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Eletromagnetismo
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
O campo magnético é resultado do movimento de cargas elétricas, ou seja, é resultado de corrente elétrica.
O campo magnético pode resultar em uma força eletromagnética quando associada a ímãs.
A variação do fluxo magnético resulta em um campo elétrico (fenômeno conhecido por indução
eletromagnética, mecanismo utilizado em geradores elétricos, motores e transformadores de tensão).[2] De
maneira semelhante, a variação de um campo elétrico gera um campo magnético. Devido a essa
interdependência entre campo elétrico e campo magnético, faz sentido falar em uma única entidade
chamada campo eletromagnético.
Índice
História
A força eletromagnética
Eletromagnetismo em escala nano
O eletromagnetismo clássico
Unidades
Ver também
Referências
Bibliografia
Ligações externas
História
Desde a Grécia Antiga, fenômenos magnéticos e elétricos são conhecidos. Tales de Mileto descobriu que se
um pedaço de âmbar fosse friccionado e depois aproximado de pedaços de palha, esses pedaços seriam
atraídos pelo âmbar.[1][4][5] Os filósofos gregos também observaram a existência de ímãs naturais, como
certas pedras que atraíam objetos de ferro quando próximos a elas.[1]
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Mas foi somente no início do século XVII que se começaram a formular explicações científicas destes
fenômenos.[6] Durante estes dois séculos, XVII e XVIII, célebres cientistas como William Gilbert, Oo von
Guericke, Stephen Gray, Benjamin Franklin e Alessandro Volta, entre outros, dedicaram-se a investigar
estes dois fenômenos separadamente e chegaram a conclusões coerentes com seus experimentos.
Na primeira metade do século XX, com o advento da mecânica quântica, o eletromagnetismo teve sua
formulação refinada, com o objetivo de adquirir coerência com a nova teoria. Isto se conseguiu na década
de 1940, quando se completou a teoria quântica eletromagnética, mais conhecida como eletrodinâmica
quântica.
A força eletromagnética
A força que um campo eletromagnético exerce sobre cargas elétricas, chamada força eletromagnética, é
uma das quatro forças fundamentais. As outras são: a força nuclear forte (que mantém o núcleo atômico
coeso), a força nuclear fraca (que causa certas formas de decaimento radioativo), e a força gravitacional.[2]
aisquer outras forças provêm necessariamente dessas quatro forças fundamentais.
A força eletromagnética[9] tem a ver com praticamente todos os fenômenos físicos que se encontram no
cotidiano, com exceção da gravidade. Isso porque as interações entre os átomos são regidas pelo
eletromagnetismo, já que são compostos por prótons e elétrons, ou seja, por cargas elétricas. Do mesmo
modo as forças eletromagnéticas interferem nas relações intermoleculares, ou seja, entre nós e quaisquer
outros objetos. Assim podem-se incluir fenômenos químicos e biológicos como consequência do
eletromagnetismo.
Cabe ressaltar que, conforme a eletrodinâmica quântica, a força eletromagnética é resultado da interação
de cargas elétricas com fótons.
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Maxwell deriva uma equação de onda eletromagnética com uma velocidade para a luz em estreita
concordância com as medições feitas por experimento e deduz que a luz é uma onda eletromagnética.
Essas equações (originalmente 20, (hoje elegantemente reduzidas para quatro) são essenciais para a
compreensão da fotônica em escalas de comprimento macroscópicas.
O eletromagnetismo clássico
O cientista William Gilbert propôs que a eletricidade e o magnetismo,
apesar de ambos causarem efeitos de atração e repulsão, seriam efeitos
distintos. Entretanto marinheiros percebiam que raios causavam
perturbações nas agulhas das bússolas, mas a ligação entre os raios e a
eletricidade ainda não estava traçada até os experimentos que
Benjamin Franklin propôs em 1752. Um dos primeiros a descobrir e
publicar as relações entre corrente elétrica e o magnetismo foi
Romagnosi, que em 1802 afirmou que um fio conectado a uma pilha Eletroímã: um exemplo de
provocava um desvio na agulha de uma bússola que estivesse próxima. aplicação da força
No entanto essa notícia não recebeu o crédito que lhe era devido até eletromagnética
que, em 1820, Hans Christian Ørsted montou um experimento similar.
A teoria do eletromagnetismo foi desenvolvida por vários físicos durante o século XIX, culminando
finalmente no trabalho de James Clerk Maxwell, o qual unificou as pesquisas anteriores em uma única
teoria e descobriu a natureza eletromagnética da luz. No eletromagnetismo clássico, o campo
eletromagnético obedece a uma série de equações conhecidas como equações de Maxwell, e a força
eletromagnética pela Lei de Lorentz.
Uma das características do eletromagnetismo clássico é a dificuldade em associar com a mecânica clássica,
compatível porém com a relatividade especial. Conforme as equações de Maxwell, a velocidade da luz é
uma constante, depende apenas da permissividade elétrica e permeabilidade magnética do vácuo. Isso
porém viola a invariância de Galileu, a qual já era há muito tempo base da mecânica clássica. Um caminho
para reconciliar as duas teorias era assumir a existência de éter luminífero através do qual a luz
propagaria. No entanto, os experimentos seguintes falharam em detectar a presença do éter. Em 1905,
Albert Einstein resolveu o problema com a teoria da relatividade especial, a qual abandonava as antigas
leis da cinemática para seguir as transformações de Lorentz as quais eram compatíveis com o
eletromagnetismo clássico.
Unidades
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Nome da
Símbolo Nome da grandeza Unidade Unidades base
unidade
Diferença de potencial ou
volt V J/C = kg·m2·s−3·A−1
Potencial elétrico
V·A = J/s =
Potência elétrica watt W
kg·m2·s−3
C/V =
Capacitância farad F
kg−1·m−2·A2·s4
carga linear ou
lambda comprimento de
onda
V·s =
Fluxo magnético weber Wb
kg·m2·s−2·A−1
Wb/A = V·s/A =
Indutância henry H
kg·m2·s−2·A−2
função de transferência
coeficiente de temperatura
Fase Inicial
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Fasor
á rigidez dielétrica
Frequência
constante de Planck
constante dielétrica
indutância mútua
momento magnético
carga elementar
Constantes de Tempo
Impedância
constante magnética
campo elétrico
constante de Coulomb
torque
Ver também
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Força Eletromagnética
Equações de Maxwell
Referências
1. Halliday 2012, p. 1
2. Mendes, Mariane. «Eletromagnetismo» (http://www.brasilescola.com/fisica/eletroma
gnetismo.htm). Brasil Escola. Consultado em 14 de março de 2019
3. «Eletromagnetismo» (https://www.todamateria.com.br/eletromagnetismo/). Toda
Matéria
4. «Tales de Mileto e a Eletricidade» (https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/art
igos/educacao/tales-de-mileto-e-a-eletricidade/63173). Portal Educação
5. «Eletricidade - Eletromagnetismo» (http://eletromagnetismo.info/eletricidade.html)
6. Rafael Lopez Valverde. «Historia del Electromagnetismo» (http://www.juntadeandal
ucia.es/averroes/~29009272/1999/articulos/articulo1.PDF) (PDF) (em espanhol).
Consultado em 13 de fevereiro de 2008
7. Clerk Maxwell, James (1873). «A Treatise on Electricity and Magnetism» (https://en.
wikisource.org/wiki/A_Treatise_on_Electricity_and_Magnetism) (em inglês).
Consultado em 20 de novembro de 2007
8. Tesla, Nikola (1856–1943). «Obras de Nikola Tesla» (https://en.wikisource.org/wiki/A
uthor:Nikola_Tesla) (em inglês). Wikisource. Consultado em 20 de novembro de
2007
9. Griffiths,, David J. Eletrodinâmica. [S.l.: s.n.] pp. 203–204
10. Yang, Yi; Zhu, Di; Yan, Wei; Agarwal, Akshay; Zheng, Mengjie; Joannopoulos, John D.;
Lalanne, Philippe; Christensen, Thomas; Berggren, Karl K. (dezembro de 2019). «A
general theoretical and experimental framework for nanoscale electromagnetism»
(https://www.nature.com/articles/s41586-019-1803-1). Nature (em inglês). 576
(7786): 248–252. ISSN 1476-4687 (https://www.worldcat.org/issn/1476-4687).
doi:10.1038/s41586-019-1803-1 (https://dx.doi.org/10.1038%2Fs41586-019-1803-
1)
11. «Maxwell's electromagnetism extended to smaller scales» (https://www.techexplori
st.com/maxwell-electromagnetism-extended-smaller-scales/28487/). Tech Explorist
(em inglês). 12 de dezembro de 2019. Consultado em 12 de dezembro de 2019
Bibliografia
Halliday, David (2012). Fundamentos de Física Volume 3 - Eletromagnetismo (9ª
ed). Rio de Janeiro, RJ: LTC - Livros Técnicos e Científicos.
Ligações externas
1. Forças Magnéticas, materiais e
«Um pouco sobre
indutância.
ELETROMAGNETISMO» (https://sites.go
ogle.com/site/cefetrjalunos/Home/eletr 2. Aplicações das equações de Maxwell
omag-2/Eletromagnetismo2_mat%C3% para campos variáveis em relação ao
A9ria.pdf) (PDF) tempo.
3. Propagação e reflexão de ondas planas
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