Você está na página 1de 16

ZOLGENSMA®

onasemnogeno abeparvoveque

APRESENTAÇÕES
Zolgensma® 2,0 × 1013 gv/mL*
(*gv/mL = corresponde a quantidade de genomas virais por mL)

Frascos contendo 5,5 mL ou 8,3 mL de suspensão para infusão intravenosa.

Zolgensma® tem uma concentração nominal de 2,0 x 1013 gv/mL e em cada frasco contém um volume
extraível de não menos que 5,5 mL ou 8,3 mL.

A dose intravenosa recomendada é de 1,1 x 1014 gv/Kg por paciente pediátrico. Para maiores informações
consulte o item “8. POSOLOGIA E MODO DE USAR”.

Zolgensma® é fornecido em forma de kit contendo 2 a 9 frascos. Para maiores detalhes sobre a composição
dos kits consulte o item “7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO”.

VIA INTRAVENOSA
USO PEDIÁTRICO ABAIXO DE 2 ANOS

COMPOSIÇÃO
O Zolgensma® é uma suspensão para infusão intravenosa de uma terapia gênica baseada em um vetor viral
adeno-associado. Trata-se de um AAV9 recombinante autocomplementar contendo uma codificação
transgênica da proteína humana de sobrevivência do neurônio motor (SMN), sob o controle de um promotor
híbrido CMV enhancer / beta-actina de galinha.

Cada mL contém onasemnogeno abeparvoveque em uma concentração nominal de 2,0 × 1013 gv/mL
(genomas virais).

Excipientes: trometamol, cloreto de magnésio, cloreto de sódio, poloxaleno, ácido clorídrico e água para
injetáveis.

O Zolgensma® é embalado como suspensão estéril e não contém conservantes.

INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

ADVERTÊNCIA: HEPATOTOXICIDADE
• Lesão hepática aguda grave e elevação das aminotransferases podem ocorrer com o uso de
Zolgensma®.
• Os pacientes com comprometimento hepático preexistente podem estar em maior risco.

Antes da infusão, avaliar a função hepática de todos os pacientes mediante exame clínico e exames
laboratoriais (p. ex., aminotransferases hepáticas [aspartato aminotransferase (AST) e alanina
aminotransferase (ALT)] e bilirrubina total). Administrar corticosteroide sistêmico para todos os
pacientes antes e depois da infusão de Zolgensma®. Monitorar a função hepática durante pelo menos 3
meses após a infusão.

1. INDICAÇÕES
Zolgensma® é uma terapia gênica baseada em um vetor viral adeno-associado, indicada para o tratamento
de pacientes pediátricos abaixo de 2 anos de idade com atrofia muscular espinhal (AME), com:
• mutações bialélicas no gene de sobrevivência do neurônio motor 1 (SMN1) e diagnóstico clínico
de AME do tipo I, ou;

VPS4 = Zolgensma®_Bula_Profissional 1
• mutações bialélicas no gene de sobrevivência do neurônio motor 1 (SMN1) e até 3 cópias do gene
de sobrevivência do neurônio motor 2 (SMN2).

Limitações de uso:
• A segurança e a eficácia da administração repetida de Zolgensma® não foram avaliadas. Consulte
o item “9. REAÇÕES ADVERSAS”.
• O uso de Zolgensma® em pacientes com AME avançada (p. ex., paralisia total dos membros,
dependência permanente de ventilação) não foi avaliado. Consulte o item “2. RESULTADOS DE
EFICÁCIA”.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA
A eficácia de Zolgensma® está estabelecida com base em três estudos.

Estudo de Fase 3 AVXS-101-CL-303 em Pacientes com AME Tipo 1


O AVXS-101-CL-303 (Estudo 303) é um estudo de Fase 3, aberto, de braço único, de dose única da
administração intravenosa de Zolgensma® na dose terapêutica (1,1 × 1014 gv/kg). Vinte e dois pacientes
foram incluídos com AME de início na infância. A idade dos pacientes na administração variou de 0,5 a
5,9 meses. Dos 22 pacientes incluídos, três pacientes descontinuaram o estudo e dois pacientes
apresentaram um evento (morte ou ventilação permanente), que levou a 90,9% (IC de 95%: 79,7%, 100,0%)
de sobrevida livre de eventos (vivos sem ventilação permanente) em 14 meses de idade (consulte a Figura
1).

Figura 1 - Tempo (meses) até a morte ou ventilação permanente no Estudo 303


Estimativas de Sobrevida de Limite do Produto com Número de Indivíduos em
Risco
+ Censorados
Probabilidade de sobrevida livre de
eventos

Idade (meses)
Estudo

PNCR = coorte de história natural da Pediatric Neuromuscular Clinical Research. STR1VE = Estudo 303.

Para os 14 pacientes no Estudo CL-303 que alcançaram o marco de sentar-se de maneira independente por
pelo menos 30 segundos, a idade mediana quando esse marco foi demonstrado pela primeira vez foi de 12,5
meses (variação de 9,2 a 18,6 meses). Treze pacientes confirmaram o marco de sentar-se de maneira
independente por pelo menos 30 segundos na visita de 18 meses (desfecho coprimário, p < 0,0001). Um
paciente alcançou o marco de sentar-se de maneira independente por 30 segundos com 16 meses de idade,
mas esse marco não foi confirmado na visita do Mês 18. Os marcos de desenvolvimento confirmados por
vídeo para os pacientes no Estudo CL-303 estão resumidos na Tabela 1.

VPS4 = Zolgensma®_Bula_Profissional 2
Tabela 1 - Tempo mediano até o alcance documentado por vídeo de marcos motores no Estudo 303
Número de pacientes
Idade mediana até o
Marco documentado que alcançaram o Intervalo de
alcance do marco
por vídeo marco confiança de 95%
(Meses)
n/N (%)
Controle da cabeça 17/20* (85) 6,8 (4,77, 7,17)
Rolar deitado para os
13/22 (59) 11,5 (7,77, 14,53)
lados
Sentar-se sem suporte
14/22 (64) 12,5 (10,17, 15,20)
por 30 segundos
Sentar-se sem suporte
por pelo menos 10 14/22 (64) 13,9 (11,00, 16,17)
segundos (OMS)
*Foi relatado que 2 pacientes apresentaram Controle da Cabeça pela avaliação clínica na visita basal.

Um paciente (4,5%) também foi capaz de caminhar com assistência com 12,9 meses. Com base na história
natural da doença, não seria esperado que os pacientes que atenderam aos critérios para entrada no estudo
atingissem a capacidade de sentar-se sem suporte, e seria esperado que apenas 25% aproximadamente
desses pacientes sobrevivessem (ou seja, estariam vivos sem ventilação permanente) além dos 14 meses de
idade.

Melhoras na função motora também foram observadas, conforme medido pelo Teste Infantil de Distúrbios
Neuromusculares do Hospital Infantil da Filadélfia (CHOP-INTEND); consulte a Figura 2. Vinte e um
pacientes (95,5%) alcançaram uma pontuação do CHOP-INTEND ≥ 40, 14 pacientes (64%) haviam
alcançado uma pontuação do CHOP-INTEND ≥ 50 e 5 pacientes (23%) haviam alcançado uma pontuação
do CHOP-INTEND ≥ 60. Os pacientes com AME Tipo 1 sem tratamento quase nunca alcançam uma
pontuação do CHOP-INTEND ≥ 40.

Figura 2 - Escore de Função Motora do CHOP-INTEND no Estudo 303


Escore CHOP INTEND

Idade (meses)

Estudo de Fase 1 AVXS-101-CL-101 em Pacientes com AME Tipo 1


Os resultados observados no Estudo 303 são corroborados pelo estudo AVXS-101-CL-101 (estudo de Fase
1 em AME Tipo 1, Estudo 101), no qual Zolgensma® foi administrado na forma de uma infusão intravenosa
única em 12 pacientes de 2,6 kg a 8,5 kg (0,9 a 7,9 meses de idade). Com 14 meses de idade, todos os

VPS4 = Zolgensma®_Bula_Profissional 3
pacientes tratados estavam livres de eventos, ou seja, sobreviveram sem ventilação mecânica, em
comparação com 25% na coorte de história natural. Ao final do estudo (24 meses após a dose), todos os
pacientes tratados estavam livres de eventos, em comparação com menos de 8% na coorte de história
natural; consulte a Figura 3.

Figura 3 - Tempo (dias) até a morte ou ventilação mecânica no Estudo 101

Estratos Estudo 101


Probabilidade de sobrevida livre de eventos

Tempo
n de pacientes

Tempo

PNCR = coorte de história natural da Pediatric Neuromuscular Clinical Research.

Em 24 meses de acompanhamento pós-dose, 10 de 12 pacientes eram capazes de se sentar sem suporte por
≥ 10 segundos, 9 pacientes eram capazes de se sentar sem suporte por ≥ 30 segundos e 2 pacientes eram
capazes de ficar de pé e caminhar sem auxílio. Dez de 12 pacientes do Estudo CL-101 que receberam a
dose terapêutica proposta de Zolgensma® continuam a ser acompanhados em um estudo a longo prazo (até
o momento 5,7 anos após a administração) e todos mantiveram todos os marcos alcançados anteriormente
ou até mesmo alcançaram novos marcos, incluindo sentar-se sem suporte, ficar de pé com auxílio e
caminhar sozinho.

Estudo de Fase 3 AVXS-101-CL-304 em Pacientes com AME pré-sintomática


O Estudo CL-304 é um estudo de Fase 3 em andamento, global, aberto, de braço único, de dose única,
multicêntrico, de Zolgensma® intravenoso em pacientes recém-nascidos pré-sintomáticos de até 6 semanas
de idade com previsão de desenvolvimento de AME Tipo 1 ou 2 com 2 ou 3 cópias do gene de sobrevivência
do neurônio motor 2 (SMN2). O Estudo CL-304 tratou 14 pacientes com 2 cópias do SMN2 e 15 pacientes
com 3 cópias do SMN2. No momento da última visita do estudo antes de 31 de dezembro de 2019, os
pacientes tratados com 2 cópias do SMN2 tinham entre 6 meses e 18,6 meses de idade, e estavam no estudo
por uma média de 10,5 meses (variação: 5,1 a 18,0 meses), e os 15 pacientes com 3 cópias do SMN2 tinham
entre 3,3 e 15,1 meses de idade e estavam no estudo por uma média de 8,74 meses (variação: 2 a 13,9
meses). Todos os pacientes no Estudo CL-304 estavam vivos e livres de ventilação permanente até sua
última visita do estudo antes de 31 de dezembro de 2019. No momento de sua última visita antes do corte
de dados, 6 dos 14 pacientes (42,9%) com 2 cópias do SMN2 tinham menos de 9,2 meses de idade. Os 8
indivíduos mais velhos conseguiram se sentar antes de sua última visita antes de 31 de dezembro de 2019,
em idades que variaram de 6,4 a 11,8 meses, sendo que 7 desses 8 (87,5%) conseguiram se sentar de maneira
independente antes dos 9,2 meses de idade, o percentil 99 para o desenvolvimento desse marco. Doze
pacientes (85,7%) haviam alcançado pontuações do CHOP-INTEND ≥ 60 até o corte de dados de 31 de
dezembro de 2019. Dos pacientes com 3 cópias do SMN2, 10 de 15 pacientes foram capazes de se sentar
sem suporte por no mínimo 30 segundos, 4 pacientes foram capazes de ficar de pé sozinhos sem suporte
por pelo menos 3 segundos e 2 pacientes foram capazes de caminhar pelo menos 5 passos de forma

VPS4 = Zolgensma®_Bula_Profissional 4
independente. Os pacientes com 3 cópias do SMN2 que ainda não tinham alcançado o marco de
desenvolvimento do desfecho primário da Coorte 2 de ficar de pé sozinho sem suporte por no mínimo 3
segundos têm 6,4 a 13,6 meses de idade. Esses pacientes permanecem dentro da janela normal de
desenvolvimento da idade para esses marcos e, portanto, espera-se que eles possam desenvolver essas
habilidades no futuro, conforme o estudo avança.

Referências Bibliográficas
1. AVXS-101-CL-303 Phase 3 Study in Patients with Type 1 SMA;
2. AVXS-101-CL-101 Phase 1 Study in Patients with Type 1 SMA;
3. AVXS-101-CL-304 Phase 3 Study in Patients with pre-symptomatic SMA.
4. RPT-952: A Human Case Study: Biodistribution of AVXS-101 cDNA, mRNA and SMN protein in
Patient 303-001-001 (also known as A18-36). AveXis. 12-Oct-2020.
5. 2.5 Clinical Overview - Rationale for changes to Core Data Sheet (CDS) / Product Information - Acute
Liver Failure. Novartis. 03-Feb-2021.

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
Grupo farmacoterapêutico: Outras drogas para distúrbio do sistema músculo esquelético. ATC:
M09AX09.

Mecanismo de ação
Zolgensma® é uma terapia gênica recombinante baseada em AAV9, desenvolvida para fornecer uma cópia
do gene que codifica a proteína SMN humana. A AME é causada por uma mutação bialélica no gene SMN1,
que resulta em expressão insuficiente da proteína SMN. Observou-se que a administração intravenosa de
Zolgensma® resultou em transdução e expressão de proteína SMN em dois estudos de casos humanos.
Consulte “Propriedades farmacocinéticas”.

Efeitos farmacodinâmicos
Não há dados farmacodinâmicos clinicamente relevantes para Zolgensma®.

Propriedades farmacocinéticas
A excreção do vetor após a infusão com Zolgensma® foi investigada em diversos intervalos de tempo
durante o estudo clínico concluído. Amostras de saliva, urina e fezes foram coletadas no dia após a infusão,
semanalmente até o 30º dia, mensalmente até o 12º mês e, posteriormente, a cada 3 meses. Amostras de 5
pacientes foram usadas para análise da eliminação do DNA do vetor de Zolgensma® até a visita do 18º mês.

O DNA do vetor foi detectado na saliva, na urina e nas fezes após a infusão de Zolgensma®, com
concentrações muito mais elevadas do DNA vetorial encontrado nas fezes do que na saliva ou na urina. A
concentração do DNA do vetor na saliva foi baixa no 1º dia após a infusão e diminuiu até níveis
indetectáveis em 3 semanas. Na urina, a concentração do DNA do vetor foi muito baixa no 1º dia após a
infusão e diminuiu até níveis indetectáveis em 1 a 2 semanas. Nas fezes, a concentração do DNA do vetor
foi muito maior do que na saliva ou na urina durante 1 a 2 semanas após a infusão e diminuiu até níveis
indetectáveis em 1 a 2 meses após a infusão.

A biodistribuição foi avaliada em dois pacientes que receberam a infusão de Zolgensma® na dose de 1,1 x
1014 e que faleceram, respectivamente, após 5,7 e 1,7 meses da infusão. Ambos os casos demonstraram que
os níveis mais elevados de DNA do vetor foram encontrados no fígado. O DNA do vetor também foi
detectado no baço, coração, pâncreas, linfonodos inguinais, músculos esqueléticos, nervos periféricos, rins,
pulmões, intestinos, gônadas, medula espinhal, cérebro e timo. A imunocoloração para proteína SMN
revelou expressão generalizada de SMN nos neurônios motores espinhais, células neuronais e gliais do
cérebro e no coração, no fígado, nos músculos esqueléticos e em outros tecidos avaliados[4-5].

Dados de segurança pré-clínica


Carcinogênese, mutagênese e comprometimento da fertilidade
Nenhum estudo animal foi realizado para avaliar os efeitos de Zolgensma® na carcinogênese, mutagênese
ou comprometimento da fertilidade.

VPS4 = Zolgensma®_Bula_Profissional 5
Toxicologia e/ou farmacologia animal
Em estudos de toxicologia conduzidos em camundongos recém-nascidos, foram observadas toxicidades
cardíacas e hepáticas dependentes da dose após a administração intravenosa de Zolgensma®. Achados no
miocárdio relacionados ao Zolgensma®, em doses de 7,9 × 1013 gv/kg e superiores, incluíram inflamação
celular mononuclear de leve a moderada acompanhada por edema, fibrose leve a moderada e
degeneração/regeneração difusa de células miocárdicas. Outros achados cardíacos em níveis de dose de 1,5
× 1014 gv/kg e superiores incluíram trombose atrial mínima a moderada e dilatação atrial leve a acentuada.

Os achados hepáticos incluíram hipertrofia hepatocelular, ativação de célula de Kupffer, vacuolação


perinuclear e necrose hepatocelular difusa. A toxicidade de órgãos-alvo no coração e no fígado foi associada
com mortalidade em níveis de dose de 2,4 × 1014 gv/kg e superiores, aproximadamente 2,2 vezes mais
elevada do que o nível de dose clínica recomendado.

Em um estudo de toxicologia realizado em primatas não humanos, a administração de uma dose única de
onasemnogeno abeparvoveque por via intratecal, sem tratamento com corticosteroide, resultou em
inflamação celular mononuclear mínima a acentuada nos gânglios da raiz dorsal, com satelitose neuronal,
necrose neuronal ou perda neuronal completa com mineralização rara. A relevância clínica desse achado é
desconhecida.

4. CONTRAINDICAÇÕES
Não há contraindicações.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES
HepatotoxicidadeLesão hepática aguda grave pode ocorrer com o uso de Zolgensma®. Um paciente no
Programa de Acesso Expandido (MAP) dos EUA que apresentou níveis anormais de AST/ALT (> 3 vezes
o LSN) antes da administração de Zolgensma® apresentou piora da lesão hepática aguda após a
administração de Zolgensma®. O paciente apresentou recuperação da lesão hepática no período de 4 meses
com administração de prednisolona.

A administração de Zolgensma® pode resultar em elevações das aminotransferases, o que pode ser grave.
Pacientes com lesão hepática ou infecção viral hepática aguda pré-existente apresentam um risco maior de
lesão hepática grave / insuficiência hepática aguda.

Antes da infusão de Zolgensma®, avaliar a função hepática mediante exame clínico e exames laboratoriais
(aminotransferases hepáticas [AST e ALT] e bilirrubina total). Continuar o monitoramento da função
hepática durante pelo menos 3 meses depois da infusão de Zolgensma® (semanalmente no primeiro mês e
posteriormente a cada duas semanas durante o segundo e terceiro mês, até que os resultados sejam
desprezíveis). Consulte o item “Exames Laboratoriais e monitoramento para avaliação de segurança”.
Administrar corticosteroide sistêmico antes e depois da infusão de Zolgensma®. Consulte o item “Dose e
administração”.

Trombocitopenia
Foram observadas reduções transitórias nas contagens de plaquetas, algumas das quais atenderam os
critérios de trombocitopenia, em diferentes intervalos de tempo após a infusão de Zolgensma®. Monitorar
a contagem de plaquetas antes da infusão de Zolgensma® e depois em intervalos regulares (semanalmente
no primeiro mês e a cada duas semanas durante o segundo e terceiro mês, até que a contagem de plaquetas
retorne ao valor basal). Consulte o item “Exames Laboratoriais e monitoramento para avaliação de
segurança”.

Microangiopatia trombótica
Microangiopatia trombótica (MAT) foi relatada no cenário pós-comercialização de Zolgensma® (ver seção
9. Reações Adversas). A microangiopatia trombótica é caracterizada por trombocitopenia, anemia
hemolítica microangiopática e lesão renal aguda. Os casos foram notificados aproximadamente uma
semana após a infusão de Zolgensma®. A ativação simultânea do sistema imunológico (por exemplo,
infecções, vacinações) foi identificada como um fator contribuinte em alguns casos.

VPS4 = Zolgensma®_Bula_Profissional 6
A trombocitopenia é uma característica chave da MAT, portanto, a contagem de plaquetas deve ser
monitorada (ver subseção Trombocitopenia), bem como os sinais e sintomas de MAT, como hipertensão,
aumento de hematomas, convulsões e diminuição da produção de urina. Se ocorrerem sinais clínicos,
sintomas ou achados laboratoriais consistentes com MAT, gerenciar conforme indicação clínica.

Elevação de Troponina I
Foram observados aumentos nos níveis cardíacos de troponina-I após a infusão de onasemnogeno
abeparvoveque. Níveis elevados de troponina-I encontrados em alguns pacientes podem indicar potencial
lesão do tecido miocárdico. Com base nestes achados e na toxicidade cardíaca observada em camundongos,
os níveis de troponina-I devem ser monitorados antes da infusão com onasemnogeno abeparvoveque e
monitorado por pelo menos 3 meses após a infusão do onasemnogeno abeparvoveque ou até que os níveis
retornem ao intervalo normal de referência para pacientes com AME. Considere a consulta com um
cardiologista, caso necessário.

Resposta imunológica sistêmica


A infecção respiratória concomitante pode aumentar o risco de uma resposta imune sistêmica grave. O
aumento da vigilância no diagnóstico e no tratamento ativo de infecção respiratória viral é recomendado.
Em casos nos quais sinais ou sintomas clínicos de infecção respiratória viral não estejam evidentes no
momento da administração de Zolgensma®, o médico responsável pelo tratamento deve estar ciente da
possibilidade de insuficiência adrenal na presença de resposta imune sistêmica, uma vez que pode exigir
suporte prolongado com prednisolona em maiores doses, a fim de controlar de maneira eficaz o paciente e
evitar complicações graves. A profilaxia sazonal contra o vírus sincicial respiratório (VSR) é recomendada
e deve estar atualizada. Recomenda-se cautela adicional em relação ao momento da administração de
Zolgensma® na presença de doença viral prodrômica ou em recuperação.

Imunogenicidade
Nos estudos clínicos de Zolgensma®, a confirmação do título anticorpo AAV9 de 1:50 ou menor foi
requerido antes da infusão. Não foi estabelecido se a infusão de Zolgensma® pode apresentar um risco de
resposta imunológica para pacientes com anticorpo AAV9 pré-existentes em uma concentração maior. A
segurança e a eficácia de Zolgensma® não foi estabelecida em pacientes com título de anticorpo AAV9
basal acima de 1:50. Os pacientes devem ser testados para a presença de anticorpo AAV9 antes da infusão
de Zolgensma®. Resteste pode ser realizado caso o título de anticorpo AAV9 seja reportado acima de 1:50.
Uma resposta imunológica ao capsídeo do vetor viral adeno-associado do sorotipo 9 (AAV9) ocorrerá após
a administração de Zolgensma®.

AME avançada
Considerando que a AME resulta em danos progressivos e irreversíveis aos neurônios motores, o benefício
de onasemnogeno abeparvoveque em pacientes sintomáticos depende da gravidade da doença no período
do tratamento, com tratamento precoce resultando em maior benefício potencial. Enquanto pacientes
sintomáticos com AME avançada não alcançarão o mesmo desenvolvimento motor geral que os indivíduos
saudáveis, eles podem se beneficiar clinicamente da terapia gênica, dependendo do avanço da doença no
momento do tratamento.

A perda progressiva de neurônios motores é irreversível. O médico responsável deve considerar que o
benefício é seriamente reduzido em pacientes com fraqueza muscular e insuficiência respiratória, pacientes
em ventilação permanente e pacientes incapazes de deglutir.

O perfil benefício / risco de Zolgensma® em pacientes com AME avançada, mantidos vivos através de
ventilação permanente e sem perspectiva de melhora, não foi estabelecido.

Fertilidade, gravidez e lactação


Gravidez
Não há dados disponíveis sobre o uso de Zolgensma® em gestantes. Não foram conduzidos estudos de
toxicidade reprodutiva e de desenvolvimento animal com Zolgensma®.

VPS4 = Zolgensma®_Bula_Profissional 7
Lactação
Não há informação disponível sobre a presença de Zolgensma® no leite humano, efeitos sobre o lactente ou
efeitos na produção de leite.

Fertilidade
Nenhum estudo animal foi realizado para avaliar os efeitos de Zolgensma® no comprometimento da
fertilidade.

Uso pediátrico
A administração de Zolgensma® em recém-nascidos prematuros antes de atingir a idade gestacional a termo
não é recomendada porque o tratamento concomitante com corticosteroides pode comprometer o
desenvolvimento neurológico. Adiar a infusão de Zolgensma® até que a idade gestacional a termo seja
atingida.

Não há informações se a amamentação deve ser restrita no caso de mães que possam ser soropositivas para
anticorpos anti-AAV9.

A segurança do Zolgensma® foi estudada em pacientes pediátricos que receberam infusão aos 0,3 a 7,9
meses (variação de peso entre 3,0 kg a 8,4 kg). Consulte o item “9. REAÇÕES ADVERSAS”.

A eficácia do Zolgensma® foi estudada em pacientes pediátricos que receberam infusão de Zolgensma® aos
0,5 a 7,9 meses (variação de peso entre 3,6 kg a 8,4 kg). Consulte o item “2. RESULTADOS DE
EFICÁCIA”.

Os dados sobre a eficácia e segurança do uso de Zolgensma® em pacientes com idade superior a 6 meses e
peso superior a 13,5 kg são limitados. O médico deve avaliar a relação benefício versus risco para a
realização da infusão, considerando a condição do paciente

Comprometimento hepático
Um paciente que recebeu Zolgensma® desenvolveu lesão hepática aguda grave. Esse paciente apresentou
níveis elevados de aminotransferases antes da infusão de Zolgensma®. Nos ensaios clínicos, foi observada
elevação das aminotransferases nos pacientes após infusão de Zolgensma®. Consulte o item “5.
ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES”.

Este medicamento pertence à categoria B de risco à gravidez e não deve ser utilizado por mulheres
grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
Quando viável, ajustar o cronograma de vacinação do paciente para acomodar a administração
concomitante de corticosteroides antes e após a infusão de Zolgensma®. Consulte o item “Dose e
administração”. Vacinas vivas, como SRC ou tríplice viral (Sarampo, Rubéola e Caxumba) e varicela, são
contraindicadas para pacientes recebendo doses de esteroides substancialmente imunossupressoras (ou seja,
≥ 2 semanas de doses diárias de 20 mg ou 2 mg/kg de peso corporal de prednisolona ou equivalente). A
profilaxia de VSR (vírus sincicial respiratório) sazonal é recomendada.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO


Como fornecer, armazenar e manusear o produto
Fornecimento do medicamento
O Zolgensma® é fornecido como um kit personalizado para atender às necessidades de dosagem para cada
paciente (consulte o item “8. POSOLOGIA E MODO DE USAR”), e cada kit contém:
• Dois (2) a nove (9) frascos de Zolgensma® (consulte a seguir na Tabela 2)

VPS4 = Zolgensma®_Bula_Profissional 8
Tabela 2 - Tamanhos dos kits de Zolgensma ®

Configuração do kit de Zolgensma®


Peso do paciente (kg) Frasco de 5,5 mLa Frasco de 8,3 mLb Total de frascos por kit
2,6 – 3,0 0 2 2
3,1 – 3,5 2 1 3
3,6 – 4,0 1 2 3
4,1 – 4,5 0 3 3
4,6 – 5,0 2 2 4
5,1 – 5,5 1 3 4
5,6 – 6,0 0 4 4
6,1 – 6,5 2 3 5
6,6 – 7,0 1 4 5
7,1 – 7,5 0 5 5
7,6 – 8,0 2 4 6
8,1 – 8,5 1 5 6
8,6 – 9,0 0 6 6
9,1 – 9,5 2 5 7
9,6 – 10,0 1 6 7
10,1 – 10,5 0 7 7
10,6 – 11,0 2 6 8
11,1 – 11,5 1 7 8
11,6 – 12,0 0 8 8
12,1 – 12,5 2 7 9
12,6 – 13,0 1 8 9
13,1 – 13,5 0 9 9
a
A concentração nominal do frasco é de 2,0 × 1013 gv/mL e contém um volume extraível não inferior a
5,5 mL.
b
A concentração nominal do frasco é de 2,0 × 1013 gv/mL e contém um volume extraível não inferior a
8,3 mL.

Cuidados especiais para o armazenamento


• O produto é transportado e fornecido congelado (≤ -60 °C) em frascos transparentes.
• Após o recebimento, colocar o kit imediatamente em um refrigerador entre 2°C a 8°C.
• Zolgensma® é estável por até 14 dias após o recebimento, quando armazenado entre 2ºC a 8ºC.
• NÃO RECONGELAR.
• Deve ser utilizado até 14 dias após o recebimento.

Após descongelado, Zolgensma® deve ser administrado assim que possível. Após preparo da seringa, deve
ser infundido em até 8 horas. Descartar a seringa que contém o vetor se o medicamento não for administrado
no período de 8 horas.

Instruções de uso e manuseio


Cada frasco é para uso único.

Este produto contém organismo geneticamente modificado (OGM). Precauções apropriadas para o
manuseio, descarte e exposição acidental ao Zolgensma® devem ser seguidas:

VPS4 = Zolgensma®_Bula_Profissional 9
• Zolgensma® deve ser manuseado de forma asséptica sob condições estéreis.
• Equipamentos de proteção individual (incluindo luvas, óculos de segurança, jaleco de laboratório
e mangas) devem ser utilizados ao manusear ou administrar Zolgensma®. A equipe não deve
trabalhar com Zolgensma® caso apresente cortes ou arranhões na pele.
• Todos os derramamentos de Zolgensma® devem ser limpos com gaze absorvente, e a área de
derramamento deve ser desinfetada utilizando uma solução com água sanitária, seguida por lenços
com álcool. Todos os materiais de limpeza devem ser colocados em sacos duplos e descartados de
acordo com as diretrizes da instituição e/ou normas específicas para resíduos biológicos.
• Todos os materiais que possam ter entrado em contato com Zolgensma® (ex. frasco, todos os
materiais utilizados para a injeção, incluindo panos estéreis e agulhas) devem ser descartados em
conformidade com as diretrizes da instituição e/ou normas específicas para resíduos biológicos.

Exposição acidental
A exposição acidental ao Zolgensma® deve ser evitada.

Em caso de exposição acidental da pele, a área afetada deve ser cuidadosamente limpa com água e sabão
por no mínimo 15 minutos. Em caso de exposição acidental dos olhos, a área afetada deve ser
cuidadosamente lavada com água por no mínimo 15 minutos.

Precauções especiais para descarte


Qualquer medicamento não utilizado ou material residual deve ser descartado em conformidade com as
diretrizes locais.

A eliminação temporária do vetor de Zolgensma® pode ocorrer, principalmente através de resíduos


corporais. Orientar os cuidadores a respeito do manuseio adequado das fezes do paciente:

• Uma boa higiene das mãos é exigida ao entrar em contato direto com resíduos corporais do paciente
por no mínimo 1 mês após a infusão de Zolgensma®.
• Fraldas descartáveis devem ser fechadas em sacos duplos de lixo descartáveis e descartadas no lixo
comum.

NÃO AGITAR. NÃO RECONGELAR.

O prazo de validade a partir da data de fabricação é de 12 meses na temperatura de ≤ -60 °C.


Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Características do medicamento
Suspensão estéril, límpida a levemente opaca, incolor a levemente esbranquiçada e livre de conservantes.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR


Zolgensma® deve ser infundido apenas por um profissional de saúde.

Com o objetivo de melhorar a rastreabilidade dos medicamentos biológicos, o nome e o número de lote do
produto administrado deve ser claramente registrado.

Uma resposta imunológica ao capsídeo do vetor viral adeno-associado do sorotipo 9 (AAV9) ocorrerá após
a administração de Zolgensma®, portanto os pacientes não devem ser infundidos novamente com
Zolgensma®.

VPS4 = Zolgensma®_Bula_Profissional 10
Zolgensma® é destinado ao tratamento de dose única.

Dose e administração
A dose recomendada de Zolgensma® é 1,1 × 1014 genomas virais por kg (gv/kg).

O kit de Zolgensma® consiste em 2 volumes de frasco (5,5 mL ou 8,3 mL). Todos os frascos possuem uma
concentração nominal de 2,0 × 1013 gv/mL. A dose e o kit apropriados de Zolgensma® são determinados
pelo peso corporal do paciente

Tabela 3 - Dosagem recomendada com base no peso corporal do paciente

Faixa de peso do paciente (kg) Dose (gv) Volume da dosea (mL)


14
2,6 – 3,0 3,3 × 10 16,5
3,1 – 3,5 3,9 × 1014 19,3
3,6 – 4,0 4,4 × 1014 22,0
4,1 – 4,5 5,0 × 1014 24,8
4,6 – 5,0 5,5 × 1014 27,5
5,1 – 5,5 6,1 × 1014 30,3
14
5,6 – 6,0 6,6 × 10 33,0
6,1 – 6,5 7,2 × 1014 35,8
6,6 – 7,0 7,7 × 1014 38,5
7,1 – 7,5 8,3 × 1014 41,3
7,6 – 8,0 8,8 × 1014 44,0
8,1 – 8,5 9,4 × 1014 46,8
8,6 – 9,0 9,9 × 1014 49,5
9,1 – 9,5 1,05 × 1015 52,3
9,6 – 10,0 1,10 × 1015 55,0
10,1 – 10,5 1,16 × 1015 57,8
10,6 – 11,0 1,21 × 1015 60,5
11,1 – 11,5 1,27 × 1015 63,3
11,6 – 12,0 1,32 × 1015 66,0
12,1 – 12,5 1,38 × 1015 68,8
12,6 – 13,0 1,43 × 1015 71,5
b 15
13,1 – 13,5 1,49 × 10 74,3
a O volume da dose é calculado usando o limite superior da variação de peso corporal do paciente para

pacientes pediátricos com menos de 2 anos de idade entre 2,6 e 13,5 kg.
b O volume da dose para pacientes pediátricos com menos de 2 anos de idade com peso igual ou superior

a 13,6 kg exigirá a combinação de kits de Zolgensma®.

O teste de anticorpos anti-AAV9 deve ser realizado antes da infusão de Zolgensma®. O reteste poderá ser
realizado caso títulos de anticorpos anti-AAV9 sejam relatados como superiores a 1:50 (consulte o item “5.
ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES”).

Exames laboratoriais e monitoramento para avaliação de segurança


Os exames laboratoriais a seguir devem ser realizados na visita basal e regularmente após a infusão de
Zolgensma® (consulte o item “5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES”).

• Função hepática
• Contagens de plaquetas
• Troponina I

VPS4 = Zolgensma®_Bula_Profissional 11
Os pacientes com alanina aminotransferase (ALT), aspartato aminotransferase (AST) ou bilirrubina total
superior a 2 vezes o limite superior de normalidade (LSN) não devem receber Zolgensma®. Com exceção
da elevação de bilirrubina total em decorrência de icterícia neonatal.

Em caso de infecções ativas não controladas agudas ou crônicas, o tratamento deve ser adiado até que a
infecção seja resolvida ou controlada (consulte o item “8. POSOLOGIA E MODO DE USAR” E “5.
ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES).

Tratamento com prednisolona pré e pós infusão de Zolgensma®


Elevações transitórias em transaminases hepáticas após o tratamento com Zolgensma® foram apresentadas
por alguns pacientes (consulte item “9. REAÇÕES ADVERSAS”). A fim de controlar uma possível
elevação em transaminases hepáticas, todos os pacientes devem receber prednisolona, administrada por via
oral antes e depois da administração de Zolgensma® (consulte o item “5. ADVERTÊNCIAS E
PRECAUÇÕES”).

Tratamento com prednisolona antes da infusão de Zolgensma ®


Um dia antes da infusão de Zolgensma®, realizar o pré-tratamento com prednisolona oral a uma dose de 1
mg/kg/dia (ou equivalente).

Continuação do tratamento com prednisolona após a infusão de Zolgensma ®


• Prednisolona deve ser administrada diariamente a uma dose de 1 mg/kg/dia (ou equivalente)
durante 30 dias após a infusão de Zolgensma®.
• Ao final do período de 30 dias de tratamento com corticosteroide sistêmico, verificar a condição
hepática clinicamente e por meio da avaliação de ALT, AST e bilirrubina total.
• No caso de pacientes com achados não significativos (exame clínico normal, bilirrubina total,
níveis de ALT e AST abaixo de 2 × LSN): Os corticosteroides sistêmicos não devem ser
interrompidos abruptamente[5]. Reduzir gradualmente a dose de corticosteroides durante os 28 dias
seguintes. Consulte o item “5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES”.
• Se as anormalidades da função hepática persistirem, continuar os corticosteroides sistêmicos
(prednisolona oral a 1 mg/kg/dia ou equivalente) até que os valores de AST e ALT estejam abaixo
de 2 × LSN e todas as outras avaliações retornem ao intervalo normal e, então, reduzir
gradualmente a dose de corticosteroides durante os 28 dias seguintes ou mais, se necessário. Os
corticosteroides sistêmicos não devem ser interrompidos abruptamente, mas diminuídos
gradualmente.
• A função hepática deve ser monitorada durante no mínimo 3 meses após a infusão de Zolgensma®.
Consulte o item “5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES”.
• Considere consultar um gastroenterologista pediátrico ou hepatologista se o paciente não
responder adequadamente a 1 mg/kg/dia de prednisolona oral ou equivalente. Se a corticoterapia
oral não for tolerada ou eficaz, os corticosteroides intravenosos podem ser considerados como uma
indicação clínica (vide item 5 “ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES”) [5].

Populações Especiais
Insuficiência renal
A segurança e a eficácia de Zolgensma® não foram estabelecidas em pacientes com insuficiência renal.

Insuficiência hepática
Zolgensma® não foi estudado em pacientes com insuficiência hepática. A terapia com Zolgensma® deve
ser considerada com cautela em pacientes com insuficiência hepática.

Pacientes pediátricos
A administração de Zolgensma® a neonatos prematuros antes de alcançarem a idade gestacional a termo
deve ser considerada com cautela. A segurança e a eficácia de Zolgensma® não foram estabelecidas nestes
pacientes.

VPS4 = Zolgensma®_Bula_Profissional 12
A segurança e a eficácia de Zolgensma® em pacientes pediátricos com 2 anos de idade ou mais não foram
estabelecidas.

Método de administração
Zolgensma® é destinado somente à infusão intravenosa de dose única.

Preparo de Zolgensma®
• Zolgensma® deve ser preparado de maneira asséptica.
• Descongelar o Zolgensma® sob refrigeração (2 a 8ºC) por aproximadamente 16 horas, ou em
temperatura ambiente (20 a 25ºC) por aproximadamente 6 horas.
• Não use Zolgensma® caso não esteja descongelado.
• Caso seja descongelado sob refrigeração, remover Zolgensma® do refrigerador no dia da
administração.
• Quando descongelado, o Zolgensma® é um líquido límpido a levemente opaco, incolor a
levemente esbranquiçado, sem partículas. Inspecionar visualmente os frascos para detectar
partículas e descoloração antes da infusão. Não utilizar os frascos se houver partículas ou
descoloração.
• NÃO AGITAR.
• Imediatamente antes da administração, extrair o volume de dose apropriado de todos os frascos
em uma seringa, remover o ar, tampar a seringa e entregar no local da infusão do paciente.
• Após extração da dose e preparo da seringa, ela deve ser utilizada no período de 8 horas. Descartar
a seringa que contém o vetor se o medicamento não for administrado no período de 8 horas.
• NÃO RECONGELAR.

Instrução para infusão intravenosa:


• Colocar o cateter primário em uma veia periférica (braço ou perna).
• A inserção de um catéter reserva é recomendada.
• Programar a bomba de seringa com solução salina preparatória ou preparar os tubos manualmente
com solução salina.
• Administrar Zolgensma® como infusão intravenosa lenta por 60 minutos. NÃO ADMINISTRAR
A INFUSÃO NA FORMA DE UMA INJEÇÃO INTRAVENOSA RÁPIDA OU EM BOLUS.
• Lavar o sistema com solução salina após o término da infusão.
• Fechar os frascos de Zolgensma® usados em um saco para materiais de risco biológico e descartar
em recipientes para resíduos biológicos.

9. REAÇÕES ADVERSAS
Resumo do perfil de segurança
A segurança de Zolgensma® foi avaliada em 97 pacientes que receberam Zolgensma® na dose recomendada
(1,1 × 1014 gv/kg) a partir de 4 estudos clínicos com desenho aberto (CL-101, CL-303, CL-302, CL-304) e
um estudo observacional de acompanhamento a longo prazo (LT-101). A idade dos pacientes variou de 0,3
meses a 7,9 meses no momento da administração. O tempo de acompanhamento variou de 1,8 meses a 61,9
meses até a data de corte em 31 de dezembro de 2019.

A reação adversa relatada com mais frequência (≥ 10%) após a administração de Zolgensma® foi elevação
das transaminases hepáticas.

Resumo tabulado de reações adversas ao medicamento a partir de estudos clínicos


As reações adversas ao medicamento identificadas com Zolgensma® em todos os pacientes tratados por
infusão intravenosa são apresentadas na Tabela 4.
As reações adversas ao medicamento provenientes de estudos clínicos estão listadas por classe de sistema
de órgãos do MedDRA. Dentro de cada classe de sistema de órgãos, as reações adversas ao medicamento
são classificadas por frequência, com as reações mais frequentes em primeiro. Dentro de cada agrupamento
de frequência, as reações adversas ao medicamento são apresentadas em ordem decrescente de gravidade.
Além disso, a categoria de frequência correspondente para cada reação adversa ao medicamento é

VPS4 = Zolgensma®_Bula_Profissional 13
fundamentada na seguinte convenção (CIOMS III): muito comum (≥ 1/10); comum (≤ 1/100 a <1/10);
incomum (≥ 1/1.000 a < 1/100); raro (≥ 1/10.000 a < 1/1.000); muito raro (< 1/10.000).

Tabela 4.1 – Resumo tabulado de reações adversas ao medicamento a partir de estudos clínicos
Reações Adversas ao Frequência, %
Categoria de frequência
Medicamento (N=97)
Distúrbios do sangue e sistema linfático
Trombocitopenia 4,1 Comum
Distúrbios gastrintestinais
Vômito 8,2 Comum
Distúrbios gerais e condições relacionadas à administração
Pirexia 4,1 Comum
Investigações
Elevação de transaminases 12,4 Muito comum
Elevação de aspartato
9,3 Comum
aminotransferase (AST)
Elevação de alanina
8,2 Comum
aminotransferase (ALT)
Troponina I elevada 3,1 Comum
Distúrbios hepatobiliares
Hipertransaminasemia 8,2 Comum

Reações adversas a medicamentos de notificações espontâneas e casos da literatura (frequência


desconhecida)
As seguintes reações adversas ao medicamento foram derivadas da experiência pós-comercialização com
Zolgensma® através de relatos espontâneos e casos da literatura. Como essas reações são relatadas
voluntariamente a partir de uma população de tamanho incerto, não é possível estimar com segurança sua
frequência, que é, portanto, categorizada como desconhecida. As reações adversas ao medicamento estão
listadas de acordo com as classes de sistemas de órgãos no MedDRA. Dentro de cada classe de sistema de
órgãos, as reações adversas aos medicamentos são apresentadas em ordem decrescente de gravidade.

Tabela 4.2 – Resumo tabulado de reações adversas espontâneas e casos da literatura

Distúrbios do sangue e sistema linfático


Microangiopatia trombótica
Doenças hepatobiliares
Insuficiência hepática aguda [5]
Lesão hepática aguda [5]

Descrição de reações adversas ao medicamento selecionadas


Distúrbios hepatobiliares
Alguns pacientes apresentaram elevações de AST e ALT > 20 × LSN e foram sintomáticos (por exemplo,
vômitos, icterícia), que se resolveram com o uso de prednisolona, às vezes exigindo duração prolongada
e/ou uma dose mais alta (vide item 5 “ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES”).

Fora dos ensaios clínicos, incluindo o cenário de pós-comercialização, houve relatos de crianças que
desenvolveram sinais e sintomas de insuficiência hepática aguda (por exemplo, icterícia, coagulopatia,
encefalopatia) dentro de 2 meses de tratamento com Zolgensma®, apesar de receber corticosteroides
profiláticos antes e depois infusão. De acordo com os relatos dos casos, o tratamento imunomodulador com
corticosteroides foi administrado no momento do diagnóstico e, as crianças se recuperaram [5].

Trombocitopenia transitória
Reduções transitórias em relação ao valor basal nas contagens médias de plaquetas (4,1%) foram
observadas em múltiplos períodos após a dose e foram resolvidas no período de duas semanas. As reduções

VPS4 = Zolgensma®_Bula_Profissional 14
nas contagens de plaquetas foram mais proeminentes durante a primeira semana de tratamento. Nenhum
paciente apresentou sintomas clínicos associados à redução de plaquetas (consulte o item “5.
ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES”).

Elevações dos níveis de troponina I


Elevações nos níveis de troponina I cardíaca (3,1%) até 0,2 mcg/L após a infusão de Zolgensma® foram
observadas. A relevância clínica desses achados não é conhecida (consulte o item “5. ADVERTÊNCIAS E
PRECAUÇÕES”).

Imunogenicidade
A detecção da formação de anticorpos é altamente dependente da sensibilidade e da especificidade do
ensaio. Além disso, a incidência observada de positividade de anticorpos (incluindo anticorpos
neutralizantes) em um ensaio pode ser influenciada por diversos fatores, que incluem metodologia do
ensaio, manuseio da amostra, momento de coleta da amostra, medicamentos concomitantes e doença
subjacente. Títulos de anticorpos anti-AAV9 pré e pós-terapia gênica foram medidos nos estudos clínicos
(consulte o item “5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES” e “2. RESULTADOS DE EFICÁCIA”).

Em estudos clínicos de Zolgensma®, todos os pacientes que receberam Zolgensma® apresentaram títulos
de anticorpos anti-AAV9 com resultado menor ou igual a 1:50 na visita basal. Elevações médias desde a
visita basal no título de anticorpos anti-AAV9 foram observadas em todos os pacientes para os níveis de
títulos de anticorpos anti-peptídeo AAV9, refletindo a resposta normal a antígeno viral não próprio. Alguns
pacientes apresentaram títulos de anticorpos anti-AAV9 que excederam o nível de quantificação; no
entanto, a maioria desses pacientes não apresentou reações adversas ao medicamento possivelmente
significativas do ponto de vista clínico. Portanto, nenhuma relação foi estabelecida entre títulos elevados
de anticorpos anti-AAV9 e o potencial de reações adversas ao medicamento ou parâmetros de eficácia.

No estudo clínico AVXS-101-CL-101, 16 pacientes foram selecionados quanto ao título de anticorpos anti-
AAV9: 13 pacientes apresentaram títulos inferiores a 1:50 e foram incluídos no estudo; três pacientes
apresentaram títulos acima de 1:50, dos quais dois foram testados novamente após a interrupção da
amamentação, e seus títulos foram medidos em menos de 1:50, e ambos foram incluídos no estudo. Não há
nenhuma informação a respeito de se a amamentação deve ser restrita em mães que podem ser soropositivas
para anticorpos anti-AAV9. Todos os pacientes apresentaram títulos de anticorpos anti-AAV9 de 1:50 ou
menos antes do tratamento com Zolgensma® e subsequentemente apresentaram um aumento esperado nos
títulos de anticorpos anti-AAV9 até no mínimo 1:102.400 e até mais de 1:819.200. Nenhum paciente tratado
com Zolgensma® demonstrou uma resposta imune ao transgene.

Atenção: Produto está autorizado ao uso, sob condições de monitoramento e produção de dados e
provas adicionais comprobatórias de eficácia clínica. Este produto é um medicamento novo e, embora
as pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado
corretamente, podem ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso, notifique
os eventos adversos pelo Sistema VigiMed, disponível no Portal da Anvisa.

10. SUPERDOSE
Não há dados disponíveis nos ensaios clínicos referente a superdosagem.

INFORMAÇÕES DE ORIENTAÇÃO AO PACIENTE:


Lesão hepática aguda grave e aminotransferases elevadas
Informar aos cuidadores que o Zolgensma® pode aumentar os níveis das enzimas hepáticas e causar lesão
hepática aguda grave. Informar aos cuidadores que os pacientes receberão um medicamento corticosteroide
oral antes e após a infusão com Zolgensma® e passarão por exames de sangue regulares para monitorar a
função hepática. Aconselhar os cuidadores a procurar assistência médica imediata caso a pele e/ou o branco
dos olhos do paciente estejam com aspecto amarelado ou se o paciente não tomar ou vomitar uma dose do
corticosteroide.

VPS4 = Zolgensma®_Bula_Profissional 15
Vacinação antes e após a infusão de Zolgensma®
Aconselhar os cuidadores a procurar assistência médica para determinar se são necessários ajustes no
cronograma de vacinação do paciente durante o uso de corticosteroides. Informar aos cuidadores que,
quando viável, o cronograma de vacinação deverá ser ajustado adequadamente para acomodar o tratamento
com corticosteroides. Recomenda-se profilaxia contra o vírus sincicial respiratório. Recomenda-se cautela
adicional em relação ao momento da administração de Zolgensma® na presença de pródromo ou
recuperação de doença viral. Consultar um profissional de saúde.

Os cuidadores devem estar cientes de que uma infecção respiratória viral (resfriado, gripe ou bronquiolite)
antes ou depois da infusão do Zolgensma® pode levar a complicações mais graves. Informar aos cuidadores
sobre os sinais de uma possível infeção respiratória viral, como tosse, chiados, espirros, nariz escorrendo,
dor de garganta ou febre. Os cuidadores deverão procurar assistência médica imediata se observarem algum
desses sintomas.

Trombocitopenia
Informar aos cuidadores que o Zolgensma® pode diminuir a contagem de plaquetas e aumentar o risco de
hematomas ou sangramento. Aconselhar os cuidadores a buscar atendimento médico caso o paciente
apresente hematoma ou sangramento inesperado.

Excreção do vetor
A excreção temporária do vetor de Zolgensma® ocorre principalmente por meio de resíduos corporais.
Informar aos cuidadores sobre o manuseio adequado das fezes dos pacientes. Os procedimentos
recomendados incluem vedação de fraldas descartáveis em sacos descartáveis e, em seguida, descarte em
lixo regular. Fornecer instruções aos cuidadores e a outros membros da família quanto à higiene adequada
das mãos quando entrarem em contato direto com os resíduos corporais do paciente. Essas precauções
devem ser seguidas durante um mês após a infusão de Zolgensma®.

DIZERES LEGAIS
MS - 1.0068.1174
Farm. Resp.: Flávia Regina Pegorer CRF-SP 18.150

Importado por:
Novartis Biociências S.A.
Av. Prof. Vicente Rao, 90 - São Paulo - SP
CNPJ: 56.994.502/0001-30
Indústria Brasileira

Fabricado por:
AveXis, Inc., Illinois, Estados Unidos da América

® = Marca registrada em nome de AveXis.

VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA


USO RESTRITO A HOSPITAIS

Esta bula foi aprovada pela Anvisa em 14/04/2021.

CDS 18-03-2021
2020-PSB/GLC-1175-s
VPS1.4

VPS4 = Zolgensma®_Bula_Profissional 16

Você também pode gostar