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Na estática os corpos são considerados como sendo rígidos; tal hipótese é necessária afim de
se conseguir um resultado completamente independente das propriedades da matéria de que são
constituídos.
A resistência dos materiais, que também faz parte da mecânica, entretanto, considera os
corpos tais como são na realidade, isto é, deformáveis e suscetíveis de sofrerem rupturas quando
sob a ação de forças.
2 – as propriedades (dimensões, forma, material) que o fazem capaz de resistir à ação dessas
forças.
Deformação
A experiência ensina que a ação de qualquer força sobre um corpo altera a sua forma, isto é,
provoca uma deformação.
Tensão
Diagrama tensão-deformação
3 - zona de ruptura
Até o ponto P, o gráfico é uma reta. Neste trecho é valida a lei de Hook, que diz:
No trecho PE ainda se verifica a elasticidade, mas já não é pura, pois, tem-se um misto de
deformações elásticas e deformações permanentes.
Convém frisar que o escoamento é característico nos aços doces e outros materiais. Ele marca
o inicio das grandes deformações permanentes.
Continuando o ensaio, nota-se que a curva toma um aspecto definido até atingir o ponto R,
onde se verifica a ruptura do corpo. Este ponto é o limite de ruptura e a tensão atingida é a tensão
de ruptura Kr.
Todos os materiais apresentam, com variantes mais ou menos acentuadas, o mesmo
comportamento, e o diagrama terá sempre aspecto semelhante, apesar de alguns trechos se
confundirem para alguns materiais e se evidenciarem para outros.
No aço duro, por exemplo, não se verifica o escoamento enquanto o chumbo e o estanho são
caracterizados por isto.
Solicitações
Um sistema de forças pode ser aplicado num corpo de diferentes maneiras, originando,
portanto diversos tipos de solicitações, tais como: tração, compressão, cisalhamento, flexão e
torção.
Quando cada tipo se apresenta isoladamente, diz-se que a solicitação é simples. No caso de
dois ou mais tipos agirem contemporaneamente a solicitação é composta.
Tração – solicitação que tende a alongar a peça no sentido da reta de ação da resultante do
sistema de forças.
Compressão – solicitação que tende a encurtar a peça no sentido da reta de ação da resultante
do sistema de forças.
Cisalhamento – solicitação que tende a deslocar paralelamente, em sentido oposto, duas
secções contiguas de uma peça.
Flexão –
Torção – solicitação que tende a girar as secções de uma peça, uma em relação às outras.
A tensão admissível representa a tensão limite com a qual pode-se projetar sem perigo de
surpresas desagradáveis, isto é, a tensão abaixo da qual seguramente vale a lei de Hook.
A tensão de trabalho fixa deve ser bem inferior à tensão de ruptura. Seu valor é determinado
dividindo-se a tensão de ruptura por um coeficiente n chamado fator de segurança:
A escolha de n requer muito bom senso por parte do projetista, todavia, numa primeira
aproximação, pode-se adotar o seguinte:
As tensões admissíveis segundo Bach para os aços ao carbono podem ser obtidas na tabela da
pág. 3.15 do prontuário projetista.
Observação:
As barras, as chapas e os perfis laminados são obtidos a quente nos laminadores, enquanto os
trefilados são obtidos a frio por meio de fieiras.
Tração e Compressão
E representa a carga capaz de alongar o fio de secção de área unitária ao dobro de seu
comprimento inicial.
Problemas Resolvidos
P = 20 kg
ℓ = 50 cm
E = 1200000 kg/cm2
∆ℓ = 20 . 50 = 0,026 cm
1200000 . 0,0314
2 – Calcular o encurtamento dos pés da mesa em figura.
9 – no dispositivo em figura a bucha é de aço ABNT 1010 e o parafuso de aço ABNT 1030.
Calcular os diâmetros dₒ, d e D quando a porca exerce uma força axial de 2 t.
10- escolher o cabo de aço para um elevador de baixa velocidade, cabine de 300 kg e carga
máxima 700 kg.
Pela pág 4.143 do Prontuário do Projetista obtém-se o seguinte: cabo de aço polido, categoria
8 x 19, diâmetro 5/8”.
12 – Dimensionar a secção dos montantes da prensa em figura. Dados: carga máxima P= 3,2
t. Material: ferro fundido.
13 – Para que as duas chapas em figura não escorreguem uma em relação à outra é necessário
que os parafusos exerçam uma força de aderência de 6 t. verificar se são suficientes 5 parafusos W
½” de aço ABNT 1010. Caso contrario, determinar o diâmetro.
(secção do núcleo)
Pela pág. 4.11 do Prontuário do Projetista o parafuso de ½” tem um núcleo de 78 mm², o que
não satisfaz o problema.
Deve-se então tomar o parafuso de 5/8” que apresenta um núcleo de 131 mm².
Para o esforço de tração uma solda de topo em V ou X. vale a seguinte formula experimental.
Valores da tensão admissível para solda a arco:
S = 0,5 cm
P = 500 Kg (carregamento II)
600 = 500
0,5(b-1,6)
b – 1,6 = 500
0,5 . 600
Problemas Propostos
Resp.: 0,0087 cm
4 – A peça em figura foi submetida ao ensaio de compressão sofreu rupturas com a carga de
32t. Calcular a tensão de ruptura à compressão σcr do material.
Dados: P= 500 Kg
Material: aço ABNT 1020
Carregamento estático
( vide Estática, pág. 2.18)
6 – Calcular o diâmetro dₒ do núcleo do parafuso no dispositivo em figura. Dados:
Carga máxima P = 2 t
Material do parafuso aço ABNT 1040
7 – dimensionar a secção axb e o núcleo do parafuso do esticador na figura abaixo para uma
carga estática máxima P = 15 t.
Carga máxima: P = 2 t.
Diâmetro: 2 m
dados:
para se romper devido ao seu próprio peso. ( vide Prontuário do Projetista pág. 4.143)
Material
do parafuso:
14 – Determinar a carga máxima que o embasamento na figura ao lado pode suportar. (v. P.
16 – Determinar a profundidade máxima que a carga pode alcançar sem que haja ruptura de
aço.
Diâmetro ¼”.
No cisalhamento, como já foi visto, a peça é solicitada por duas forças próximas, paralelas e
de sentidos contrários.
A secção S resistente à força cortante P é paralela à linha de ação desta força e quando o
valores das tensões admissíveis fornecidos pela tabela de Bach. (v. Prontuario do Projetista pág.
3.15)
Espessura s = 4 mm
Largura ℓ = 5 cm
Perímetro p:
P = 2 . 99,4 + 2 π 20 + 2 . 2 π 10 = 450 mm
Espessura s:
Para o esforço de cisalhamento numa solda angular vale a seguinte formula experimental:
4 – Dados P = 1000 kg, s = 0,5 cm, a = 0,35 cm, calcular ℓ. Admitir carga intermitente.
500 = 1000
De força: união de chapas ou cantoneiras (poucos rebites de maior diâmetro). Ex.: estruturas
metálicas.
De estanque: calefação sem grandes esforços (mais rebites de menor diâmetro). Ex.: caixa
d’agua.
PROBLEMAS PROPOSTOS
1 – Calcular a carga de corte de um tesourão para cortar um aço redondo de diâmetro 1 cm.
Bitola: USSG 12
Carregamento estático
A secção x da barra em figura está solicitada parte à compressão e parte à tração, isto é, as
Desse modo calcular-se o momento fletor de cada secção do eixo e com os valores obtidos
Observações:
tomadas as forças que seguem as secções, os momentos fletores terão os mesmos valores, a menos
do sinal.
2 – Notar que, no caso em questão (forças concentradas), o momento fletor varia linearmente
ao longo dos trechos descarregados. Conclui-se dai que, para traçar o diagrama, basta calcular
apenas os momentos fletores nas secções em que são aplicadas as forças e unir os valores por meio
de retas.
Momentos Fletores:
Obs.: Notar que Mfi varia parabolicamente ao longo da viga carregada uniformemente.
Obs.: Notar que Mfmáx da viga com carga concentrada é o dobro do momento fletor máximo com
a mesma carga distribuída. É vantajoso, portanto, distribuir sempre que possível a carga.
Momentos Fletores
Obs.: notar que Mfi varia parabolicamente ao longo da viga carregada uniformemente.
Processo prático para o traçado da parábola.
O efeito produzido por varias solicitações em conjunto é igual à soma algébrica dos efeitos
produzidos por cada solicitação separadamente. Exemplos:
Nas vigas solicitadas por um momento M os vínculos devem reagir com um binário de momento
igual e contrario a M.
CARGAS DISTRIBUÍDAS
FORÇA CORTANTE
Um ponto qualquer de uma barra fletida além das tensões normais de compressão e tração
proveniente do momento fletor, está sujeito também a tensões tangenciais de cisalhamento
proveniente de forças cortantes.
Desse modo, calcula-se as forças cortantes de cada secção da barra e com esses valores traça-se o
diagrama, como nos exemplos abaixo.
CARGAS CONCENTRADAS