
2008, p. 267).
Veja agora o que Araújo (2008) aponta sobre o planejamento das aulas
e sua relação com outros níveis/dimensões de planejamento de ensino:
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Instituição
Disciplina
Professor(a)
Série/Ano/Ciclo
Tempo de duração
Data
1 Os objetivos são as expectativas de aprendizagem para os alunos. Trataremos mais adiante das questões
didáticas que envolvem o delineamento dos objetivos.
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Também é importante observar, segundo a autora, a redação do
plano de aula: objetividade (texto sucinto e preciso), clareza das idéias e
correção do texto.
d) Projetos
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[...] em algumas das concepções atuais sobre o aprender, sobretudo daquelas que
tendem a favorecer a criação de contextos de ensino que, partindo dos níveis de
desenvolvimento dos alunos, lhes apresente situações de aprendizagem caracterizadas
por sua significatividade e funcionalidade, de maneira que cada estudante possa
‘aprender a aprender’.
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durar dias, semanas, meses, bimestres, etc. Tudo depende da situação em
que o projeto é desencadeado. A definição do tema do projeto é essencial
para que ele se torne significativo, além de garantir a atuação dos alunos
como sujeitos e responsáveis pelas suas aprendizagens.
Assim sendo, é importante que o projeto responda às necessidades,
interesses e possibilidades dos professores e alunos.
Lembre-se: quando os alunos respondem por suas escolhas, tornam-
se responsáveis!
Veja a seguir o quadro que indica as possibilidades de organização
de projetos, pelos seus atores...
seção 4
Objetivos: sua importância e as proposições para
o trabalho pedagógico escolar
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Agora que você conheceu diferentes posturas em relação aos
objetivos de ensino, é importante saber a diversidade de pontos de vista
sobre o assunto. Diversos pesquisadores (MAGER; BLOOM; GAGNÉ)
estabeleceram categorias para a elaboração de objetivos, que adotamos
até os dias atuais em nossas práticas.
Principalmente na década de 70, observamos a presença de trabalhos
como os de Mager – Medindo objetivos de ensino (1977), - ou de Bloom –
Taxionomia dos objetivos educacionais. (PENTEADO, 2002; GIL, 2008).
Benjamin Bloom é certamente o autor mais citado nos trabalhos
referentes à formulação de objetivos educacionais. Sua principal
contribuição ao estudo deste tema é a taxionomia dos objetivos
educacionais, cujos trabalhos se iniciaram em 1948, durante a convenção
da Associação Americana de Psicologia, em que se discutiu a conveniência
do estabelecimento de um quadro teórico de referência que facilitasse
a comunicação entre examinadores. Os planos originais previam
uma taxionomia completa em três grandes partes: cognitiva, afetiva e
psicomotora.
Os objetivos do domínio cognitivo envolvem a resolução de alguma
atividade intelectual. Os objetivos afetivos enfatizam o sentimento,
emoção ou grau de aceitação ou rejeição. São expressos como interesses,
atitudes ou valores. Por fim, os objetivos do domínio psicomotor enfatizam
alguma habilidade muscular ou motora.
Também Gagné (apud COLL, 1996, p. 54-55) definiu os objetivos
do ensino na mesma década com suficiente rigor, a fim de determinar
claramente, em um certo momento, se foram ou não atingidos. Apresentou
então sugestões para o planejamento de ensino.
Para tal, propôs a redação dos objetivos, contemplando os seguintes
aspectos:
a ação, ou melhor, um enunciado claro daquilo que deve fazer o
aluno (por exemplo, datilografar);
o objeto de execução (por ex: uma carta);
a situação com a qual se depara o aluno (ex: ditam-lhe a carta);
instrumentos e limitações da situação (ex: em uma máquina elétrica,
a uma velocidade específica);
tipo de capacidade implicada (neste caso, habilidade motora, assim
como todas as habilidades intelectuais que são pré-requisitos).
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Sendo a prática pedagógica escolar uma atividade que responde a
algumas intenções, seu desenvolvimento requer um planejamento que
concretize tais intenções em propostas realizáveis. Assim compreendida,
exige a definição de objetivos.
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Para aprender, é preciso ter um projeto [...] Uma das funções da professora e do
professor é fazer os alunos tomarem consciência de certas necessidades, pô-los em
situação de querer aprender, permitir-lhes fixar objetivos cujo atingimento será avaliado
quando dos exames. Não basta aqui enunciar objetivos pré-fabricados. É necessário
colocar os alunos diante de um desempenho desejável e sugerir-lhes esse desempenho
como projeto de aprendizagem.
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educativo a partir do momento em que se faz a previsão:
dos objetivos,
dos conteúdos programáticos,
das metodologias de ensino,
dos processos de avaliação de aprendizagem, que serão de-
senvolvidos num conjunto de atividades didáticas.
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caso, é um objetivo, pois a utilização das cores é condição para atingir a meta
de aprendizagem, ou seja: diferenciar as abordagens avaliativas;
porém, afirma Althaus, utilizar cores diferentes pode ser um objetivo
em outra área do conhecimento - Artes Visuais, por exemplo.
Gasparin (2002, p. 117) contribui também ao dizer que os alunos
realizam atividades mentais durante a aula, tais como: memorizar (recordar,
repetir), compreender (dizer com as próprias palavras o que ouviu e leu,
interpretar), aplicar (exemplificar, demonstrar), analisar (distinguir, debater),
sintetizar (criar, planejar, construir), avaliar (julgar, criticar, comparar).
Compreendemos assim que tais ações voltam-se aos objetivos
propostos para as aprendizagens dos alunos, diferentemente das atividades
de ordem física que são também fundamentais, tais como: ler um texto, ouvir
a exposição do professor ou dos colegas, fazer anotações, trabalhar em grupo
ou individualmente, fazer visitas, etc.
Também é importante saber que:
O objetivo (de aprendizagem) é direcionado aos alunos, e não ao
professor. Evitar, por ex.:
“Explicar as diferenças entre plano de aula e plano de trabalho
docente”. Questiona-se: quem explicará? Se é o professor, então este objetivo
está voltado para o professor.
“Levar o aluno a participar de discussões abertas sobre a indisciplina
escolar”. Quem levará?
Como você deve ter percebido, professores comumente pensam em
metas a longo e também a curto prazo. Veremos agora as possibilidades da
definição didática de objetivos para o trabalho pedagógico.
Objetivos gerais
são explicitados em três níveis de abrangência, do mais amplo para o mais específico:
a) pelo sistema escolar (...); b) pela escola (...) através do projeto pedagógico; c) pelo
professor, que concretiza no ensino da matéria a sua própria visão de educação e de
sociedade. (LIBÂNEO, 1996, p. 123).
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Objetivos específicos
Eisner foi pioneiro da proposta dos objetivos expressivos ou abertos. O autor criticava os
objetivos de instrução, que fixam rigorosamente o processo de ensino, excluindo possibilidades de
introduzir mudanças no ensino, pois não levam em conta as características individuais dos alunos. Já
os expressivos são abertos quanto aos resultados potenciais da aprendizagem. Exemplo: interpretar
o significado de uma música.
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OBJETIVOS DE ENSINO E OS ENFOQUES DOS CONTEÚDOS
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