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90 Dias Com Ela

Autor(es): Luh_Mell

Sinopse
O pianista Edward Masen não se importaria em estar apaixonado se não fosse
por um fato... Ele estava morrendo.

Ao fazer sua ultima turnê pela França, Edward conhece a


linda enfermeira Isabella Swan.

Em um dia, o quarto frio de hospital se torna o palco do inicio de uma paixão.

"E foi naquele dia que tudo mudou... "

Notas da história
Contém personagens da autora S. Meyer e meus. Não é voltada para fins
lucrativos.
Os capítulos serão divididos em dias, contando a partir da data em que Ed e
Bella se conheceram. Então, se o capítulo for Dia 15, quer dizer que é a
décima quinta vez que Edward e Bella se viram.

Espero que gostem!

Índice
(Cap. 1) Prólogo
(Cap. 2) Dia 1
(Cap. 3) Dia 2
(Cap. 4) Dia 3
(Cap. 5) Dia 33
(Cap. 6) Dia 47
(Cap. 7) Dia 54
(Cap. 8) Dia 83
(Cap. 9) 90 dias com ela.
(Cap. 10) Epílogo

(Cap. 1) Prólogo
Notas do capítulo
Nova história, garotas! espero que gostem!

Prólogo

Meu coração foi acelerando conforme a idéia se aprofundava em


meu peito.

Ele estava morto e embora eu já estivesse “preparada” para isso, a dor


não foi menor ou menos intensa.

Na verdade, foi pior, muito pior.


.

Porque eu já sabia e mesmo assim me deixei envolver.

Passei os braços em volta da minha barriga e me permiti escorregar na


parede até o chão, encolhendo-me.

Depois de alguns minutos olhando para o nada sem nenhuma reação,


senti minha garganta arder.

Finalmente, as lagrimas vieram...

E com elas, o meu grito de desespero.

Notas finais do capítulo


Comentários estimulam nós, escritoras, a continuarmos escrevendo e nos
indica se estamos no caminho certo ou não.

(Cap. 2) Dia 1
Notas do capítulo
Olá! Estou retomando! Espero que gostem e sintam a emoção que eu senti ao
escrever este capítulo! Beijoos!

Apesar de todas as contraindicações, Edward Masen estava ali, tocando


e fazendo com que todos no local se emocionassem.

Seus dedos, precisos e ágeis, tocavam as teclas frias do piano com tanta
intimidade que até parecia dois amantes se reencontrando.

Bom, não deixava de ser verdade.


Alice, irmã de Edward, sempre dizia que Edward e o Piano eram almas
gêmeas. Ela lembra que, quando criança, sempre sentia um pouco de ciúmes
do instrumento.

Até perceber que na verdade, o piano e Edward eram da mesma


espécie, da mesma natureza. Eram um só.

Porém, naquele momento, algo incomodava Alice profundamente.

Todos ali presentes sorriam emocionados ou dançavam lentamente ao


som do piano, completamente alheios ao que se passava.

Alice, entretanto, via claramente as gotas de suor que escorriam


lentamente pelo pescoço do irmão. Podia ver também, apesar da leve
maquiagem que havia passado para disfarçar, as pequenas manchas roxas que
se espalhavam pelos dedos de Edward e as olheiras que assombravam o irmão
desde que haviam descoberto tudo.

Fechou os olhos e pediu para que seu irmão aguentasse mais um pouco.

Seria apenas uma apresentação em Paris. A última da turnê pela


Europa. E assim, como combinado, Edward poderia se dedicar completamente
ao seu tratamento.

A música parou.

O coração de Alice pulava em seu peito.

Abriu os olhos e antes que pudesse perceber o que estava acontecendo,


seus pés já corriam até seu irmão.

Empurrando algumas pessoas, Alice pode sentir seu corpo começar a


perder as forças.

Edward nunca parava de tocar. Nunca. Apesar da sua doença, ele


sempre terminava sua apresentação. Se sentindo bem ou não.

Por isso, ela sabia que quando chegasse até o irmão, ele não estaria
diante do piano.

Depois dos segundos que mais pareciam horas, Alice o viu.

O as parecia faltar em seus pulmões.

–Edward! –ela chamou.


Ele estava deitado no chão, com a mão no peito, encolhido.

–Alice... –ele disse. Sua voz não passava de um sussurro.

Ele tossiu. Alguns respingos de sangue caíram no chão.

–Edward, não! –ela implorou.

Ele fechou os olhos.

Alice, com toda sua pequenez, puxou o irmão com dificuldade para o
seu colo, aninhando-o.

–Por favor! Alguém me ajude!- gritou.

Alguns convidados, atônitos, apenas olhavam a cena.

Um deles, uma mulher, segurou a barra do vestido com as mãos e


levantando-o, correu até onde Alice e Edward estavam.

–Tirem-na daqui. –pediu a moça.

Um dos seguranças do local afastou Alice.

–Não! Deixe-me ficar com ele! –ela gritou.

–Por favor, eu sei o que estou fazendo! –a moça retrucou gentilmente.

Alice a encarou nos olhos, e de repente, sentiu seu corpo ser invadido
por uma confiança inexplicável. Relaxando, permitiu que o segurança a
afastasse.

Empurrando o corpo de Edward para o lado, para que ele não


engasgasse com o sangue, a garota fazia procedimentos certeiros.

Olhou a pupila, os batimentos e a temperatura.

Por ultimo, olhou nos olhos de Edward e disse:

–Meu nome é Isabella, está tudo bem. Eu estou aqui. Não vou deixar
que nada te aconteça. Je promets.

Com a pouca consciência que ainda lhe restava, Edward sorriu.

–Bella... –sussurrou.

Logo depois, foi puxado para a escuridão.


Notas finais do capítulo
Será que Edward conseguirá sair dessa? E ai? Gostaram? Tem muito mais por
vir! Peço que comentem, por favor. Comentários estimulam nós, escritoras, a
continuarmos escrevendo e nos indica se estamos no caminho certo ou não.

(Cap. 3) Dia 2
Notas do capítulo
Eiii! O que acharam? Gostaram? Lá se vai mais um! Ebaaa!

Pi.

Pi.

Pi.

Ele franziu o cenho.

Por que esse barulho não para?

Pi.

Pi.

Pi.

Sua cabeça estava explodindo.

Estava com frio, com sede e parecia que a qualquer momento ia


vomitar.

O que estava acontecendo?

Com um baque, as lembranças vieram.

Lembrou-se da apresentação, da dor nos pulmões e no peito, e em


como parecia não ter ar mais no mundo.

Tinha simplesmente apagado. Não havia terminado a música!

Abriu os olhos mas logo se arrependeu.


A luz, branca e forte, queimava os seus olhos.

Gemeu mais forte.

Sua cabeça ia explodir.

Sentiu uma mão macia e quente em seu braço.

Sentiu-se calmo.

–Esta tudo bem... Vou diminuir as luzes. –uma voz melodiosa e doce
disse.

A mão se afastou e instantaneamente Edward se sentiu vazio.

Ouviu alguns ruídos leves pelo quarto e em seguida a mão voltou.

–Monsieur Masen, consegue me ouvir? – ela disse - Pode abrir os


olhos? Eu diminuí as luzes. O senhor precisa se esforçar um pouquinho, ok?

Ele abriu os olhos. Piscou várias vezes até se acostumar com a


claridade que, apesar de ter diminuído, ainda ela considerável.

A primeira coisa que percebeu, foi que estava em um hospital.

A segunda era que tinha um anjo em sua frente.

Ele sorriu.

–Bonjour... –ela abriu um sorriso feliz - Que bom que esta sorrindo.
Como se sente? Está com sede?

Ele assentiu.

As palavras pareciam que tinham deixado de existir. Ele estava


fascinado.

Observou ela terminar de trocar o soro e logo colocar água em um


copo.

Enquanto ela erguia gentilmente Edward para tomar água, ele pode
perceber ainda mais como ela era bonita... E cheirosa. Ela tinha as feições de
um anjo. Branca, as maças do rosto levemente coradas, cabelos castanhos,
olhos cor chocolate... Deus! Ele estava admirado. Ela cheirava a morangos,
ora!
Ele bebeu a água avidamente e ela riu.

–Bem, estava com sede mesmo, han? –ela brincou.

Se encostando novamente na cama, Edward se chutou mentalmente por


ser tão estúpido. Estava parecendo uma criança.

–Bien, Monsieur, consegue falar?

–Sim... –sentia um certo incômodo na garganta, mas nada que o


impedisse de tentar provar para aquele anjo de que ele não era um idiota.

–Você sabe o que aconteceu? Sabe onde está?

–Sim. Estou no hospital, em Paris. Passei mal durante uma


apresentação.

–Sim, Mons- -

–Edward. Me chame de Edward. –ele pediu.

Ela sorriu mas uma vez.

Edward...

–Edward. Edward. – ela repetiu como se saboreasse o nome. - Então,


Edward, como se sente?

–Minha cabeça dói. Minhas costelas doem. Acho que meu corpo todo
dói. –resmungou.

–É normal... Você está inconsciente já faz alguns dias.

–Alguns dias?

–Sim, cinco, na verdade.

Ele franziu o cenho.

Algo estava errado.

O médico havia dito que os períodos de inconsciência iam se


estabilizar, a não ser que...

A não ser que o tratamento não estivesse mais fazendo efeito.


–O médico logo virá conversar com você. Sua irmã foi tomar café. Ela
não saiu daqui durante todo esse tempo, pauvres. –ela disse.

Edward pode ver que ela sorria, muito, mas que em nenhum momento
o sorriso chegava aos seus olhos.

Percebeu também que ela evitava olhá-lo nos olhos.

–Eu... Eu estou muito ruim? –ele perguntou.

Algo na expressão dela mudou e ele viu dor.

–Hm, eu não posso falar sobre isso. Não sou médica, sou apenas uma
enfermeira. –ela disparou. –Tenho que ir. Espero que melhore logo, Monsieur
Edward.

E, sem nem ao menos dizer seu nome, ela saiu pela porta.

Pouco tempo depois, Edward cochilou. E não viu quando, algum tempo
depois, sua irmã Alice chegou no quarto, o rosto cansado e abalado, porém
com os olhos cheios de esperança.

–Dizem que o amor cura tudo, Edward. Bem... Talvez seja essa a sua
chance. –ela sussurrou.

Alice sabia que, em algum canto daquele hospital, havia uma


enfermeira chamada Isabella Swan, que chorava escondida com medo de
perder seu amor.

Notas finais do capítulo


Como Bella pode já estar apaixonada por Edward? E como Alice sabe disso?
Alias, o que o Edward tem? Tan tan tan taaaaan!! Peço que comentem, por
favor. Comentários estimulam nós, escritoras, a continuarmos escrevendo e
nos indica se estamos no caminho certo ou não.

(Cap. 4) Dia 3
Notas do capítulo
Bom, galera! Espero que estejam gostando. Tem muito mais! Beijoo!
–Bom, senhor Masen, o seu quadro se agravou. Acredito que o senhor
saiba que, em partes, tem certa responsabilidade. Você deveria ter seguido as
minhas orientações e ter ficado de repouso. Mas não... Foi teimoso e, mais
uma vez, colocou a sua saúde em risco. –a voz do médico era tensa.

–Sabe, doutor. Eu disse que se ele fizesse esta apresentação, eu nunca


mais falaria com ele, e sabe o que ele me disse? “Alice, vou morrer mesmo.
Mais cedo ou mais tarde você vai ter que parar de falar comigo. Ou você é
médium?” Vê se pode isso! –Alice falava, histérica.

Edward ouvia tudo calado.

Estava morrendo, sabia disso. Mais cedo ou mais tarde, ia acontecer.

Ele só queria aproveitar o tempo que ele tinha fazendo aquilo que ele
amava. Aparentemente, ninguém de sua família entendia isso.

Edward não queria lutar. Não tinha pelo que lutar.

Não era casado, não tinha filhos... Nem se quer um cachorro tinha!

Ele não deixaria nada que dependesse dele para trás.

–Eu dependo! Sou sua irmã mais nova! –Alice gritou.

Ele olhou para a irmã.

Não tinha percebido que tinha dito aquilo em voz alta.

Alice tinha lágrimas nos olhos. Sentia ódio e tristeza.

–Alice... – Edward lamentou.

–Não, Edward. Não! Eu não quero ouvir! Você não luta pela sua vida!
Não luta! Você acha que nós não vamos sofrer se você morrer? Acha que
papai e mamãe darão uma festa? Já pensou no Emmet, Edward? Como Emmet
vai ficar?

–E como eu vou ficar Alice? Como acha que eu vou ficar ter que lutar,
dia após dia, sabendo que nada disso vai dar certo? E a minha dor Alice?! –
Edward gritou.

Seu peito resfolegou e Edward começou a tossir, com falta de ar.

–Edward? Edward? –Chamou o médico – Se acalme, garoto. –pediu.


–Eu só... –ele sussurrou – Eu não sei se consigo lidar com isso.

–Você consegue. Edward, seu quadro é grave, sim. Mas com o


tratamento adequado e intensivo, você sairá dessa. –disse o médico. –Só que,
garoto, você precisa se esforçar. Não pode se entregar.

Alice olhou para o irmão e viu que apenas um milagre podia fazer com
que Edward mudasse de ideia.

O irmão não queria viver.

–Olá, doutor. Olá Alice. Edward... - disse Bella, entrando no quarto. –


Como você está hoje, Edward?

–Bem. –ele respondeu, sorrindo imediatamente.

–Bom, vejo que o doutor já explicou sua situação. Espero que tenha
entendido bem. –disse gentilmente.

–Aparentemente, Bella, Edward não quer continuar o tratamento. –


disse o médico.

O coração de Bella se apertou.

Quando descobriu a doença de Edward, ficou arrasada. Mas em seu


coração, sempre houvera a esperança de que ele ia sair dessa.

Agora, não tinha mais certeza.

–Doutor, não é bem assim. –Edward retrucou, nervoso.

Bella estava ali e ele não queria que ela pensasse que ele era um
covarde.

E, bem, talvez ele conseguisse encontrar algum tipo de inspiração nela.

Alice observou o irmão atentamente. Algo nele estava diferente.

Olhou para Bella.

Ela era tão doce, tão meiga, será que havia derretido o coração de
Edward?

Sabia que Bella o amava. Sabia a quanto tempo ela o amava. Mas não
imaginava que algum dia eles poderiam ficar juntos.
Uma ideia passou e pela sua mente e Alice sorriu.

–Então, Edward... Acho que Bella gostaria de saber se você vai ou não
continuar o tratamento.

Ela alfinetou.

–Bem... Eu... Digo...

–Edward? –perguntou Bella.

–Claro. Vou sim. Eu tenho que tentar. –Ele disse.

Alice sorriu, triunfante.

–Mas que boa notícia Edward! – o médico exclamou – Bom, como


você já se recuperou dessa ultima crise, vou permitir que faça o tratamento em
casa, com acompanhamento especializado. Você precisará contratar uma
enfermeira e assim que o fizer me avise, quanto antes melhor.

O coração de Bella se apertou. Edward iria embora da frança. Voltaria


para a Inglaterra.

Ela nunca mais o veria!

Olhou para Alice, torcendo para que a amiga visse o desespero em seus
olhos.

Mas a pequena já tinha tudo planejado.

–Bom, então, acredito que Bella irá para Londres conosco! –Alice
disse, animada.

Edward e Bella se olharam.

Por um momento, não conseguiram esconder um do outro a pontada de


esperança que os invadiu.

Edward olhou para irmã e sorriu, agradecendo-a.

Pela primeira vez, ficou feliz pela intromissão da irmã.

–Clairement, Alice. Se você acharem que eu sou a mais qualificada. –


Bella disse.

Alice franziu o cenho. As vezes a insegurança de Bella a irritava.


–Mais qualificada que você não há! Agora... Quando podemos ir
doutor? –perguntou Edward, animado.

As palavras de Alice vieram com força total na mente de Edward.

“Dizem que o amor cura tudo, Edward. Bem... Talvez seja essa a sua
chance.”, ela dissera.

Enquanto o doutor explicava como tudo iria acontecer, Edward


observava Bella.

Ela estava perdida em pensamentos e por um momento Edward pensou


ter visto uma lágrima cair de seus olhos.

O que a entristecia?

Depois de algum tempo, Bella e o médico saíram do quarto e ele


finalmente pode ficar a sós com Alice.

–Alice, eu conheço a Bella? –Edward perguntou.

–Hm, que? Por que esta me perguntando isso Edward? –disse nervosa.

–Tenho a impressão de que já nos conhecemos. Não sei. Algo nela me


traz paz.

–Bom, talvez... –ela sibilou.

Edward percebeu que a irmã estava escondendo alguma coisa, mas


deixou passar.

Tinha coisas mais importantes para pensar. Como por exemplo, Bella.

Ela era tão delicada com ele. O tratava tão bem.

Lembrou-se da noite passada, quando ela o ajudou a comer.

Eles haviam conversado coisas banais durante o jantar, mas Edward


havia absorvido cada palavra.

Bella era encantadora.

Quem era aquele anjo, afinal?

Edward estava louco para saber.


Mas ele sabia que, aquilo que ele estava sentindo, aquele sentimento
que estava nascendo, seria a sua salvação.

Notas finais do capítulo


Edward... Edward... Será que ele encontrou sua inspiração? E Bella, mocinha,
a quanto tempo conhece o Edward? Peço que comentem, por favor.
Comentários estimulam nós, escritoras, a continuarmos escrevendo e nos
indica se estamos no caminho certo ou não.

(Cap. 5) Dia 33
Notas do capítulo
Galera! Espero que estejam gostando! Não estranhem o nome do capítulo,
hein. Lembrem-se do que eu falei, os nomes dos capítulos serão o tanto de
dias que eles se "conhecem", portando, se conhecem a um mês e dois dias.
beijos

Algumas semanas haviam se passado e Edward já estava quase subindo


pelas paredes.

Bella, Alice e Edward haviam partido para Londres alguns dias depois
da ultima conversa com o médico e, desde então, Edward e Bella dividiam o
mesmo espaço.

Era uma cobertura, próxima a Belgrave Square. E apesar de toda a


estrutura externa ser onipotente e impessoal, a cobertura de Edward era
aconchegante e charmosa.

E Bella ficava grata com isso. Assim, não sentiria tanta falta da França.

Porém, estava sendo difícil dividir um espaço com Edward.

Ele tinha seus próprios costumes e manias, e estava irredutível quanto a


certos assuntos.

–Não, Edward!- ela gritava – Você precisa comer de manhã! Faz parte
da indicação do médico! Não pode pular refeições! –insistiu.

Edward a olhou.
Ela ficava tão linda quando estava brava. Mais ainda sim, era muito
irritante!

–Bella! Eu não estou com fome! –Edward retrucou.

Ela franziu o cenho.

–Era para eu ser uma enfermeira! Eu não estudei para ser babá, pour
l’amour de dieu! Edward, coma, immédiatement! –ela brigou.

Era assim em todas as refeições.

Bella fazia a comida indicada pela nutricionista (que muitas vezes dava
trabalho, principalmente por não conhecer muito a culinária inglesa) e Edward
se recusava a comer.

Às vezes ela achava que ele fazia de propósito.

Ele ergueu uma sobrancelha.

–Não.

Bella se aproximou de Edward, um passo de cada vez, lentamente.

Sem perceber, ele deu alguns passos para trás.

Ela levantou o dedo e apontou para o rosto dele.

–Vous êtes gâte, arrogant, égocentrique et... et.. c’est stupide! –ela
gritou, descontrolada.

–Eu não sei o que você disse, mas acho que você me ofendeu. –disse
pensativo.

Bella levantou os braços, exasperada.

–Nós moramos juntos faz um mês. Um mês Edward, que você me faz
passar por isso, mon dieu. Por favor. Facilite. Pense em Alice, Esme,
Carlisle... Pense em Emmet! –Ela implorou.

Edward suspirou e, vencido, sentou na cadeira e começou a comer.

Disfarçadamente, Bella sorriu.

Ele estava mais magro, ela podia ver. E não tinha mais tanta força no
corpo.
As crises estavam mais frequentes e ele estava cada vez mais cansado.

Porém, de alguma forma, Bella conseguia ver mais vida nele.

E parte dela queria acreditar que a razão disso era ela.

Após ambos terem comido, o dia correu normalmente.

Bella e Edward se davam muito bem e eram muito parecidos em vários


aspectos.

Ambos gostavam de música clássica e adoravam assistir filmes. A


maior parte do tempo, passavam conversando e, inconscientemente, Edward ia
se apaixonando mais e mais.

Depois de terem jantado, Bella estava em seu quarto lendo um livro


quando ouviu algo sendo quebrado na sala.

Sem pensar, correu e encontrou Edward em pé, sorrindo para ela com
cara de arteiro.

–Te peguei! –disse.

–Ah, Edward, me poupe! Cresça! –Bella disse já se virando para voltar


ao seu quarto.

–Não, espere. Eu estava brincando. Desculpe-me. –Edward pediu, indo


até ela e a segurando pelo braço.

–Eu... Eu não estava conseguindo dormir.

Com um olhar compreensivo, Bella o puxou até o sofá e sentou-se, o


olhando.

–Quer conversar?

–Eu só... Acho que finalmente estou percebendo o que está


acontecendo.

Ela assentiu, incentivando-o a continuar.

–Quando eu descobri que tinha câncer no pulmão, imaginei que com


um tratamento adequado, eu ficaria bem e poderia seguir com a minha vida
normalmente. Mas então, o primeiro tratamento não surtiu efeito. Eu não
liguei, sabia que seria difícil, mas então, veio o segundo e depois de algumas
semanas, meu corpo também não o aceitava mais. Eu perdi completamente as
esperanças. Quando vi o médico e o meu pai conversando, eu sabia sobre o
que eles falavam. Eles também sabiam que minhas chances eram mínimas.
Então, mesmo indo contra todos, eu decidi terminar a minha turnê e morrer
fazendo aquilo que eu amava.

Bella segurou a mão de Edward.

E neste momento, algumas lágrimas caíram dos olhos do pianista.

–Bella... Eu não quero morrer. Tudo mudou. Eu te conheci. – ele a


olhou nos olhos – Você é tão bonita, tão delicada, tão meiga. Você me faz
esquecer que eu estou doente e, quando conversamos, parece que eu te
conheço a tanto tempo! Eu... Eu acho que estou apaixonado por você, Bella! –
Edward disse.

O coração de Bella parou, só para alguns segundos depois, voltar a


bater freneticamente no peito.

Deus! Edward estava apaixonado por ela!

Eles haviam passado tantos momentos juntos e ela, tão apaixonada por
ele, não imagina que ele pudesse sentir o mesmo por ela.

Bella não sabia o que dizer.

Então, fez o que nenhuma garota no lugar dela faria.

Bella começou a chorar.

–Bella? Bella! O que foi? Desculpe-me! Eu não quis te ofender!

E a cada palavra de Edward, ela chorava mais e mais.

–Bella! – ele a abraçou, aninhando-a em seus braços.

Ela estava com medo.

O amava a tanto tempo e agora que ele dizia que era recíproco, ela não
sabia o que fazer.

Depois de alguns minutos, ela se acalmou e afastando-se, o olhou.

–Eu preciso te dizer uma coisa. –ela sussurrou.

–Pode dizer.
Ela respirou fundo.

–Edward, eu te amo. Eu te amo faz muito tempo. Você não deve se


lembrar, mas uma vez, enquanto fazia uma turnê nos Estados Unidos, você
ajudou um homem a se livrar de dois bandidos. No meio da briga, esse
homem levou um tiro. Você o levou para o hospital e bancou toda a conta
hospitalar dele. Ele se recuperou e você só voltou para as apresentações após
deixa-lo em segurança em casa.

–Sim, eu me lembro disso. Eu lembro que a mulher dele havia morrido


e a filha estava estudando na França, então eu decidi ficar ao lado dele.

–Bem, sim. Eu sou a filha dele, Edward. Meu pai é Charlie Swan, o
homem que você salvou. E desde então, eu jurei que de alguma forma eu iria
retribuir o que você havia feito por ele. Foi então que, em umas das minhas
visitas ao meu pai, eu encontrei Alice. Ela havia ido até a casa dele para leva-
lo até sua apresentação. Ele iria vê-lo tocar pela primeira vez. Eu fui junto.
Quando eu o vi tocar... Quando vi a paixão com que tocava... Eu me
apaixonei. Foi então que meu pai convidou Alice para passar uns dias conosco
em Forks, cidade natal dele. Ela me disse tudo sobre você. Inclusive que você
havia acabado de descobrir que estava doente. – ela parou.

Edward segurou a mão fina e delicada de Bella e sorriu.

–Bem... Eu percebi que tinha recebido a minha chance de te retribuir.


Eu procurei o seu médico e fiz de tudo para que ele me contratasse para ser
sua assistente. E, bem, eu consegui. Por isso eu estava na sua apresentação e
sempre no hospital. E com o passar do tempo, eu fui me apaixonando mais e
mais. Uma vez, você até trocou algumas palavras comigo, disse que pior do
que estar doente era comer a comida do hospital. Eu fui para casa e cozinhei
para você e mandei que entregassem.

–Foi você?! –ele perguntou. –A comida estava muito gostosa, alias.

–Sim. –disse. Ela não conseguia olha-lo nos olhos. –Sua irmã, já
sabendo do meu amor, deu um empurrãozinho me contratando para ficar aqui.
Ela sabia o quanto eu o amava e o quanto eu não suportaria vê-lo desistir.

Ela terminou de falar e por um momento fez-se silencio na sala.


Quando ela estava prestes a voltar para o seu quarto, embraçada, Edward a
abraçou.

–Obrigado. –ele disse.

Confusa, ela disse:


–Por quê?

–Você não me deu o trabalho de te conquistar. Podemos pular para a


parte do “casal feliz”. – Edward respondeu, empolgado.

Com uma gargalhada, Bella o abraçou forte e sorriu.

Ele a amava! E ela o amava! Estava tão feliz!

Edward a afastou um pouco de seu abraço, apenas o suficiente para


olha-la nos olhos.

–Posso beija-la?

E, com todo o seu amor, ela assentiu.

Os lábios se tocaram gentis, calmos... Com amor.

Naquele momento, só existia Edward e Bella no mundo.

Um mundo onde Edward não morreria e nenhum problema podia os


afetar.

Um mundo onde a eternidade bastaria.

Mas então, Edward se afastou, tossindo.

E a realidade os atingiu como um soco.

Edward estava morrendo.

Notas finais do capítulo


E aiii! Gostaram? Finalmente algumas questões respondidas! Peço que
comentem, por favor. Comentários estimulam nós, escritoras, a continuarmos
escrevendo e nos indica se estamos no caminho certo ou não.

(Cap. 6) Dia 47
Notas do capítulo
E ai, meninas! Estão gostando???? Me contem tudo! Quais são as expectativas
de vocês? Está ai, mais um pouco de Edward e Bella para vocês!
Duas semanas depois, Edward e Bella já podiam dizer que viviam um
romance de contos de fadas. Cheio de palavras bonitas, felizes para sempre e
muito, muito amor.

De mãos dadas, caminharam até a porta da grande mansão.

–Nossa você me disse que era grande. Não gigante! –brincou Bella.

–Bom... Minha mãe tem dessas coisas. Gosta de ter um lugar que caiba
toda a família unida.

Bella se emocionou. Se sua mãe ainda estivesse viva, também gostaria


de ter um lugar assim.

Pensou em seu pai. Fazia alguns dias que não falava com ele.

Anotou mentalmente: “ligar para o papai”.

Antes que Bella pudesse tocar a campainha ao lado da porta, Edward


segurou firme a maçaneta e a girou.

Bella sorriu.

Não estava acostumada a esses costumes de família.

Eles entraram e Bella pode ficar ainda mais admirada. O interior da


casa era ainda mais bonito!

Os moveis da casa eram brancos porém não passava uma impressão


fria, pois em cada móvel podia se notar algumas manchas de tintas variadas.

–Essas manchas foram feitas por mim, Emmet e Alice. Esme ia chegar
em casa com o pequeno James e nós, cheios de ciúmes, decidimos fazer uma
surpresa: redecorar a casa. No primeiro momento, ela e meu pai ficaram
loucos. Mas depois de um tempo, quando perceberam que nada tiraria aquela
tinta, eles decidiram não trocar os móveis. Até que ficou legal. –ele riu.

Bella soltou uma gargalhada.

–Ficou bem legal. Eu gostei. –ela sorriu. –Quem é James? Nem Alice
nem você mencionaram um quarto irmão. –ela comentou.

Neste momento, eles chegam a cozinha, e a família toda levanta para


cumprimenta-los.
Edward agradece mentalmente, porém sabia que Bella não esqueceria a
pergunta.

–Edward! Como é bom vê-lo, meu menino! –mimou Esme, abraçando-


o. –E vejo que trouxe uma bela garota.

–Mãe, esta é Bella. –Edward disse, como quem apresenta um tesouro.

Esme parou por um instante. Olhou Bella nos olhos.

Bella pode sentir Esme lendo sua alma, porém não se sentiu acuada.

Estava completamente aberta.

Esme abriu um grande sorriso e abraçando-a apertado, suspirou.

Seu filho havia encontrado o amor.

–Seja bem vinda, Bella!

Depois disso, eles passaram por uma série de comprimentos.

Por fim, Bella conheceu Emmet.

Ele estava no canto da cozinha, olhando fixamente para a janela.

–Emmet? –chamou Edward.

Ele não se virou.

Com um suspiro, Esme foi até ele e colocou a mão em seu ombro.

–Por favor, Emmet. Venha conhecer Bella.

–Esme, não preci - - Bella começou.

–Não, Bella. Emmet? –Carlisle interrompeu um pouco mais alto.

Com um suspiro, Emmet, com um pouco de dificuldade, virou.

Então Bella pode vê-lo claramente.

Sentado sobre uma cadeira de rodas, estava Emmet. Seu rosto tinha
uma leve cicatriz perto do olhos e em seus braços algumas outras.

Mas, o que mais chamou a atenção de Bella, foram os olhos.


Bella podia ver tristeza, amargura, dor nos olhos de Emmet.

Ela sorriu para ele.

–Olá, Emmet. Meu nome é Bella. Como vai?

–Morto, como pode ver. –ele respondeu.

Bella não deixou o sorriso desaparecer.

–Bom pelo menos você ainda não está com minhocas na cabeça, não é?
–ela brincou.

Emmet deixou escapar um sorriso.

–É. –disse. Ele estendeu a mão para cumprimenta-la.

–Oh, não precise se levantar. –ela disse.

Todos a olharam como se ela fosse louca.

–Eu não posso. –ele disse bravo.

–Eu sei, mas aparentemente você gosta de sentir pena de si mesmo. –


ela disse.

Todos ficaram em silencio por um minuto.

Emmet quebrou o silêncio.

–Hum, gostei de você, Bella. –ele disse.

Em seguida, todos seguiram para a mesa.

Após o almoço, a família se reuniu na sala de estar.

Acenderam a lareira para espantar o frio daquela tarde e conversavam


animadamente.

–Bem, acho que Bella poderia ficar aqui para continuar seu tratamento
de choque em Emmet. Comentou Alice.

Todos riram.

Bella sabia que Emmet havia sofrido um acidente de carro.


Neste acidente, ele havia perdido sua namorada grávida de quatro
meses e o movimento parcial das pernas.

Desde então, Emmet não saia de casa nem conversava com ninguém.

–Bella tem o dom de animar as pessoas. –comentou Edward.

–Vejo que ela também te animou, Edward. –disse Jasper, marido de


Alice. –Como enfermeira, claro.

Edward olhou para a Bella. Ela conversava animadamente com Esme.

–Bella não é minha enfermeira, Bella é minha namorada. –Edward


soltou.

Todos se calaram e Bella puxou o ar, surpresa.

Olhou para Edward e o indagou com o olhar.

–Bem, quando eu disse que te amava, foi um pedido de namoro. Pensei


que tivesse entendido. –ele disse, confuso. –Para mim o seu beijo foi um
“sim”. Você não quer namorar comigo, Bella?

Bella gargalhou.

–Claro, Edward. Só não presuma tanto as coisas, está bem? –ela riu.

Ele assentiu, envergonhado.

Depois de algumas horas, todos estavam indo embora.

Após de despedir de todos, Edward se aproximou de Emmet.

–Até logo, Emmet.

Emmet puxou a mão do irmão, fazendo com que ele se abaixasse.

–Sim? –ele perguntou.

–Você vai voltar? –ele perguntou.

–Claro, Emmet. Bella e eu sempre viremos visita-lo, visitar nossos


pais...- ele respondeu.
–Então, na próxima vez que voltar, entregue isso a Bella. Não espere
tanto tempo quanto eu, Edward. Você vê, não temos todo o tempo do mundo.
Inclusive você. –ele disse, entregando a Edward um pequeno saco de veludo.

Edward segurou o saco nas mãos e abraçou o irmão.

–Eu te amo, Emmet. Volte para nós, está bem? –ele pediu.

–Vou tentar, irmão. Vou tentar.

E assim, Edward e Bella seguiram rumo ao lar.

“Lar...” , ela pensou.

Seu lar com Edward.

A primeira coisa que Edward fez ao chegar no apartamento, foi beijar


Bella.

A segunda foi olha-la nos olhos.

A terceira foi dizer que a amava.

Bella, lentamente, foi tirando suas roupas e seguindo para o quarto.

E a cada peça de roupa que caía no chão, ela sussurrava “eu te amo”.

Edward a seguiu, fascinado.

Já no quarto, Bella estava de pé, nua.

Olhou nos olhos de Edward.

–Edwad, faça amor comigo. –pediu.

Sem pensar, ele atendeu seu pedido.

Beijando-a, amando-a, Edward se perdeu em Bella.

Em certo momento, não se podia dizer onde um começava e o outro


terminava.

Mais do que juntos fisicamente, suas almas estavam conectadas.

E, em uma explosão de amor, Edward e Bella chegaram ao êxtase.

Aquela foi a primeira noite que passaram juntos.


E bastou.

Notas finais do capítulo


E ai, alguém imaginava que o nosso querido Emmet seria tão amargo? o que
será que ele deu para o Edward? Peço que comentem, por favor. Comentários
estimulam nós, escritoras, a continuarmos escrevendo e nos indica se estamos
no caminho certo ou não.

(Cap. 7) Dia 54
Notas do capítulo
Espero que vocês estejam gostando! Muitas emoções ainda estão por vir!
Eba!!!

Os olhos de Bella ardiam um pouco por conta da luz do sol que entrava
pela janela.

Seu corpo estava ligeiramente dolorido, porém Bella sorriu. Era um


lembrete da noite maravilhosa que havia passado com Edward. Já fazia uma
semana que eles dormiam no mesmo quarto. Desde que haviam tido a sua
primeira vez.

Virou-se para o lado, já prepara para enchê-lo de beijos e mimos.

Mas o outro lado da cama estava vazio.

–Edward? –perguntou.

–Edward? –chamou mais alto.

Levantou-se, vestiu e uma camisa de Edward e foi até a sala.

Não o encontrou.

Na cozinha, algumas panquecas queimavam. Bella desligou o fogão


com pressa.

Correu até o banheiro.

Ele estava desmaiado no chão, havia sangue em suas mãos e boca.


Sem perceber, o rosto de Bella já estava molhado pelas lágrimas.

Tentando se manter racional, verificou a pulsação.

Estava muito fraca.

Pegou o telefone e ligou para a emergência.

Em pouco tempo, Edward já estava na maca sendo levado para o


hospital.

Alice chegou junto com a Ambulância.

–Alice?

–Bella! –elas se abraçaram. – Eu sabia que tinha algo errado.

Alice olhou com pena para Bella. A amiga estava acabada.

–Vá se trocar, eu te dou uma carona para o hospital. –disse Alice.

Sem dizer nada, Bella foi até seu quarto e colocou a primeira roupa que
viu.

Coincidentemente, colocou a blusa que Edward havia lhe dado alguns


dias atrás.

Com carinho, lembrou-se do momento em que ele havia lhe entregado


o pacote.

“Com todo o meu amor... Para você usar quando eu não estiver por
perto”, ele havia dito.

Bella aceitou de bom grado, apesar de nunca ter gostado muito de


receber presentes. Porém, quem estava dando era Edward, ela não podia
recusar.

Ouviu uma batida leve na porta e voltou ao presente.

–Podemos ir? –perguntou Alice.

Bella assentiu.

Ao chegarem ao hospital, Bella conseguiu acesso a informações


rapidamente. Ela agradeceu mentalmente sua formação.
–Como ele está?

A família toda estava reunida na sala de espera, e para a surpresa de


todos quem havia perguntado era Emmet.

–Ele está estável. O médico disse que é mais uma crise, mas que dessa
vez ele vai ter que ficar internado por mais tempo.

–Oh, meu deus! –lamentou Esme.

Carlisle a abraçou, reconfortando-a. Jasper abraçou Alice, que também


chorava.

Bella sentiu uma mão segurar firmemente a sua.

Era Emmet.

–Ele é forte, não se preocupe. –ele disse.

Bella deu um pequeno sorriso.

–Eu é que não sou, Emmet. –Bella disse.

Uma hora depois, liberaram a família para vê-lo.

Todos foram apenas Bella que preferiu ficar um pouco sozinha.

Olhou para suas mãos.

E uma memória veio à tona.

“-Não Edward – ela gargalhava - esta me fazendo cócegas! Pare!

–Não Bella! Só quando você disser!

–Ta bom, ta bom! –ela implorou.

–Então diga.

–Edward, todo poderoso, gostoso e lindo, eu te amo. –ela cedeu.

Ele a olhou nos olhos, cheio de desejo.

–Agora em francês. –mandou.

–Edward, puissant, beau et bel ensemble... Je t’aime. –sussurrou,


sedutora.
Ele gemeu, extasiado.

Ele passou a mão por todo o corpo dela e, ao chegar nas mãos finas e
femininas, ele parou.

Segurou a mão esquerda perto da boca e a beijou, pensativo.

–O que foi? –ela perguntou, preocupada.

–Nada, eu só estava pensando... –a voz morreu.

–O que? –perguntou curiosa.

Ele piscou varias vezes, claramente tentando espantar um pensamento.

–Que eu te amo.”

Ela olhou para a mão onde Edward havia beijado.

Ainda podia sentir o calor dos lábios macios.

Como o amava...

Notou que a família de Edward já havia encerrado a visita então Bella


decidiu ir até o quarto.

Entrou com cuidado para não fazer barulho, porém Edward estava
acordado.

–Olá amour... –ela disse.

–Bella...

Sua voz era fraca e rouca.

–Como está se sentindo? –perguntou.

–Estou... Cansado. –seus olhos mal se mantinham abertos.

Ela olhou no monitor próximo a cama hospitalar.

Os batimentos estavam muito fracos.

Bella colocou a mão na cabeça de Edward e começou a acaricia-la


levemente.

Edward foi adormecendo.


Quando Bella achou que ele já havia adormecido, ela aproximou os
lábios do ouvido de Edward.

–Por favor... Por favor, não morra agora, meu amor. –Ela implorou.

O corpo de Edward respondeu imediatamente.

Os batimentos ficaram mais fortes e ele suspirou.

“-Não, Edward... Assim vai acorda-lo! – ela brigava.

–Mas Bella, olha como ele está deitado. Deve estar desconfortável! –
insistiu.

–Edward... Ele é um bebê! Para ele essa posição é confortável. Deixe-


o dormir.

Derrotado, Edward olhou para o filho.

Como era lindo.

Seu pequeno Edward Lucas, adormecido no berço, parecia um


pequeno anjo.

Ele não dava trabalho e com poucos meses de vida já dormia quase
uma noite inteira.

Olhou para Bella, porém não encontrou o sorriso que ele imaginava.

Ela o olhava com cara assustada.

Ela a viu abrir a boca e gritar.

O cenário mudou.

Bella estava encostada na porta de entrada da cobertura, sentada no


chão, abraçando os joelhos junto ao peito.

Ela chorava.

Ele a chamou.

Porém ela não parecia escutar.

–Oh Edward... Por que?... –Ela lamentava.

Ele tentou se aproximar, porém algo o impedia.


Algo o prendia.

Ele fechou os olhos com força e pediu para que aquela agonia parasse.

Ouviu mais um grito.

Então abriu os olhos.”

Sobressaltado, Edward percebeu que estava no hospital e que Bella


ressonava tranquilamente no pequeno sofá ao lado da cama.

Ela estava encolhida e abraçava a barriga.

Edward franziu o cenho.

Havia algo...

Algo nele estava diferente.

Ele não sabia o que era, mas sabia que seja lá o que fosse, tinha muito
poder.

Olhou para a o céu estrelado através da janela.

Seus olhos continham algumas lágrimas.

–Por favor, me deixe viver. –implorou.

Um tempo depois ele caiu novamente no sono.

Em algum lugar, alguém havia ouvido o pedido de Edward.

Notas finais do capítulo


E ai meninas? o que estão achando? opiniões, opiniões! O que foi esse sonho
de Edwar, han? Peço que comentem, por favor. Comentários estimulam nós,
escritoras, a continuarmos escrevendo e nos indica se estamos no caminho
certo ou não.

(Cap. 8) Dia 83
Notas do capítulo
Galera!! Emoções fortes estão por vir! muhahahah!

–Eu não sei Alice... –respondeu Bella, pensativa – Mas ele realmente
me parece melhor.

Alice a olhou.

Bela estava cansada, visivelmente mais magra e tinha olheiras.

Alice estava preocupada com a saúde da amiga.

–Você tem comido direito?

Bella a olhou, nervosa.

–Eu... Não tenho conseguido comer muito bem. Minha cabeça dói
constantemente. Fico muito tonta... Nada me parece muito apetitoso. – Bella
respondeu.

–Você precisa se alimentar, Bella. Edward logo logo voltará para casa,
você precisa estar bem para ele.

Bella apenas assentiu.

Ficaram em silencio por um tempo até que Bella se lembrou de algo.

–Alice... Quando Edward e eu fomos até a casa de seus pais aquela vez,
ele mencionou alguém chamado James. Ele não me chegou a responder quem
era. Quem é James, Alice?

Alice se arrumou na cadeira, visivelmente desconfortável com a


pergunta.

–James é nosso irmão mais novo, Bella.

–E por que ele não está aqui apoiando Edward, Alice? – ela perguntou,
irritada. –Ele deveria estar aqui com Edward!

–Bella, James... Ele se afastou da família faz muito tempo. Ninguém


sabe onde ele está. Se está vivo.

–O que houve?

–Bella... James tinha problemas. Ele... Quando ele tinha 19 anos,


brigou com um garoto na escola por causa de uma menina. Quando ele queria
algo, ia até o fim do mundo para conseguir. E bem, James ficou tão
descontrolado durante a briga que, quando parou com os socos, o garoto já
não respirava mais.

Bella arfou.

–Ele foi preso. Nosso tio, Aro, era advogado. Mas perdeu o processo.
James então jurou vingança. Disse que ia trazer muita dor para família Masen.
Minha mãe foi visita-lo na cadeia, mas ele recusou todas as visitas. Até que
Esme achou melhor deixa-lo se curar com o tempo. Ele nunca mais deu
notícias. Alguns anos atrás, recebemos algumas ameaças por cartas. Esme
logo reconheceu a letra dele. Ela não deixou ninguém denuncia-lo.

–Mas... Como ele poderia fazer isso com a própria família? – Bella
perguntou, chocada.

–Ele não se considerava da família. James era filho de uma amiga de


Carlisle. A mulher era sozinha na vida e quando ela morreu no parto, meus
pais decidiram adota-lo.

Bella tomou mais um gole de seu café e depois olhou para Alice,
desculpando-se.

–Desculpe faze-la lembrar disso. –lamentou.

–Você é da família agora, Bella. Tem o direito de saber. –Alice sorriu.


–E para falar a verdade, é bom desabafar depois de tanto tempo.

As duas se levantaram e depois de um abraço demorado, voltaram para


o quarto onde Edward estava.

E quem encontraram com Edward fez com que Alice arfasse de susto.

–James? –ela perguntou. –O que faz aqui?

Bella arregalou os olhos surpresa.

Que coincidência.

Ele estava com os braços cruzados, ao pé da cama de Edward, olhando-


o fixamente.

Ao ouvir a voz de Alice, ele se virou.

–Olá, irmã. –ele cumprimentou.


Mas os olhos dele estavam em Bella.

–Não vai me apresentar sua amiga? –ele perguntou.

Alice sentiu a maldade no ar.

Na defensiva, segurou a mão de Bella e inconscientemente colocou-a


um pouco atrás dela.

–Essa é Bella. Ela está com Edward, James. –Alice disse.

Ele ergueu uma sobrancelha.

–Edward sempre conseguiu as melhores. –criticou.

–Olá, James. –Bella cumprimentou relutante.

Saindo de trás de Alice, Bella foi até Edward e beijou os lábios dele
levemente.

Pode sentir os olhos de James queimando em suas costas.

Edward abriu os olhos e sorriu ao ver a amada.

–Bom dia, amor. –ele disse.

–Boa tarde, amor. Já são três horas. –ela riu baixinho.

–Nossa... Eu dormi tanto! Mas estou me sentindo tão bem... –ele abriu
um grande sorriso.

James pigarreou.

Quando Edward cruzou o olhar com James, seu sorriso morreu


instantaneamente.

–O que faz aqui? –perguntou brutalmente.

–Eu não poderia deixar meu irmãozão sozinho em uma situação dessas,
não é? Principalmente agora. –disse, olhando sugestivamente para Bella.

–Vá embora! –Edward gritou, tentando levantar.

Bella o segurou.

–Edward, pare. Por favor.


–Eu não estou sozinho, James. Eu tenho Bella, tenho minha família. –
Edward disparou. –Pode ir embora. Agora.

–Ora, ora... Sua família Edward? Esqueceu que sou seu irmão? E, é
claro, eu não iria perder a oportunidade de me reencontrar com Emmet. Alias,
como está a namorada dele... Aurora, não é?

Edward fez mais força para se levantar.

Alice foi até Bella para ajuda-la a segura-lo.

–Edward, não. –pediu.

Edward estava furioso.

James levantou um pedaço de fio de energia.

–Soube que foi o freio... –ele riu. –É incrível como um pedaço de fio
pode mudar a vida das pessoas, não é?

Alice o olhou.

–Foi você, não foi? – ela chorava – Como pode, James? Depois de tudo
o que fizemos... Como pode? Você a matou, James! Você acabou com a vida
de Emmet!

E em um segundo, Alice estava diante dele, socando-o no peito.

–Você é um monstro! Um monstro! –gritou.

Ele não se mexeu.

Ela parou, olhou-o nos olhos.

–Você vai pagar. Por tudo. –ela disse, saindo pela porta.

Ele andou lentamente até Edward.

Edward olhou para Bella.

–Se afaste. –ele pediu a ela.

Então James sussurrou algo no ouvido de Edward.

Bella viu Edward arregalar os olhos e olhar para ela.

Ele estava assustado.


Seguranças romperam pela porta e seguraram James, arrastando-o para
fora do quarto.

–Você tem uma semana, Edward. Uma semana! Ou você sabe o que
vai acontecer. –Ele gritou.

Edward olhou para Bella e depois para a porta que já se fechava,


deixando-os sozinhos.

–Edward? O que ele disse? Edward? –

–Bella? Por favor, se acalme. –Ele pediu.

–Me acalmar? Você está na cama de um hospital, nervoso, e quer que


eu me acalme? Eu não consigo Edward.

Ele se sentou com um pouco de dificuldade pelo estresse, e ergueu a


mão até a cômoda ao lado da cama.

Pegou um saco de veludo.

–Fuja comigo Bella. –ele implorou. –Vamos embora daqui, Bella. Eu,
você e minha família. –ele tirou um pequeno anel de diamantes do saco. –
Case-se comigo, Bella.

Bella o olhou emocionada.

–Claro que eu caso, Edward! Oui! Avec tout mon amour! –disse. –Só
que não podemos ir embora, Edward. Todo o seu tratamento foi construído
aqui. Você esta doente meu amor. Sabe disso.

Com o coração apertado, Edward olhou nos olhos de Bella.

–Então, essa é a prova do meu amor, Bella. –ele disse, colocando o


anel em seu dedo –Não importa o que aconteça, eu sempre vou te amar.

Bella franziu o cenho.

Por que ela não conseguia se sentir plenamente feliz?

–Eu também te amo, Edward. –ela disse, abraçando-o.

Ela o sentiu soluçar a percebeu que ele estava chorando.

–Por favor... Chame a minha família. –ele pediu.


Ela o beijou e saiu.

Edward se lembrou das palavras de James e sentiu uma dor forte no


peito.

Ele tinha uma semana.

Notas finais do capítulo


E ai... O que será que James disse para Edward? E, nossa, como ele é
malvado! Como Emmet irá reagir ao descobrir o que James fez? Meu deus!
Quanta loucura! Peço que comentem, por favor. Comentários estimulam nós,
escritoras, a continuarmos escrevendo e nos indica se estamos no caminho
certo ou não.

(Cap. 9) 90 dias com ela.


Notas do capítulo
'JÁ AVISANDO QUE TEREMOS UMA CONTINUAÇÃO!' Bom galera,
chegamos ao "ultimo" capítulo da fic. Amanhã postarei o epílogo e
informações sobre a continuação. NÃO ME MATEM! Beijinhos!! sz

Bella o olhou.

–Edward, você tem certeza que quer que eu vá? –ela perguntou
hesitante.

–Por favor, Bella. Vá para casa, descanse um pouco. Eu não vou a


lugar nenhum mesmo. –ele argumentou.

Bella sabia que Edward estava escondendo alguma coisa dela.

Desde a visita de James que Edward insistia para Bella sair do hospital
várias vezes ao dia.

Ela o observou mais uma vez.

Ele evitava olhar nos olhos dela e fica se arrumando na cama, inquieto.

–Edward, o que está acontecendo? Você não quer mais casar comigo, é
isso?
Finalmente, ele olhou nos olhos dela.

E o que viu, deixou Bella assustada.

–Eu te amo, Bella. Te amo com todas as minhas forças, NUNCA se


esqueça disso. Mas agora eu preciso ficar sozinho.

E Bella finalmente entendeu.

Edward estava se despedindo.

–Eu não vou sair daqui Edward. –ela disse, firme.

Edward suspirou, exasperado.

–Eu preciso ficar sozinho. Você pode entender isso, ou não? –


perguntou rude.

Bella abaixou a cabeça e, após soltar um “esta bem” sussurrado, saiu


do quarto.

Estranhou não encontrar ninguém da família de Edward no caminho até


a saída, mas deu de ombros.

Bella passou a tarde inteira sentada em um parque próximo ao hospital


e em certo momento, sentiu um vazio tão grande no peito que precisou abraçar
os joelhos de encontro ao peito.

O que estava acontecendo? Por que Edward fora tão frio com ela?

Já estava anoitecendo quando Bella decidiu voltar para o hospital.

Talvez ele estivesse apenas com medo.

Pode perceber que, conforme ia se aproximando do quarto de Edward,


algumas pessoas a olhavam e sussurravam coisas inaudíveis.

Girando a maçaneta, Bella empurrou a porta.

Tinha pessoas encarregadas pela limpeza do quarto. Passavam pano no


chão e trocavam a roupa de cama.

Viu o Médico de Edward (e seu chefe) sentado no sofá com a cabeça


entre as mãos.
–Doutor? Onde está Edward? Ele mudou de quarto? – ela perguntou,
abrindo um pequeno sorriso.

O médico a olhou, seus olhos estavam vermelhos.

–Laurant, onde está meu Edward? – sua voz começava a ficar


embargada.

–Bella... –ele começou.

–Onde está Edward?! –ela falou mais alto.

–Bella, ele... – ele parecia ter dificuldade para pronunciar as palavras.

Ela não o deixou terminar.

–Não... –sussurrou.

E então saiu correndo.

POV Bella

Ouvi Laurant gritar meu nome e dizer alguma coisa, porém nada mais
me importava.

Eu não conseguia enxergar nada, tudo parecia um borrão.

Minha mente estava confusa.

Edward estava melhorando.

Eu havia ouvido o médico dizer que ele estava bem. Sim, tinha ouvido!

Parei de correr quando senti as primeiras gotas de chuva cair em meu


corpo.

Peguei o celular e disquei o numero de Alice.

Caixa postal.

Tentei a casa, nada.

Liguei para Esme, porém ela também não atendia.

Por que não atendiam?

Andando lentamente, fui até a cobertura que dividia com Edward.


Minhas mãos tremiam tanto que levei algum tempo até conseguir abrir
a porta da frente.

Fui até o armário de Edward e segurei uma de suas camisas.

Seu cheiro impregnava o local.

Olhei para a cama e nossas memórias vieram com força total.

Edward me tocando, dizendo que me amava.

Fui até a porta de entrada e fiquei a olhando por muito tempo,


esperando Edward entrar pela porta e me dizer que tudo não passava de um
engano. Que ele realmente estava melhor e vivo.

Foi quando notei um pedaço de papel no chão.

Parecia ter caído da mesa perto da porta.

Desdobrando-o, reconheci a letra de Alice.

“Bella, minha querida,

Sabemos o quanto você fez Edward feliz em seus últimos dias, o quanto
você o amou e o quanto lhe proporcionou.

Agradecemos profundamente por você ter apresentado a Edward algo


que ele não queria acreditar que existia: esperança.

Mas é por esse mesmo motivo, que não queremos você por perto.

Edward te amou, te respeitou, e olhar para você nos faz lembrar ainda
mais de que ele não está mais aqui.

Nós pedimos perdão,

Eu, Jasper, Esme, Carlisle e Emmet sentimos muito.

Adeus, A família Masen. “

Meu coração não podia estar mais despedaçado.

Eu estava sozinha.

Eles sentiam muito?

Eles tinham um aos outros.


Mas eu...

Eu havia perdido tudo.

Edward, meu Edward, estava morto.

Meu coração foi acelerando conforme a ideia se aprofundava em meu


peito.

Ele estava morto e embora eu já estivesse “preparada” para isso, a dor


não foi menor ou menos intensa.

Na verdade, foi pior, muito pior.

Porque eu já sabia e mesmo assim me deixei envolver.

Passei os braços em volta da minha barriga e me permiti escorregar na


parede até o chão, encolhendo-me.

Depois de alguns minutos olhando para o nada sem nenhuma reação,


senti minha garganta arder.

Finalmente, as lagrimas vieram...

E com elas, o meu grito de desespero.

FIM DO POV BELLA

O grito pode ser ouvido da rua.

E, ao ouvi-lo, ele abriu um grande sorriso.

–Podemos ir. –disse ao motorista.

O carro entrou em movimento.

Discando o número memorizado, ele aproximou o telefone dos lábios.

–Muito bem. – ele gargalhou.

Ouviu algo sendo quebrado do outro lado da linha e desligou.

Suspirando, feliz, ele indicou para o motorista parar no bar mais


próximo.

Afinal, tinha que comemorar.


Notas finais do capítulo
Sério, eu mesma chorei escrevendo o capítulo. Se Edward não morresse, a fic
não teria sentido nenhum, certo? E vamos ao Epílogo! Beijooos Peço que
comentem, por favor. Comentários estimulam nós, escritoras, a continuarmos
escrevendo e nos indica se estamos no caminho certo ou não.

(Cap. 10) Epílogo


Notas do capítulo
Bom, meninas! Está ai o Epílogo! No sábado -isso se eu aguentar até lá- eu
volto com a continuação. Esperam que tenham gostado! Beijos!

Bella olhava para o pequeno ser a sua frente.

Ele adormecia calmamente no berço e ela pode finalmente descansar


um pouco.

Olhou para o relógio ao lado do berço.

Onze horas da noite.

Voltou a olhar para o bebê.

Seu Edward. Edward Lucas.

Sorriu, deixando escapar algumas lágrimas.

Algumas semanas depois da morte de Edward, Bella havia descoberto


que estava grávida.

Sete meses depois que ela perdera seu amor, ela havia dado a luz.

E o bebê que estava diante dela, era o fruto da primeira noite que ela
tivera com Ewdard.

O amava tanto...

Edward Lucas, um menino que nasceu pesando exatamente 3 quilos e


medindo 49 centímetros. Agora, com três meses, Edward Lucas mais se
parecia com um boneco do que com um bebe de verdade.
Ele era um bebê calmo, tranquilo, só chorava quando sentia alguma dor
ou desconforto.

Tão parecido com o pai.

Bella sentiu o coração se apertar.

Como queria que Edward estivesse aqui.

Ouviu uma leve batida na porta e observou o pai entrar com cuidado no
quarto.

–Como ele está? –Charlie perguntou.

–Está bem, dormindo como um anjo. –sorriu orgulhosa.

–E como você está minha filha?

Bella olhou nos olhos do pai e sabia que não precisava mais responder.

Ele sabia como ela estava.

Charlie segurou a mão da filha e, em silencio, foram para a sala da


pequena casa em que moravam.

–Vou fazer um chá para você.

Ela apenas assentiu.

O telefone tocou.

Com pressa para que o barulho não acordasse Edward, Bella atendeu.

–Aló?

Tudo o que teve como resposta foi uma respiração forte soando através
do telefone.

–Olha, você me liga todos os dias, poderia, pelo amor de Deus, me


deixar em paz? –pediu, raivosa.

Nada, apenas a respiração.

Charlie foi até Bella e pegou o telefone da mão dela.

–Nós somos uma família honesta, não temos muito dinheiro, então se
você está fazendo isso para nos marcar e nos assaltar eu te digo uma coisa:
Você não vai querer chegar perto da minha casa, da minha filha e do meu
neto! –gritou.

–Neto? –o outro lado perguntou.

–Sim meu rapaz! Agora para com isso! –e antes que Charlie pudesse
desligar, ele ouviu.

–Edward –ele soltou – É o Edward que está falando, Senhor Swan.

Com o baque, o telefone caiu das mãos de Charlie.

E antes que ele pudesse impedir, Bella pegou o telefone.

–Quem é? –perguntou.

–Bella, amor, sou eu.

E no minuto seguinte, o mundo de Bella pareceu desabar.

Edward estava vivo.

E não era pelas palavras dele que ela sabia que não era mais um trote.

Era a voz.

A voz do homem que ela mais amou na vida.

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