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ESCOLA DE DIREITO

MEIOS ADEQUADOS DE RESOLUÇÃO DE CONFLITOS

ALESSANDRO MEILE COSTA

RESENHA CRÍTICA DA OBRA ‘HISTÓRIA DE UM CASAMENTO’

PROFESSORA: ERICA OLIVEIRA CAVALCANTI

PAULISTA/PE
MARÇO 2021
ALESSANDRO MEILE COSTA

RESENHA CRÍTICA DA OBRA ‘HISTÓRIA DE UM CASAMENTO’

Trabalho apresentado ao Centro Universitário dos


Guararapes (UniFG) como requisito para obtenção de
nota A1 da disciplina Meios Adequados de Resolução
de Conflitos, seguindo as diretrizes em vigor da
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), sob
a Orientação da Professora Erica Oliveira Cavalcanti.

PAULISTA/PE
MARÇO 2021
1. INTRODUÇÃO

O trabalho do filme que conta a história do divórcio de um casal com um filho menor,
reflete o ponto de vista de cada um dos personagens e trata da dificuldade de se encerrar um
casamento e todas as implicações que a separação implica, tanto emocional como burocrático.
Mesmo mantendo sentimentos um pelo outro; vemos o desgaste da relação (com citações
a violência) e os efeitos que a separação gera nos dois: agressividade; perda financeira; desgaste
emocional, físico e pessoal; concluindo em uma verdadeira luta judicial.

AVALIAÇÃO DA CONDUÇÃO DO CONFLITO FAMILIAR ENVOLVENDO


INTERESSE DE MENOR.

A mulher insatisfeita com seu estado de trabalho, por vezes inibida pelo marido e
morando longe de sua família decide pelo divorcio; o marido, apesar do corre-corre do seu
trabalho, é levado a procurar um advogado, chegando então a disputar a guarda do filho.
Em via de regra não houve nenhuma consulta sentimental ao menor, que foi levado de
casa em casa devido ao excesso de individualismo de ambas as partes, havendo até um ato de
agressão verbal por parte do pai. A decisão de qual a melhor cidade de onde o menor deveria
residir não ficaram muito claras, existindo uma disputa de não melhor adequação, mas de posse.
O conteúdo disso tudo foi a mulher, que devido ao seu ego e orgulho para alcançar o sucesso
almejado e sua equiparação profissional frente ao marido, resolveu dissolver a família, pouco se
importando com os sentimentos do filho ou do marido.
O filho suportou bem essa transição suportando ate um desgaste físico, existindo porem
uma resistência aos pedidos e ordens do pai e um desapego emocional e dos hábitos familiares
de vários anos frente ao pai,que o levou a se isolar em seu mundo de brinquedos.

ANDAMENTO DAS TRATATIVAS JUDICIAIS E CONSENSUAIS SOBRE O


DIVÓRCIO E A GUARDA (ANÁLISE DOS CUSTOS EMOCIONAIS, FINANCEIROS,
SOCIAIS E FAMILIARES DE CADA FORMATO DE RESOLUÇÃO)

O desenvolver do divorcio começa bem; com um terapeuta matrimonial tentando


explorar os sentimentos um pelo outro, um leve afastamento em que as partes estão em cidades
distintas e uma separação amigável. A partir da hora em que a advogada transforma em um
divórcio litigioso é onde começa o verdadeiro desgaste.
O marido emocionalmente e financeiramente foi o mais afetado, pois o casal vivia feliz,
sem grandes problemas financeiros, um filho saudável para criar e crescendo profissionalmente.
O marido é quem teve que se movimentar entre as cidades, hotel, aluguel de casa, procura por
advogado com um preço exorbitante e um quase estreitamento da relação com o filho.
O envolvimento da criança, da família e dos amigos ficou bem restrito, nimguem tomou
partido por um dos lados do casal, deixando para eles todo o desenrolar da historia, não
existindo com isso nenhuma intervenção em ambas as partes.

A (IN)ADEQUAÇÃO DO COMPORTAMENTO PROFISSIONAL DOS ADVOGADOS


AO LIDAR COM O CASO

É de surpreender as condutas antiéticas dos advogados. A ganância por dinheiro,


popularidade, as insinuações de alto prestigio, o estimulo para discordância e agressividade
foram realmente as estrelas do filme.
O que era um processo de separação amigável tornou-se um divórcio litigioso. As partes
(principalmente a mulher) tem suas razoes para pedir o divorcio, mas, os advogados quebraram
qualquer sentimento de fazer uma coisa amigável, passando do processo de fazer com que se
sentissem coitados, ate ao estimulo de entrarem numa espécie de jogo. Em especial fica a cena
em que os advogados em frente ao juiz deixam de lado a razão e em certa parte o próprio sentido
de estarem no tribunal e começam uma disputa que chegam a se agredir mutuamente.
A falta de comportamento dos advogados pelo lado da união familiar foi regra, foram
vistos estímulos a não convivência do casal, falta de ética cultural-religiosa, antecipação de
acontecimentos inerentes ao divorcio, apelativos emocionais pela criança e ate inadimplência
pelo paz do convívio fraterno entre os seres humanos.

PARECER DO ALUNO SOBRE A INDICAÇÃO DE COMO A MEDIAÇÃO PODERIA


SER APLICADA PARA LIDAR MAIS ADEQUADAMENTE COM O CONFLITO
INSTAURADO

É preciso negar os comentários que nas tratativas houve uma quebra da argumentação
com o pedido de almoço por parte do mediador. Faltou no filme um clima de consenso entre
ambas as partes, com conversas mais orientadas para que não houvesse todo o desgaste
financeiro e emocional que uma ruptura traumática traria e talvez ate um meio termo para que
não houvesse o divorcio, já que ainda existia um sentimento entre eles.
No inicio do filme o terapeuta de casal estava conduzindo bem servindo de conciliador,
analisou ambos e fez com que listassem o que um admirava no outro. Um dos caminhos da
mediação poderia ser essa tentativa de aflorar os sentimentos positivos e fazer com que
debatessem um meio termo alternativo para sua convivência sem resumir a vida profissional há
apenas uma pessoa, nem deixar que o ego de outra impere na relação.

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