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Direito Administrativo

Licitação - Lei 8666/93 - II

Apresentação
Olá estudante,

Meu nome é Leonardo Torres, sou advogado, especialista em Direito Público


e leciono o Direito Administrativo há mais de 15 anos para cursos preparatórios e Exame de
Ordem. Para que você possa alcançar seu objetivo de aprovação, desenvolvemos um guia
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e simplificado, com dicas, comentários, questões, posicionamentos específicos da banca e
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Sumário
CONTRATAÇÃO DIRETA SEM LICITAÇÃO......................................................................................2

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Direito Administrativo
Licitação - Lei 8666/93 - II

CONTRATAÇÃO DIRETA SEM LICITAÇÃO

Como prevê a própria Constituição (art. 37, XXI), nem sempre as contratações se fazem por
meio de licitação. Às vezes a lei permite que ela não seja realizada, quando então se estará diante
da chamada “contratação direta sem licitação”.
A contratação direta pode se dar de duas maneiras: por dispensa de licitação (que possui
duas espécies, licitação dispensada e licitação dispensável) ou por inexigibilidade de licitação.

DISPENSA DE LICITAÇÃO
a. Licitação Dispensada:
A licitação dispensada poderia ser denominada “licitação já dispensada pela lei”. Aqui, o le-
gislador já escolheu de maneira expressa as situações que darão causa ao afastamento da licitação,
obrigando o administrador, em tais hipóteses, a não realizar o certame licitatório.
Por exemplo, temos o caso de alienação de bens imóveis, a licitação é considerada “dispen-
sada”, conforme o art. 17, I da Lei 8.666/93:
“Art. 17. A alienação de bens da Administração Pública, subordinada à existência de interesse público
devidamente justificado, será precedida de avaliação e obedecerá às seguintes normas:

I - quando imóveis, dependerá de autorização legislativa para órgãos da administração direta


e entidades autárquicas e fundacionais, e, para todos, inclusive as entidades paraestatais,
dependerá de avaliação prévia e de licitação na modalidade de concorrência, dispensada
esta nos seguintes casos:

... b) doação, permitida exclusivamente para outro órgão ou entidade da administração


pública, de qualquer esfera de governo...”
b. Licitação Dispensável:
Essa outra espécie de dispensa de licitação, apesar de ter a denominação parecida com
“licitação dispensada”, com ela não se confunde. Na licitação dispensável, o legislador faculta ao
administrador público não realizar a licitação diante de certas situações descritas na Lei.
Em tais casos, até seria possível realizar a licitação, mas a lei confere ao administrador a
possibilidade de escolher, diante do caso concreto, se é conveniente ou não a efetuar. Trata-se,
portanto, de uma decisão discricionária.
As hipóteses (taxativas) de licitação dispensável estão previstas no extenso rol do artigo 24
da Lei de Licitações. Um bom exemplo está no inciso III:
Nos casos de guerra ou de grave perturbação de ordem, ainda que seja possível realizar uma
licitação, pode ser que a situação recomende que a Administração opte por não a efetuar, adotando
o procedimento mais simples e rápido da dispensa, de modo a melhor atender o interesse público.

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Licitação - Lei 8666/93 - II

INEXIGILIBILIDADE DE LICITAÇÃO
A inexigibilidade de licitação surge nos casos em que a licitação não poderia ser efetuada
diante de inviabilidade de competição.
A licitação existe para permitir que todos os interessados compitam e para escolher, com
base na competição, a melhor proposta para a Administração. Caso essa competição não seja viável,
não será possível exigir (será inexigível) do Poder Público que ele realize a licitação.
O artigo 25 da Lei 8.666/93 diz que será inexigível a licitação quando houver a inviabilidade
de competição, em especial:

I. Para aquisição de materiais, equipamentos, ou gêneros que só possam ser fornecidos


por produtor, empresa ou representante comercial exclusivo, vedada a preferência de
marca, devendo a comprovação de exclusividade ser feita através de atestado forne-
cido pelo órgão de registro do comércio do local em que se realizaria a licitação ou a
obra ou o serviço, pelo Sindicato, Federação ou Confederação Patronal, ou, ainda, pelas
entidades equivalentes;
II. Para a contratação de serviços técnicos enumerados no artigo 13 desta Lei, de natureza
singular, com profissionais ou empresas de notória especialização, vedada a inexigibi-
lidade para serviços de publicidade e divulgação;
III. Para contratação de profissional de qualquer setor artístico, diretamente ou através de
empresário exclusivo, desde que consagrado pela crítica especializada ou pela opinião
pública.

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