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O ALIMENTO FÍSICO(TEMPORAL) E O ESPIRITUAL(ETERNO)

REPRESENTA JESUS.
Todos os que vivem, crentes ou não crentes devem essa vida ao cordeiro de
Deus.
“Embora o sacrifício da manhã e da tarde fosse para a nação como um todo, e
não aproveitasse a ninguém individualmente, servia não obstante a um fim definido para
o indivíduo. Quando um israelita pecava, tinha de levar ao templo uma oferta, e aí
confessar seu pecado. Nem sempre era possível fazer isto, no entanto. O ofensor poderia
morar a um dia de viagem ao mesmo a uma semana, de Jerusalém. Impossível lhe era ir
ao templo todas as vezes que pecava. Para tais casos constituíam os sacrifícios da
manhã e da tarde uma temporária expiação. Provia como que uma proteção até que o
pecador pudesse aparecer em pessoa no tabernáculo e fazer sua oferta individual.
Isto é ilustrado no caso de Jó. Seus filhos iam “e faziam banquetes em casa de
cada um no seu dia”. Jó 1:4. Nessas festas, tinham sem dúvida lugar acontecimentos que
não eram agradáveis a Deus. Jó temia que os filhos pecassem e também que se
esquecessem, ou tardassem a levar o necessário sacrifício. Por esse motivo Jó ”se
levantava de madrugada, e oferecia holocausto segundo o número de todos eles; porque
dizia Jó: Porventura pecaram meus filhos, e blasfemaram de Deus no seu coração.
Assim o fazia Jó continuamente” Vers. 5.
Jó oferecia uma oferta queimada por cada um de seus filhos. “Porventura
pecaram meus filhos”, dizia. Acreditava que essa oferta proveria uma expiação
provisória por eles, até que viesse o tempo em que reconhecessem sua falta e se
prontificassem a ir a Deus por si mesmos.
De igual modo o sacrifício diário da manhã e da tarde, proporcionava temporária
expiação por Israel. Significava ao mesmo tempo consagração e aceitação por meio de
um substituto. Diz-se da oferta queimada individual: “Para que seja aceito por ele”. Lev.
1:4. Se o sacrifício individual era assim ” aceito por ele”, não podemos crer que a oferta
nacional fosse aceita pela nação?
Cristo morreu por todos. Santos e pecadores igualmente partilham do sacrifício
do Calvário. Foi “sendo nós ainda pecadores” que Ele deu a vida em resgate.
Muitos não farão aplicação pessoal do sacrifício, mas permanece o fato de haver
Cristo morrido por eles. Seu sangue os protege. Ampla e cabal providência foi tomada
quanto a sua salvação. Cristo “é o Salvador de todos os homens, principalmente dos
fiéis”. I Tim. 4:10. Toda alma que vive hoje deve a existência ao Gólgota. Não fora pelo
“Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo”, Adão teria ficado sem esperança.
As palavras: “No dia em que dela comeres certamente morrerás”, haveriam selado sua
sorte para sempre. Apoc. 13:8; Gên. 2:17. Mas Adão foi poupado. Não morreu. O
Cordeiro tomou o seu lugar.
O mesmo se dá agora. Deus não mudou. Pecado e pecadores não têm direito de
existir. O pecado é tão ofensivo aos olhos de Deus agora, como no jardim do Éden. Os
pecadores têm permissão de viver e é lhes assegurada uma demora de execução somente
pela virtude do sangue expiatório de Cristo. Porque o Cordeiro morreu, eles vivem. É
lhes garantido um tempo de graça. Dia a dia lhes dá Cristo vida, a ver se “porventura,
tateando” O podem “achar”. Atos 17:27.
O serviço da manhã expiava os pecados cometidos durante a noite anterior; o da
tarde, os pecados cometidos durante o dia.
Como os sacrifícios matutino e vespertino eram para a nação, e cobriam
temporariamente todo pecado cometido durante a noite anterior ou durante o dia,
compreende-se facilmente que alguns dos pecados assim cobertos não estavam
confessados, e talvez nunca o viessem a ser. A menos que se creia que todo homem em
Israel se apercebesse imediatamente de que havia transgredido, e confessasse os
pecados, algum tempo devia mediar entre o cometer o pecado e sua confissão. Isto se
acentuaria naturalmente mais ainda, se algumas semanas ou meses decorressem antes da
confissão. No caso do impenitente, ou dos que apostatavam, seu dia de graça terminava
no dia da expiação. A pessoa que, naquele dia, não afligisse sua alma, era “extirpada de
seu povo”, isto é, seria posta fora de sob o pálio da igreja, excomungada. Lev.23:29.”
(Adreasem, O ritual do santuário,115).
Assim que sem Cristo não existe vida física e nem vida espiritual. E mesmo
aqueles que não o aceitam como seu Senhor e Salvador desfruta de uma vida temporária
graças a seu sacrifício até que seja eliminado no dia do juízo.
“Todos os seres criados vivem pela vontade e poder de Deus. São depositários
da vida do Filho de Deus. Por hábeis e talentosos que sejam, e grande sua capacidade,
todos são providos da Fonte da vida. É Ele a fonte, o manancial da vida. Unicamente
Aquele que tem, Ele só, a imortalidade, e habita na luz e vida, podia dizer: "Tenho
poder para a dar [a vida], e poder para tornar a tomá-la." João 10:18.”(Mensagens
escolhidas vol. 01, 301).
“Aquele que passou pela morte a fim de destruir o que tem o império da morte, é
a Fonte de toda vitalidade.” (Conselhos sobre saúde, 332).
“Como é no mundo natural, assim é também no mundo espiritual. A vida natural
é preservada momento após momento pelo poder divino; não é, porém, sustida por um
milagre direto, mas por meio do uso de bênçãos colocadas ao nosso alcance. Assim,
a vida espiritual é sustida pelo uso dos meios providos pela Providência Divina. Se o
seguidor de Cristo quer crescer "à perfeita varonilidade, à medida da estatura da
plenitude de Cristo" (Efés. 4:13), tem de comer do Pão da Vida e beber da Água da
Salvação.” (Review and Herald, 31 de agosto de 1911).
Que bênçãos são colocadas ao nosso alcance para nos dá vida física?
São várias, mais queremos destacar as duas que mais ilustra os elementos que
nos dão vida espiritual: o pão e a agua.
“Nosso corpo é formado pelo que comemos e bebemos; e como se dá na
economia natural, assim também na espiritual; é aquilo em que meditamos, que dará
força e vigor à nossa natureza espiritual.” (Caminho a Cristo,88).
Essas bênçãos em símbolos já existiam no Antigo testamento.
“Os pães da proposição eram conservados sempre perante o Senhor como uma
oferta perpétua. Assim, era isto uma parte do sacrifício cotidiano. Era chamado o pão da
proposição, ou "pão da presença", porque estava sempre diante da face do Senhor. Êxo.
25:30. Era um reconhecimento de que o homem depende de Deus, tanto para o pão
temporal como o espiritual, e de que este é recebido apenas pela mediação de
Cristo. Deus alimentara Israel no deserto com pão do Céu e ainda dependiam eles de
Sua generosidade tanto para o pão temporal como para as bênçãos espirituais. Tanto o
maná como o pão da proposição apontavam para Cristo, o pão vivo, que sempre
está na presença de Deus por nós. Ele mesmo disse: "Eu sou o pão vivo que desceu
do Céu." João 6:48-51. (Cristo em seu santuário,34).
A agua que saiu da Rocha ferida em Refidim, simbolizava o Dom de Deus
concedido graças o sacrifício e entronização de Cristo.
"E todos comeram dum mesmo manjar espiritual. E beberam todos duma
mesma bebida espiritual, porque bebiam da pedra espiritual que os seguia, e a
pedra era Cristo." I Cor. 10:3. Em todas as suas peregrinações, os hebreus tiveram a
Cristo como seu guia. A rocha ferida tipificava Cristo, que devia ser ferido pelas
transgressões dos homens, para que a fonte de salvação pudesse jorrar para todos.”
(Atos dos apóstolos, 315).
Jo 7:37-39: "Ora, no seu último dia, o grande dia da festa, Jesus pôs-se em pé e
clamou, dizendo: Se alguém tem sede, venha a mim e beba. Quem crê em mim, como
diz a Escritura, do seu interior correrão rios de água viva. Ora, isto ele disse a respeito
do Espírito que haviam de receber os que nele cressem; pois o Espírito ainda não
fora dado, porque Jesus ainda não tinha sido glorificado."
“O sacerdote havia, naquela manhã, realizado a cerimônia que comemorava o
ferir da rocha no deserto. Essa rocha era um símbolo dAquele que, por Sua morte, havia
de fazer com que brotassem vivas correntes de salvação para todos os sedentos. As
palavras de Cristo eram a água da vida. Ali, em presença da reunida multidão, Ele Se
pôs à tarde para ser ferido, a fim de que água da vida pudesse brotar para o mundo.
Ferindo a Cristo, Satanás pensava destruir o Príncipe da vida; mas da ferida rocha
correu água viva. Ao falar Jesus assim ao povo, o coração deste pulsou com estranho
respeito, e muitos estavam dispostos a exclamar, como a mulher de Samaria: "Dá-me
dessa água, para que não mais tenha sede."(DTN,454)
Quais são os meios providos pela Providência Divina que nos possibilita nos
alimentarmos de Cristo nos dando vinda física e espiritual?
“Disse nosso Salvador: "Se não comerdes a carne do Filho do homem, e não
beberdes o Seu sangue, não tereis vida em vós mesmos. ... Porque a Minha carne
verdadeiramente é comida, e o Meu sangue verdadeiramente é bebida." João 6:53-55.
Isso é verdade quanto à nossa natureza física. Mesmo esta vida terrestre devemos à
morte de Cristo. O pão que comemos, é o preço de Seu corpo quebrantado. A água
que bebemos é comprada com Seu derramado sangue. Nunca alguém, seja santo ou
pecador, toma seu alimento diário, que não seja nutrido pelo corpo e o sangue de Cristo.
A cruz do Calvário acha-se estampada em cada pão. Reflete-se em toda fonte de
água. Tudo isso ensinou Cristo ao indicar os emblemas de Seu grande sacrifício. A luz
irradiada daquele serviço de comunhão no cenáculo torna sagradas as provisões de
nossa vida diária. A mesa familiar torna-se como a mesa do Senhor, e cada refeição
um sacramento.” DTN, 660.
Com base nessa citação de Ellen White claramente podemos concluir que o
nosso alimento diário, é uma representação de Cristo. O alimento físico é o meio que
eles nos deixou para que pudéssemos receber vida física. Cada refeição que alimenta
nossas células e símbolo daquele que nos dá vida temporária nesse mundo, mais muito
mais do que isso, se torna o exemplo de nossa nutrição espiritual. O pão físico servido
na ceia simbolizando o corpo de Cristo nos recorda essa providencia. Nesse caso o
momento de nossa refeição deve ser algo especial: “A hora da refeição deve ser uma
oportunidade para comunhão e refrigério social. Tudo que possa acabrunhar ou irritar
deve ser banido. Acariciem-se pensamentos de confiança, afabilidade, gratidão para
com o Doador de todo o bem, e a conversa será animada. Será uma torrente deleitável
de idéias que nos reerguerá sem que nos canse.” (Educação, pág. 206).
“A mesa não é um lugar em que a rebelião deva ser cultivada nos filhos por
alguma atitude irrazoável seguida pelos pais. Toda a família deve comer com alegria,
com gratidão, lembrando-se de que os que amam e obedecem a Deus participarão da
ceia nupcial do Cordeiro no reino de Deus, e de que Jesus mesmo os servirá.” (Carta
19, 1892).
Os símbolos da ceia vão além dos aspecto físicos.
“E quão mais verdadeiras são as palavras de Cristo quanto a nossa natureza
espiritual! Declara Ele: "Quem come a Minha carne e bebe o Meu sangue tem a vida
eterna." É recebendo a vida por nós derramada na cruz do Calvário, que podemos viver
a vida de santidade. E essa vida transmite-se-nos ao receber Sua palavra, fazendo as
coisas que Ele ordenou. Tornamo-nos então um com Ele. "Quem come a Minha carne e
bebe o Meu sangue permanece em Mim e Eu nele. Assim como o Pai, que vive, Me
enviou, e Eu vivo pelo Pai, assim, quem de Mim se alimenta, também viverá por Mim."
João 6:54, 56 e 57. Esta escritura aplica-se, em sentido especial, à santa comunhão.
Quando a fé contempla o grande sacrifício de nosso Senhor, a alma assimila a vida
espiritual de Cristo. Essa alma receberá vigor espiritual de cada comunhão. O serviço
forma uma viva conexão pela qual o crente é ligado a Cristo, e assim ao Pai. Isso forma,
em especial sentido, uma união entre os dependentes seres humanos, e Deus.
(DTN,661).
“Comer a carne e beber o sangue de Cristo é recebê-Lo como Salvador
pessoal, crendo que Ele perdoa nossos pecados, e nEle estamos completos. É
contemplando o Seu amor, detendo-nos sobre ele, sorvendo-o, que nos havemos de
tornar participantes de Sua natureza. O que a comida é para o corpo, deve ser Cristo
para a alma. O alimento não nos aproveita se o não ingerimos; a menos que se torne
parte de nosso corpo. Da mesma maneira Cristo fica sem valor para nós, se O não
conhecemos como Salvador pessoal. Um conhecimento teórico não nos fará bem
nenhum. Precisamos alimentar-nos dEle, recebê-Lo no coração, de modo que Sua vida
se torne nossa vida. Seu amor, Sua graça, devem ser assimilados.” (DTN,389).
“A comida que ingerimos numa refeição não nos satisfaz para sempre.
Precisamos participar cada dia do alimento. Assim devemos comer diariamente a
Palavra de Deus, para que a vida da alma seja renovada. Nos que se nutrem
constantemente da Palavra, Cristo é formado, a esperança da glória. A negligência de ler
e estudar a Bíblia traz carência espiritual....” ( Manuscrito 60, 1901).
“Sou instruída pela Palavra de Deus de que Suas promessas são para mim e para
todo filho de Deus. O banquete está estendido diante de nós; somos convidados a comer
a Palavra de Deus, a qual fortalecerá os músculos e nervos.” (Carta 132, 1900).
A arvore da vida é símbolo de Jesus. Tanto o fruto como as folhas:
“Quando os homens se acercam de vós com suas suposições, dizei-lhes que o Grande
Mestre vos deixou Sua Palavra, a qual é de incalculável valor, e que Ele enviou um
Consolador em Seu nome, a saber: o Espírito Santo. "Esse vos ensinará todas as coisas e
vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito." João 14:26. Aí nos é apresentado um
rico banquete, do qual podem participar todos os que crêem em Cristo como Salvador
pessoal. Ele é a Árvore da Vida para todos quantos continuam a alimentar-se
dEle.... (Carta 132, 1900).
“O conhecimento que vem de Deus é o Pão da vida. É as folhas da árvore da
vida que são para saúde das nações. A corrente da vida espiritual comove a alma à
medida que as palavras de Cristo são cridas e postas em prática. É assim que nos
tornamos um com Cristo.” (Manuscrito 103, 1902).
“A verdadeira árvore da vida, Jesus Cristo, restaurará os seres humanos e a
natureza. Além disso, comer as folhas da árvore da vida por toda a eternidade, pode
também funcionar – estou especulando – como um ato de adoração, lembrando-nos de
que nossa cura foi possível por meio de Jesus. Poderíamos chamar isso de tratamento
preventivo?” (Manuel Rodríguez, Revista “Adventist World” – Janeiro 2012).
“A função da árvore da vida no jardim do Éden, em Gênesis (2:9; 3:22-24),
proporciona a resposta: para perpetuar a vida (ver Gên. 3:22). A árvore da vida no
Apocalipse obtém suas propriedades curativas do trono de Deus e do Cordeiro (Apoc.
22:1, 2). Ezequiel já tinha explicado: "Todos os meses trarão frutos novos, pois suas
águas brotam do santuário" (Ezeq. 47:12, Isa 66:23 BC). Deus e o Cordeiro
permanecem como a fonte viva de vida e bênção por toda a eternidade. A humanidade
redimida precisa recordar durante toda a eternidade que só Deus o Criador tem
imortalidade inerente (ver 1 Tim. 6:16), e que os santos permanecem para sempre
dependendo de seu Redentor para ter vida. Portanto, estamos de acordo com a seguinte
interpretação da Ellen White sobre a necessidade da árvore da vida:
"A árvore da vida é uma representação do cuidado protetor de Cristo por seus
filhos. Quando Adão e Eva comiam dessa árvore reconheciam sua dependência de
Deus. A árvore da vida possuía o poder de perpetuar a vida, e enquanto comessem dela
não podiam morrer". (Review and Herald, 26 de janeiro de 1897; citado em 7 CBA
999).
"O fruto da árvore da vida no jardim do Éden possuía virtudes sobrenaturais.
Comer dela equivalia a viver para sempre. Seu fruto era o antídoto da morte. Suas
folhas serviam para manter a vida e a imortalidade"”. Signs of the Times [Sinais dos
Tempos), 31 de março de 1909; citado em 7 CBA 999. (lans K. larondelle, Profecias do
tempo do fim,622).
Até mesmo na eternidade ainda existirá alimento físico (fruto e folhas da arvore da vida)
como símbolo de Cristo, e ao se alimentarmos dos mesmos, estaremos nos alimentando
de Jesus, o único que pode nos conceder vida eterna. Maranata!
Pr. Eduilio de Oliveira.

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