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Curso Requisitos de Proteção de Alimentos e Bebidas em Embalagens Plásticas

4 e 5 de outubro de 2016

EMBALAGEM PARA
ALIMENTOS DESIDRATADOS
E TEMPEROS

Christiane Quartaroli Moreira


CETEA

Tópicos

• A embalagem
• Fatores que interferem a vida útil
• Modelos de estimativa de vida útil
• Valores típicos de TPVA
• Sensibilidade ao oxigênio e valores típicos de
TPO2
• Exemplos

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INTERAÇÃO
PRODUTO / AMBIENTE

Luz CO2 H2 O O2
Aromas Voláteis

H 2O Odores
EMBALAGEM = BARREIRA
PROTEÇÃO A FATORES AMBIENTAIS

VIDA ÚTIL
Produção Δt Consumo
Produto com nível
satisfatório de qualidade

Características do produto
Método de conservação (desidratação)
Proteção oferecida pela embalagem
Sistema de distribuição
Condições de estocagem (T, UR)

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ALIMENTOS DESIDRATADOS
O2 Vida útil H2O

O2 Oxidação de pigmentos
Oxidação de vitaminas
Oxidação de lípideos

Alteração da textura
reações de oxidação/fotoxidação
Ganho de escurecimento enzimático
umidade escurecimento não enzimático
desenvolvimento microbiológico

ESPECIFICAÇÃO DE EMBALAGEM PARA


PRODUTOS SENSÍVEIS À UMIDADE
Proteção da embalagem
Vida útil
(absorção de umidade)

Estudos em condições reais de estocagem


Estudos acelerados
Estimativa através de modelos matemáticos

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ESTIMATIVA DE VIDA ÚTIL DE ALIMENTOS


SENSÍVEIS À UMIDADE
Caracterização do produto Caracterização da embalagem
Umidade inicial Permeabilidade ao vapor d’água
Umidade crítica Dimensões (peso líquido)
Isotermas de sorção de umidade

Definição das condições de estocagem


(T, UR)

Aplicação de modelos matemáticos

ISOTERMA DE SORÇÃO DE UMIDADE


Definição
Representação gráfica que relaciona a atividade de água de um
produto, com o seu conteúdo de umidade, a uma determinada
temperatura.
Construção Amostra de produto com
teor de umidade conhecida. Temperatura
Teor de umidade final constante
Exposição de uma amostra
determinado após o
triturada do produto a várias equilíbrio
atmosferas de umidade
relativa constante

Determinação da umidade do
produto quando o equilíbrio é
atingido Umidade
relativa
constante

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ISOTERMA DE SORÇÃO DE UMIDADE

Pe

Umidade (% b. s. )
Pcr

Pi

Atividade de água
Pi = produto recém-embalado
Pcr = ponto crítico que define o fim da vida útil do produto
Pe = produto em equilíbrio com o ambiente de estocagem

BARREIRA AO VAPOR D´ÁGUA DE


EMBALAGENS
Barreira ao vapor d’água TPVA (g água / (m2.dia)

↑ Barreira ↓ TPVA

Vidros e latas → sistema de fechamento

Plásticos
• Tipo de Resina
PA < PVC < PET << PEBD < PP < PEAD << PVDC
• Espessura
• Processo de fabricação - bi - orientação (PP < BOPP)

Temperatura e umidade relativa

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BARREIRA AO VAPOR D´ÁGUA DE FILMES


Material TPVA (g água . m-2.dia-1)*

Celofane 100 a 2000

PVC esticável 250 - 800

PET 50

PEBD 5 - 35

BOPP 2,5 - 7,0

PEAD 2,5 - 3,5

*ASTM E 96 (38ºC/90%UR)
Fonte: Banco de dados - CETEA

BARREIRA AO VAPOR D’ÁGUA -


MATERIAIS FLEXÍVEIS
Aplicação de revestimentos de PVDC

Metalização
Natureza do filme
Espessura e uniformidade da camada de alumínio
Metalizadora e parâmetros de processo
Defeitos de superfície
Aumento
da barreira Laminação com folha-de-alumíno
Número de microfuros
Tecnologia de laminação

Novos tipos de revestimentos


Óxido de silício
Óxido de alumínio

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BARREIRA AO VAPOR D’ÁGUA DE MATERIAIS FLEXÍVEIS


Produto Estruturas TPVA (g água . m-2.dia-1)

Frutas/Hortaliças PET/Al/PEBD < 0,03 - 0,1*


Desidratadas
PET/imp/met/PE 0,8 - 3,0*
BOPPmet/PE 1,5 - 4,0*
BOPP/PE 2,0 - 6,0**
PET/PE 4,0 - 12**
PE 5,0 - 12**
Sopas desidratadas PET/AL/PE <0,03 - 0,1*
PET/ BOPP Met/ PEBD 0,5 – 1,4*
saches temperos PET/Al/PE <0,01*
Papel Monolucido / Alu <0,01*
Suco/ refresco em pó PET/Al/PE <0,01*
PEAD coextrusado 2,0 – 4,0*
Leite em pó PETmet/PE 1,0 – 2,0*
BOPP transparente/PET 0,4 – 0,9*
metalizado/PE transparente 0,4 – 0,5*
PET/PETmet/PELBD 3,5 – 4,1*
PE externo/EVOH/PE interno
(filme interno de sacaria)
*ASTM F *ASTM F 1249
(38ºC/90%UR)
**ASTM E 96 (38ºC/90%UR)
Fonte: Banco de dados -
CETEA

BARREIRA AO VAPOR D’ÁGUA –


EMBALAGENS RÍGIDAS
Produto Estruturas TPVA (g água .embalagem-1.dia-1)

Frutas PET 0,7 – 34,8


Desidratadas
PP 0,04 – 0,2

temperos PET 0,05


PP -
vidro -

ASTM E 96 (38ºC/90%UR)
Fonte: Banco de dados - CETEA

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Embalagens rígidas retangulares


TPVA=34,8 g
água/(embalagem dia)

TPVA= 1,8 g
água/(embalagem dia)

38ºC/90%UR

1 2 3

1 - TPVA= 0,04g água/(embalagem.dia) - PP


2 - TPVA= 0,2 g água/(embalagem.dia) - PP
3 - TPVA= 0,7g água/(embalagem.dia) - PET

TPVA a 38ºC/90%UR

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EMBALAGEM PARA ALIMENTOS DESIDRATADOS


SENSÍVEIS AO OXIGÊNIO
Vida útil Reações de oxidação
5 a 15 ppm
de
O2

Limite máximo aceitável de O2


• aceitabilidade de perda de qualidade
• características intrínsecas do produto
• qualidade inicial do produto
Disponibilidade total de O2
• permeabilidade da embalagem
• O2 do espaço-livre
• O2 incorporado no produto

EMBALAGEM PARA PRODUTOS DESIDRATADOS


SENSÍVEIS AO OXIGÊNIO
Complexo modelo matemático
Estudos de ≠
Vida útil
resultados práticos

Estudos reais
• Barreira ao oxigênio → TPO2 (cm3(CNPT)/(m2.dia))
• O2 do espaço-livre
• Integridade do fechamento
• Efeito da luz
• Barreira à umidade → TPVA

Análise sensorial do produto

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Características – sensibilidade ao oxigênio

• Carotenoides – os vegetais • espinafre, couve, abóbora, milho,


possuem coloração amarela , batata-doce, cenoura, tomate,
laranja e vermelha (agem como beterraba, manga, temperos: páprica,
antioxidante, alguns precursores da urucum
vitamina A)
• Clorofilas - pigmentos verdes muito
comuns em legumes e em várias • deles são: o espinafre, brócolis, chá
frutas. Devido a sua cor e as verde, azeitonas verdes, couves de
propriedades físico-químicas, são Bruxelas, repolho verde, aipo, couve,
também usadas como aditivos para feijão verde, ervilhas, salsa, alface e
produtos alimentícios. Estes algas marinhas verde azulada...
pigmentos são quimicamente
instáveis e podem ser alterados ou
destruídos facilmente, modificando
a percepção e a qualidade dos
produtos.

BARREIRA A GASES - EMBALAGENS

Barreira ao oxigênio TPO2 (cm3 (CNTP) / (m2.dia))

↑ Barreira ↓ TPO2

• Vidros e latas → sistema de fechamento

• Plásticos - Tipo de polímero


PE < PP ~ PEAD < PVC < PA ~ PET < PVDC < ~ EVOH
• Espessura
• Grau de orientação (PET, BOPP, OPA)
• Processo de conversão

• Temperatura e umidade relativa

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Barreira de Polímeros

↑ Barreira ↓ TP

¾ Barreira a gases
PE < PP ~ PEAD < PVC < PA ~ PET < PVDC ~ EVOH

¾ Barreira à umidade
PA < PVC < PET < PEBD < PP < PEAD < PVDC

BARREIRA A GASES - MATERIAIS FLEXÍVEIS

Aplicação de revestimento de PVDC

Aumento Metalização
da barreira
Laminação com folha-de-alumíno

Combinação de materiais por co-extrusão


(PA, EVOH, PVDC)

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BARREIRA AO OXIGÊNIO DE MATERIAIS FLEXÍVEIS


Produto Estruturas TPO2 (mL (CNTP). m-2.dia-1)

Frutas/Hortaliças PET/Al/PEBD <0,005


Desidratadas
PET/imp/met/PE 0,5 - 8,0
BOPPmet/PE 8 - 300
BOPP/PE 900 - 2000
PET/PE 100

Sopas desidratadas PET/AL/PE <0,005


PET/ BOPP Met/ PEBD 12 - 32

saches - temperos PET/Al/PE <0,005

Suco/ refresco em pó PET/Al/PE <0,005


PEAD coextrusado 950 - 1400

Leite em pó PETmet/PE 0,5 – 5,0


BOPP transp./PET met/PE transp 1,0
PET/PETmet/PELBD 0,9 – 1,2
PE externo/EVOH/PE interno (filme 1,4 – 1,9
interno de sacaria)

EXEMPLOS

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ISOTERMA - HORTALIÇAS DESIDRATADAS

Produto Uo(%) UC(%) Alterações em Uc

Abóbora 3,18 5,92 Amolecimento e início de aglomeração


Pimentão misto 2,40 7,24
Couve 4,47 12,75 Amolecimento e alteração de cor
Cebola 5,31 8,37
60
abóbora
50
Umidade de equilíbrio

cebola
couve
40
pimentão
(%b.s.)

30

20

10

0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1
Atividade de água

ESTUDO DE CASO - HORTALIÇAS DESIDRATADAS

Embalagem Dimensões = 50 x 70cm


Peso líquido = abóbora - 5kg
pimentão, cebola e couve - 3kg

Estocagem 30ºC/80%UR

Vida útil 6 meses

TPVA a 30ºC/80%UR Sugestão de


Produto (g água/m2/dia) embalagem Proteção

Abóbora 2,10 PEBD/PA/PEBD Umidade e oxidação pigmentos


Pimentão misto 1,97 PEBD/PA/PEBD Umidade e oxidação pigmentos
Couve 4,80 PEBD Umidade
Cebola 1,66 PEBD Umidade

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ISOTERMA - BANANA CHIPS DESIDRATADA


Produto Uo(%) UC(%) Alterações em Uc

Sem sal 2,48 8,70


Com sal 2,68 7,92 Perda de crocância e escurecimento
Com açúcar e canela 3,45 7,37

20
18 sem sal
16 com sal
Umidade de equilíbrio

14 com açúcar e canela


12
(%b.s.)

10
8
6
4
2
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1
Atividade de água

ESTUDO DE CASO - BANANA CHIPS


Produto mais crítico com açúcar e canela
Perda de crocância
Problemas
Oxidação (alteração do sabor)

Embalagem Dimensões = 16 x 22cm


Peso líquido = 80g
Estocagem 30ºC/80%UR

Vida útil 3 meses


TPVA = 1,24g água/(m2.dia) a 30ºC/80%UR

Estruturas metalizadas
•BOPPmet/PEBD
•PETmet/PEBD
(barreira à umidade e ao oxigênio)

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LEITE EM PÓ

Embalagem Condições de estocagem Vida útil (meses)

PET/BOPPmet/PEBD 25°C/75%UR 12 – 13
(130g) – produto 7
inertizado 35°C/50%UR
4
35°C/90%UR
PETmet/PEBD 25°C/75%UR 10
(130g) – produto 9
inertizado 35°C/50%UR 2-3
35°C/90%UR
Lata 25°C/75%UR Superior a 12
12
35°C/50%UR 12
35°C/90%UR

LEITE EM PÓ

Aparência do leite em pó e reconstituído após (a) 90 dias a 35°C /90%UR

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SUCO EM PÓ

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SUCO EM PÓ

LEITE EM PÓ

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TEMPEROS EM PÓ

SOPAS EM PÓ

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