Você está na página 1de 5

Fontes de luz para iluminação arquitetônica, por Bill Williams Página 1 de 5

Fontes de luz para iluminação arquitetônica


Edição 1.1 - (2000)

Copyright (c) 1999-2000 por Bill Williams

1.0 INTRODUÇÃO

O especificador de iluminação moderno tem muitas


opções diferentes em relação à seleção de fontes de luz
para aplicações de iluminação arquitetônica. Nem sempre
foi assim. Cem anos atrás, a iluminação elétrica prática
era amplamente limitada à lâmpada incandescente
(filamento elétrico). A iluminação incandescente inicial era
bastante ineficiente para os padrões de hoje, mas oferecia
uma alternativa muito melhor para a iluminação a óleo e
a gás dos dias anteriores. Durante o século XX, houve
uma explosão no desenvolvimento de novas fontes de luz,
começando com a introdução da lâmpada fluorescente na
década de 1930. A última metade do século resultou em
muitas novas fontes de luz sendo desenvolvidas ou
refinadas.

Hoje, o designer de iluminação pode escolher; incandescente, halogênio de tungstênio, fluorescente, mercúrio, haleto
de metal, sódio de alta pressão, sódio de baixa pressão, cátodo frio, néon, diodo emissor de luz, lâmpadas de indução,
lâmpadas de enxofre e outras novas fontes de luz.

As fontes de luz para o ambiente humano são avaliadas e selecionadas em relação à sua saída de luz ou
lúmen, sua eficácia lumínica, temperatura de cor, índice de reprodução de cor e vida útil. Outras considerações
incluem custo inicial, custo operacional e custo de manutenção. Uma breve descrição das propriedades mais
importantes, a seguir:

2.0) EFICÁCIA LUMINOSA

A 'eficácia' da lâmpada refere-se aos 'lúmens por watt' produzidos por diferentes tipos de fontes de luz. O
'lúmen' é o nome da unidade usada para medir a quantidade de luz emitida por uma fonte de luz. Quanto
maior a eficácia do lúmen, mais eficiente é a fonte na produção de luz.

A primeira lâmpada de filamento elétrico da Edison produzia apenas 1,4 lumens por watt. Pesquisas ao longo
dos anos lentamente trouxeram melhorias na eficiência da lâmpada. A lâmpada incandescente comum de hoje,
produz aproximadamente 15-25 lumens por watt. O equilíbrio da energia elétrica é transformado em calor.
Estima-se que 40 lumens por watt é o máximo que pode ser obtido por um filamento de tungstênio, pouco antes
de atingir o ponto de fusão (3370 graus C.)

Por volta de 1938, a indústria de iluminação foi revolucionada com a introdução da lâmpada fluorescente. A
eficácia do lúmen aumentou repentinamente e hoje a lâmpada fluorescente moderna tem uma eficácia de

http://www.mts.net/~william5/library/sources.htm 17/12/2006
Fontes de luz para iluminação arquitetônica, por Bill Williams Página 2 de 5

entre 65 e 100 lumens por watt.

A eficácia luminosa aumentou novamente com o desenvolvimento das lâmpadas de haleto metálico e de sódio de alta
pressão, para até 140 lúmens por watt. A lâmpada de sódio de baixa pressão aumentou a eficácia para cerca de 200
lumens por watt.

Os cientistas determinaram que se toda a energia elétrica colocada em uma lâmpada pudesse ser convertida em
luz branca, uma lâmpada daria 220 lumens para cada watt de energia colocado.

Hoje, o designer de iluminação deve se esforçar para usar a fonte de luz mais eficiente possível, ao mesmo tempo em que
mantém as qualidades de reprodução de cores adequadas exigidas pela aplicação de iluminação específica.

A tabela a seguir mostra como a eficácia do lúmen aumentou gradualmente ao longo dos anos.

FONTE EFICÁCIA DE LÚMEN (lumens / watts)


========================================================== ========== Vela
(equivalente) 0,01
Lâmpada de óleo (equivalente) 0,03
----------------------------------------------------------------
Lâmpada edison (1879) 1,4
Bambu carbonizado (1879) 2.0
Celulose carbonizada (1891) 3,0
Metalizado (Gem) (1905) 4,0
Tungstênio desenhado (1911) 10,0
60W Tungsten CC (1968) 14,7
Lâmpada de filamento (1970) 10 - 18
Halogênio de tungstênio (1980) 17-22
Lâmpadas de palco / estúdio (1980) 20 - 40
----------------------------------------------------------------
Lâmpada Cooper-Hewitt (1901) 13,0
Lâmpada de mercúrio (moderna) 55 - 60
Lâmpada fluorescente (1938) 65 -100
Lâmpada de haleto de metal 85 -120
Lâmpada HPS 80 -140
Lâmpada LPS 120 -200
========================================================== ==========

3.0) TEMPERATURA DE COR

Como a maioria dos objetos são aquecidos, eles emitem luz. À medida que a temperatura aumenta, o objeto primeiro brilha em
vermelho, depois em amarelo, branco, azul claro e, finalmente, em azul brilhante. A temperatura da cor é uma medida da
'brancura' de uma fonte e é expressa em graus K. (Kelvin).

As lâmpadas de filamento de tungstênio usadas para aplicações de iluminação geral têm temperaturas de cor
entre 2.600 e 3.000 graus Kelvin. As lâmpadas de palco e estúdio usadas para aplicações em teatro e televisão
geralmente têm uma temperatura de cor entre 3.000 e 3.400 graus Kelvin.

A especificação de temperatura de cor tecnicamente aplica-se apenas a lâmpadas incandescentes. O termo


'temperatura de cor aparente' (ou temperatura de cor correlacionada) é freqüentemente usado para descrever o
grau de 'brancura' para lâmpadas fluorescentes e HID (descarga de alta intensidade). As temperaturas de cor (e
temperaturas de cor aparentes) de fontes comuns são as seguintes:

FONTE TEMPERATURA DE COR (graus K.)


========================================================== ==========

http://www.mts.net/~william5/library/sources.htm 17/12/2006
Fontes de luz para iluminação arquitetônica, por Bill Williams Página 3 de 5

Lâmpada de filamento incandescente 2600-3000


Lâmpada halógena de tungstênio 3000-3400
Iodetos metálicos 3300-5700
Lâmpada de mercúrio 55-60
Sódio de alta pressão 2000-3200
Sódio de baixa pressão 1600
Fluorescente Branco Quente (WW) Deluxe 3000
Branco Fluorescente Branco Quente 2900
Fluorescente (W) 3500
Cool White Fluorescente (CW) Deluxe Cool 4200
White Fluorescent Fluorescente para luz do 4200
dia 7000
Xenon 6000
----------------------------------------------------------------
Luz solar (ao nascer do sol 1800
Luz solar (ao meio-dia) 5000
Céu (nublado) 6500
========================================================== ==========

4.0) ÍNDICE DE REPRESENTAÇÃO DE COR

Embora a 'temperatura da cor' seja uma medida da 'brancura' visual de uma fonte, ela faz pouco para especificar a
capacidade da fonte de mostrar as cores com precisão. Isso é conhecido como índice de reprodução de cores (ou CRI) de
uma fonte de luz.

A moderna lâmpada de filamento elétrico produz um espectro contínuo com todas as cores presentes. Como
resultado, esta lâmpada tem um CRI alto de 100, pois exibe todas as cores "corretamente".

Todas as fontes fluorescentes e HID têm CRIs inferiores a 100 e são capazes de renderizar cores com precisão em
vários graus. Uma fonte de luz deve ser cuidadosamente selecionada para fornecer um alto CRI apenas quando
necessário. Especificamente, um CRI alto deve ser usado para correspondência de cores e outras aplicações
relacionadas. Lâmpadas com CRI acima de 70 são normalmente usadas para a iluminação do ambiente humano,
incluindo áreas de estar e de trabalho. Algumas lâmpadas fluorescentes modernas agora têm CRI'S de
85 ou mais.

FONTE ÍNDICE DE REPRESENTAÇÃO DE COR.)


========================================================== ==========
Lâmpada de filamento incandescente 100
Lâmpada halógena de tungstênio 100
Lâmpada de mercúrio 15-55
Iodetos metálicos 65-80
Sódio de alta pressão 22-75
Sódio de baixa pressão 0
Fluorescente branco quente (WW) 52
Fluorescente Branco Quente Deluxe 73
Fluorescente Branco (W) 60
Fluorescente branco frio (CW) 66
Deluxe Cool White Fluorescente 89
Fluorescente luz do dia 79
Xenon 95
========================================================== ==========

5.0) VIDA DA LÂMPADA

http://www.mts.net/~william5/library/sources.htm 17/12/2006
Fontes de luz para iluminação arquitetônica, por Bill Williams Página 4 de 5

Geralmente, um tipo de fonte com a vida útil mais longa possível deve ser selecionado para qualquer aplicação de iluminação
particular. Uma lâmpada de longa duração, entretanto, não deve ser usada às custas de fornecer eficácia de lúmen,
temperatura de cor e requisitos de CRI adequados.

FONTE VIDA - EM HORAS


========================================================== ==========
Lâmpada de filamento incandescente 1000-2000
Lâmpada halógena de tungstênio 100-2000
Lâmpada de mercúrio 12.000-24.000
Iodetos metálicos 6.000-20.000
Sódio de alta pressão 10.000-15.000
Sódio de baixa pressão 16.000
Fluorescentes 10.000-20.000
========================================================== ==========

6.0) RESUMO E CONCLUSÕES

O especificador de iluminação moderno deve ter conhecimento e estar ciente das características da fonte de luz,
particularmente no que se refere à iluminação para o ambiente humano. É importante não selecionar uma fonte de luz
com base apenas na eficiência. Embora a eficácia da lâmpada seja muito importante, a temperatura da cor e o índice
de reprodução da cor também devem ser considerados cuidadosamente. Outros fatores que devem ser considerados
incluem o custo inicial da fonte de luz (e sistema de iluminação) em relação aos custos operacionais (e vida). Uma fonte
de luz com baixo custo inicial, pode ter um custo operacional muito alto. Por outro lado, uma fonte de luz com um
custo inicial mais alto pode ter um custo operacional associado mais baixo.

As tabelas a seguir fornecem um resumo de eficácia, temperatura de cor, índice de reprodução de cor e vida -
para fontes de luz incandescente e de descarga comuns.

Tabela 1 - Fontes Incandescentes

LÂMPADA EFICÁCIA CT. CRI AVG. HORAS


========================================================== ====================== Vela
(equivalente) 0,01 - - -
Lâmpada de óleo (equivalente) 0,03 - - -
----------------------------------------------------------------------------
Lâmpada edison (1879) 1,4 - - 40-45
Bambu carbonizado (1879) 2.0 - - 40-100
Celulose carbonizada (1891) 3,0 - - -
Metalizado (Gem) (1905) 4,0 - - -
Tungstênio desenhado (1911) 10,0 - - -
60W Tungsten CC (1968) 14,7 - - -
----------------------------------------------------------------------------
Lâmpada de filamento (1970) 10-18 2700-3000 K 100 1000-2000
Halogênio de tungstênio (1980) 17-22 2850-3050 K 100 1000-2000
Lâmpadas de palco / estúdio (1980) 20-40 3200-3400 K 100 100-1000
========================================================== ======================

Tabela 2 - Fontes de descarga

LÂMPADA EFICÁCIA CCT CRI AVG. HORAS


========================================================== ======================
Lâmpada Cooper-Hewitt (1901) 13 - - -
Lâmpada de mercúrio (moderna) 55 - 60 3300-5700 K 15-55 12-24.000
----------------------------------------------------------------------------
Lâmpada fluorescente (1938) 65 -100 3000-6500 K 52-92 10-20.000
Lâmpada HPS 80 -140 2000-3200 K 22-75 10-15.000

http://www.mts.net/~william5/library/sources.htm 17/12/2006
Fontes de luz para iluminação arquitetônica, por Bill Williams Página 5 de 5

Lâmpada LPS 120 -200 1600 K 0 16.000


----------------------------------------------------------------------------
Lâmpada de haleto de metal 85 -120 3000-5200 K 65-80 6-20.000
CSI = Fonte Compacta de Iodo 70 - 80 4000 K 85 500
Luz do dia de iodo compacto 80 - 90 5500 K 85 500
HQI (Osram) - 3000-6000 K 81-93 -
XENON (Osram) - 6000 K 95 800-2.000
========================================================== ======================

EFICÁCIA - em lúmens por watt.


CT = Temperatura da cor.
CCT = Temperatura de cor correlacionada
CRI = Índice de Renderização de Cores.

Bill Williams é um designer de iluminação e consultor canadense, com mais de 30 anos de experiência em
entretenimento e iluminação arquitetônica. Com mais de 500 créditos em projetos, ele trabalhou em todo o
Canadá e nos EUA, Grã-Bretanha, Europa, América do Sul e Ásia.

http://www.mts.net/~william5/library/sources.htm 17/12/2006

Você também pode gostar