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As fases do
desenvolvimento curricular
Estratégias do Projeto Curricular
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O que, como
O que Quando
Como ensinar e quando
ensinar? ensinar?
avaliar?
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O que ensinar:
São as intenções educativas nos conteúdos. Coll
(apud ANDRADE, 2003, p. 13) diz que estes conteúdos
“devem ser analisados em seus aspectos lógicos e
psicológicos”.

Quando ensinar:
É a estrutura lógico-psicológica dos conteúdos.
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Como ensinar:
É a intervenção pedagógica, o método utilizado. Coll
(apud ANDRADE, 2003) diz que este precisa considerar e
respeitar as diferenças individuais e a pluralidade cultural.

O que, como e quando avaliar:


Coll (apud ANDRADE, 2003, p. 13) nos diz que
a avaliação deve permitir o “ajuste da intervenção
pedagógica às características individuais dos alunos e de
determinar o grau de consecução das intenções
educativas do projeto pedagógico”.
As fases do desenvolvimento curricular 6

na visão de Pacheco (1996)

• Justificação teórica: pressupostos, aspectos culturais


e ideológicos que farão parte da proposta curricular;
• Elaboração/planejamento: organização dos
conteúdos, tempo e espaço, recursos, objetivos etc.;
• Operacionalização: implementação do currículo é a
ação pedagógica;
• Avaliação: tomada de decisões sobre a prática
escolar, ferramenta no desenvolvimento do currículo.
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Níveis de decisão curricular
apresentados por Pacheco (1996)

• Político-administrativo: as prescrições no âmbito


da administração central.
• Gestão: a forma pedagógica para os profissionais
inseridos no âmbito da escola e da administração
regional.
• Realização: contexto da ação educativa, âmbito
da sala de aula.
A OBJETIVAÇÃO DO CURRÍCULO NO PROCESSO 8

DE SEU DESENVOLVIMENTO
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instrumento da política curricular,
currículo condicionamento de uma realidade que
PRESCRITO deve ser incorporada no currículo,
prescrevendo orientações curriculares.

“Tendo o currículo implicações tão evidentes na ordenação do sistema


educativo, na estrutura dos centros e na distribuição do professorado, é
lógico que um sistema escolar complexo e ordenado tão diretamente pela
administração educativa produza uma regulação do currículo. Isso se
explica não só pelo interesse político básico de controlar a educação
como sistema ideológico, mas também pela necessidade técnica ou
administrativa de ordenar o próprio sistema educativo, o que é uma
forma tecnificada de realizar a primeira função.”
(SACRISTÁN, 2000, p. 108).
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Funções do currículo prescrito no


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desenvolvimento curricular
• O currículo prescrito como cultura comum: prescrições ligadas à
ideia de um currículo comum para todos os alunos e integrantes da
comunidade escolar, portanto, homogêneo para todas as escolas.
• O currículo mínimo prescrito e a Igualdade de oportunidades:
possibilitam que seja oferecida a todos a igualdade de
oportunidades em relação aos conhecimentos mínimos que o
ensino obrigatório deve oferecer. No entanto, conforme Sacristán
(2000), é preciso ter cuidado na regulação dos conteúdos mínimos ou
currículo comum, para não cair na ingenuidade de acreditar que se
cumprirá tal potencialidade pelo fato de ser regulada
administrativamente, sendo necessário analisar o poder igualador
e normatizador que o currículo prescrito conjuntura.
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• O currículo prescrito e a organização do saber dentro da escolaridade:


são os conteúdos base da ordenação do sistema, estabelecendo a
sequência de progresso pela escolaridade e pelas especialidades que o
compõem. O progresso dentro da escolaridade seria a promoção dos alunos,
ao ordenar o tempo de sua aprendizagem em ciclos ou em cursos.

• O currículo prescrito como via de controle sobre a prática de ensino:


pré-condiciona o ensino, em torno de códigos que se projetam em
metodologias concretas nas instituições educativas.

• Controle da qualidade: são as prescrições de um determinado currículo para


que se torne um referencial de controle da qualidade do sistema educativo.
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• Prescrição e meios que desenvolvem o currículo: os meios podem


significar a autonomia profissional ou orientar a prática pedagógica através
do controle do processo. Sacristán (2000) diz que quando os
profissionais da educação organizam a sua prática ou quando realizam
seus planos “têm dois referenciais imediatos: os meios que o currículo lhe
apresenta com algum grau de elaboração, para que seja levado à prática, e
as condições imediatas de seu contexto”.

• O formato do currículo: a organização do sistema escolar sobre as


projeções das escolas e da prática de ensino, em seus aspectos de
conteúdos e métodos, vai depender de determinantes históricos, políticos,
de orientações técnicas e da própria valorização que se realiza sobre a
função que o formato curricular deve cumprir.
(SACRISTÁN, 2000)
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currículo
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APRESENTADO AOS PROFESSORES

• Currículo pré-elaborado aos professores. Sacristán


(2000) nos diz que essa fase se dá por diferentes
mediadores curriculares, que costumam traduzir aos
professores o significado e os conteúdos do currículo
prescrito, realizando uma interpretação deste.
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CURRÍCULO MOLDADO PELOS PROFESSORES

Sacristán (2000) diz que este currículo é traduzido pelos


professores, que são os agentes ativos e decisivos na
concretização dos conteúdos e significados do currículo.

“Essa ideia de mediação, transferida para a análise do


desenvolvimento do currículo na prática, significa conceber o
professor como um mediador decisivo entre o currículo
estabelecido e os alunos, um agente ativo no desenvolvimento
curricular, um modelador dos conteúdos que se distribuem e
dos códigos que estruturam esses conteúdos, condicionando
com isso toda a gama de aprendizagens dos alunos.”
(SACRISTÁN, 2000, p. 166)
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CURRÍCULO REAL OU CURRÍCULO EM AÇÃO

• conforme Sacristán (2000), é um


currículo operacional, pois ele acontece
num contexto de ensino, e afirma,
ainda, que as intenções educativas deste
currículo acontecem na prática pedagógica,
no dia a dia do professor.
MODO COMO COMPREENDEMOS A CRIANÇA 16

CURRÍCULO REALIZADO OU
CURRÍCULO EXPERIENCIAL

• É a interação didática, a vivência pedagógica de


alunos, professores e demais integrantes da
comunidade escolar. Assim, este currículo tem
como consequência da prática os efeitos
complexos, como: o afetivo, o social, o moral, e o
cognitivo, que não estão previstos nos programas
oficiais, mas sim, previstos na experiência escolar,
na observação, a partir das opiniões dos seus
participantes
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CURRÍCULO AVALIADO

• Conforme Sacristán (2000), é o currículo que reforça as pressões


exteriores que sofrem os professores quanto às validações, ideologias e
títulos que os sistemas de ensino precisam oferecer impondo critérios
para o ensino do professor e para a aprendizagem dos alunos.

• Exemplo: Provinha Brasil, Enade e Prova Brasil.

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Vamos refletir!
1. César Coll (apud ANDRADE, 2003) defende quatro estratégias
que estruturam o currículo, baseada em questões que nos
ajudam a refletir sobre sua composição. De acordo com o
assunto estudado, escreva o que você entendeu sobre cada
etapa e apresente de que modo isso ocorre no cotidiano escolar.
a) O que ensinar:
b) Quando ensinar:
c) Como ensinar:
d) O que, como e quando avaliar:
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2. Escreva sobre esta fase.

O conceito de currículo é multifacetado e por isso, as


peculiaridades dos saberes construídos no espaço escolar servem
de base para o desenvolvimento curricular. Assim, o currículo é
utilizado para fases distintas, entre elas a fase do Currículo em
Ação.
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