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ECO, Umberto. Como se faz uma tese. Tradução: Gilson Cesar Cardoso de Souza – 22ª Ed.

– São Paulo: Perspectiva, 2009.

1. Que é uma Tese e para que Serve?


Uma tese consiste num trabalho datilografado, com extensão média variando entre cem e
quatrocentas laudas, onde o estudante aborda um problema relacionado com o ramo de
estudos em que pretende formar-se. (p. 1)

[...] atese propriamente dita é reservada a uma espécie de supraformatura, o doutorado,


procurado só por aqueles que desejam se aperfeiçoar e especializar como pesquisadores
científicos. (p. 2)

[...] a tese [...] se trata efetivamente de pesquisa original, onde é necessário conhecer a fundo
o quanto foi dito sobre o mesmo argumento pelos demais estudiosos. Sobretudo, é necessário
“descobrir” algo que ainda não foi dito por eles. (p. 2)

[...] há boas teses que não são pesquisas, mas compilação. (p. 2)

Numa tese de compilação, o estudante apenas demonstra haver compulsado criticamente a


maior parte da “literatura” existente (isto é, das publicações sobre aquele assunto) e ter sido
capaz de expô-la de modo claro, buscando harmonizar os vários pontos de vista e oferecendo
assim uma visão panorâmica inteligente, talvez útil sob o aspecto informativo mesmo apara
um especialista do ramo que, com respeito àquele problema específico, jamais tenha efetuado
estudos aprofundados (p. 2-3).

Uma tese de pesquisa é sempre mais longa, fatigante e absorvente. (p. 3)

[...] a escolha entre tese de compilação e tese de pesquisa prende-se à maturidade e à


capacidade de trabalho do candidato. ... e lamentavelmente (...) a fatores econômicos, (p. 3)
Há duas maneiras de fazer uma tese que se torne útil também após a formatura. A primeira é
fazer dela o início de uma pesquisa mais ampla, que prosseguirá nos anos seguintes, desde
que haja oportunidade e interesse nisso. (p. 4)

[...] há também uma segunda maneira [...] elaborar uma tese significa: (1) identificar um tema
preciso; (2) recolher documentação sobre ele; (3) pôr em ordem estes documentos; (4)
reexaminar em primeira mão o tema à luz da documentação recolhida; (5) dar forma orgânica
a todas as reflexões precedentes; (6) empenhar-se para que o leitor compreenda o que se
quis dizer e possa, se for o caso, recorrer à mesma documentação a fim de retomar o tema
por conta própria. (p. 5)

[...] não importa tanto o tema da tese quanto a experiência de trabalho que ela comporta. (p.5)
Com o tempo, tornamo-nos mais maduros, vamos conhecendo mais coisas, porém o modo
como trabalhamos nas que sabemos sempre dependerá da maneira com que estudamos no
início muitas coisas que ignorávamos. (p. 5)

[...] embora seja melhor fazer uma tese sobre um tema que nos agrade, ele é secundário com
respeito ao método de trabalho e à experiência daí advinda. (p. 5)
[...] as regras para a escolha do tema são quatro:
1) Que o tema responda aos interesses do candidato [...];
2) Que as fontes de consulta sejam acessíveis [...];
3) Que as fontes de consulta sejam manejáveis [...];
4) Que o quadro metodológico da pesquisa esteja ao alcance da experiência do candidato.
(p. 6)

[...] estas quatro regras [...] resumíveis na norma “quem quer fazer uma tese deve fazer uma
tese que esteja à altura de fazer”. (p. 6)

2. A Escolha do Tema
A primeira tentantação do estudante é fazer uma tese que fale de muitas coisas. (p. 7)

Se [...] ele tiver trabalhado seriamente sobre um tema bastante preciso, estará às voltas com
um material ignorado pela maior arte dos juízes. (p. 8)

Um campo restringe-se quando se sabe o que conservar e o que escoimar. (p. 10)

Só explicamos e entendemos um autor quando o inserimos num panorama. [...] quanto mais
se restringe o campo, melhor e com mais segurança se trabalha. Uma tese monográfica é
preferível a uma tese panorâmica. É melhor que a tese se assemelhe a um ensaio do que a
uma história ou a uma enciclopédia. (p.10)

Uma tese teórica é aquela que se propõe atacar um problema abstrato, que pode já ter sido
ou não objeto de outras reflexões [...]. (p. 11)

[...] suponhamos a hipótese de o estudante estar cônscio de ter compreendido um problema


capital: dado que nada provém do nada, ele terá elaborado seus pensamentos sob a influência
de outros autores. Transforma então sua tese teórica em tese monográfica [...]. (p, 11)

Se tiver ideias originais, estas virão à tona no confronto com as idéias do autor tratado: muita
coisa nova se pode dizer sobre a liberdade estudando a maneira como outro a abordou. (p.
12)

[...] nada há de humilhante em partir de outro autor [...]; pode-se partir de um autor para
demonstrar seus erros e limitações. A questão é ter um ponto de apoio. (p. 12)

[...] uma tese de caráter experimental não pode ser feita com recursos inteiramente próprios,
nem o método pode ser inventado. [...] Haverá sempre ocasião de andar por si mesmo, mais
tarde. (p. 12)

[...] o autor contemporâneo é sempre mais difícil. É certo que geralmente existe uma
bibliografia mais reduzida, os textos são de mais fácil acesso [...]. Mas ou se faz algo de novo,
e então apercebemo-nos de eu sobre o autor antigo existem pelo menos esquemas
interpretativos seguros aos quais podemos nos referir, enquanto para o autor moderno as
opiniões ainda são vagas e contraditórias, a nossa capacidade crítica é falseada pela falta de
perspectiva e tudo se torna extremamente difícil. (p. 13)
[...] o autor antigo impõe uma leitura mais fatigante, uma pesquisa bibliográfica mais atenta,
mas os títulos são menos dispersos e existem quadros bibliográficos já completos. Contudo
se se entende a tese como a ocasião para aprender a elaborar uma pesquisa, o autor antigo
coloca maiores obstáculos. (p. 13)
[...] um valente pesquisador pode levar a cabo uma análise histórica ou estilística sobre um
autor contemporâneo com a mesma acuidade e exatidão filosófica exigidas para um autor
antigo. (p. 13)

[...] trabalhe sobre um contemporâneo como se fosse um antigo, e vice-versa. Será mais
agradável e você fará um trabalho mais sério. (p. 13)

Digamo-lo desde já: não mais três anos e não menos de seis meses. (p. 14)

[...] escolher a tese por volta do final do segundo ano de estudos. (p. 14)

[...] é absolutamente desejável [...] que, no caso de uma tese sobre um autor francês, ela fosse
escrita em francês. (p. 17)

Há sempre a necessidade de ler um livro em outra língua [...]. (p. 17)

Em casos como esse, geralmente se aproveita a oportunidade da tese para começar o


aprendizado de uma língua estrangeira. (p. 17)

O problema principal é: preciso escolher uma tese que não implique o conhecimento de
línguas que não sei ou não estou disposto a aprender. (p. 17)

[...] Não se pode fazer uma tese sobre autor estrangeiro se este não for lido no original. (p.
17)

[...] nem sempre traduzem todas as obras daquele autor, e às vezes o desconhecimento de
um escrito menor compromete a compreensão de seu pensamento ou de sua formação
intelectual; [...] a maior parte da bibliografia sobre determinado autor está escrita em sua
própria língua, e, se ele é traduzido, o mesmo pode não suceder a seus interpretes; [...] nem
sempre as traduções fazem justiça ao pensamento do autor, e fazer um tese significa
exatamente redescobrir esse pensamento original lá onde as traduções e divulgações de todo
livro o falsearam; fazer uma tese significa ir além das fórmulas popularizadas pelos manuais
escolares [...]. (p. 18)

Não se pode fazer uma tese sobre determinado assunto se as obras mais importantes a seu
respeito foram escritas numa língua que ignoramos. (p. 18)
Não se pode fazer uma tese sobre um autor ou sobre um tema lendo apenas as obras escritas
nas línguas que conhecemos. (p. 18)

[...] antes de estabelecer o tema de uma tese é preciso dar uma olhada na bibliografia
existente e avaliar se não existem dificuldades lingüísticas significativas. (p. 18)

[...] a tese deve ser entendida como uma ocasião única para fazer alguns exercícios que nos
servirão por toda a vida. (p. 19)
Um estudo é científico quando [...] debruça-se sobre um objeto reconhecível e definido de tal
maneira que seja reconhecível igualmente pelos outros. (p. 21)

O estudo deve dizer do objeto algo que ainda não foi dito ou rever sob uma ótica diferente o
que já se disse. (p. 22)

[...] um trabalho de compilação só tem utilidade científica se ainda não existir nada de parecido
naquele campo. (p. 22)

[...] O estudo deve ser útil aos demais. (p. 22)

Um trabalho é científico se [...] acrescentar algo ao que a comunidade já sabia, e se todos os


futuros trabalhos sobre o mesmo tema tiverem que levá-lo em conta, ao menos em teoria.
(p.22)

O estudo deve fornecer elementos para a verificação e a contestação das hipóteses


apresentadas (p. 23)

[...] os requisitos de cientificidade podem aplicar-se a qualquer tipo de pesquisa. (p. 24)
[...] até sobre um tema [...] pouco erudito e pobre [...] se pode executar um trabalho científico,
útil aos outros, inserível numa pesquisa mais ampla e indispensável a quem queira aprofundar
o tema [...]. (p. 32)

3. A Pesquisa do Material
Uma tese estuda um objeto por meio de determinados instrumentos. Muitas vezes o objeto é
um livro e os instrumentos, outros livros. (p. 35)
[...] em certos casos, pelo contrário, o objeto é um fenômeno real [...]. (p. 35)

A distinção entre as fontes e a literatura crítica precisa estar bem clara [...]. (p. 36)

[...] se se está em condições de aceder às fontes, e é preciso saber: (1) onde podem ser
encontradas, (2) se são facilmente acessíveis, (3) se estou em condições de compulsá-las.
(p. 36)

[...] é muito importante definir logo o verdadeiro objeto da tese, já que, desde o início, impõe-
se o problema da acessibilidade das fontes. (p. 36)

Quando trabalhamos sobre livros, uma fonte de primeira mão é uma edição original ou uma
edição crítica da obra em apreço. (p. 39)

Tradução não é fonte [...]. (p. 39)

Antologia não é fonte [...] (p. 39)

Resenhas efetuadas por outros autores, mesmo completadas pelas mais amplas citações,
não são fontes [...] (p. 39)
[...] nos limites fixados pelo objeto do meu estudo, as fontes devem ser sempre de primeira
mão. [...] Em teoria, um trabalho científico sério não deveria jamais citar uma citação, mesmo
não se tratando do autor diretamente estudado. (p. 40)

Organizar uma bibliografia significa buscar aquilo cuja existência ainda se ignora. (p. 42)

Catálogos bibliográficos — São os mais seguros para quem já tenha uma idéia clara do tema
que pretende trabalhar. (p. 43)

O modo mais cômodo de escolher os catálogos bibliográficos é, em primeiro lugar, solicitar os


títulos ao orientador da tese. Em Segunda instância, pode-se recorrer ao bibliotecário. (p. 44)
É preciso superar a timidez, pois, com freqüência, o bibliotecário nos orientará com segurança,
fazendo-nos ganhar muito tempo. (p. 44)
O arquivo de leitura compreende fichas, [...] dedicadas aos livros [...] que você de fato leu: (p.
47)

O arquivo bibliográfico [...] registrará todos os livros a serem procurados. (p. 47)

O arquivo bibliográfico deve nos acompanhar sempre que formos a uma biblioteca. (p. 47)

[...] para violar regras ou opor-se a elas importa antes de tudo conhecê-las ( p. 48
[...] a citação bibliográfica [...] A inicial não basta, (p. 48)

Não é preciso colocar entre aspas o título do livro, pois é costume quase universal fazer isso
com títulos de capítulos ou artigos de revista. (p. 48)

É errado dizer onde um livro foi publicado e não esclarecer por quem. (p. 48)

O nome da cidade só bastará se se tratar de obras antigas (p. 49)

[...] menciona-se sempre o local da edição, não da impressão [...] não se contente com os
dados do frontispício, [...] vá até a página seguinte, a do copyright. Lá você encontrará o local
verdadeiro da edição, a data e o número da edição. (p. 49)

[...] é bom mencionar a cidade da edição sempre na língua original. (p. 49)

Apenas na página do copyright você encontrará a data da primeira edição. (p. 49)

Quando se trabalha sobre um autor [...] não deve difundir idéias erradas sobre seu trabalho,
[...] se [...] utilizarmos uma edição posterior, revista e aumentada, precisaremos especificar a
data da primeira edição tanto quanto a da que você utilizou. (p. 50)

[...] maneiras de citar [...] livros [...] existem outros critérios, [...] válido enquanto permitir: (a)
distinguir livros de artigos ou de capítulos de outros livros; (b) determinar [...] o nome do autor
e o título; (c) determinar o local da publicação, editora e edição; (d) determinar, eventualmente,
[...] dimensão do livro. (p. 50)
[...] os artigos de revista entram na mesma categoria [...] dos capítulos de livros e de atas de
congressos. (p. 51)
Devemos deixar [...] espaços em branco para as indicações que por hora faltam. (p.53)

Muitos autores e nenhum organizador ... indica-se apenas o primeiro autor, seguido do et al.
[...] o título do capítulo é in um dado livro, ... o artigo da revista não é in a revista, (p. 54)

Anônimos, pseudônimos, etc. [...] No primeiro caso, basta colocar, no lugar do nome do autor
a palavra “anônimo”. No segundo, fornecer depois do pseudônimo o nome verdadeiro [...]
entre parênteses [...] seguido de um ponto de interrogação caso se trate de uma hipótese
válida. [...] um autor reconhecido como tal [...], mas cuja figura histórica foi posta em dúvida
[...] deve-se registrá-lo como “Pseudo”. [...] No terceiro caso, [...] o verbete [...] aparecerá com
a sigla “M.Pr.” [...] à lista de abreviaturas [...] verifica tratar-se de Mário Praz. Portanto: M(ario)
Pr(az) (p. 54-55)

Agora in [...] se se trata de obras sobre as quais a tese se apoia especificamente, então os
dados da primeira publicação passam a ser essenciais por razões de exatidão histórica. (p.
55)
Citações de jornais [...] como as de revista, salvo que [...] colocar a data antes do número. (p.
55)

[...] jornais que não tenham [...] difusão nacional ou internacional [...] especificar a cidade: (p.
55)

Citações de documentos oficiais ou de obras monumentais [...] existem abreviaturas e siglas


que variam de disciplina para disciplina [...]. (p. 55)

Citações de clássicos [...] existem convenções quase universais, [...] título-livro-capítulo,


parte-parágrafo ou canto-verso. (p. 56)

O principal critério deve ser o da praticidade e clareza [...]. (p. 56)

Citações de obras inéditas ou documentos privados ... são especificados como tais. (p.57)

Originais e traduções ... convém fornecer uma dupla indicação. (p.57)

[...] fazê-lo em sua própria língua, mas especificando tradução e edição. (p. 58)

[...] é preciso sempre controlar as referências bibliográficas em mais de uma fonte. (p. 59)

[...] a completude da informação depende do tipo da tese e do papel que um dado livro
desempenha no discurso global (p. 59)

Tabela 1: RESUMO DAS REGRAS PARA A CITAÇÃO BIBLIOGRÁFICA


LIVROS
*1. nome e sobrenome do autor (ou autores, ou organizador, com eventuais indicações sobre
pseudônimo ou falsas atribuições).
*2. Título e subtítulo da obra.
3. ( “Coleção” ),
4. Número da edição (se houver várias),
*5. Local da edição: não existindo no livro, escrever s.l. (sem local),
*6. Editor: não existindo no livro, omiti-lo,
*7. Data da edição: não existindo no livro, escrever s.d. (sem data),
8. Dados eventuais sobre a edição mais recente,
9. Número de páginas e eventual número de volumes de que a obra se compõe,
10. (Tradução: se o título era em língua estrangeira e existe uma tradução na nossa,
especifica-se o nome do tradutor, o título traduzido, local de edição, editor, data da edição e
número de páginas, eventualmente).
ARTIGOS DE REVISTA
*1. Nome e sobrenome do autor.
*2. “Título do artigo ou capítulo”.
*3. Título da revista,
*4. Volume e número do fascículo (eventuais indicações de Nova Série),
5. Mês e ano,
6. Páginas onde aparece o artigo.
CAPÍTULOS DE LIVROS, ATAS DE CONGRESSOS, ENSAIOS EM OBRAS COLETIVAS
*1. Nome e sobrenome do autor.
*2. “Título do capítulo ou do ensaio”.
*3. In:
*4. Eventual nome do organizador da obra coletiva ou VVAA,
*5. Título da obra coletiva,
6. (Eventual nome do organizador se primeiro foi colocado VVAA),
*7. Eventual número do volume da obra onde se encontra o ensaio citado,
*8. Local, Editor, data, número de páginas, como no caso de livros de um só autor. (p.60)

[...] às vezes, basta encontrar um único texto para resolver uma série inteira de problemas.
(p. 73)

[...] informações de Segunda mão, deverei sempre assinalar em nota: “cit. In Getto, etc.”, e
isso não só por honestidade, mas também por prudência, já que uma eventual imperfeição
nas citações não ficará sob minha responsabilidade; (p. 74)

[...] a única coisa que não posso permitir-me é ignorar os autores originais sobre os quais farei
a tese. [...] Uma tese deve apresentar também material de primeira mão. (p. 74)

Se alguém não pode deslocar-se, o melhor é trabalhar com o que há in loco. (p. 75)

[...] pode chegar a uma biblioteca de interior sem saber nada ou quase nada sobre um tema
e ter, em três tardes, idéias suficientemente claras e completas. (p. 76-77)

Há teses que se fazem folheando jornais ou atas parlamentares, mas elas também exigem
uma literatura de apoio. (p. 78)

[...] uma tese sobre livros recorre a dois tipos de livros: os livros de que se fala e os livros com
a ajuda dos quais se fala. (p. 78)
[...] o círculo é em si vicioso, pois sem literatura crítica preliminar o texto pode parecer ilegível,
e sem o seu conhecimento não se pode aquilatar a literatura crítica. (p. 78)

Existem pessoas monocrônicas e policrônicas. As primeiras só trabalham bem quando


começam e acabam uma coisa por vez. [...] os policrônicos são o contrário.

4. O Plano de Trabalho e Fichamento


Uma das primeiras coisas para começar a trabalhar numa tese é escrever o título, a introdução
e o índice final [...] redigir logo o índice como hipótese de trabalho serve para definir o âmbito
da tese. (p. 81)

Para sermos mais precisos, o plano de trabalho compreende o título, o índice e a introdução.
Um bom título já é um projeto. (p. 82)

As referências internas servem para evitar repetições infindáveis de uma coisa só, mas, ao
mesmo tempo, revelam a coisa de toda tese. (p. 86)

[...] as fichas de trabalho [...] podem ser de vários tipos, fichas de ligação entre ideias e seções
do plano, fichas problemáticas (como abordar tal problema?), fichas de sugestões [...] etc. (p.
89)

A ficha mais comum e mais indispensável é a de leitura [...] (p. 96)

[...] a ficha de leitura constitui um aperfeiçoamento da ficha bibliográfica [...]. (p 96)

7. Conclusões
[...] a tese é como porco: nada se desperdiça. (p. 173)

Há uma satisfação esportiva em dar caça a um texto que não se encontra, há uma satisfação
de charadista em encontrar, após muito refletir, a solução de um problema que parecia
insolúvel. (p. 173)

Às vezes a tese pode ser vivida como uma partida a dois: o autor que você escolheu não quer
confiar-lhe o seu segredo [...] Às vezes a tese é um puzzle: você dispõe de todas as peças,
cumpre fazê-las entrar em seu devido lugar. (p. 173-174)

Mesmo um bom profissional deve continuar a estudar. (p. 174)

[...] uma tese bem feita é um produto de que se aproveita tudo. (p. 174)

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