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Schutz
Kurt Lewin foi um grande estudioso das dinâmicas de grupos e foi responsável por introduzir o termo
“Dinâmica de grupo” no vocabulário da psicologia contemporânea, fornecendo suas hipóteses de
trabalho mais válidas e instrumentos de pesquisa e técnicas de aprendizagem mais eficientes. Em uma
de suas experiências conclui, que a produtividade de um grupo e sua eficiência estão estreitamente
relacionadas, não somente com a competência de seus membros, mas, sobretudo, com a
solidariedade de suas relações interpessoais.
Will C. Schutz também foi um estudioso das dinâmicas de grupos e com suas pesquisas sistemáticas
fez novas experiências sobre este fenômeno estudado por Kurt Lewin.
1 – NECESSIDADE DE INCLUSÃO
2 – NECESSIDADE DE CONTROLE
3 – NECESSIDADE DE AFETO.
1.2.INCLUSÃO
1.3. CONTROLE
A necessidade de controle faz referência ao poder, influência, autoridade, como também definirão
para si mesmo suas próprias responsabilidades e as de cada membro um dentro do grupo. Surgem
então, questões como o grupo está controlado e por de quem? Quem tem autoridade sobre quem,
em que momento e por quê? Respostas a estas perguntas trazem segurança para o indivíduo e vai
delineando as estruturas do grupo e da autoridade. Ou seja, não deixa assim que a dinâmica do grupo
escape totalmente do seu controle.
O comportamento de controle não implica em destacar-se como na inclusão. Aqui “O poder por trás
do trono” é válido. O comportamento de controle está subjacente à competência, ou seja, sentir-se
competente ou sentir-se incapaz. Aqueles que se sentem incapazes têm comportamentos extremados
e ansiosos com atitudes autocratas ou abdicratas. Os autocratas tentam dominar, sendo fanático pelo
poder e sendo competidor. Os de atitudes abdicrata afastam-se de posições de poder e
responsabilidades. A sensação latente tanto no autocrata quanto no abdicrata é a mesma, a
incapacidade de se desincumbir de obrigações; não ser competente. Aqueles que se sentem capazes,
denominados como democrata, que teve o seu problema de controle resolvido na infância, sentem-
se confiável, dando ou recebendo. Pensa e quer o controle do grupo em termos de responsabilidades
partilhadas. O problema do controle é estar por cima ou por baixo. A interação primária do controle
é o confronto devido papéis diversificados e as lutas pelo poder. Competição e a influência passam a
ter uma importância central. A ansiedade do controle é de ser incompetente.
1.4. AFETO
A necessidade do afeto é a fase dos vínculos emocionais que refere-se às proximidades pessoais e
emocionais entre as pessoas. É a última fase a emergir no desenvolvimento de uma relação humana
ou de um grupo. Os indivíduos querem obter provas de serem totalmente valorizados. Desejam ser
percebidos como insubstituíveis e aspiram ser respeitados por suas competências, aceitos como seres
humanos não apenas pelo que têm, mas também pelo que são. De acordo com a maturidade social
haverá variação de comportamentos. Os indivíduos dependentes tentam satisfazer suas necessidades
de afeto através de relações privilegiadas, exclusivas e geralmente possessivas. Desejam relações
hiperpessoais. Para esses indivíduos, os comportamentos estão classificados como subpessoal.
Esse comportamento é o de evitar elos íntimos com as pessoas. Inconscientemente, temem não ser
amados e sentem dificuldades de gostar das pessoas, além de desconfiarem dos sentimentos das
mesmas.
Os indivíduos mais socializados, denominados de pessoal, que tiveram as relações de afeto bem
resolvidas na infância e interação íntima com outras pessoas, não constituirá um problema. É capaz
de dar e receber afeto genuíno. O problema de afetividade é estar próximo ou distante. A interação
afetiva será o abraço e a ansiedade: é de ser ou não capaz de ser amado.
Alguns anos depois, Schutz retoma estes conceitos, ampliando com mais dois: A ciclagem e a
separação.
Para ele, a ciclagem representa o momento em que forças externas podem se impor ao
funcionamento do grupo, chegando a fase de separação, o grupo se desfaz resolvendo suas relações
de forma oposta, ou seja, do afeto para a inclusão. O autor relata também que cada dimensão pode
apresentar doenças físicas especificas como enfermidades da inclusão, enfermidades do controle e
enfermidades do afeto.
As enfermidades da inclusão referem-se aos limites entre EU e o resto do mundo, assim se manifestam
na pele, nos órgãos sensoriais, olhos, ouvidos, nariz e boca, e com os sistemas corporais que entram
em contato com o ambiente, como o sistema respiratório e digestivo-excretor. Por exemplo: Posso
ter espinhas, cravos, herpes, etc., como manifestação de conflitos inconscientes relativos a inclusão,
mantendo as pessoas afastadas de mim. Outro exemplo, e o câncer tradicional, onde tem-se a
impressão de que os doentes tem um forte desejo de viver, mas provavelmente existe neles uma
poderosa dimensão inconsciente que deseja morrer.
As enfermidades do controle referem-se aos sistemas de órgãos que controlam o corpo: músculos,
esqueleto, sistema nervoso e glândulas endócrinas. Por exemplo: a interpretação da artrite pode ser
vista como contenção poderosa da raiva. Geralmente mulheres jovens que gostariam de bater nas
próprias mães, sentem-se culpadas, e a artrite e um caminho para o impedimento de golpear alguém
fisicamente.
0 afeto refere-se a expressão de amor com o coração e de sexo com os órgãos genitais. Assim as
enfermidades do afeto se manifestam no sistema circulatório. A circulação nutre o corpo todo, se esta
constrita, o organismo inteiro tem dificuldade para obter nutrição suficiente. Isto acontece quando o
amor esta ruim ou ausente. Quando o sangue flui livremente através de um coração descontraído e
aberto, e porque o amor esta dando certo. Enfermidades genitais podem acontecer se ha culpa sexual,
se a dificuldade e um problema, se os costumes religiosos ou sociais são violados.
Segundo Schutz, a inclusão, o controle, o afeto são dimensões presentes no homem desde a sua
concepção. A inclusão seria paralela ao estagio oral de desenvolvimento, controle ao estagio anal e o
afeto ao fálico, segundo a teoria psicanlitica de Freud.
O método de trabalho desenvolvido pelo autor baseia-se nos Programas de Formação em grupos de
encontro (grupos T). Estes grupos funcionam como laboratórios onde cada indivíduo possa ter a
oportunidade de desenvolvimento de suas capacidades através de dinâmicas, conforme os objetivos
citados acima, e a partir destes encontros as relações interpessoais, os sentimentos de auto-estima e
as potencialidades de cada um possam ser trabalhados com um objetivo de crescimento individual e
grupal, que no caso pode se tratar desde um setor dentro de uma empresa, até o contexto geral de
uma instituição de grande porte.