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SAÚDE MENTAL E A VELHICE

O problema da longevidade da população é um fenômeno global que traz


importantes Influência nas esferas social e econômica. Mas este processo foi
refletido de maneiras diferentes entre os diferentes países do mundo. Japão, Itália,
Alemanha e outros países, a Suécia tem uma população idosa muito grande e esses
países tiveram tempo de desenvolver propostas que garantiram uma qualidade de
vida melhor aos idosos.

Deste modo, o processo de envelhecimento inclui aspectos físicos, mentais e


sociais no indivíduo. Na físico, as principais mudanças que caracterizam a transição
da idade adulta para a velhice são: bochechas enrugadas; manchas escuras que
aparecem na pele; a produção de novas células é reduzida, a pele perde o brilho e
fica flácida; aparecem verrugas no corpo; há uma expansão nariz; olhos ficam
úmidos; o cabelo nas orelhas aumenta, no nariz; os ombros ficam mais
arredondados; as veias projetam-se sob a pele das extremidades, Enfraquecido;
devido a mudanças na coluna, há curvatura postural, e há em seguida, ocorre uma
queda de altura devido ao desgaste das vértebras. (ZIMERMAN, 2000).

No psicológico dos idosos, há mudanças de comportamento, a dificuldade de


se adaptar a novos papéis, falta de motivação e dificuldades em diversos aspectos
como, a necessidade de lidar com as perdas emocionais e sociais que podem levar
à depressão, hipocondria, somatização, paranoia, suicídio e baixa e autoestima.

No que se refere ao enfoque das intervenções de promoção da saúde mental


do idoso, por meio de encontros grupais voltados à conscientização sobre o
envelhecimento e à discussão de questões relacionadas ao envelhecimento,
destacam-se na literatura nacional e internacional intervenções que potencializem
essas capacidades em direitos humanos. Estudiosos desse assunto afirmam que os
métodos de empoderamento são uma perspectiva de eficácia, que pode encorajar
os idosos a participarem das decisões de saúde e promover resultados positivos em
suas vidas. Na revisão sistemática das intervenções para o empoderamento de
idosos, fica claro que as intervenções incluem um componente educacional para
promover o empoderamento e aumentar o conhecimento dos idosos para a tomada
de decisões relacionadas a questões de saúde e empoderamento.
De modo semelhante, manter uma alimentação saudável e praticar exercícios
regularmente são hábitos importantes para manter a qualidade de vida na velhice.
Porém, apenas prestar atenção à saúde física não é suficiente para cultivar uma
vida equilibrada, é importante também estar atento à saúde mental. Deve-se
considerar que uma alimentação balanceada e um corpo ativo ajudam muito a
manter o cérebro saudável, mas é necessária atenção especial. As funções
cerebrais também enfraquecem com o tempo e, como o corpo, podem ser
preservadas e restauradas por meio de exercícios cerebrais.

A aprendizagem ao longo da vida do cérebro é capaz de estimular a


reorganização e estabelecer novas conexões. Portanto, enquanto não houver
complicações clínicas, habilidades como memória, pensamento lateral e raciocínio
lógico em qualquer idade serão aprimoradas. A ginástica cerebral fornece
estimulação cognitiva por meio de desafios e atividades destinadas a tirar o cérebro
da zona de conforto. Voltando à comparação com o corpo, vamos agora imaginar
uma pessoa começando a praticar musculação. Se o seu objetivo é aumentar a
massa muscular, você precisará fornecer variedade, novidades e exercícios cada
vez mais difíceis. Caso contrário, seu corpo se acostumará aos exercícios, e o peso
utilizado e a evolução esperada não serão alcançados.

Identificar problemas que afetam a saúde mental do idoso requer avaliação


médica, pois somente profissionais experientes podem diagnosticar o problema e
tomar as medidas mais adequadas. No entanto, os cuidadores ou familiares
responsáveis podem notar alguns sinais que indicam anormalidades. Alguns
exemplos são:

 Tristeza;
 Choro constante;
 Falta de higiene;
 Sinais de depressão;
 Mal humor;
 Queixas sem motivos;
 Recusa em se levantar da cama;
 Irritabilidade.
Deste modo, estabelecer uma vida diária saudável, feliz e harmoniosa é uma
das formas mais eficazes de superar os efeitos do envelhecimento. descobrir quais
os filmes e séries favoritos dos idosos e organizar para assisti-los juntos com as
pessoas que convive na família, trazer discussões saudáveis sobre cinema e
permitir a troca de experiências, organizar seu dia a dia e planejar passar bons
momentos com sua família, perguntar sobre hobbies e entender o que os idosos
gostam de fazer nas horas vagas, proporcionar momentos felizes e interessantes
ajuda a aprender e fortalecer o vínculo afetivo na família. Escolher entre jogos de
tabuleiro, cartas ou até mesmo virtuais, são ações que podem influenciar
positivamente o estabelecimento de hábitos saudáveis que ajudem a melhorar a
saúde emocional das pessoas da terceira idade. Outro aspecto importante é ser um
bom ouvinte e prestar atenção nos idosos.

Se os familiares estiverem longe, o incentivo ao uso da tecnologia e troca de


mensagens e videochamadas pela Internet, costumar ser uma atitude positiva e
fazer uso desta facilidade pode oportunizar momentos de amor e carinho, fazendo
com que os idosos se sintam acolhidos e confiantes. Essas ações são essenciais
para melhorar a autoestima na velhice.

Com o passar dos anos, o processo natural de envelhecimento trouxe


limitações, de modo que os idosos podem apresentar mudanças comportamentais
típicas de sua idade. No entanto, os familiares ou cuidadores responsáveis precisam
estar atentos aos sinais patológicos que prejudicam o desenvolvimento cognitivo e
buscar ajuda profissional. Normalmente, as pessoas mais velhas começam a sentir
perda de memória, esquecem onde colocar as coisas e sentem algum tipo de
tristeza por perceber que estão envelhecendo. Nessa situação, o ideal é ter uma
conversa franca e honesta, com habilidade e empatia, e cuidado para não criticar ou
culpar o idoso por esse comportamento.

No entanto, é difícil distinguir se certas atitudes e comportamentos são


meramente fisiológicos devido ao envelhecimento ou se realmente representam
sinais de demência ou depressão. Portanto, o posicionamento é buscar avaliação
profissional em instituições voltadas para a reabilitação em saúde mental. Respeitar
todas as situações e identificar indícios que indiquem problemas de saúde mental
dos idosos são essenciais para encontrar as melhores soluções.
Considerando o impacto do isolamento social, agora é um momento vantajoso
para encontrar alternativas para aliviar os sintomas do confinamento e facilitar essa
fase para os idosos e seus familiares. Desta forma, aprende-se que o idoso possui
características e características únicas, além da diversidade, pluralidade e
complexidade do envelhecimento humano. Apesar de todas as descobertas por trás
da Covid-19, não se pode evitar os princípios básicos da gerontologia para promover
diferentes medidas de proteção física e mental desse grupo específico de pessoas.

Ademais, a pandemia mudou a vida de toda a população, por meio de


mudanças de hábitos e comportamentos para aproximar a comunidade ao meio
científico. Todavia, atentar-se à saúde mental do idoso e adotar estratégias
relacionadas aos cuidados com o psicológico dos idosos é extremamente
necessária.

De fato, é entendido que o envelhecimento saudável precisa de medidas de


proteção que garantam os direitos civis das pessoas que estão envelhecendo,
englobando a saúde física, o psicológico e o meio social em que os idosos estão
inseridos, para que possam envelhecer de maneira digna.

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