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CURSO DE AGRONOMIA
Anelise Hagemann2
PATO BRANCO
MARÇO/2011
1 .
Relatório solicitado na disciplina de Fruticultura, ministrada pelo Prof Dr.Idemir Citadin como requisito parcial para
nota do primeiro bimestre.
2
Acadêmica do 4º ano do Curso de Agronomia da UTFPR, Campus Pato Branco – PR.
1. Introdução
2.1 - VINHO
Para que os vinhos tenham uma boa qualidade, o mosto deve fermentar
em temperaturas controladas, para que esta não ocorra rápido demais, sendo
que as temperaturas ideais são em torno de 20 a 24ºC, no caso da estação
experimental da EPAGRI Videira, controlada por condicionadores de ar na sala
de fermentação.
Como principal diferença inicial entre vinhos tintos e brancos, está a que
o mosto de uvas tintas sofre o processo de fermentação ainda com as cascas,
ao contrario das uvas brancas. Isto ocorre porque as cascas contem
antocianinas, que dariam uma cor escurecida ao vinho branco, além de
diferenças de sabor. As uvas brancas, já amassadas e sem casca são
colocadas por meio de mangueiras em prensas metálicas, sendo que todas as
uvas, independentemente da quantia a ser transformada em vinho, tem uma
amostra coletada e enviada para laboratório, para fazer testes de qualidade,
entre eles, de acidez. A pressão da prensa é insuficiente para esmagar a
semente. Para a produção de graspa, ainda, é ideal que o mosto seja
fermentado para ser destilado posteriormente.
2.2 – UVAS
Após acompanhar o processo de fabricação de vinho, os acadêmicos
puderam visitar um parreiral de uvas. No município de Videira, a área plantada
de uvas diminuiu muito, queda esta causada principalmente por problemas com
cochonilhas e fungos de solo como Fusarium spp., considerado um dos
principais fungos causadores de declínio e morte de videiras (GARRIDO,
SÔNEGO, & GOMES, 2004) e cujo solo altamente argiloso, como o da região
favorece. Uma saída para evitar este problema é o uso de porta enxertos
vigorosos, sendo que o IAC – Instituto Agronomico de Campinas tem
apresentado um bom numero de porta enxertos com essas características,
entre eles o VR043043, altamente resistente a perola, e o Dog Ridge, além do
manejo adequado do solo, em camalhoes, e uso de inseticidas nos primeiros
dias ajudam muito a controlar as cochonilhas do tipo Pérola, que são mais
danosas. As cochonilhas perolas são mantidas pelas formigas, porque
produzem uma espécie de açúcar e as formigas as ordenham.
Porta enxertos tropicais são muito bons, tendo o IAC572 muito destaque,
sendo que foi desenvolvido a partir do cruzamento V. tiliifolia x '101-14 Mgt'.
Atualmente, é o porta-enxerto mais utilizado nas principais regiões tropicais
produtoras de uvas de mesa. O 'IAC 57 é de fácil enraizamento e apresenta
bom índice de sobrevivência quando transplantado para o campo. Pode ser
utilizado para cultivares de uvas como Itália, Rubi, Benitaka, Brasil, Red Globe,
Red Meire, Centennial Seedless, Thompson Seedless, Crimson Seedless, BRS
Clara, BRS Morena e BRS Linda.
Uma variedade que tem sido bastante plantada na região nos últimos
tempos é a Leticia, uma variedade sul africana resistente ao frio e a
escaldadura. Também foi obtido um bom resultado com a variedade de
cruzamento C7, entretanto, esta apresenta graves problemas com rachadura
do caule.
2.4 – MAÇÃS
O porta enxerto mais utilizado é o anão M9, que resulta numa planta
menor, mais fácil de colher, mas ainda assim vigorosa. Outro porta enxerto
utilizado é o Maruba, que é altamente vigoroso, mas tem o entrave de que
demora de cinco a seis anos para produzir. Existem ainda os porta enxertos
semi vigorosos, como o 106 e o M7. Para se garantir as melhores
características de cada um, pode – se colocar um pedaço de mais ou menos
13 cm de Maruba, que tem um bom enraizamento, alta resistência a maior
parte das doenças e bom vigos, um pedaço de aproximadamente 15 cm de M9
para garantir uma planta de fácil manejo e colheita e após estes, a variedade.
A colheita tem sido problemática, uma vez que a mão de obra esta
escassa, mesmo com o pagamento de R$630,00 mensais + ganhos sobre o
rendimento; a empresa tem que captar mão de obra fora da cidade e do
estado.
São colocadas etiquetas nos bins, que são determinadas com relação ao
calibre dos frutos, que é o numero de maças necessárias para encher a caixa.
Na primeira etiqueta, existe: o cultivar, a qualidade, o lote, teor de Ca e o talhão
de onde o produto veio. Após esta, vem a etiqueta de classificação e a ultima,
de saída.
GARRIDO, L.R., SÔNEGO, O.R & GOMES, V.N. Fungos associados com o
declínio e morte de videiras no Estado do Rio Grande do Sul.Fitopatologia
Brasileira 29:322-324. 2004
RIZZON, L. A., MIELE, A., MENEGUZZO, J. Avaliação da uva cv. Isabel para
a elaboração de vinho tinto. Ciência e Tecnologia de Alimentos, v. 20 n. 1, p.
115-121, 2000.Disponível em:
<http://biblioteca.universia.net/html_bura/ficha/params/title/avalia%C3%A7%C3
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RIZZON,L.A SISTEMA DE PRODUÇÃO DE VINHO TINTO. Embrapa Uva e
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SASSO, C.; BASSIN, J.P.; SPIRELLE RONCHI, J.C.; Processo de produção
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erveja/processo_vinho_branco.html> Acessado em: 12/03/2011.
Fotografia 07 – Parreiral.