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BLUEDORN, Harvey; BLUEDORN, Laurie.

Ensinando o Trivium: estilo


clássico de ministrar educação cristã em casa. (Vol. 1. O Trivium Teórico). –
Tradução de William Bottazzini. – Brasília/DF: Editora Monergismo, 2016.
Recurso eletrônico (ePub).

FICHAMENTO

Não queremos aprender línguas, lógica e retórica para que possamos ler de
verdade Homero e Virgílio, pensar como Aristóteles e Sêneca e falar como
Demóstenes e Cícero. Queremos aprender línguas, lógica e retórica para que
possamos realmente ler, pensar e falar — ponto! (Posição 406)

Tudo o que não confessa Jesus Cristo como Senhor necessariamente o nega,
ainda que não diga nada. Ou melhor, o faz de modo especial se não disser nada.
(Posição 421)

Optamos por limitar nosso significado de clássico para incluir apenas o que é de
boa forma e de valor duradouro (clássico), e o que está em conformidade com o
padrão bíblico dentro de uma visão de mundo bíblica (cristã). (Posição 439)

o tipo mais perigoso de distorção é o que mais se parece com a coisa real. Ser
quase verdadeiro, quase santo e quase justo é a pior das perversões. (Posição 471)

O potencial para a verdadeira mudança da cultura está com quem renova e


transforma a família, pois a família é o instrumento que Deus escolheu para
transformar a cultura. Só por meio da transformação da família, a sociedade pode
ser reestruturada para estar de acordo com a ordem cristã e com o governo da lei
de Deus. (Posição 478)

Não pode haver educação verdadeira sem referência a Deus. A educação deve ter
um propósito. Se o propósito não tem Deus em vista, logo a educação é ateia, e
por fim produzirá resultados ateus. O objetivo da educação não é servir a si
mesma, à comunidade, aos negócios, à igreja ou ao Estado, mas a Deus. A
educação que não serve a Deus é vazia, e esse vazio será preenchido por outros
deuses, a quem servirá. Desenvolver capacidades para o serviço, mas omitir
Aquele a quem se deve servir, significa criar um monstro. (Posição 511)

A educação estatal moderna faz o que fazia a educação antiga: ensina sem
referência a Deus. Por isso ela gera ignorância. (Posição 515)

Grande parte da educação moderna é ensinada da perspectiva da filosofia do


naturalismo, que começa com o pressuposto de que todas as coisas devem ser
explicadas apenas nos termos dos fenômenos naturais observáveis.
Essa filosofia deveria ser chamada antissobrenatural, por ter sido formulada
exatamente para excluir o sobrenatural e o Deus da Bíblia antes de qualquer
coisa. Isso é ignorância estudada. É ceticismo puro. (Posição 553)

A educação é jurisdição do pai, conduzida pelo pai e pela mãe, e por quem mais
os dois escolherem empregar para atingir objetivos específicos. Os sacerdotes, e
mais tarde as sinagogas, deviam educar principalmente os homens, que, por sua
vez, educariam suas famílias. (Posição 593)

Toda a educação é, em essência, religiosa. (Posição 622)

a pátria se conformará à forma dos lares! (Posição 745)

Os hebreus chamam a passagem de Shemá, a primeira palavra hebraica da


confissão, traduzida por “ouve”. Os hebreus também a chamam “a confissão de
Deus”. O texto não diz que Javé é o único Deus. Isso está pressuposto. A palavra
“um” (‘ehad) significa uma unidade composta por mais de um, em contraste com
outra palavra (yahid) que significa um único. O texto diz: “Yahweh, nosso Elohim,
Yahweh é unido”. (Posição 768)

A ninguém mais é dada a responsabilidade de educar nossos filhos. Ela não é dada
ao governo ou à igreja, mas à família. É preciso uma família, não uma cidade, para
educar a criança. (Posição 832)

Precisamos ensinar nossos filhos para o nosso bem. Nossos filhos precisam ser
ensinados por nós para o bem deles. (Posição 838)

O caminho para destruir a família é separar os filhos dos pais. E o caminho para
separar os filhos dos pais é retirar da família a autoridade na educação. (Posição
839)

A repetição é parte importante do ato de inscrever as palavras na memória, mas


o mandamento não está limitado à recitação decorada das palavras dos
mandamentos divinos. Nós devemos também meditar verbalmente em seu
significado, suas implicações e suas aplicações a todas as variadas situações,
circunstâncias e acontecimentos da vida. (Posição 862)

Sim, deve-se encontrar o equilíbrio, mas o equilíbrio deve sempre estar a favor da
família. (Posição 882)

São necessários os pais para ensinar a criança. (Posição 893)

Isso contrasta de forma grave das escolas controladas pelo governo, em que Deus
não deve ser mencionado — ao menos não com reverência — o dia todo. Assim,
um dia de aula se torna uma lição diária de ateísmo prático, que surte um efeito
sutil e insidioso — e, não obstante, cumulativo e desastroso — sobre todos nós.
Desse modo, nossa cultura perdeu o conhecimento de Deus e, por causa disso,
sofremos em todas as áreas da vida. (Posição 917)

A promessa do tentador no jardim do Éden, por fim, se cumpriu no Estado


socialista. O homem é um deus que determina por si mesmo o bem e o mal,
medindo todas as coisas por seus padrões inventados, afastado dos padrões
revelados por Deus. (Posição 954)

A família é o inimigo público número um do socialismo, e praticar o cristianismo


bíblico é um crime de lesa-majestade contra o Estado. (Posição 962)
apud
John Dunphy, escreveu na Humanist Magazine [Revista Humanista]
(jan/fev 1983): (Posição 1018)

Estou convencido de que a batalha pelo futuro da humanidade deve


ser travada e vencida na sala de aula da escola pública por professores
que percebam de forma correta seu papel de proselitismo da nova fé:
a religião da humanidade. [...] Os professores devem incorporar a
mesma dedicação altruísta dos pregadores fundamentalistas mais
fanáticos, pois serão outro tipo de pregadores, utilizando, porém, a
sala de aula em vez do púlpito. [...] A sala de aula deverá se tornar — e
o fará — a arena do conflito entre o velho e o novo: o corpo em
putrefação do cristianismo, com todas as suas misérias e males
adjacentes, e a nova fé do humanismo.
Uma das afirmações mais imundas que li nos últimos meses. (Posição
1019)

Os pais devem educar seus filhos até a maturidade completa, não os impelir a
chegar a ela. (Posição 1088)

Quando nos comparamos com nós mesmos, não parecemos tão maus, não é
verdade? Pelos padrões do mundo, podemos parecer bons e nossa família pode
parecer ótima. Comparados com o século anterior, podemos parecer um pouco
pálidos. Mas precisamos ser medidos pelo padrão absoluto da Palavra de Deus.
Por esse padrão, tememos que pareçamos mais com Ló em Sodoma. Os
inconscientes não têm consciência de sua inconsciência. (Posição 1164)

Os adultos precisam aprender a viver com justiça no mundo real. As crianças não
têm maturidade para responder de forma adequada às sofisticadas pressões
culturais. É tarefa dos pais instruí-las e testá-las em situações controladas, e não
só polvilhar sobre elas meia dúzia de conselhos e em seguida mergulhá-las no
mundo adverso. Se ensinássemos natação deste modo, a maior parte dos alunos
se afogaria. (Posição 1173)

a mais excelente sala de aula será a que mais se parecer com o lar, e o pior ensino
doméstico será o que mais se parecer com uma sala de aula. (Posição 1248)

Toda violação de jurisdição, se passa despercebida e não é detida na raiz,


continuará a desenvolver-se e adquirirá autoridade própria até, por fim,
suplantar a jurisdição original. (Posição 1335)

Restrições apenas de tempo podem fazê-lo optar por enviar os filhos à escola
particular. Você pode usar o ensino doméstico se não houver nenhuma restrição.
(Posição 1430)

Os princípios têm prioridade sobre os valores, e os valores sobre os objetivos.


(Posição 1437)

toda criança passa por três estágios de desenvolvimento: 1. O estágio gramatical:


a criança absorve informações factuais como uma esponja; 2. O estágio lógico: a
criança é mais questionadora e analítica; 3. O estágio retórico: a criança é mais
criativa e expressiva. (Posição 1576)

Todas as matérias passam por três fases de desenvolvimento: 1. Toda matéria tem
gramática própria, ou o conhecimento dos fatos básicos e das regras
fundamentais — em outras palavras, de todas as partes individuais. 2. Toda
matéria tem lógica própria, ou entendimento das relações entre estes fatos e as
regras — em outras palavras, como todas as partes se encaixam. 3. Toda matéria
tem retórica própria, ou a sabedoria para expressar verbalmente e aplicar de
modo prático o que se sabe e compreende — em outras palavras, como fazer bom
uso de tudo isso. (Posição 1594)

Método do trivium para o ensino das matérias. O aluno deve aprender cada
matéria ao progredir por três fases: Primeiramente, a gramática da matéria — os
fatos — quem, quê, onde e quando. Em segundo lugar, a lógica da matéria — a
teoria — por quê. Em terceiro lugar, a retórica da matéria — a prática — como.
(Posição 1601)

O trivium formal no sentido clássico é gramática, lógica e retórica. Ele se reflete


em termos bíblicos como conhecimento, entendimento e sabedoria. (Posição
1893)

os hebreus bebem das fontes; os gregos, dos riachos; os latinos, das poças.
(Posição 2201)

O latim é um trampolim para o domínio de outras línguas flexionais, como o


grego ou o alemão. (Posição 2283)

O estudo do latim aguça os processos mentais. O latim exige esforço mental.


Portanto, ele desenvolve o vigor mental e a atenção. (Posição 2286)

A lógica é útil para discernir a verdade. (Posição 3285)

Porque a lógica é o meio para chegar à verdade das proposições, à validade dos
argumentos e à possibilidade ou plausibilidade das asserções. (Posição 3286)

se omitirmos o ensino dos princípios básicos da lógica, criaremos a disfunção que


se pode chamar dislogia, a incapacidade de pensar! (Posição 3304)

Um argumento pode ser dividido em: a) Reconhecimento — identificação do


argumento; distinção das partes. b) Diagramação — exposição do raciocínio de
maneira visual. c) Avaliação — análise da verdade, validade e solidez do que está
sendo dito. d) Argumentação — construção de argumentos lógicos, efetivos de
modo eficiente. (Posição 3395)

Habilidades especiais demandam humildades especiais para que o talento não


destrua o talentoso. (Posição 3736)

Não foque no desenvolvimento de um único talento especial como se ele


justificasse todos os outros desequilíbrios. (Posição 3737)
O que a criança lê e o que se lê para ela em voz alta, e o que ela vê e ouve,
determinarão o que ela escreve e como fala. O que entra na mente dela é, em geral,
o que veio do lápis há não muito tempo. Não converse com linguagem infantil.
Leia em um nível que esteja um grau acima da plena compreensão da criança.
(Posição 3759)

Cultura é o produto do trabalho e do pensamento de certa comunidade,


transmitido ao longo das gerações. Ela inclui costumes, hábitos, tradições, língua,
literatura, artes, habilidades, tecnologias, benefícios, filosofias, governos, leis,
instituições e que o mais caracterizar as atividades humanas. (Posição 4028)

Quando a cultura atinge certo nível de complexidade a ponto de requerer uma


literatura para se transmitir, podemos classificá-la como civilização. (Posição
4032)

Spermologos era o nome de um pequeno pássaro, parecido com um corvo ou uma


gralha, conhecido pelo grasnado incessante e que sobrevivia catando sementes
pelos caminhos. Esse nome era dado a pessoas que, sem ordem ou método,
coletavam os ditos de outros e os repetiam a terceiros do mesmo modo que os
haviam colhido, sem ordem ou método. (Posição 4166)

existem poucas mentiras — com uma enorme quantidade de variações; e, na


verdade, há umas poucas refutações — com uma enorme quantidade de variações.
Assim, você não precisa aprender um pouco sobre tudo. A vida é curta. Aprenda
o que lhe for útil e dê a isso uma boa aplicação. (Posição 4906)

Deve-se distinguir com clareza o fato histórico do registro histórico. O fato


histórico representa o que realmente aconteceu. O registro histórico do fato
consiste no que alguém acredita ter ocorrido a partir da sua perspectiva limitada.
(Posição 5110)

Dizemos com frequência que “uma criança precisa mais de treino do que de
ensino”. Treino e ensino andam de mãos dadas, mas com crianças pequenas, o
treino predomina, e essa necessidade de treino abre espaço aos poucos para mais
ensino conforme a criança amadurece. Se tivermos tido nosso treino em tenra
idade, uma criança mais velha estará preparada para muito ensino e precisará de
muito pouco treino. Mas nem no treino nem no ensino defendemos abandonar a
criança inteiramente a seus próprios interesses. Crianças não são pequenos
adultos. (Posição 6125)

No caso de uma criança que esteja menos motivada nos estudos, montar uma
unidade de estudo em torno de um assunto no qual ela tenha muito interesse
talvez seja útil para despertar o entusiasmo em outras matérias. Se uma criança
tem um interesse particular por armas, podem planejar-se estudos em história
das armas, em física e química das armas, em matemática das armas, em língua
e literatura sobre armas, em leis relativas às armas etc. (Posição 6145)

O último século da educação tem sido um experimento crescente nos estudos


formais oferecidos cada vez mais cedo ao mesmo tempo em que é acompanhado
de um crescimento exponencial das “deficiências de aprendizagem” e coisas do
tipo de um modo como nunca se viu antes. A evidência sugere uma relação direta
entre estudos formais dados precocemente e deficiências de aprendizagem, e isso
pede bastante cuidado com a metodologia moderna. (Posição 6255)

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