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RIBEIRO, Djamila. Lugar de Fala. São Paulo: Pólen, 2019.

Pensar em feminismo negro é justamente romper com a cisão criada numa sociedade
desigual. Logo, é pensar projetos, novos marcos civilizatórios, para que pensemos
um novo modelo de sociedade. (p. 12.)

O propósito aqui não é impor uma epistemologia de verdade, mas contribuir para o
debate e mostrar diferentes perspectivas. (p. 13)

Para além desse título, abordamos também temas como encarceramento, racismo
estrutural, branquitude, lesbiandade, mulheres, indígenas e caribenhas,
transexualidade, afetividade, interseccionalidade, empoderamento, masculinidades.
(p. 13)

É importante pontuar que essa coleção é organizada e escrita por mulheres negras e
indígenas, e homens negros. (p. 13)

A pensadora e feminista negra Lélia Gonzalez nos dá uma perspectiva muito


interessante sobre esse tema, porque criticava a hierarquização de saberes como
produto da classificação racial da população. Ou seja, reconhecendo a equação:
quem possui o privilégio social, possui o privilégio epistêmico, uma vez que o modelo
valorizado e universal de ciência é branco. A consequência dessa hierarquização
legitimou como superior a explicação epistemológica eurocêntrica, conferindo ao
pensamento moderno ocidental a exclusividade do que seria conhecimento válido,
estruturando como dominante e assim inviabilizando outras experiências do
conhecimento. (p. 22)

neutralidade epistemológica. (p. 23)

...própria conceituação ocidental branca do que seria uma intelectual faz com que
esse caminho se torne mais difícil para mulheres negras. (p. 25)

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