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Anais do XXII SBIE - XVII WIE Aracaju, 21 a 25 de novembro de 2011

A construção do conhecimento no Ambiente Virtual de


Aprendizagem: A Disseminação da Informação e a Ação
Docente
Maria Cecília Mendonça Melo¹, Patrícia Smith Cavalcante²

¹ Laboratório de Recursos Digitais – Faculdade Pernambucana de Saúde (FPS) –


Recife – PE - Brazil
² Programa de Pós-Graduação em Educação Matemática e Tecnológica –
Universidade Federal de Pernambuco (EDUMATEC/UFPE) - Recife – PE- Brazil
Resumo. Este artigo apresenta os resultados iniciais de uma pesquisa de mestrado
sobre como os estudantes do segundo ano, de um curso de graduação em medicina,
utilizam as informações médicas mediadas no ambiente virtual do curso, para a
solução dos casos clínicos através da ação docente de disseminação da informação
(ADI). Primeiramente foi aplicado um breve questionário para identificar a
apropriação tecnológica dos atores e monitoramento do fórum de discussão no
Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA). Os resultados iniciais da pesquisa
mostraram que a utilização da informação no AVA desenvolveu um perfil funcional. É
necessário que sejam desenvolvidas, pelos docentes, estratégias de motivação para
estimular os estudantes a utilizar as informações de forma crítica e autônoma que
enriqueçam os entendimentos através da intersubjetividade.
PALAVRAS CHAVES: Aprendizagem em Ambiente Virtual; Educação Médica;
Mediação; Disseminação da Informação.

Abstract. This paper presents the initial results of a master degree research about how
students of the second year of an undergraduate course in medicine, mediated use
medical information in the virtual environment of the course, to solve the cases through
the clinical teaching activities of dissemination information (ADI). First a questionnaire
was applied to identify the technological appropriation of actors and monitoring the
discussion forum on the Virtual Learning Environment (VLE). The initial research
results showed that the use of information on the VLE has developed a functional
profile. The teachers need to use motivational strategies, to encourage students to use
information critically and autonomously to enrich the understanding through
intersubjectivity.
KEYWORDS: Virtual Learning Environment; Medical Education; Mediation;
Information Dissemination;
1. Introdução
Este artigo tem por objetivo analisar o uso da informação desenvolvida pela ação
docente de disseminação da informação (ADI), e suas estratégias de mediação
pedagógica no ambiente virtual, pelos estudantes do segundo ano do curso de graduação
em medicina voltada para a solução de casos clínicos. Consideramos a hipótese inicial
que a disseminação da informação constitui-se em uma Ação Docente, por
disponibilizar novas informações da literatura médica especializada e possibilitar seu
compartilhamento, sua discussão e exploração entre os estudantes e seus pares, visando

ISSN: 2176-4301 2235


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à solução de casos clínicos através do ambiente virtual de aprendizagem AVA.


Entretanto, observamos que é necessário a utilização de estratégias de motivação por
parte do docente, para que os estudantes utilizem tais informações e as compartilhe no
AVA, através de discussões que estimulem a construção do conhecimento
colaborativamente.
Nesta perspectiva, analisamos e discutimos a questão da ação docente nos
ambientes virtuais de aprendizagem – AVA, as novas relações com o saber numa nova
configuração social envolvida pelo movimento da cibercultura e o desafio de utilizar
criticamente a informação com o advento da internet.
O ambiente virtual utilizado foi o Blackboard por ser a plataforma oferecida pela
instituição e ser uma ferramenta de fácil acesso e manuseio pelos atores envolvidos. Os
dados desta pesquisa foram coletados no mês de novembro de 2010. A análise temática
foi baseada em categorias a posteriori, quais sejam: Informação e Conhecimento,
Mediação, Abordagem Construtivista e Relação Comunicativa.
2. Fundamentação Teórica
Apesar de ainda não existir uma definição formada sobre o termo Informação, Buckland
(1991) analisa três conceitos que se pode considerar: Informação quando alguém é
informado sobre algo (Informação como Processo); Informação quando este “algo” é
entendido e transformado em conhecimento (Informação como Conhecimento); e
Informação como objetos, dados e documentos porque são elementos informativos
(Informação como Coisa). Braman (1989) diz que a abundância dos conceitos e
definições só tumultuam os estudiosos, pesquisas agrupam mais de 100 definições para
o termo Informação. Capurro e Hjorland (2007) afirmam que a Ciência da Informação é
caracterizada pelo caos conceitual. Entretanto, concordam que a palavra informação tem
contribuído para elevar a opinião pública, distanciando o novo profissional do
profissional que lidava com ambientes poeirentos e desinteressantes. Os conceitos
amadurecem, se expandem e se completam. Dentro do contexto das necessidades dos
usuários a informação é a mola mestra deste novo paradigma social. É flexível, se
adaptando a novas exigências informacionais aliada à convergência proporcionada pelas
tecnologias, facilitando o acesso a uma rapidez inimaginável. No entanto, pode-se
considerar informação como algo que impulsiona, constrói o indivíduo, uma sociedade,
podendo ser o “instrumento modificador da consciência do homem e de seu grupo
social”. É necessário perceber que a informação recebida pode transformar-se em
conhecimento, mas a disseminação deste conhecimento só será possível quando ele for
convertido novamente em informação.
Entendemos por mediação a “atitude do professor que se coloca como um
facilitador. Uma ponte entre o aprendiz e a aprendizagem”, tendo no diálogo toda a
estrutura da relação (GUTIERREZ e PIETRO, 1994; MASETTO, 2000). Na educação,
novos padrões de ensinar são estabelecidos. Colocando no centro do processo de
aprendizagem, o estudante. Neste novo paradigma educacional o docente dialoga,
orienta, troca experiências e estabelece estratégias para motivar o estudante a ter
autonomia e criticidade diante da avalanche informacional característica deste
movimento cibercultural. Discuti-se agora, não mais o ato de mediar, mas, sobretudo
mediar com finalidade pedagógica – a mediação pedagógica. Neste contexto, conforme
afirma Masetto (2000, p. 145)

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A mediação pedagógica busca abrir um caminho a novas relações do


estudante com os materiais, com o contexto, com outros textos, com a
aprendizagem compartilhada com os colegas, com o professor,
consigo mesmo e com seu futuro.
É dentro deste modelo inovador que queremos discutir e entender a ação
docente, que não só gerencia a informação, mas a medeia, visando sua reflexão para a
solução de problemas. Gostaríamos de explicitar aqui que talvez a expressão ação
docente de disseminação da informação (ADI) seja uma redundância. De acordo com
Habermas, (2004, p. 49) na sua proposição sobre discurso e ação, “é apenas com a
transição da ação para o discurso que os participantes adotam uma atitude reflexiva e, à
luz de razões pró e contra apresentadas, disputam pela verdade tematizada de
enunciados controversos”.
A internet com seus ambientes interativos onde a comunicação quebra barreiras
geográficas, a informação ao alcance de todos remodela as formas de conviver. No
ciberespaço - neologismo defendido por Pierre Levy – a velocidade com que as
informações se renovam promovem um turbilhão de informações, fazendo com que,
“pela primeira vez na história da humanidade, a maioria das competências adquiridas
por uma pessoa no início da sua vida profissional estará totalmente obsoleta no final da
sua carreira” (LEVY, 2003).
A inserção das Tecnologias de Informação e Comunicação - TIC’s reestruturam
as relações com o saber. Para Lévy (2003) a tecnologia aumenta a imaginação
individual e permite aos grupos compartilhar, negociar e refinar modelos mentais
comuns.
De acordo com Kenski (2007), “na era da informação, comportamentos,
práticas, informações e saberes se alteram com extrema velocidade (...) essas alterações
refletem-se sobre as tradicionais formas de pensar”. Mudanças estruturais nas formas de
ensinar e aprender possibilitadas pela atualidade tecnológica constituem o desafio a ser
enfrentado na atualidade. Nas escolas os Ambientes Virtuais de Aprendizagem - AVA’s
promovem a integração entre estudantes, professores e conteúdos, quando estruturados
sob uma plataforma construtivista que objetiva a construção e a busca de conhecimento
de forma responsável e autônoma, respeitando as especificidades.
2. Metodologia
O estudo foi realizado em uma instituição de ensino superior que adota a metodologia
ABP – Aprendizagem Baseada em problemas como método de aprendizagem. Nas
discussões para solução do caso clínico, os estudantes utilizam o fórum virtual. O
Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) utilizado é o Blackboard. É uma plataforma
que oferece possibilidades de lidar com o aumento do “conteúdo acadêmico e
compartilhá-lo em toda a comunidade.” Este ambiente oferece como ferramenta de
comunicação assíncronas – os fóruns, e-mail, mensagens, o mural de avisos etc. As
possibilidades disponibilizadas pelo Blackboard vão além das paredes das salas de
tutoria, permitindo o estudante “combinar a instrução formal com o aprendizado
informal.”
É um ambiente empregado em educação como plataforma de gestão do ensino e
da aprendizagem. Neste estudo o recurso utilizado para discussão foi o fórum virtual do
módulo “Sistema Cardio Respiratório”.

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Na ABP o tutor é o professor que estimula o estudante a “aprender a aprender”.


Desta forma ele é um guia que auxilia o estudante em seu processo de aprendizagem.
Respeitando às especificidades dos mesmos, integrando-os num processo dialógico,
colaborativo e compartilhado de construção de conhecimento.
Uma tecnologia não constitui por si só uma revolução metodológica. Contudo,
re-configura práticas de ensino. Assim, é imperativo que os professores se apropriem de
tais tecnologias para dominá-las. Enfim, que a entendam como uma nova linguagem
facilitadora do processo de ensino e aprendizagem (PERAYA, 2002).
No cenário da ABP o fórum virtual constitui uma ferramenta de apoio à
aprendizagem, e através das relações de diálogo, da mediação do tutor foram oferecidos
no AVA, links (Figura 1) que direcionavam os estudantes para sites, artigos em revistas
científicas especializadas com o objetivo de ajudá-los na solução do caso clínico.
(Figura 2).

Sugestões de
Links de acesso a
novos conteúdos

Figura 1. Tela do Fórum Virtual no Blackboard

Figura 2. Pulmonary Screening Steps.


Fonte: http://www.meddean.luc.edu/lumen/MedEd/medicine/pulmonar/apd/pd_f.htm

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2.1 Etapas Do Estudo


Primeiramente foi aplicado um breve questionário para identificar o estudante com
relação à apropriação tecnológica. Em um segundo momento foram feitas inserções e
monitoramento no fórum de discussão – da abertura até o fechamento do caso com a
resolução do problema. Após o acompanhamento no fórum virtual durante três dias do
grupo tutorial foi aplicado presencialmente ao grupo um questionário referente às
inserções, participação e interações ocorridas do AVA no período acompanhado.
Segundo Lampert (2006)
Toda mudança de processo necessita de uma avaliação. Para sua
validade, pressupõe a construção e validação mediante instrumentos
capazes de fornecer dados para análise e interpretação da realidade. A
análise dos dados tem como consequência o acompanhamento da
dinâmica e a construção de indicadores qualitativos e quantitativos
que auxiliem nas tomadas de decisões e no planejamento estratégico.

Com este intuito foram aplicadas entrevistas semi estruturadas com tutores, que
foram analisadas através da análise de conteúdo.
Sobre virtualidade, nosso posicionamento com relação à inserção das TIC’s na
educação defende que os docentes devem rever suas relações tanto com a educação em
si, como com os saberes necessários à sua prática nesta nova realidade.
3. Resultados Preliminares
3.1 Questionário sobre apropriação tecnológica
Os resultados evidenciam que a internet constitui um elemento integrador entre: sujeitos
X sujeitos X meio social. Os atores foco de nosso estudo utilizam a internet como o
meio de comunicação para atualizar-se, embora a grande maioria recorra ainda à mídia
televisiva como complemento para atualizar-se. (Figura 3).

PRINCIPAL FONTE INFORMAÇÃO

Jornal, televisão e
18,2% Internet

27,3%

Televisão, internet
54,5%

Figura 3. Principal Fonte de Informação para Atualizar-se

Quando solicitamos que avaliassem o ambiente virtual (AVA) com relação à


facilidade de navegação e ferramenta para o enriquecimento das discussões, e estímulo
à aprendizagem, 62.0% dos atores avaliaram o AVA positivamente. (Figura 4)

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Figura 4. Avaliação do Ambiente Virtual - AVA

Considerando o modelo adotado pela instituição na condução da aprendizagem,


a ABP, compreendemos que existe uma mudança do modelo tradicional onde o
currículo está dividido em disciplinas e que
Nesse modelo pedagógico, as disciplinas não constituem mais o eixo
da estrutura curricular, que se torna modular. Os alunos trabalham em
pequenos grupos, identificando suas próprias necessidades de
aprendizagem através da discussão de problemas, elaborados para
permitir a integração de conhecimentos anteriormente
compartimentados em molduras disciplinares. Pretende criar um novo
modelo de educador, o tutor, que atua como facilitador do trabalho
dos grupos de alunos, orientando-os para que construam o próprio
conhecimento de modo cooperativo, num papel bem diferente do
professor dos currículos tradicionais. (FERREIRA FILHO et al.,
2002)
Em uma pergunta posterior solicitamos que avaliassem a mediação docente
(ADI) e sua interferência na solução dos casos clínicos (exemplificado na figura 1
acima). Os estudantes entendem que a “orquestração” do professor é fundamental para a
construção da aprendizagem (Figura 5).

Figura 5. ADI como Suporte da Aprendizagem – Links especializados

Ao considerarem suas habilidades em manusear os recursos tecnológicos mais


desenvolvidos após o ingresso na faculdade apenas 18,0% dos alunos reconheceram que

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tais habilidades aumentaram bastante (muito); 82,0% dos estudantes pesquisados


afirmaram que o conhecimento em informática, suas habilidades no trato com a
tecnologia não tiveram mudanças significativas após o ingresso na faculdade. Deste
total, 64,0% afirmaram que esta habilidade aumentou pouco e 18,0% afirmou que as
habilidades se mantiveram estáveis. Tais informações nos leva a concluir que nosso
universo era composto por nativos digitais. (Figura 6).

Figura 6. Recursos Informacionais - Habilidades

Estudantes - nativos digitais – são conduzidos, mediados, motivados por


docentes imigrantes digitais que possuem sotaque e cultura trazidos da era pré-internet.
Criador do conceito de nativos e imigrantes digitais (PRENSKY apud TORI, 2010)
chama a atenção para a forma como funciona o cérebro dos nativos digitais. Mas,
sobretudo, ao diálogo fluente “sem sotaque” que o diferencia dos imigrantes digitais.
Assim como os imigrantes do mundo real, alguns imigrantes digitais se adaptam melhor
que outros à nova cultura, mas, invariavelmente, todos mantêm algum nível de sotaque,
tais como: a internet não ser a primeira fonte de pesquisa (PRENSKY apud TORI, 2010
p. 218).
Ainda podemos incluir aqui o conceito de uso fluente da tecnologia que são as
atividades cotidianas com o uso da tecnologia. Antes tidos como consumidores da
informação, os sujeitos hoje são também os produtores. Fazendo emergir outro conceito
da cibercultura: os prosumidores.
3.2 Observação das interações no Fórum dos Casos Clínicos
Estamos vivenciando uma época exponencial, com incertezas e incógnitas. Conceitos
emergem à medida que se precisa entender fenômenos e resolver problemas. Contudo,
no que tange à educação, a adaptação à nova linguagem digital quebraria os vácuos
entre nativos e imigrantes digitais possibilitando a fluidez do diálogo. Uma vez que
apesar de fazerem parte de gerações distintas, não seriam incompatíveis. Pois os
docentes, através do domínio dos conteúdos digitais, “falariam uma linguagem mais
próxima das novas gerações.” De acordo com a utilização das informações no fórum
entendemos que com relação às categorias:
Informação e Conhecimento - podemos considerar que a informação foi tratada e
percebida pelos sujeitos como algo que impulsiona a aprendizagem. Mas, é preciso
processá-la para que se transforme em conhecimento;
Mediação – inicialmente identificamos que houve mediação do tutor no processo de
ensino e aprendizagem numa ação docente facilitadora e problematizadora;

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Abordagem Construtivista – para a aplicação desta categoria analisamos os tipos de


relações, reflexões virtuais dentro de uma abordagem construtivista, a identificação do
papel do tutor e do docente, dentro de situações didáticas específicas.
Formulamos as matrizes para a inserção dos dados de acordo com o programa
Statistical Package for the Social Sciences - SPSS, versão 11.5. Fundamentados nesta
primeira análise, podemos confirmar a nossa hipótese inicial que a disseminação da
informação constitui-se em uma Ação Docente, por disponibilizar novas informações da
literatura médica especializada e possibilitar seu compartilhamento, sua discussão e
exploração entre os estudantes e seus pares, visando à solução de casos clínicos através
do ambiente virtual de aprendizagem AVA.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Após a análise dos dados, nesta etapa inicial do estudo, observamos que embora a
ação de disseminação da informação tenha possibilidades interessantes de atuação
docente online, é necessário que se estabeleçam estratégias de motivação e
comunicativa para que se constitua uma relação instigante e criativa entre estudantes e
tutor fazendo emergir, de fato, uma mediação pedagógica no ambiente virtual
convergente com o paradigma atual da educação.
Apesar dos estudantes do curso perceberem a ADI como importante para a
solução do caso clínico, estes ainda não fazem uso ativo do espaço virtual. A partir
disto, observarmos algumas questões que necessitam ser melhor investigadas:
dificuldades de entender a importância da mediação e do diálogo no AVA entre tutores
e estudantes; dificuldade de entendimento do real uso das informações da ação de
disseminação da informação, na resolução dos casos clínicos propostos. Embora este
fato não esteja relacionado a sua falta de habilidades em manusear a tecnologia, pois os
resultados mostraram que não há tal dificuldade. Na análise dos questionários aplicados
entre os sujeitos foi possível constatar que todos os atores envolvidos são fluentes
digitais.
Em função disto, propõe-se o desenvolvimento de novos estudos que tornem
possível entender como a ação docente pode ir muito além das práticas presenciais.
Que as atitudes do professor neste momento de mudança de paradigmas constituem o
pano de fundo para a real transformação da estrutura da ação docente.
5. REFERÊNCIAS
Buckland, P. (1991). Information as a thing. In Journal of the American Society of
Information Science, pages 351 – 360.
Capurro, R. and Hjorland, B. (2007). O conceito de informação. In: Perspectivas em
Ciência da Informação, pages 148-207.
Ferreira Filho, O.F. et al. Visão docente do processo de implementação da
aprendizagem baseada em problemas (ABP) no curso médico da universidade
estadual de londrina (UEL). In: Rev. Bras. Educ. Med., pages 175-183.
Gutierrez, F. and Prieto, D. (1994) “A Mediação Pedagógica: Educação a Distância
Alternativa”, Campinas, Papirus.
Habermas, J. (2004) “Verdade e justificação”, São Paulo, Edições Loyola, p.47.

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Kenski, V. M. (2007) “Educação e tecnologias: O Novo Ritmo da Informação”,


Campinas, Papirus, p.27.
Lampert, J.B. (2009) “Educação em saúde no Brasil: para não perder o trem da
história”, http://www.abem-educmed.org.br, setembro.
Lévy, P. (2003), Cibercultura, São Paulo, Editora 34.
Masetto, M.T. (2005) “Mediação Pedagógica e o Uso da Tecnologia”. In: Moran, J. M.;
Masetto, M. T.; Behrens, M. A. Novas Tecnologias e Mediação Pedagógica.
Campinas, Papirus, p. 133 – 173.
Peraya, D. (2002) “O Ciberespaço: Um Dispositivo de Comunicação e de Formação
Midiatizada. In: ALAVA, S. Ciberespaço e Formações Abertas: um Rumo às
Novas Práticas Educacionais? Porto Alegre, Artmed, p. 25 – 52.
Tori, R. (2010) “Educação sem Distância: As Tecnologias Interativas na Redução de
Distâncias em Ensino e Aprendizagem”, São Paulo, SENAC.

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