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Manhuaçu
2019
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Manhuaçu
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2019
Introdução
O índice de condutores veiculares com mais de sessenta anos vem aumentando nos
últimos anos. Em 2005 no Brasil os números de condutores idosos eram de 3,2 milhões, sendo
que no ano de 2012 esse índice subiu para 3,6 milhões, segundo o Departamento Nacional de
Trânsito (DENATRAN.). O ato de dirigir envolve uma série complexa de processos
psicológicos, cognitivos e sensoriais. Quando se dirige, o condutor do veículo está exposto a
uma gama de estímulos, em que alguns podem ser considerados fatores de risco. Desta forma,
as funções corticais superiores, como atenção, percepção, memória, linguagem e tomada de
decisão em um ambiente como o trânsito repleto de estímulos, como sons, outros veículos e
pedestres, necessitam estarem com funcionamento apto em idosos.
Em paralelo com o crescimento de motoristas idosos os riscos de dirigir também vêm
crescendo exponencialmente. Segundo o Departamento de Informática do SUS (DATASUS),
por ano morrem cerca de 45 mil pessoas vítimas de acidentes de transporte terrestre no Brasil,
configurando entre uma das principais causas de mortes no país. No Brasil, os acidentes de
trânsito, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Econômicas Aplicadas (IPEA.), ainda faz
com que ocorram prejuízos psicológicos, ambientais, sociais e financeiros, destacam-se os
diversos gastos para o Estado, os gastos materiais e o impacto na família. Calcula-se ainda
que os prejuízos com acidentes em rodovias brasileiras gerem um gasto de cerca de R$ 22
bilhões, o que representa uma média de 1,2% do Produto Interno Bruto do país (Instituto
Nacional de Pesquisas Econômicas Aplicadas, 2006).
O envelhecimento pode ser definido como o processo irreversível, universal e gradual
que provoca um declínio funcional progressivo no organismo, essas alterações se
caracterizam, como redução da mobilidade e equilíbrio, bem como modificações fisiológicas
e psicológicas (Nahas, 2006). Também ao processo de envelhecimento estão relacionados o
declínio de habilidades cognitivas que são necessárias para desempenho de atividades diárias
na vida do idoso e que incluem, por exemplo, a condução segura de veículos. Relaciona-se
com o aumento de idosos condutores a importância que esse grupo atribui ao ato de dirigir.
Pois, a condução veicular facilita a relação do idoso com a sua comunidade e também garante
maior facilidade de mobilidade e maior autonomia (Edwards, Lunsman,Perkins, Rebok, &
Roth, 2009). Entretanto, por ser uma atividade que demanda alta complexidade é necessário a
correta avaliação de idosos que vão obter ou renovar a Carteira Nacional de Habilitação.
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JUSTIFICATIVA
que disserta sobre uma das possíveis variáveis cognitivas que podem estar relacionadas a
acidentes automobilísticos onde os condutores são idosos. Servindo também como fonte de
informações para outros trabalhos, interessados e estudantes da área de Psicologia.
Objetivos
Objetivo Geral
Objetivos específicos
Material e Métodos
Participantes
Estudo de corte transversal, que será realizado, no município de Manhuaçu, cidade
do interior do Estado de Minas Gerais, em uma clínica médica e psicológica responsável pelos
exames de aptidão física e mental e de avaliação psicológica em candidatos à permissão para
dirigir veículo automotor, à renovação da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e à
mudança de categoria da CNH. A amostra do estudo será constituída de aproximadamente 80
candidatos, de ambos os sexos. Os critérios de inclusão adotados serão: ter idade a partir de
60 anos, pertencer à cidade de Manhuaçu ou região, ser candidato a renovação da carteira
nacional de habilitação. Os critérios de exclusão serão: indivíduos fora da faixa etária
estipulada, ter algum quadro psiquiátrico e ter algum diagnostico neurológico com
comprometimentos mais severos.
Instrumentos
Questionário Sociodemográfico.
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O instrumento será utilizado para coleta de dados como: identificação, idade, sexo,
escolaridade e aspectos relacionados à carteira nacional de habilitação, como acidentes e
multas. Será elaborado pelos autores.
Procedimentos
Após a apreciação e aprovação do comitê de ética, será enviada uma solicitação de
autorização de pesquisa para clínica credenciada Climaçu. A seleção dos participantes será
feita através dos condutores que procurarem a clínica Climaçu para renovar a CNH. Será
apresentado o projeto, todas as questões éticas e sobre a participação voluntária. Após a
assinatura do Termo de Consentimento Livre Esclarecimento (TCLE), será realizado a
entrevista e os instrumentos serão aplicados individualmente em uma sala própria cedida pela
clínica do DETRAN.
Cronograma
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Para a execução deste projeto que terá início em maio de 2019, os procedimentos
acima descritos serão realizados conforme o cronograma abaixo:
Atividades Início Término
Redação da dissertação 07/10/2019 02/12/2019
Defesa da dissertação 02/12/2019 06/12/2019
Revisão Bibliográfica 23/07/2019 03/12/2019
Previsão para coleta de 05/08/2019 05/09/2019
dados
Revisão e redação final 01/12/2019 02/12/2019
Processamento e análise de 06/09/2019 06/10/2019
dados
Envio do projeto 23/07/2019 23/07/2019
Orçamento financeiro
Referências bibliográficas
Barbosa, B., Naidel, E., Faria, D. A., Alves, V. D., Naidel, E., Faria, C. D. A., … Fichman, H.
C. (2015). Perfis neuropsicológicos do Comprometimento Cognitivo Leve no envelhecimento
( CCL ). 7(2), 15–23. https://doi.org/10.5579/rnl.2013.0257
I, M. H. L., Carolina, A., Cordeiro, K., I, M. A. B., Hammerschmidt, N., Carneiro, K., …
Curitiba-pr, P. D. P. E. (2018). Idosos não frágeis e a habilitação para dirigir veículos
automotores. 71(2), 373–379.
Edwards, J. D., Lunsman, M., Perkins, M., Rebok, G. W., & Roth, D. L. (2009). Driving
cessation and health trajectories in older adults. Journals of Gerontology - Series A Biological
Sciences and Medical Sciences, 64(12), 1290–1295. https://doi.org/10.1093/gerona/glp114
Almeida, M. H. M. de, Caromano, F. A., Ribeiro, S. S., & Batista, M. P. P. (2016). Programa
de orientação com ênfase em práticas de autocuidado para motoristas idosos. Revista
Brasileira de Geriatria e Gerontologia, 19(2), 303–311. https://doi.org/10.1590/1809-
98232016019.140192