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Rio de Janeiro • 2018

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Textos
Dr. Sohaku Bastos

Revisão
Dr. Sohaku Bastos
Profª. Ana Loureiro

Design e Editoração
Leo Viana

Catalogação na Fonte / Departamento Nacional do Livro

Bastos, Sohaku

O Mundo da Acupuntura e da Medicina Oriental / Sohaku Bastos

Rio de Janeiro: Gasho Edições, 2018.

44p.: il. 14;21cm.

ISBN: 978-85-61962-02-9

CDD 610

1. Medicina Alternativa 2. Saúde

Gasho Edições
Praça Ana Amélia, 9 - 6º andar
Centro - Rio de Janeiro - RJ
Tel.: (21) 2533-3956

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O MUNDO DA ACUPUNTURA
E DA MEDICINA ORIENTAL

INTRODUÇÃO
A Acupuntura é um recurso terapêutico da Medicina Tradicional Chi-
nesa ou MTC (Medicina Oriental, no Japão), que remonta há mais de
2.000 anos a.C.. A sua prática se disseminou por todo continente asi-
ático, porém, na Europa, o exercício da Acupuntura só teve início no
século XIX. No Brasil, essa arte-ciência chegou, posteriormente, com a
imigração de povos asiáticos para o País, sobretudo, após a imigração
japonesa, em 1908.
O povo brasileiro só teve acesso aos benefícios da Acupuntura, toda-
via, a partir dos anos 60, quando acupunturistas japoneses, chineses
e, em seguida, europeus iniciaram seus trabalhos em consultórios nas
cidades de São Paulo e, depois, no Rio de Janeiro. Raros brasileiros se
interessaram em estudar essa terapia com os imigrantes japoneses,
dentre eles o Dr. Sohaku Bastos que, desde 1958, estudou a cultura
oriental, tendo a oportunidade de conhecer mestres japoneses de filo-
sofia, de artes marciais e, finalmente, de medicina oriental.
Em 1967, então Presidente do Ginásio Nipo-brasileiro de Cultura Físi-
ca (Shidokan), Dr. Sohaku Bastos já estudava e praticava a Acupuntura
e o Shiatsu Tradicional do Japão. Eu tive a honra de ser o seu primei-
ro professor de Medicina Oriental, Acupuntura e Shiatsu, no Rio de
Janeiro. No início da década de 70, todavia, sob minha orientação e
indicação, viajou para o Japão com o objetivo de se graduar em Me-
dicina Oriental e se especializar em Acupuntura e Shiatsu. Posterior-
mente, foi se graduar e pós-graduar no Sri Lanka, na China e nos Es-
tados Unidos, levando para o Brasil a sua expertise no assunto, tendo

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formado, nos últimos 45 anos, milhares de alunos e fundado diversas
instituições educacionais, assistenciais e político-profissionais na área
da saúde, da cultura e das artes orientais.
Dr. Sohaku Bastos, um brasileiro que tem trabalhado, há mais de meio
século, na aproximação da cultura do Oriente com a do Ocidente, ela-
borou o presente Manual de Orientação e Diretrizes sobre Acupuntura
e Medicina Tradicional Chinesa com o objetivo de facilitar uma me-
lhor compreensão dessas terapias da MTC destinados aos pacientes,
alunos e profissionais de Acupuntura dos países de idioma português.
São 24 questões e respostas, além dos anexos, que poderão elucidar a
maioria das dúvidas em relação aos benefícios, a prática e o ensino da
Acupuntura e da Medicina Oriental, no Brasil e no mundo.

Vila Nova de Gaia, Portugal, 18 de maio de 2018

Prof. Yoshishige Okai


• Mestre de Medicina Oriental

• Ex-Professor da Escola Imperial de Medicina Oriental do Japão
• Presidente da World Federation of Traditional Medical Shiatsu

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MANUAL DE ORIENTAÇÃO E DIRETRIZES SOBRE
ACUPUNTURA & MEDICINA TRADICIONAL CHINESA
GUIA GERAL PARA O PÚBLICO, PROFISSIONAIS E PACIENTES

A medicina comum é aquela que trata as doenças quando já se está


doente; a razoável é a que trata as doenças e orienta o paciente
para não adoecer; porém, a superior é a que ensina a prevenir as
doenças e promover a saúde.
(Provérbio Clássico da Medicina Chinesa)

Ao tratar um paciente, pergunte-lhe antes de tudo se ele está


disposto a renunciar todas as coisas que o fizeram adoecer.
(Hipócrates, 460 a.C. -370 a.C.)

1- O que é a Acupuntura da Medicina Tradicional Chinesa?


Originária da China e praticada há milhares de anos nos países do Extremo-
-Oriente, a Acupuntura é um recurso terapêutico da Medicina Tradicional
Chinesa (MTC), que se caracteriza pela inserção estratégica, cuidadosa e
indolor de finíssimas agulhas na superfície corporal, visando ao tratamento
de enfermidades, à prevenção de doenças e à promoção da saúde, de acor-
do com as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS).

2 - Como a Acupuntura Contemporânea foi reconhecida pela


Organização Mundial da Saúde?
A Acupuntura, parte integrante e indissociável da milenar Medicina
Tradicional Chinesa (MTC), foi oficialmente reconhecida em 1962 e
ratificada em 1978 durante a Conferência Internacional sobre Cui-
dados Primários de Saúde, promovida pela Organização Mundial da
Saúde (OMS), na cidade de Alma-Ata, no Cazaquistão Soviético. Na re-
ferida Conferência, foi aprovada a Declaração de Alma-Ata, que tinha
como lema: “Saúde para todos no ano 2000”.
Daquela época em diante, diversos países desenvolvidos aprovaram
a Acupuntura e a MTC, promovendo pesquisas científicas e estudos

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clínicos, os quais comprovaram o seu mecanismo de ação e a sua efi-
cácia no tratamento de diversas doenças e condições de saúde. Nos
últimos 30 anos, no entanto, a Acupuntura teve um desenvolvimento
extraordinário, o que valorizou, também, a importância dos outros re-
cursos terapêuticos da MTC. Com o reconhecimento da OMS e com o
apoio da UNESCO, a Acupuntura se tornou uma terapia consagrada em
vários centros mundiais de excelência da área da saúde, e vem sendo
estudada, aprovada e prestigiada no meio universitário internacional.

3 - Quais são as Terapias da Medicina Tradicional Chinesa?


No Ocidente, a Acupuntura é a mais conhecida terapia da MTC, mas
além dela existem diversas outras modalidades terapêuticas dessa ci-
ência milenar, como a Moxabustão, a Eletroacupuntura, a Eletromag-
netoterapia, o Raio Laser em Acupuntura, a Ventosaterapia, a Raspa-
gem Epidérmica - Guasha e a Auriculoterapia.

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Além das terapias mencionadas, na Medicina Tradicional Chinesa
(MTC) existem outros importantes recursos terapêuticos, como: a
Fitofarmacoterapia Chinesa, a técnica manipulativa chinesa Tuina
e as japonesas Shiatsu e Seitai, a Dietoterapia Chinesa, os Exercícios
Energéticos Chineses Qi Gong, a Meditação Terapêutica, a Psicoterapia
Oriental e a Emissão Energética Reiki/Te-Ate.

4- Como funciona a Acupuntura?


Existem duas teorias que esclarecem os mecanismos de ação da Acu-
puntura: a teoria clássica da Medicina Tradicional Chinesa e a teoria
neuro-humoral recente.
A primeira é a milenar teoria clássica chinesa, que preconiza a teoria
do conceito vitalista (energético) e da dinâmica da circulação de ener-
gia (Qi) em saúde e no adoecimento humano. O conceito da dinâmica
energética orgânica é a base da doutrina clínica, envolvendo o diag-
nóstico, o estabelecimento de tratamento, a prescrição e a aplicação
de todos os recursos terapêuticos relacionados à Acupuntura.
A segunda é a teoria que reconhece os efeitos da Acupuntura eluci-
dados a partir de estudos de base fisiológica, devido às pesquisas
científicas. De acordo com essa teoria, a agulha inserida em pontos
específicos do corpo estimula as terminações nervosas na pele e nos
tecidos subjacentes, sobretudo nos músculos. O “estímulo mensagei-
ro” gerado pelo estímulo da agulha segue pelos nervos periféricos até
o sistema nervoso central (medula e cérebro).
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Devido a esta estimulação ocorre a liberação de diversas substâncias
químicas conhecidas como substâncias endógenas, dentre elas os neu-
rotransmissores. A liberação generalizada desencadeia uma série de
efeitos importantes, tais como, o analgésico, o anti-inflamatório e o re-
laxante muscular, além de uma importante ação moduladora sobre as
emoções, os sistemas endócrino e imunológico, e sobre várias outras
funções orgânicas.
Essas duas teorias são válidas e complementares, não havendo pos-
sibilidade de a teoria neuro-humoral explicar todos os mecanismos
de ação da Acupuntura e dos recursos integrativos. Por exemplo, uma
aplicação de um pequeno magneto (imã) no pavilhão auricular pode
interromper imediatamente uma dor decorrente de uma fratura de
costela. Naturalmente, a dor irá retornar após algumas horas por-
quanto a fratura ainda não foi consolidada, mas o efeito analgésico é
imediato. Este não é um mecanismo neuro-humoral, pois é sabido que
a analgesia da Acupuntura mediada por fator humoral leva de 20 a 30
minutos para ocorrer.

5- Quais são as indicações da Acupuntura?


A capacidade da Acupuntura em regular e harmonizar o funcionamen-
to do organismo humano como um todo a torna de grande utilidade
para o tratamento de inúmeras disfunções orgânicas e de doenças: no
tratamento da dor crônica, nos distúrbios musculoesqueléticos, neu-
rológicos, digestivos, reumatológicos, cardiovasculares, emocionais,
entre outros.
Os estímulos de acupuntura tendem a otimizar a capacidade adapta-
tiva do organismo e a aumentar a sua resiliência, dentro de suas limi-
tações devidas à idade, à hereditariedade, ao estado nutricional e às
condições físicas gerais do indivíduo.
Apesar de a Acupuntura ter ampla aplicabilidade, ela não é uma pana-
ceia, não trata todas as doenças ou qualquer paciente. A mesma tem
indicações específicas no tratamento de diversas doenças, segundo a
extensa lista de enfermidades tratáveis pela Acupuntura da Organi-
zação Mundial da Saúde (OMS). Após vinte e cinco anos de pesquisas
em renomadas instituições do mundo, a OMS publicou o documento
Acupuncture: Review and analysis of reports on controlled clinical trials.
De acordo com esse documento, a Acupuntura é um recurso terapêu-
tico milenar, assim como os outros recursos da MTC, que pode ser

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indicada como terapia de primeira escolha em algumas disfunções e
enfermidades, podendo também ser indicada como terapia adjuvante
ou complementar em outras doenças e sintomas. (Veja, no Anexo 1, a
Lista de Doenças, Sintomas ou Condições para as quais a Acupuntura
foi aprovada).

6- Como é realizado o atendimento do paciente com Acupuntura?


O tratamento com Acupuntura tem início com uma avaliação própria.
Considerando que o paciente já tenha sido diagnosticado pelo especia-
lista que o assiste, o Acupunturista avalia o paciente de acordo com os
recursos propedêuticos orientais para iniciar o tratamento, utilizando
além da Acupuntura, outros recursos terapêuticos da MTC, como: Mo-
xabustão, Shiatsu, Eletroacupuntura, Ventosaterapia, Laser-Acupun-
tura, Magneto-Acupuntura, Auriculoterapia, dentre outros.
Mesmo que o paciente venha a se tratar com Acupuntura sem diag-
nóstico clínico-nosológico é possível iniciar o tratamento com o Acu-
punturista (Graduado, Especializado ou Habilitado), pois ele possui
treinamento técnico e ético suficiente para reconhecer situações que
exijam o encaminhamento do paciente ao médico de uma determi-
nada especialidade quando necessário. O diagnóstico nosológico, to-
davia, não assegura a determinação do tratamento acupuntural ade-
quado. Para tanto, é preciso realizar a diferenciação e identificação de
padrões sindrômicos energéticos disfuncionais, o que exige o domínio
de princípios próprios da Medicina Tradicional Chinesa (MTC), que
não são estudados na Medicina Ocidental Moderna. Esta avaliação

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não é um diagnóstico de doenças, mas sim a identificação do quadro
sindrômico energético do paciente. Portanto, para fazer Acupuntura é
importante ter o diagnóstico nosológico, porém é fundamental ter o
resultado da avaliação energética do paciente.

Além de diversas doenças tratáveis pela Acupuntura reconhecidas


pela OMS, a mesma tem indicação nos padrões sindrômicos disfuncio-
nais energéticos, que se apresentam com as enfermidades. Diferentes
pacientes podem ter o mesmo diagnóstico clínico-médico, mas apre-
sentarem padrões energéticos disfuncionais diversos, necessitando
de tratamento acupuntural diferenciado.
Uma vez identificados os padrões disfuncionais apresentados pelo pa-
ciente, o Acupunturista determina os princípios de tratamento e, em
seguida, faz a seleção de técnicas e pontos ou áreas corporais a serem
estimulados. A cada sessão o paciente é reavaliado para determinar a
manutenção do tratamento, sua modificação ou seu encaminhamen-
to a outros profissionais. O objetivo da Medicina Integrativa Contem-
porânea é o fomento do trabalho conjunto de vários profissionais da
saúde, (acupunturistas, médicos, fisioterapeutas, psicólogos, enfer-
meiros, nutricionistas, farmacêuticos, fonoaudiólogos, odontólogos,
educadores físicos, dentre outros) com o intuito maior do bem-estar
do paciente. O ser humano é um ente complexo e necessita de cuida-
dos multiprofissionais e multidisciplinares.

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7 - Quais são os profissionais preparados e habilitados
para o exercício da Acupuntura no Brasil?
Apesar de, no Brasil, não existir uma legislação específica sobre a prá-
tica da Acupuntura até o momento, a mesma pode ser exercida por
profissionais graduados em cursos superiores (Bacharelado ou Tec-
nológico) de Acupuntura do Brasil e do Exterior, por profissionais da
área da saúde, especializados em Acupuntura, oriundos de cursos de
pós-graduação autorizados pelo Ministério da Educação (MEC), ou
por profissionais habilitados em cursos aprovados e autorizados pe-
los Sistemas Estaduais de Educação. Existe, também, no mercado de
trabalho da Acupuntura os que já a exercem há muitos anos, oriundos
de formação prática.
Acompanhando as políticas da Organização Mundial da Saúde (OMS),
que criaram os Guidelines on Basic Training and Safety in Acupunc-
ture, ou seja, as Diretrizes para o Treinamento Básico e Segurança
em Acupuntura, (Veja, no Anexo 2, as Diretrizes da OMS), o Gover-
no Brasileiro estabeleceu, em 2006, a Política Nacional de Práticas
Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Único de Saúde
(SUS), que visa a promover diversas terapias não-convencionais no
atendimento público. Dentre elas, estão a Acupuntura e a Medicina
Tradicional Chinesa, exercidas por pro fissionais da saúde que te-
nham formação ou especialização na área. Em 2017, o Ministério
da Saúde ampliou o arsenal terapêutico das Práticas Integrativas e
Complementares no SUS. (Veja, no Anexo 3, a Lista das 19 Terapias
Integrativas e Complementares no SUS).

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8- As agulhas de Acupuntura podem transmitir doenças?
As agulhas de Acupuntura, apesar de serem muito finas e de inserção
indolor, só podem causar riscos de transmitir doenças quando de sua
reutilização ou pela falta de medidas de assepsia quando da utiliza-
ção das mesmas. A normatização da Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (ANVISA) concernente à prática da Acupuntura determina
que ela seja realizada exclusivamente com material descartável e re-
comenda procedimentos de assepsia, que são ensinados nos cursos de
especialização ou formação técnica de acupunturistas.

As doenças possíveis de ocorrer quando as agulhas não são descartá-


veis são: hepatites, meningites, encefalites, etc. Portanto, cabe ressal-
tar que as agulhas nunca devem ser reaproveitadas, nem no mesmo
paciente, pois uma vez guardadas, sua contaminação é quase certa.

9 - A Acupuntura pode envolver complicações?


A prática da Acupuntura é segura se realizada por profissional espe-
cializado e habilitado. O emprego da mesma por leigos ou por pro-
fissional da saúde sem treinamento adequado pode ser ineficaz ou
mesmo danosa para o paciente.

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Não obstante o baixíssimo índice de acidentes com a prática da Acu-
puntura em todo o mundo, alguns relatos de complicações já existi-
ram. Desmaios, lesões em nervos periféricos, pneumotórax iatrogêni-
co, hemotórax, infecção no pavilhão auricular, meningite, encefalite,
mastoidite só ocorrem, e mesmo assim rarissimamente, quando o pro-
fissional é desqualificado técnica e academicamente.

10- Quanto tempo dura o tratamento por Acupuntura?


A Acupuntura é feita em séries de sessões e, na China, elas costumam
ser até diárias. Como se trata de um tipo de terapia reflexa, o resulta-
do depende da capacidade do organismo do paciente de responder
aos estímulos provocados. Há pacientes que respondem muito rapida-
mente, outros medianamente e ainda outros mais lentamente.
É consenso que o paciente deve apresentar alguma resposta até a
sexta sessão. Esta reação costuma ser uma melhora discreta, ou às
vezes até acentuada, e de curta duração. Às vezes essa resposta ini-
cial pode ser um ligeiro agravamento do sintoma, pois faz parte da
reação do organismo no caminho do reequilíbrio, o que é um fenô-
meno também muito comum no emprego da homeopatia, por exem-
plo. Isso pode ocorrer nas primeiras sessões, mas é logo seguido por
melhoras progressivas.
Com a repetição do tratamento, a melhora vai se acentuando e a dura-
ção vai aumentando até a alta do paciente. Por volta da décima sessão
devemos esperar sinais claros de melhora. Na China, o tratamento é
conduzido diariamente em séries de dez sessões seguidas por um ou
dois dias de intervalo. O tratamento pode seguir por diversas séries,
dependendo do que está sendo tratado e das condições limitantes do
paciente. Há casos de pacientes que se restabelecem com uma única
sessão, e há outros em que a acupuntura é tratamento de manutenção.

11- Há interação da Acupuntura com medicamentos?


Embora alguns medicamentos possam ter ação agonista e outros anta-
gonista à ação da Acupuntura, não há contraindicações no tratamento
com a mesma associada aos medicamentos. Uma das características
extremamente benéfica do tratamento com Acupuntura é sua tendên-
cia contrária à habituação. Certos remédios provocam habituação, ou
seja, cada vez precisamos de doses maiores da medicação, como corti-
coides, analgésicos, anti-inflamatórios ou ansiolíticos, para que façam
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efeito. Na acupuntura é justamente o contrário, principalmente com
aqueles pacientes que se tratam periodicamente. Com a repetição do
tratamento o paciente vai precisando de menos sessões para um
mesmo efeito.

Atualmente, acredita-se que o organismo reaprende a se autorregular


de forma mais eficaz e só precisa ser lembrado, eventualmente. Orien-
ta-se o paciente a retornar ao tratamento sempre que sentir que está
perdendo o equilíbrio novamente. Quando retornam, frequentemente
relatam situações que ocorreram e se reverteram espontaneamente,
como enxaqueca ou dor no estômago. Ela vem menos intensa, dura
pouco e passa sozinha. O que é isso? É o sistema adaptativo autorre-
gulador funcionando melhor. É recomendável que os pacientes que se
tratam com Acupuntura, mesmo que se sintam bem, façam uma série
curta de sessões a cada mudança de estação para continuarem bem.
É a acupuntura preventiva.

12) A Acupuntura é eficaz no tratamento da dor? Quais são os ti-


pos de dores tratáveis com Acupuntura e quais são os recursos
complementares empregados no controle da dor?
A Acupuntura sempre foi conhecida, no Ocidente, como uma terapia de
combate à dor. No Brasil, muitos profissionais da área da saúde foram
motivados a estudar Acupuntura justamente por seu efeito analgésico
imediato. Apesar de a Acupuntura ter várias indicações no campo clí-
nico, o que mais chama a atenção da população e dos profissionais é o
seu fantástico efeito no controle de diversos tipos de dor. O emprego
da Acupuntura, na maioria das vezes, beneficia o paciente, libertan-
do-o do uso de medicação analgésica. Por este motivo, a mesma ficou
estigmatizada como uma terapia “especializada” em dor.
A dor é um sinal de alarme do organismo. Quando se manifesta in-
tensamente é certo de que algo de errado está ocorrendo na pele, nos
músculos, nas vísceras ou no sistema nervoso central. Ela é, portanto,

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uma resposta natural do organismo, alertando que algo não está fun-
cionando devidamente. Apesar de haver vários conceitos sobre dor,
ela é, verdadeiramente, uma experiência sensitiva e emocional desa-
gradável associada ou relacionada a uma lesão real ou potencial dos
tecidos. A dor é um dos sintomas mais frequentes de procura aos ser-
viços de saúde, representando a principal causa de falta ao trabalho,
de licença médica, de aposentadoria precoce, de indenizações traba-
lhistas e de baixa produtividade no trabalho. Trata-se, por conseguin-
te, de um problema de saúde pública em todo o mundo.

Existem vários tipos de dor. Em relação à temporalidade, ela pode ser


AGUDA ou CRÔNICA. Em relação à classificação neurofisiológica, ela se
baseia nos mecanismos dolorosos desencadeantes, podendo ser dores
Nociceptivas (Somática e Visceral) e Não Nociceptivas (Neuropática e
Psicogênica). Obviamente, o profissional de Acupuntura deverá iden-
tificar o tipo de dor que o paciente é acometido, correlacionando com
o padrão energético que o mesmo apresenta clinicamente, visando es-
tabelecer o tratamento correto.

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A Dor Aguda pode e deve ser interpretada como um sinal de alerta. Já a
Dor crônica é aquela com duração maior (de 3 a 6 meses) ou que ultra-
passe o período usual de recuperação esperado para a causa desencade-
ante da dor. Na maioria das vezes, o paciente procura o tratamento com
Acupuntura apresentando Dor Crônica, a qual tem, infelizmente, afetado
quase 40% da população brasileira e de todo o mundo. A Dor Crônica, por
seu longo tempo de duração, termina por impactar seriamente o estado
emocional dos pacientes, comprometendo a qualidade de vida, limitando
a movimentação, a atividade e a agilidade corporal, bem como subtraindo
o bem-estar, condenando esses pacientes ao sofrimento.

Ademais, a Dor Crônica provoca o aparecimento de distúrbios do sono;


aumento do estresse emocional e da ansiedade; diminuição do limiar
da dor; surgimento de estados depressivos, tudo isso ocasionando o
desempoderamento social e existencial, com reflexos negativos nas
relações sociais, familiares e laborais do paciente.
Para a Medicina Tradicional Chinesa (MTC), a dor resulta da condição de
excesso, deficiência ou bloqueio da circulação de Qi (energia) ou de Xue
(sangue). O seu arsenal terapêutico no tratamento e no controle da Dor
Crônica e de seus episódios de acutização tem na Acupuntura o seu recur-
so maior. Além dela, sobressaem-se a Eletroacupuntura, a Eletromagne-
toterapia, as Terapias Manipulativas Energéticas (Shiatsu/Tuina/Seitai),
a Auriculoterapia, os Exercícios de Mobilização do Qi (energia) Mental, a
Meditação Terapêutica, a Fitofarmacoterapia, entre outros.

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Por outro lado, a magnitude do sofrimento humano em relação a dores
que apresentam um componente psicogênico acentuado, como a dor
neoplásica (câncer) e às outras dores psicogênicas, revela a comple-
xidade desses quadros e a necessidade de uma multidisciplinarida-
de terapêutica, demonstrando a urgência em se investir em estudos
que possam aperfeiçoar as terapias no controle da dor assim como na
identificação das verdadeiras causas da natureza das dores crônicas e
de suas significativas subjetividades.

Na Dor crônica, há uma grande preocupação com o uso prolongado


e descontrolado de medicamentos, sobretudo com a automedicação,
aumentando a chance de efeitos indesejáveis, de habituação e de de-
pendência. Neste sentido, o crescimento de farmácias nas cidades bra-
sileiras demonstra que pacientes com dor crônica estão consumindo
demasiadamente medicamentos analgésicos/ anti-inflamatórios. Nos
Estados Unidos, por exemplo, são 15 mil mortes por ano provocadas
pela overdose desses medicamentos. Cientistas alertam sobre esse
perigo, pois o mundo está vivendo uma pandemia do consumo indis-
criminado de medicamentos para dor, sobretudo para a dor crônica. A
toxidade dos analgésicos/anti-inflamatórios e seu consumo sem pres-
crição profissional ou em excesso podem causar danos nos rins, fíga-
do, sistema gastrointestinal e, até mesmo, esconder problemas graves,
como um tumor cerebral.

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Os analgésicos são divididos em três grupos: os Analgésicos não opi-
áceos, que são o Paracetamol, Aspirina e os Anti-inflamatórios não
esteroides (AINE); os Analgésicos opiáceos ou opióides, que podem
gerar dependência física e psicológica, sendo que desses medicamen-
tos o mais representativo é a morfina, derivado do ópio, utilizado des-
de sempre no tratamento da dor; e os Analgésicos adjuvantes que são
aqueles que, adequadamente combinados com os analgésicos/anti-in-
flamatórios, facilitam o tratamento da dor, dentre eles, os Antidepres-
sivos, os Anticonvulsivantes, os Ansiolíticos e os Corticosteróides.
Não obstante o grande arsenal terapêutico medicamentoso para o
controle da dor crônica, novos olhares para os recursos terapêuti-
cos naturais, de base holística e humanista, têm sido preconizados.
Nesse contexto, o emprego da Acupuntura e de outras práticas inte-
grativas e complementares em saúde tem sido valorizado, livrando
o paciente do uso excessivo e indiscriminado de analgésicos, muitos
dos quais provocam intoxicação, dependência física e psíquica, e ia-
trogenia (efeitos adversos ou complicações causadas por ou resul-
tantes do tratamento medicamentoso ou cirúrgico). Apesar de o ato
acupuntural promover a liberação de substâncias endógenas capazes
de atenuar, com eficácia, os quadros álgicos crônicos e seus episódios
agudos, há casos específicos, nos quais o emprego de medicamentos
e/ou de cirurgias é indicado.

13 - O emprego da Acupuntura é eficaz nos transtornos emocionais


ou psiquiátricos?
Em que pese que, no Ocidente, as doenças mentais sejam estudadas
pela Psiquiatria e demais ciências no campo da saúde mental, na Chi-
na, além desse conhecimento, tem sido amplamente utilizada a acu-
puntura no tratamento de transtornos mentais, tanto por acupuntu-
ristas tradicionalistas quanto por acupunturistas modernos. Lá, uma
das características fundamentais da Medicina Tradicional Chinesa
(MTC) é a ausência da dicotomia mente-corpo, uma vez que nas obras
clássicas da MTC encontramos descrições de alterações somáticas as-
sociadas aos distúrbios mentais. Na teoria energética milenar da MTC
cada órgão e cada víscera corresponde, respectivamente, a uma “fun-
ção da alma” e a uma emoção. Assim, alterações nos órgãos e vísceras
alterariam a mente e vice-versa. A moderna ideia de continuum entre
o normal e a doença mental é bastante semelhante ao conceito da MTC
de desregulação do “Qi” (Energia).
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Por outro lado, a ciência moderna tem demonstrado que a estimulação
por eletroacupuntura em pontos predeterminados do corpo humano
provoca a liberação no sistema nervoso de neurotransmissores e de
outras substâncias produzidas pelo próprio organismo (substâncias
endógenas), como a beta-endorfina, a encefalina e a dinorfina. Veri-
ficou-se ainda que a alteração dos níveis de outras substâncias endó-
genas por eletroacupuntura reforça a fisiopatologia sugerida de que
todos os transtornos mentais envolvem alterações nos sistemas mo-
noaminérgicos, que incluem a serotonina, noradrenalina e a dopami-
na. Teorias mais recentes apontam para o envolvimento dos sistemas
glutamatérgico e GABAérgico, além da própria expressão gênica dos
variados receptores e neurotransmissores.

Estudos clínicos e evidências científicas demonstraram que a Eletroa-


cupuntura se apresenta como um recurso terapêutico complementar
eficaz nos transtornos ansiosos, representados pelo transtorno de an-
siedade generalizada, síndrome do pânico, transtorno obsessivo-com-
pulsivo e transtorno do estresse pós-traumático.
A Eletroacupuntura escalpeana, a auriculoterapia, laserpuntura e ou-
tras terapias dos microssistemas da MTC associados à meditação, aos
exercícios energéticos chineses e à psicoterapia oriental têm apresen-
tado excelentes resultados no tratamento do transtorno do humor, da
anorexia e bulimia, da depressão, da dependência química (alcoolis-
mo, tabagismo e drogas lícitas e ilícitas), e, também, da esquizofrenia,
sendo estas, obviamente, acompanhadas por profissional psiquiatra,
sobretudo no que tange ao controle de psicofármacos indicados para o
tratamento. Nos casos de dependência química o emprego da Acupun-
tura e da MTC, cuja terapêutica é de baixo custo e de relativa facilidade
de aplicação, podem permitir a criação de programas de tratamento
aplicados em larga escala no Serviço Público.

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14 - A Acupuntura e a Medicina Tradicional Chinesa (MTC)
melhoram a qualidade de vida dos idosos, promovendo o
envelhecimento saudável e contribuindo para a longevidade?
Não resta dúvida de que a tecnologia na saúde fez com que os porta-
dores de doenças crônicas vivam mais tempo, controlando seus sin-
tomas. O adoecimento do idoso vem com a própria idade, e de acordo
com a exposição prolongada a fatores como poluição ambiental, es-
tresse, alimentação desregrada durante toda a vida, uso de medica-
mentos por longo prazo e outras doenças existentes (co-morbidades).
Tratamentos por Acupuntura, associados às outras práticas da MTC,
têm contribuído, efetivamente, para o controle de sintomas crônicos
do idoso, sobretudo, aumentando a sua energia e o seu empoderamen-
to, no cotidiano. Em relação ao rejuvenescimento e ao fomento â lon-
gevidade, sabe-se do aumento significativo da expectativa de vida dos
povos orientais. O povo japonês tem a maior expectativa de vida do
mundo. No Japão, o emprego da Acupuntura e da MTC é muito comum,
particularmente, em Okinawa, onde existem muitas pessoas centená-
rias, gozando de saúde, bem-estar, longevidade e qualidade de vida.
Lá, o uso da Acupuntura e da Moxabustão para estimular pontos espe-
cíficos do corpo, visando a aumentar a energia corporal e a resistência
física é muito comum.

O estilo de vida do povo de Okinawa, aliado às boas práticas diárias da


MTC, tem propiciado muitos benefícios aos idosos. Esse modo de viver
é chamado de IKIGAI, referindo-se aos segredos dos japoneses para
uma vida longa e feliz.

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15 - O emprego da Acupuntura tem indicação no campo da Estética?
A Acupuntura e outros recursos terapêuticos da MTC sempre tiveram
indicações no campo da estética e do combate ao envelhecimento
precoce da pele. Não é novidade o crescimento de pesquisas em Acu-
puntura Estética, porém, esses procedimentos somente agora vêm se
firmando com outros tratamentos complementares no combate e pre-
venção de rugas faciais, pele estriada, flacidez tecidual e adiposidade
localizada.

Naturalmente, a Acupuntura não substitui a cirurgia plástica, nem pro-


cedimentos dermatológicos envolvendo patologia. Pesquisas modernas
demonstraram que o uso da Eletroacupuntura traz evidentes melhoras
ao aspecto da pele tratada, concluindo que essa terapia eletroterápica
possui importante atuação na restauração da pele estriada, sobretudo
em rugas faciais. Os efeitos da Acupuntura Estética são percebidos rapi-
damente e o tratamento é de baixo custo. O tratamento estético pela Acu-
puntura visa não só resultados externos, como os benefícios nutricionais,
a suavidade na expressão facial, melhorando a tonicidade muscular.

16 - Os benefícios da Acupuntura no Esporte e no desempenho de


atletas são verdadeiros?
A Acupuntura, no esporte, tem sido utilizada como recurso imunomodu-
lador, contribuindo com a recuperação muscular, aliviando a fadiga, au-
mentando a energia e atuando de forma eficiente no tratamento de dores
e lesões. Além da Acupuntura ter indicação no tratamento de injurias e
lesões, a mesma tem contribuído para otimizar a performance do atleta.
A estimulação de pontos específicos da acupuntura tem sido indicada
para melhorar a performance física e o desempenho esportivo, além das
qualidades físicas básicas e da plasticidade muscular. Outro ponto posi-
tivo é melhora das atividades metabólicas e fisiológicas do organismo.
22
17 - O que é o Sistema Honnō de Saúde e quais são seus benefícios
no controle do estresse e na promoção do equilíbrio mente-
-corpo-energia?
O Sistema Honnō de Saúde, oriundo da medicina tradicional japone-
sa, é um conjunto de práticas e procedimentos diários e autotreina-
mentos voltados para o fomento de virtudes, e sabedorias orientais as
quais promovem uma melhor qualidade de vida dos indivíduos, for-
talecendo o organismo humano em processos de estresse crônico e
perda da vitalidade.
Uma otimização do estilo de vida do indivíduo, através de exercícios
energéticos e meditativos de alta performance; de melhoria dos há-
bitos alimentares; do incremento das atividades de conscientização
respiratória; da regulação do sono e do relógio biológico; e do cultivo
de processos de autorregeneração e de resiliência, tem promovido um
efetivo aumento da qualidade de vida e da longevidade humana.

18- Existe contraindicação na prática da Acupuntura?


Diferentemente do uso de medicamentos da medicina convencional,
na prática da Acupuntura existem poucas reações adversas e contrain-
dicações. Qualquer indivíduo, de qualquer idade, pode ser tratado
com Acupuntura. Entretanto, pacientes com infecções generalizadas,
sobretudo da pele, pacientes desnutridos ou desidratados, pacientes
com doença aguda emergencial que necessitem de hospitalização ime-
diata, não devem se submeter a prática da Acupuntura sem orientação
clínica especializada.

23
Outro aspecto é a segurança na escolha do tratamento por Acupuntu-
ra, uma vez que ela pode ser indicada como terapia de primeira esco-
lha ou como terapia adjuvante ao tratamento principal. Equívocos na
indicação da Acupuntura podem levar o Acupunturista a prescrever
tratamentos desnecessários ou inócuos. Riscos iatrogênicos (danos
materiais ou psicológicos causados aos pacientes pelo tratamento)
são mínimos no ato acupuntural. A Acupuntura é segura e eficaz e com
poucas contraindicações.

19 - Por que e quando ocorrem as complicações ou insucessos na


prática da Acupuntura?

a - Despreparo profissional para realizar a avaliação energética


e/ou o diagnóstico de enfermidades, bem como tratá-las.
Isto pode ocorrer quando não é realizada a avaliação energética e
observado o diagnóstico adequado. Todos os profissionais da saúde
fundamentam seus tratamentos no resultado dessas avaliações. Ao
observar algum sintoma estranho, como uma dor sem aparente causa,
por exemplo, o Acupunturista tem que identificar a origem desse sin-
toma para que a ação da Acupuntura não mascare a causa da mesma.
Para tanto, além da avaliação energética do paciente, o Acupunturista,
caso não tenha competência para tanto, deve buscar com outros pro-
fissionais da saúde o diagnóstico clínico-nosológico para estabelecer
o tratamento adequado.

b - Despreparo para executar procedimentos invasivos.


No Brasil, de acordo com as últimas regulamentações de profissões da
área da saúde, findou-se a exclusividade de procedimentos invasivos
para um só profissional da saúde. Entendendo que o procedimento
invasivo do uso da Acupuntura é muito superficial e de baixo risco ia-
trogênico, o Ministério da Saúde determinou o emprego multiprofis-
sional da mesma, com o apoio do Conselho Nacional de Saúde. Qual-
quer profissional que deseje trabalhar com a Acupuntura tem que se
submeter a treinamento apropriado em Medicina Tradicional Chinesa,
conforme recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS),
que inclui conhecimentos específicos de ciências biomédicas para re-
alização de tal procedimento.

24
c - Despreparo para estabelecer um prognóstico e para conduzir
um caso clínico.
Todo profissional da saúde realiza, em sua área específica, o diagnós-
tico nosológico e o prognóstico. Estabelecido por lei, não há exclusi-
vidade do diagnóstico nosológico por nenhum profissional da saúde,
resguardadas suas competências e campo profissional. O diagnós-
tico de doenças e o prognóstico das mesmas dependem da atuação
multiprofissional ou, em alguns casos, de apenas um profissional es-
pecífico quando as circunstâncias indicarem.
A atuação profissional em Acupuntura por qualquer profissional es-
pecializado ou habilitado, contudo, não está limitada a quem faz o
diagnóstico. Por exemplo, um fisioterapeuta com especialização em
Acupuntura é perfeitamente capaz de usar a mesma para reduzir a
espasticidade de um paciente com sequela neurológica de acidente
vascular encefálico, para, em seguida, poder executar manobras de
mobilização, o que a espasticidade impede. Este efeito da Acupuntu-
ra é rápido e de curta duração, portanto deve ser executado imedia-
tamente antes da mobilização.

d - Despreparo para corrigir os erros cometidos.


Os erros profissionais com o emprego da Acupuntura são, na maio-
ria das vezes, relacionados à sua indicação como terapia adjuvante ou
como terapia de primeira escolha.
Lesões provenientes da incisão de agulhas na superfície cor-
poral são raríssimas, dificilmente ocorrem lesões periféricas
ou reações indesejáveis, as quais o profissional, devidamente
treinado, pode contornar ou pode encaminhar o paciente ao
órgão assistencial competente.
Aconselha-se que o (a) paciente escolha o seu Acupunturista de
acordo com a formação profissional do mesmo; considerando as
normas internacionais; considerando os requisitos de graduação
e pós-graduação universitária ou de habilitação técnica, ou mes-
mo de significativa experiência clínica, consoante o treinamento
da tradição oriental.

25
20 - O método de Agulhamento a Seco (Dry Needling) é equivalen-
te à prática da Acupuntura Clínica?
Na prática da Medicina Tradicional Chinesa, particularmente da
Acupuntura, existe uma estratégia clínica de tratar primeiramente
o paciente como um todo e, depois, a parte, o sintoma. Em outras
palavras, tratar a causa da doença (etiologia) e posteriormente ou
concomitantemente os sintomas. Levando em consideração que
para o paciente o alivio de seus sintomas, mormente a dor, pareça
ser a cura da doença, cabe ao Acupunturista esclarecer que o con-
trole de sintoma é considerado, pela tradição oriental, a prática de
uma “Acupuntura menor”, enquanto que a promoção da saúde, a
prevenção de doenças e a cura da causa das mesmas é considerada
a prática de uma “Acupuntura maior”.
Surgiu, nos Estados Unidos, uma nova e polêmica forma de tratar al-
guns tipos de dores musculares e outros sintomas musculoesqueléti-
cos com o emprego de agulhas filiformes sólidas - bem mais calibro-
sas do que as agulhas de Acupuntura – que são inseridas em pontos
álgicos e pontos de gatilho miofascial. Essa simples forma de tratar,
naturalmente não se propõe ao estudo da anatomia de centenas de
pontos principais e secundários da Acupuntura e de seus microssiste-
mas, limitando-se aos pontos dolorosos.
Diferentemente da Acupuntura, tal forma de tratar dores e outros
sintomas ainda não tem o reconhecimento da Organização Mundial
da Saúde, tampouco da comunidade cientifica internacional. Apesar
disso, ela vem sendo utilizada em alguns países ocidentais, levando o
paciente, muitas vezes, a confundir o profissional de Acupuntura com
o praticante de agulhamento a seco.
O treinamento do Acupunturista envolve elevada complexidade e
uma ampla abrangência clínica, que requer muitos anos de treina-
mento, enquanto que a formação do praticante de Agulhamento a
seco é de curtíssima duração, muitas vezes por alguns dias. Essa
nova terapia, todavia, ainda carece de pesquisas e de massa crítica
acadêmico-cientifica.
Controlar apenas sintomas sem conhecer e tratar a causa das doenças
não é o objetivo da Acupuntura. Pelo contrário, a Acupuntura, além de
tratar um simples sintoma, atua na causa da enfermidade, de acordo
com a filosofia da Medicina Tradicional Chinesa.

26
21 - Qual a diferença entre a Medicina Tradicional Chinesa e a
Medicina Convencional do Ocidente?
A Medicina Tradicional Chinesa (MTC) é uma arte-ciência milenar, que
se respalda em bases filosóficas e num expressivo espírito humanis-
ta, fundamentando-se em um paradigma integrado e holístico. A MTC
compreende um amplo arsenal terapêutico, incluindo a Acupuntura e
diversos recursos de baixo risco iatrogênico.
A Medicina Convencional Ocidental, por outro lado, é recente compa-
rada à MTC. Fundamenta-se no paradigma cartesiano-newtoniano,
mecanicista, reducionista e organicista. Essa medicina teve um extra-
ordinário desenvolvimento científico, principalmente do último sé-
culo até os dias atuais, sendo conhecida como medicina baseada em
evidências ou medicina moderna.
Não obstante a existência de distintos sistemas de saúde, o sistema
médico chinês não substitui o sistema convencional, tampouco o sis-
tema convencional não deve se confundir com a MTC. Os dois sistemas
de saúde são complementares, mas, segundo as autoridades gover-
namentais, científicas e acadêmicas da China e dos países do Extre-
mo-Oriente, a formação do Acupunturista da MTC é completamente
distinta da formação do médico convencional. O Acupunturista, dife-
rentemente da formação do médico ocidental, estuda uma fisiologia
e fisiopatologia de base energética; uma propedêutica diferenciada;
uma terapêutica inusitada; com um raciocínio clínico bem diverso do
sistema biomédico ocidental, caracterizando-se numa racionalidade
médica inusitada e singular. Em outras palavras, em tese, a atividade
do Acupunturista não se confunde com a do médico ocidental.

27
Vários documentos oficiais da OMS comprovam, na prática, a distinção
dos dois sistemas de saúde: um ressaltando a importância da cura de
doenças e de procedimentos intervencionistas; o outro, enfatizando
a prevenção de doenças, a promoção da saúde, mediante concepções
vitalistas, atuação com procedimentos naturais, e de fomento à home-
ostase do organismo.

22 - Quais são os Centros de Treinamentos e de Formação de Pro-


fissionais de Acupuntura, no Brasil e no mundo?
Não obstante a carência de diretrizes curriculares e de tradição
acadêmico-universitária do ensino e do treinamento da Acupuntura,
no Brasil, estabeleceram-se, a partir dos anos 80 anos, cursos de
Acupuntura, inicialmente livres e, posteriormente, formais, de diversas
competências. Muitos Acupunturistas brasileiros são oriundos de
formação livre, porém, nos últimos 20 anos, houve um crescente
desenvolvimento do ensino regular da Acupuntura e da MTC em
instituições de educação superior ou técnica.
A Organização Mundial da Saúde (OMS), com o apoio de sua afiliada,
a World Federation of Acupuncture and Moxibustion Societies (WFAS),
estabeleceu critérios para a formação do Acupunturista em todo mun-
do, mediante a criação de diretrizes especificas para tal fim. Ao mes-
mo tempo, a WFAS, visando avaliar e elevar o nível técnico-científico
dos Acupunturistas de mais de 100 países, criou os Exames Internacio-
nais de Proficiência e de Nivelamento Profissional em Acupuntura,
os quais também são aplicados, anualmente e em caráter oficial, no
Brasil há alguns anos.

28
Universidades, escolas especializadas e outras entidades profissionais
promovem cursos de Acupuntura de diversos níveis de conhecimento
e de variadas esferas de aprofundamento científico. Os desníveis de
formação profissional nessa área ocasionam um desempenho muito
dissimilar nessa atividade laboral. Cursos livres, cursos técnicos, cur-
sos de pós-graduação (lato sensu) são os responsáveis por introduzir
no mercado de trabalho centenas de formandos, anualmente. Entre-
tanto, a massa crítica cientifica e acadêmica será formada com a cria-
ção de cursos de graduação e de programas de pós-graduação (stricto
sensu) mestrado e doutorado, que é área de pesquisa.
Foram criados seis Centros Internacionais de Treinamento de Acu-
puntura e MTC da World Federation of Acupuncture and Moxibustion
Societies (WFAS), no Brasil, especialmente nos Ambulatórios do Colé-
gio Brasileiro de Acupuntura e Medicina Chinesa (CBA/ABACO) nas
cidades do Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador, Belo Horizonte e Porto
Alegre e Vila Velha, visando a otimizar a formação do acupunturista
brasileiro e elevar o nível da medicina chinesa no País.

23 - A Acupuntura e os recursos terapêuticos da MTC podem ser


úteis nos cuidados paliativos em pacientes fora de possibilidade
terapêutica?
Em que pese a evolução científica e tecnológica das últimas décadas,
profissionais da saúde têm tido um grande desafio em adotar os me-
lhores procedimentos nos cuidados paliativos para pacientes aco-
metidos de doenças “fora de possibilidades terapêuticas” (FPT). Os
cuidados paliativos com esses pacientes estão relacionados a atos
terapêutico-profissionais com objetivo de controlar os sintomas do
corpo, da mente, do espírito e do social, que acometem o ser huma-
no quando a morte se aproxima. A forte tensão emocional provocada
pela consciência de que a sua doença é grave e considerada fora de
possibilidades terapêuticas, faz com que o paciente experimente uma
baixa da autoestima e um desalento existencial, comprometendo, ain-
da mais, o seu sistema imunológico, tudo isso podendo ser agravado
com o estresse da hospitalização ou a possibilidade dela.
Pelo fato de o ato acupuntural ter efetiva ação analgésica, anti-inflama-
tória, miorrelaxante e ansiolítica, entende-se que a Acupuntura pode
ter indicação, como terapia adjuvante paliativa, no controle de muitos
sintomas, sobretudo na mitigação do quadro álgico. A dor neoplásica
(em alguns tipos de câncer), por exemplo, é de difícil controle, porém,
29
a Acupuntura tem sido um recurso importante, evitando uma sobre-
carrega farmacológica no organismo do paciente. Considerando que
pacientes FPT devam ser tratados num contexto multidisciplinar, o
Acupunturista pode ter uma atuação relevante, não apenas no contro-
le álgico, mas também, em relação ao sofrimento, angústia, depressão,
ansiedade, quando emprega outros recursos da MTC, como a medita-
ção, os exercícios energéticos e a psicoterapia oriental.

Cada paciente é único e tem as suas idiossincrasias, fazendo com que


os procedimentos terapêuticos devam ser, estratégica e especifica-
mente, construídos para cada um deles. O Acupunturista por sua for-
mação holística e humanista tem competências variadas em recursos
técnicos e, por isso, possui expressiva flexibilidade terapêutica, po-
dendo empregar técnicas complementares tanto no tratamento de do-
enças físicas, quanto nas disfunções psico-energéticas, consoante as
diretrizes da OMS.

30
24 - Como são tratados os pacientes e quais são os seus direitos?

1 - O paciente deve ter um atendimento digno, atencioso e respeitoso,


sendo identificado e tratado pelo nome ou sobrenome. O paciente não
pode ser identificado ou tratado por números, códigos, ou de modo
genérico, desrespeitoso ou preconceituoso, não podendo sofrer dis-
criminação de qualquer espécie.
2 - É direito do paciente ter um atendimento humano, atencioso e res-
peitoso, por parte do profissional Acupunturista. Tem direito a um lo-
cal digno e adequado para seu atendimento.
3 - É direito do paciente ser identificado pelo nome e sobrenome. Não
deve ser chamado pelo nome da doença ou do agravo à saúde, ou ain-
da de forma genérica ou quaisquer outras formas impróprias, desres-
peitosas ou preconceituosas.
4 - É direito do paciente identificar o profissional ou os profissionais
que o atende.
5 - É direito do paciente exigir que todo o material utilizado seja rigo-
rosamente esterilizado, ou descartável e manipulado segundo normas
de higiene e prevenção.
6 - É direito do paciente consentir ou recusar procedimentos diagnós-
ticos ou terapêuticos a serem nele realizados.
7 - É direito do paciente ser resguardado de seus segredos, através
da manutenção do sigilo profissional, desde que não acarrete riscos a
terceiros ou à saúde pública.
8 - É direito do paciente receber ou recusar assistência moral, psicoló-
gica, social e religiosa.
9 - O paciente tem direito de receber explicações claras sobre o trata-
mento a que vai ser submetido.
10 - O paciente deve ser tratado com atenção, dignidade, respeito
e solidariedade
31
ANEXO 1

A Acupuntura tem sido, ao longo dos anos, um recurso terapêu-


tico eficaz no tratamento de muitas doenças e sintomas, prin-
cipalmente nos quadros álgicos, mormente na dor crônica. Mas
não são apenas esses tratamentos. Por meio da Acupuntura é
possível tratar e curar de inúmeras doenças dos sistemas mus-
culoesquelético, respiratório, neurológico e digestório, além de
atuar no tratamento da obesidade, da depressão e do estresse
e, também, de algumas afecções dermatológicas.
Considerando as tradições filosóficas orientais e se baseando na
metodologia científica moderna, tendo como referência dados
científicos atualizados, a Organização Mundial da Saúde (OMS),
em parceria com diversos centros internacionais de pesquisa com
acupuntura, estabeleceu uma ampla listagem de doenças e de ou-
tras condições de saúde, que demostraram ter resultados positi-
vos com o tratamento com Acupuntura.
A referida lista de doenças tratáveis com a Acupuntura foi desen-
volvida em junho de 1979, em Beijing, China, com a participação
de diversos cientistas de vários países. Baseando-se em experiên-
cias clínicas e resultados promissores em experimentos clínicos, a
OMS editou a mencionada lista de doenças, sintomas e condições
tratáveis com a Acupuntura no documento Acupuncture: Review
and analysis of reports on controlled clinical trials, no qual expõe
os resultados destas pesquisas. Neste documento foi analisada a
eficácia da Acupuntura - assim como das técnicas de moxabustão,
ventosa, sangria, eletroacupuntura, laser-acupuntura, magneto-a-
cupuntura, massagem shiatsu / tuina e acupressura (pressão digi-
tal nos pontos) - em comparação com o tratamento convencional
para 147 doenças, sintomas e condições de saúde. Constam des-
sa lista as afecções físicas, os distúrbios orgânicos, as desordens
mentais e psicossomáticas, as condições específicas de homens,
mulheres e crianças, e problemas oriundos do tratamento de cân-
cer, cirurgias e dependência química.

32
LISTA DE DOENÇAS, SINTOMAS E CONDIÇÕES TRATÁVEIS
COM A ACUPUNTURA, SEGUNDO
A ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE (OMS)

AFECÇÕES FÍSICAS (MÚSCULOESQUELÉTICAS)


Distensão muscular Alivio da dor e desaparecimento dos sintomas em 82% dos casos

Dor cervical Eficácia em 67% dos casos

Rigidez cervical Cura obtida em 80% dos casos após 1 sessão

Espondilose cervical Melhora significativa

Melhora imediata da dor


Dor aguda na coluna Aumento significativo na flexão-extensão das costas
Ganho na condição de manter o corpo ereto
Dor lombar Eficácia em 72% dos casos (superior à medicação convencional)

Acupuntura distal com agulha superficial: eficácia em 72% dos casos


Ciática
Acupuntura local com agulha profunda: eficácia em 96% dos casos
Inflamação no tórax Cura obtida em 65% dos casos
e costelas
Dor no joelho Eletroacupuntura: alivio completo da dor em 65% dos casos

Eficácia em 62% dos casos


Epicondilite Umeral
Alívio da dor em 80% após a 1 sessão
Periartrite no ombro Cura obtida em 66% dos casos

Fibromialgia Melhora significativa

Fascite na planta do pé Melhora significativa

Osteoartrite Eficácia em 61% dos casos (superior à medicação convencional)


Acupuntura: alívio da dor e melhora dos sintomas gerais em 65% dos
Artrite reumatóide casos
Eletroacupuntura: alívio da dor em 90% dos casos
Melhora significativa
Gota / Artrite redução do ácido úrico similar à medicação convencional

AFECÇÕES NO CORAÇÃO
Hipertensão Eficácia similar à medicação convencional, mas sem efeitos colaterais
Hipotensão A pressão foi normalizada em 95% dos casos
Melhora dos sintomas 85% dos casos
Doença coronariana e
Melhora na dor em 74% dos casos
angina
Melhora no eletrocardiograma em 69% dos casos
Doença cárdio-pulmo- Eficácia em 90% dos casos
nar crônica
Neurose cardíaca Eficácia superior à medicação convencional

33
AFECÇÕES DE PELE
Shiatsu / Tuina: a acne desapareceu em 42% dos casos após 30 dias
de tratamento
Acne
Acupuntura: a acne desapareceu em 59% dos casos após 10 dias
de tratamento
Eczema Melhora razoável
Irritação na pele Melhora significativa
Desaparecimento em 53% dos casos após 3 meses (eficácia superior
Micose
ao tratamento com vitaminas C e E)
Herpes zoster Desapareceram a dor e as sarnas após 1,5 a 6 dias

Psoríases vulgar Cura obtida em 85% dos casos

Psoríases eritroderma Melhora significativa em 50% dos casos

Psoríases pustular Melhora significativa em 50% dos casos

AFECÇÕES NO PULMÃO E VIAS RESPIRATÓRIAS


Gripe comum Melhora razoável
Dor de garganta Melhora em 90% dos casos
Amidalite Alívio significativo da dor e da febre
Eficácia em 97% dos casos (superior e mais duradoura que
Rinite alérgica
a medicação convencional)
Bronquite aguda Melhora significativa
Efeito antiasmático em 93% dos casos
Asma
Maior ventilação pulmonar em 68% dos casos
Doença pulmonar obstrutiva Melhora significativa após 3 semanas
crônica

AFECÇÕES NO FÍGADO E VESÍCULA BILIAR


Eletroacupuntura: eficácia em 72% dos casos
Cólica biliar
Acupuntura: eficácia em 94% dos casos
Cálculo na vesícula biliar Cura obtida e melhoria das funções biliares em 92% dos casos
O vírus ficou negativo em 30% dos casos
Hepatite B (vírus portador)
o organismo produziu anticorpos em 50% dos casos

AFECÇÕES NOS RINS


Cólica renal Alívio da dor em 100% dos casos
Eletroacupuntura: pedras expelidas em 78% dos casos
Calculo renal
Acupuntura: cura obtida em 90% dos casos
Retenção urinária traumática Eficácia superior à medicação convencional
Incontinência Melhora significativa

Infecção urinária recorrente Desobstrução do trato urinário em 85% dos casos

34
AFECÇÕES NO ESTÔMAGO E INTESTINOS
Dor abdominal Alivio da dor e desaparecimento dos sintomas em 82% dos casos
Cólica estomacal Alívio da dor em 98% dos casos
Cólica intestinal Alívio da dor em 98% dos casos
Espasmo gastro-intestinal Alívio da dor em 98% dos casos após 30 min
Soluços Melhora significativa
Eletroacupuntura: eficácia similar à medicação
Acupuntura: eficácia em 90% dos casos
Náuseas e vômitos
Magneto-acupuntura: eficácia em 93% dos casos
Moxabustão: eficácia em 98% dos casos
Diarréia Melhora significativa
Constipação Melhora significativa
Hiperacidez no estomago Eficácia em 95% dos casos
Gastrite crônica Melhora significativa
Acupressura: eficácia em 80% dos casos
Úlcera
Acupuntura: eficácia em 97% dos casos
Cólon irritado Melhora significativa em 93% dos casos

Enterite (inflamação Cura obtida em 87% dos casos


bacteriana no intestino) A cultura de fezes ficou negativa após 7 dias

Hemorróidas Moxabustão: cura obtida em 77% dos casos

AFECÇÕES DO SISTEMA CIRCULATÓRIO


Síndrome de Raynaud Melhora significativa
(mãos e pés frios) aumento considerável do fluxo sanguíneo
Flebite Melhora significativa
Dor em tromboangite Eficácia em 93% dos casos

Excesso de gordura no sangue Diminuição em 90% dos casos

AFECÇÕES DA CABEÇA
Shiatsu / tuina: alívio imediato em 48% dos casos
Acupuntura: alívio imediato em 66% dos casos
Dor de cabeça Eletroacupuntura: alívio imediato em 80% dos casos
Diminuição da frequência em 50% dos casos
Alteração significativa no exame de eletromiografia

Acupuntura tradicional: eficácia similar ao tratamento conven-


Dor crânio-mandibular cional (imobilização)
Acupuntura intradermica: eficácia em 60% dos casos

Disfunção da ATM Eficácia similar ao tratamento convencional

Shiatsu / tuina: eficácia em 40% dos casos


Espasmo facial Acupuntura: eficácia em 70% dos casos

35
AFECÇÕES DO SISTEMA NERVOSO
Enxaqueca Eficácia em 80% dos casos
Tontura Eficácia em 75% dos casos
Neuralgia do trigêmeo Efeito analgésico em 100% dos casos
Neuralgia (dor dos nervos) Efeito analgésico em 100% dos casos
Dor radicular (raízes dos nervos) Laser-acupuntura: melhora significativa

Distrofia reflexa do simpático Melhora razoável


Eficácia consideravelmente mais rápida que o tratamento
Bexiga neurogênica
convencional
Lesão crânio-cerebral Cura obtida em 86% dos casos
Eletro-acupuntura: aumento da memória, da inteligência e da
Arteriosclerose
capacidade de cuidar de si mesmo em 68% dos casos
Coma Recuperação em 59% dos casos
AVC – sequela: hemiplegia Recuperação em 66% dos casos
AVC – sequela: perda Recuperação em 75% dos casos
da força muscular
AVC – seqüela: desvio da boca e Recuperação em 76% dos casos
paralisia da fala
AVC – sequela: dificuldade Eficácia em 90% dos casos
de articular palavras
Acupuntura: cura obtida em 77% dos casos
Acupuntura c/ transfixação de pontos: cura obtida em 91%
Paralisia facial
dos casos
Acupuntura c/ sangria: cura obtida em 96% dos casos
Paralisia causada por poliomielite Eficácia superior à medicação convencional
Moxabustão: regula a micção, cura a perda de proteína pela
Febre hemorrágica epidêmica urina
e reduz o inchaço dos rins

AFECÇÕES DO SISTEMA ENDÓCRINO


Obesidade Supressão do apetite em 95% dos casos
Diabetes mellitus Redução do açúcar do sangue em 20% dos casos

CÂNCER
Reações adversas ao trata- Náuseas, vômitos e falta de apetite foram eliminadas em 93% dos
mento de radioterapia e/ou casos
quimioterapia Tontura e cansaço foram minimizadas consideravelmente
Perda de leucócitos Acupuntura: aumento dos leucócitos em 87% dos casos
(leucopenia) Moxabustão: aumento dos leucócitos em 90% dos casos
Analgesia imediata: efeito em 70% dos casos (similar à medica-
ção convencional)
Dor causada por câncer
Analgesia prolongada: efeito em 92% dos casos (superior à medi-
cação convencional)

36
AFECÇÕES PSÍQUICAS E PSICOSSOMÁTICAS
Depressão Eficácia similar à medicação convencional, mas sem efeitos colaterais
Ansiedade Eficácia superior à medicação convencional
Insônia O sono foi totalmente normalizado em 98% dos casos
Síndrome do stress Eficácia em 93% dos casos
competitivo
Laser-acupuntura: eficácia superior à da medicação convencional
Esquizofrenia
(78% dos casos)
Aumento de 21% no quociente de inteligência
Retardo mental
Aumento de 18% na adaptatividade social

AFECÇÕES MASCULINAS
Impotência sexual Eficácia em 60% dos casos
(não orgânica)
Ejaculação precoce Eficácia em 83% dos casos
Alívio dos sintomas e melhora das funções sexuais superior
Inflamação na próstata
à medicação convencional

AFECÇÕES FEMININAS
Alívio completo dos sintomas, sem recorrência por 6 meses, em 92%
TPM
dos casos
Dor menstrual Melhora em 91% dos casos
Moxabustão + shiatsu / tuina: eficácia em 88% dos casos após
Cistite
1 a 2 meses de tratamento

Obstrução da trompa Cura obtida em 81% dos casos

Policisto no ovário Cura obtida em 94% dos casos

Infertilidade Eficácia em 75% dos casos

Menopausa Massagem + ventosa: eficácia em 77% dos casos

GESTAÇÃO E AMAMENTAÇÃO
Acupressura: melhora em 20% dos casos
Enjôo Acupuntura: melhora em 69% dos casos
Moxabustão: melhora em 97% dos casos
Correção da posição Moxa: eficácia em 93% dos casos (aumenta atividade fetal e encaixa a
do feto cabeça do bebê)
A dilatação do útero foi similar à oxitocina
Indução ao parto
As contrações uterinas foram inferiores à oxitocina
Dor do parto Efeito analgésico considerado bom

Lactação deficiente Eletroacupuntura: aumento da lactação em 92% dos casos

37
AFECÇÕES INFANTIS
1 dia de tratamento: cura em 82% dos casos
Diarréia
3 dias de tratamento: cura em 98% dos casos
Coqueluche Cura obtida em 98% dos casos
Convulsões cessaram em 98% dos casos após 2 min de se colocar
Convulsão
as agulhas
Redução significativa dos níveis de gordura, glicose, hidrocortisona
Obesidade infantil
e tri-iodo-tironina
Pós-entubação operatória Redução significativa do espasmo da laringe (5% dos casos)

Encefalite viral Acupuntura + medicação: eficácia em 82% dos casos


(estágio terminal)

DEPENDÊNCIA QUÍMICA
Álcool Diminui a necessidade de ingerir álcool
Aumento na vontade de não fumar em 13% dos casos
Tabaco Redução no hábito de fumar em 20% dos casos
Redução no prazer de fumar em 70% dos casos
Cocaína Diminuição dos sintomas da abstinência em 44% dos casos
Diminuição dos sintomas da abstinência (anorexia, suor espontâneo
Heroína e insônia)
Redução da frequência do uso de heroína
Desintoxicação de álcool Redução do álcool no sangue
Desintoxicação de tabaco Redução da concentração de nicotina

PÓS-OPERATÓRIO
Efeito analgésico superior e mais rápido que a medicação
Convalência
convencional
Eletroacupuntura: efeito inferior à medicação convencional
(50% dos casos)
Mal-estar e vômitos
Acupuntura: efeito similar à medicação convencional
(90% dos casos)
Cirurgia de amídalas Redução do álcool no sangue
Redução da concentração de nicotina
Cirurgia de hemorroidas Melhora da dor e do desconforto em 77% dos casos
Cirurgia de artroscopia Alivio significativo da dor
Cirurgia cerebral Cura dos sintomas em 86% dos casos
Reduz pela metade a quantidade de analgésicos narcóticos
Dor do pós-operatório
(ex. Morfina)
Dor após exame de Eficácia similar à medicação, mas sem efeitos colaterais
endoscopia
Ganho de força muscular e de movimentos em 93% dos casos
Recuperação
após 10 dias de tratamento

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AFECÇÕES DOS ÓRGÃOS DOS SENTIDOS

Sensibilidade Melhora em 50% dos casos

Dor Eliminação da dor em 90% dos casos

Secura nos olhos Aumento significativo dos fluidos dos olhos


Olhos
Conjuntivite Melhora razoável

Visão turva Cura obtida em 50% dos casos

Discriminação das cores melhorou após 3 cursos de


Daltonismo
tratamento de 7-12 dias cada
Ataque súbito de surdez Eficácia em 90% dos casos após 2 semanas
Ouvidos
Zumbido Eficácia em 23% dos casos (superior à medicação
convencional)
Sangramento nasal Cura obtida em 85% dos casos
Nariz
Sinusite e obstrução nasal Melhora significativa

Excesso de salivação Diminuição da saliva em 97% dos casos

Falta de salivação Aumento significativo da saliva

Inflamação na gengiva Melhora razoável


Boca
Dor de dente pós-trata- Efeito analgésico com duração de 24 a 48 horas
mento
Dor de dente pós-cirurgia Efeito analgésico com duração de 2 a 3 horas

Dor de dente após extração Melhora significativa

ANEXO II

GUIA PARA O TREINAMENTO BÁSICO E SEGURANÇA EM ACUPUN-


TURA DA ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE (OMS)
(Guidelines on Basic Training and Safety in Acupuncture)

Acesse pelo QR CODE:

Baixe em pdf:
http://www.abacocba.org.br/guia_basico_de_treinamento_e_seguranca_em_acupuntura.pdf

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ANEXO III

LISTA DAS 19 TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES


NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SUS) DO MINISTÉRIO DA SAÚDE

Em virtude da crescente demanda da população brasileira, por meio


das Conferências Nacionais de Saúde e das recomendações da Organi-
zação Mundial da Saúde (OMS) aos Estados membros para formulação
de políticas, visando a integração de sistemas médicos complexos e
recursos terapêuticos (também chamados de Medicina Tradicional e
Complementar/Alternativa MT/MCA ou Práticas Integrativas e Com-
plementares aos Sistemas Oficiais de Saúde, além da necessidade de
normatização das experiências existentes no SUS, o Ministério da Saú-
de aprovou, através da Portaria nº 971, de 03 de maio de 2006, a Po-
lítica Nacional de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde
(PNPIC) no SUS, contemplando as áreas de homeopatia, plantas me-
dicinais e fitoterapia, medicina tradicional chinesa/acupuntura, medi-
cina antroposófica e termalismo social – crenoterapia, promovendo a
institucionalização destas práticas no Sistema Único de Saúde (SUS).
Em 27 de março de 2017, contudo, através da Portaria nº 849, o Mi-
nistério da Saúde ampliou as áreas de Arteterapia, Ayurveda, Biodan-
ça, Dança Circular, Meditação, Musicoterapia, Naturopatia, Osteopatia,
Quiropraxia, Reflexoterapia, Reiki, Shantala, Terapia Comunitária
Integrativa e Yoga.

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SINOPSE DA FORMAÇÃO PROFISSIONAL
DE DR. SOHAKU BASTOS (1968-2018):

Formação Profissional em Medicina Oriental (Japão); Especialização em Oste-


opatia e Shiatsuterapia (Japão); Especialização em Eletroacupuntura (Japão);
Mestrado em Psiconeurocinesiologia - Honnō-Ryohō (Japão); Bacharel em Me-
dicina (Sri Lanka); Doutorado em Acupuntura; Doutorado em Filosofia Médica
(M.A) - Philosophy Doctor - Ph.D. (Sri Lanka); Especialização em Fitofarmacote-
rapia Chinesa (EUA); Especialização em Docência do Ensino Superior para pro-
fissionais da área da saúde (Brasil); Formação em Acupuntura e Moxabustão
(China); Especialização em Medicina Tradicional Chinesa (China/Brasil); Li-
cenciatura em Pedagogia (Brasil); Especialização em Gestão Escolar e Coorde-
nação Pedagógica (Brasil); Especialização em Cinesioterapia Chinesa - Qi Gong
(China); Especialização em Psicanálise Clínica (Brasil); Especialização em Neu-
ropsicanálise (Brasil); Licenciatura em Filosofia (Brasil); Doutor em Acupun-
tura (Acupuncture Doctor Internacional Examination) - WFAS/OMS (China);
Bacharel em Teologia (Brasil); Licenciatura Monástica Budista (Japão).

CARGOS EM EXERCÍCIO ACADÊMICO-PROFISSIONAIS


DE DR. SOHAKU BASTOS

• Diretor da Associação Brasileira de Educação (ABE).


• Presidente do Instituto Cultural Brasil-Japão (ICBJ).
• Dirigente Universitário: UNIBAHIA - FAC. EINSTEIN .
• Presidente do Conselho de Educação e Saúde da FCCE/CNC.
• Presidente da Sociedade Brasileira de Eletroacupuntura (SOBEA).
• Diretor da Unidade de Práticas Integrativas em Saúde do Rio de Janeiro (UNIPIS).
• Diretor-Geral do Instituto Politécnico de Saúde e do Colégio Brasileiro de
Acupuntura e Medicina Chinesa (ABACO/CBA).
• Diretor no Brasil da Word Federation of Acupuncture-Moxibustion Societies
(WFAS), em relação oficial com a Organização Mundial da Saúde (OMS).
• Diretor-Geral do Curso Superior de Bacharelado em Ciência da Acupuntura
e do Curso Superior Tecnológico em Acupuntura da Universidade Santa
Úrsula (USU), em convênio com a ABACO/CBA/IPS.
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• Diretor-Adjunto do Comitê Internacional de Trabalhos Legislativos sobre
Acupuntura e Medicina Tradicional Chinesa da WFAS/OMS.
• Vice-Presidente da World Federation of Traditional Medical Shiatsu (WFTMS).
• Presidente da Federação Brasileira das Sociedades de Acupuntura e Práti-
cas Integrativas em Saúde (FEBRASA).
• Membro-Titular da Associação de Acupuntura e Moxabustão da República
Popular da China (CAAM).
• Membro-Honorário do Conselho Diretor do American College of Traditional
Chinese Medicine (ACTCM/EUA).
• Membro-Acadêmico da Academia Nipo-Brasileira de Escritores (ANBE).
• Membro-Titular da World Academy of Human Sciencies (WAHS).
• Membro dos Sindicatos dos Psicanalistas dos Estados de São Paulo, Rio de
Janeiro e Bahia.
• Membro-Acadêmico - Philosophy Doctor, Ph.D. of International Diplomacy
and Worldly Peace of the Albert Schweitzer University (ASU).
• Diretor-Geral da Academia de Saúde-Honno e da Academia Nipo-Brasileira
de Karate-Do (Karate-Do 9º Dan) (Jiu Jitsu 8º Dan) (Judo 2º Dan).
• Cônsul-Geral a.h. do Sri Lanka no Rio de Janeiro e São Paulo.

ATIVIDADES ACADÊMICAS E CARGOS EXERCIDOS


POR DR. SOHAKU BASTOS

• Ex-Professor e Conferencista Universitário: UGF, UMC, UNIFESP (Escola Pau-


lista de Medicina), IBMR, UFRJ, FSJT, UNIABACO (Corporativa).
• Membro de Bancas Examinadoras de Defesa de Dissertação de Mestrado (UFRJ).
• Coorientador de Tese de Doutorado (UFRJ/ EICOS).
• Ex-Chanceler e Reitor para o Brasil da Universidade Internacional Aberta de
Medicinas Complementares (UNIMEC)
• Ex-Conselheiro Estadual de Educação do Governo do Rio de Janeiro - Câma-
ra de Educação Superior e Profissional (CEE-RJ).
• Ex-Vice-Presidente da Comissão Estadual de Educação a Distancia do Con-
selho Estadual de Educação do Rio de Janeiro.
• Ex-Conselheiro do Conselho Estadual de Políticas Públicas sobre Drogas do
Governo do Rio de Janeiro (CEPOPD).
• Ex-Diretor Institucional da Faculdade São Judas Tadeu (FSJT).
• Ex-Presidente do Ginásio Nipo-Brasileiro de Cultura Física - SHIDOKAN
(1964-1974).
• Ex-Juiz Classista do Tribunal Regional do Trabalho - 1ª Região, Represen-
tante da Classe dos Empregadores;
• Ex-Professor Visitante da Associazione Medicina Popolare Siciliana (Centro
Di Medicina Olistica e Allopatica), Itália.
• Ex-Professor Extraordinário da Università Popolare di Messina (UPM), Itália.
• Ex-Vice-Presidente da Confederação Nacional de Acupuntura e Terapias
Afins – CONAT.
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LEITURA COMPLEMENTAR
EM ACUPUNTURA E MEDICINA ORIENTAL

ABO, Toru, BASTOS, Sohaku R. C. (Tradução Científica, Revisão e Prefácio) Revo-


lução Imunológica: Verdadeiras Causas das Doenças e a Importância das Tera-
pias Naturais e Alternativas para a Saúde. Rio de Janeiro: Gasshō Edições, 2008.

BASTOS, Sohaku R. C. Tratado de Eletroacupuntura: Perspectivas Científicas,


Teoria e Prática. Rio de Janeiro: Numen, 1993

BASTOS, Sohaku R. C. Shiatsu Tradicional: Fundamentos, Práticas e Clínica de


Shiatsuterapia. Rio de Janeiro: Sohaku-In, 2000.

BASTOS, Sohaku R. C., JAYASURIYA Anton. Alternativas em Saúde: o Futuro


das Medicinas Complementares. Rio de Janeiro: Sohaku-In, 1996.

BASTOS, Sohaku R. C. HONNŌ: A Essência da Medicina Oriental. Rio de Janei-


ro: Gasshō Edições, 2000.

DEBATIN, Roseane, Primeiros Socorros: Técnicas Convencionais e Alternati-


vas. Rio de Janeiro: Sohaku-In Edições, 2003.

GOTO, Kimiya. Eletroacupuntura e Eletrodiagnóstico. Rio de Janeiro: Gasshō


Edições, 2000.

JAYASURIYA, Anton. As Bases Científicas da Acupuntura. Rio de Janeiro:


Sohaku-In, 1995.

MACIOCIA, Giovanni. Os Fundamentos da Medicina Chinesa: um texto abran-


gente para Acupunturistas e Fitoterapeutas. São Paulo: Roca, 2007.

MACIOCIA, Giovanni. A Prática da Medicina Chinesa. São Paulo: Roca, 2009.

MACIOCIA, Giovanni. O Diagnóstico em Medicina Chinesa – Um Guia Geral.


São Paulo: Roca, 2010.

NGHI, Nguyen V., NGUYEN, Christine R., YAMAMURA Ysao. Medicina Tradicio-
nal Chinesa. São Paulo: Roca, 2010.

PENA, Ilka Domingas, O Psiquismo em Medicina Oriental. Rio de Janeiro: Gas-


shō Edições, 2004.

ROSS, Jeremy,. Combinações de Pontos de Acupuntura – A Chave para o Êxito


Clínico. São Paulo: Roca, 2002

ROSS, Jeremy. Zang Fu: Sistema de Órgãos e Vísceras da Medicina Tradicional


Chinesa. São Paulo: Roca, 1994.
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