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Para o realismo jurídico, a Constituição é aquilo que o juiz diz que ela é. O Poder
Judiciário não estaria preocupado com aquilo que a Constituição diz. É, portanto, o
oposto do formalismo jurídico.
Há um ponto de equilíbrio: positivismo jurídico (Kelsen). A decisão judicial não seria
apenas um ato de aplicação do direito, mas também um ato de criação. O direito
positivo fornece uma moldura, cabendo ao juiz escolher uma opção dentre aquelas
trazidas pelos limites da lei. No positivismo puro não há ética e moral, havendo a escolha
entre critérios técnicos. O positivismo caiu por terra por conta do nazismo.
Limites da interpretação
Na concepção contemporânea, por exercer o juiz um papel ativo, há aqui uma função
criadora do juiz, exercendo atividade na própria formação da norma. O juiz já não é mais
aquele do formalismo jurídico.
Montesquieu dizia que não se pode admitir que o juiz seja legislador, pois, do contrário,
haveria arbitrariedade. Isso porque quem detém poderes demasiados tende abusá-lo.
Por tudo isso, entende-se que é necessário colocar limites reais à interpretação judicial,
ou seja, devem haver constrangimentos reais, impedindo a liberdade absoluta.
A respeito desses limites, o professor Eros Grau utilizou a chamada metáfora da Vênus
de Milo, a fim de ilustrar essa imposição de limites. Quando é encomendada uma
estátua da Vênus de Milo a três artistas, cada um deles a realiza a sua maneira, havendo
um resultado diverso entre eles, mas sempre havendo a semelhança, ou seja, nenhum
deles traz uma estátua totalmente diferente do que a Vênus de milo. Portanto, os juízes
Métodos de interpretação
Segundo J.J. Canotilho, existem basicamente 6( seis) diferentes métodos:
• Método jurídico;
• Método tópico-problemático;
• Método hermenêutico concretizador;
• Método científico-espiritual;
• Método normativo-estruturante;
• Interpretação comparativa.
I. Método jurídico
Vai dizer que a Constituição é uma lei, razão pela qual se utiliza da mesma interpretação
que se faz da lei. Para descobrir o sentido da norma constitucional, o intérprete deverá
se valer de elementos interpretativos típicos, tais como elemento filológico
(gramatical/literal), elemento lógico (sistemático), elemento histórico (contexto
histórico), elemento teleológico (finalidade da norma) e elemento genético (fundado na
origem dos conceitos), etc.
Eles são passíveis de serem utilizados para interpretar a Constituição, mas não são
suficientes.
A crítica que se faz ao método tópico-problemático é que há um casuísmo sem limites,
em razão de que cada problema é diverso dos demais.
A grande ideia que se pode concluir do método hermenêutico concretizador é que ele
dá prevalência ao texto constitucional, o qual sempre começará esse movimento, a
partir da pré-compreensão da norma.
Pressupostos objetivos: dizem respeito ao contexto no qual o texto vai ser aplicado,
atuando o intérprete como um mediador entre o texto e a situação na qual ele se aplica
(contexto).
Relação entre texto e contexto: com a mediação criadora feita pelo intérprete,
transformando a interpretação em movimento de ir e vir (círculo hermenêutico), na
busca da concretização, da construção da norma, que é o resultado da interpretação.
V. Método normativo-estruturante
O método normativo-estruturante estabelece que não há identidade entre norma
jurídica e texto normativo. Com base nisso, o que se pretende é que a norma que se
extrai do texto da Constituição seja capaz de levar à concretização da Constituição na
realidade social. Isso porque, a norma que vai ser extraída do texto da Constituição vai
resolver o problema prático através da resolução de questões de problemas práticos.
V. Interpretação comparativa
A interpretação comparativa busca analisar os institutos jurídicos, normas de diversos
ordenamentos jurídicos. A ideia é que por meio da comparação de diferentes
ordenamentos jurídicos seja possível extrair o significado real que deve ser atribuído ao
instituto ou ao enunciado.
Princípios de interpretação
O professor J.J. Canotilho destaca alguns princípios de interpretação constitucional:
Em decorrência disso, Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo dizem que todas as normas
constitucionais têm igual dignidade, não podendo uma norma se sobrepor à outra, pois
não há hierarquia entre normas constitucionais (inexistência de hierarquia entre normas
constitucionais).
Por outro lado, não há normas originárias inconstitucionais, tendo em vista que não é
possível fazer o controle de constitucionalidade de normas originárias (inexistência de
inconstitucionalidade de normas constitucionais originárias).
O que é capaz de existir entre normas constitucionais é tão somente uma antinomia
aparente, não existindo antinomias verdadeiras entre os dispositivos constitucionais,
pois ela é interpretada de forma harmônica, por conta da unidade da Constituição.
A teoria do Poder Constituinte foi esboçada pelo abade francês Emmanuel Sieyès (“O
que é o Terceiro Estado”). Ele faz uma distinção entre poder constituinte e poderes
constituídos. O primeiro é o que cria a Constituição, enquanto os segundos resultam da
criação da Constituição. Este é o ponto fundamental.
O titular do poder constituinte para Sieyès era a nação, mas atualmente a doutrina
entende que o titular é o povo, ainda que o poder constituinte seja usurpado.
Se o exercício do poder constituinte é legítimo, então significa dizer que foi democrático.
Por outro lado, se o poder constituinte é usurpado, então o poder constituinte foi
exercido de forma autocrática, sendo uma constituição outorgada.
O poder constituinte pode ser dividido em:
• Poder constituinte originário;
• Poder constituinte derivado.
Há ainda quem divida o poder constituinte difuso e poder constituinte supranacional.
Este poder é limitado pelo texto constitucional, de forma que a doutrina enumera as
espécies de limitações do poder constituinte derivado reformador:
Limitação temporal: durante certo período não pode ser modificada a Constituição (ex.:
durante os 5 primeiros anos não pode alterar a CF);
Limitação circunstancial: em determinada circunstância não pode ser alterada a
Constituição (ex.: estado de sítio não pode alterar a CF).
Limitação material: não pode abolir cláusula pétrea.
Limitação processual (formal): o processo legislativo de alteração da CF deve ser mais
difícil do que o processo legislativo ordinário.
Observações:
1) O DF é poder constituinte derivado decorrente? SIM, pois decorre diretamente da
Constituição Federal, em razão da sua competência híbrida ou cumulativa.
O parágrafo único diz que “Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de
representantes eleitos (indireta) ou diretamente, nos termos desta Constituição
(direta)”. Nossa democracia é semidireta.
Portanto, a nossa forma de Estado é uma federação, mas isto é desde a república. Isto
significa dizer que as unidades federativas são dotadas de autonomias políticas,
possuindo competências próprias diretamente do texto constitucional.
Todavia, isto não pode ser dissolvido o vínculo federativo, sendo denominado este
fenômeno de princípio da indissolubilidade do vínculo federativo. Se houvesse o
direito de secessão não seríamos federação, e sim uma confederação.
A forma federativa de estado é cláusula pétrea (art. 60, §4o, I, CF). O Brasil, além de
federação, é uma república, ainda que antes fôssemos uma monarquia.
O poder é exercido pelo povo quer seja por meio da eleição de representantes do povo
quer seja diretamente. Por isso, a nossa democracia é semidireta. Há a conjugação do
princípio representativo com institutos da democracia direta: plebiscito, referendo e
iniciativa popular.
Dignidade da pessoa humana: deixa claro que o Estado brasileiro não se funda em
propriedade, incorporações, organizações religiosas, etc. O fundamento, portanto, é a
pessoa humana.
Pluralismo político: isto quer dizer que a nossa própria Constituição é fruto de um
conjunto ou uma combinação de ideologias e, portanto, é eclética, faz com que a nossa
sociedade garanta no processo de formação da vontade geral de formação de leis que
sejam respeitadas, ouvidas, e que participem as diversas correntes de pensamentos.
Estes princípios são cobrados, mas é importante que se perceba que nenhum deles
possui caráter absoluto, os quais devem observar a necessidade de ponderação.
O princípio da prevalência dos direitos humanos vai justificar que o Brasil apoie outro
Estado na interferência num terceiro que estejam cometendo violações aos direitos
humanos. Nesse caso, os direitos humanos teriam prevalecido sobre a soberania do
outro Estado.
PORQUE
11. (CESPE – 2018 - PC-MA - Investigador de Polícia) Acerca dos princípios fundamentais
previstos na CF, julgue os itens a seguir.
I. O poder que emana do povo será exercido somente por meio de seus representantes
eleitos.
II. O Brasil rege-se, nas relações internacionais, pelos princípios da intervenção e da
negativa de asilo político.
12. (CS-UFG - 2017Banca: Órgão: TJ-GO Prova: Juiz Leigo) A República Federativa do
Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal,
constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos, além da
soberania,
a) a cidadania, a dignidade da pessoa humana, os valores sociais do trabalho e da livre
iniciativa, o pluralismo político.
b) a cidadania, a dignidade da pessoa humana, a prevalência dos direitos humanos, os
valores sociais do trabalho e da livre iniciativa, o pluralismo político.
c) a prevalência dos direitos humanos, a dignidade da pessoa humana, a solução pacífica
dos conflitos, o pluralismo político e a igualdade entre os Estados.
d) a garantia o desenvolvimento nacional, a dignidade da pessoa humana; a
independência nacional.
e) a cidadania, a autodeterminação dos povos, a erradicação da pobreza e da
marginalização e a redução das desigualdades sociais e regionais.
13. (CESPE – 2017 - TRT - 7ª Região (CE) - Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador
Federal) Acerca dos princípios, direitos e garantias fundamentais previstos na CF,
assinale opção correta.
a) Conforme entendimento do STF, o direito fundamental à liberdade de pensamento e
de livre expressão da atividade intelectual, independentemente de censura, deve ser
interpretado à luz do mandamento constitucional que prevê a preservação da vida
privada e da imagem da pessoa, de modo a ser exigível o consentimento do interessado
no caso de publicação de biografia que possa causar sério agravo à intimidade.
b) As relações internacionais da República Federativa do Brasil são regidas pelos
princípios da prevalência da ordem democrática e do respeito à separação dos poderes.
c) Ao julgar ação direta de inconstitucionalidade em face da Lei de Biossegurança, o STF
firmou entendimento acerca do descabimento de pesquisa com células-tronco
embrionárias, como decorrência do direito à vida.
d) Não cabe habeas corpus para o trancamento de processo por crime de
responsabilidade atribuído ao presidente da República, uma vez que as sanções para tal
espécie de infração são de índole político-administrativa.
15. (CESPE – 2017 - PGE-SE - Procurador do Estado) Quanto à forma, o Estado brasileiro
é classificado como
a) democrático, embasado no princípio da igualdade.
b) republicano, fundamentado na alternância do poder.
c) republicano, sendo essa forma protegida como cláusula pétrea.
d) Estado democrático de direito.
e) federativo, sujeito ao princípio da indissolubilidade.
17. (CESPE – 2017 – DPU - Defensor Público Federal) A respeito da evolução histórica do
constitucionalismo no Brasil, das concepções e teorias sobre a Constituição e do sistema
constitucional brasileiro, julgue o item a seguir.
( E ) Somente após o advento da República a Constituição brasileira passou a prever um
sistema de garantia de direitos individuais e coletivos.
a) I e II
b) Apenas I
c) II e IV
d) III e IV
e) I, II e IV
25. (FGV – 2017 – ALERJ - Especialista Legislativo - Qualquer Nível Superior) Silvio e Maria
travaram intenso debate a respeito do conceito de cidadania, considerada, pelo inciso
II do art. 1º da Constituição da República Federativa do Brasil, um dos fundamentos da
República Federativa do Brasil. Silvio defendia que todo brasileiro é cidadão, enquanto
Maria ressaltava a necessidade de serem preenchidos alguns requisitos para a obtenção
da cidadania.
A esse respeito, é correto afirmar que:
a) Maria está errada, pois a cidadania surge e se perpetua com o nascimento;
b) Silvio está errado, pois é possível existir um brasileiro que não seja cidadão;
c) Silvio está certo, pois é a cidadania que permite a aquisição da nacionalidade
brasileira;
29. (CESPE – 2017 - TRT - 7ª Região (CE) - Analista Judiciário - Área Judiciária) A respeito
das características do poder constituinte e de sua configuração em originário ou
derivado, assinale a opção correta.
34. (FAPEMS – 2017 - PC-MS - Delegado de Polícia) Sobre a interpretação das normas
constitucionais, um dos temas que há vários anos permanece em discussão é o da
diferença entre regras e princípios, indo desde a proposta de Ronald Dworkin em 1967,
passando pela ponderação de valores proposta por Robert Alexy na década de 1980, e
alcançando as práticas judiciais atuais no Brasil. Consoante aos autores NEY JR. e
ABBOUD (2017),
1. ERRADO
Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos
seguintes princípios:
VI - defesa da paz;
VII - solução pacífica dos conflitos;
São princípios das relações internacionais.
2. LETRA D
Art. 1º, Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de
representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.
3. LETRA B
Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos
seguintes princípios:
VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo;
Art. 5º
XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a
prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os
definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os
executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem;
4. LETRA C
I e II são verdadeiros e a segunda justifica a primeira, pois a democracia é inerente ao
regime político brasileiro, ao passo que a nossa forma de governo é a “república”,
razão pela qual a assertiva II se mostra verdadeira e justifica a primeira, na medida
em que a forma de gerir a coisa pública (forma de governo = república) impõe os
limites constitucionais previstos no art. 37 da CF.
5. LETRA A
6. CERTO
Art. 4º, da CFRB - A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações
internacionais pelos seguintes princípios:
I - independência nacional;
II - prevalência dos direitos humanos;
III - autodeterminação dos povos;
IV - não-intervenção;
V - igualdade entre os Estados;
VI - defesa da paz;
VII - solução pacífica dos conflitos;
VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo;
7. CERTO
Constituição Federal, Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união
indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado
Democrático de Direito e tem como fundamentos:
III - a dignidade da pessoa humana;
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-
se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à
vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante;
8. LETRA D
O Tribunal Penal Internacional é competente para julgar os crimes de genocídio, os
crimes contra a humanidade, os crimes de guerra e o crime de agressão de um país a
outro.
9. LETRA C
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados
e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e
tem como fundamentos:
I - a soberania;
II - a cidadania
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V - o pluralismo político.
10. LETRA A
O poder emanado do povo, quando exercido por pessoas eleitas especialmente para
esse fim, caracteriza uma manifestação da democracia representativa. Além de
desempenhar o poder de maneira indireta (democracia representativa), por
intermédio de seus representantes, o povo também o realiza diretamente
(democracia direta), concretizando a soberania popular, que, segundo o art. 1.º da Lei
n. 9.709, de 18.11.1998 – o qual regulamentou o art. 14, I, II e III, da CF/88 - “é exercida
por sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, nos
termos desta Lei e das normas constitucionais pertinentes, mediante: plebiscito,
referendo e iniciativa popular".
12. LETRA A
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados
e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e
tem como fundamentos:
I - a soberania;
II - a cidadania
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V - o pluralismo político.
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de
representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.
13. LETRA D
a) 1) Biografias: desnecessidade de autorização prévia do biografado
Para que seja publicada uma biografia NÃO é necessária autorização prévia do
indivíduo biografado, das demais pessoas retratadas, nem de seus familiares. Essa
autorização prévia seria uma forma de censura, não sendo compatível com a
liberdade de expressão consagrada pela CF/88. As exatas palavras do STF foram as
seguintes: “É inexigível o consentimento de pessoa biografada relativamente a obras
biográficas literárias ou audiovisuais, sendo por igual desnecessária a autorização de
pessoas retratadas como coadjuvantes ou de familiares, em caso de pessoas falecidas
ou ausentes”. Caso o biografado ou qualquer outra pessoa retratada na biografia
entenda que seus direitos foram violados pela publicação, terá direito à reparação,
b) CF: Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais
pelos seguintes princípios:
I - independência nacional;
II - prevalência dos direitos humanos;
III - autodeterminação dos povos;
IV - não-intervenção;
V - igualdade entre os Estados;
VI - defesa da paz;
VII - solução pacífica dos conflitos;
VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo;
IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade;
X - concessão de asilo político.
14. LETRA E
I. VERDADEIRO A lei que concede às pessoas carentes e aos portadores de deficiência
o chamado “passe livre” em transporte interestadual é compatível com o princípio da
dignidade da pessoa humana.
A dignidade é considerada o valor constitucional supremo e, enquanto tal, deve servir,
não apenas como razão para a decisão de casos concretos, mas principalmente como
diretriz para a elaboração, interpretação e aplicação das normas que compõem a
ordem jurídica em geral, e o sistema de direitos fundamentais, em particular
IV. FALSO O princípio da livre iniciativa, que regula o ambiente econômico brasileiro,
prevalece sobre as regras que regulamentam a defesa do consumidor.
O princípio da livre-iniciativa não pode ser invocado para afastar regras de
regulamentação do mercado e de defesa do consumidor.
15. LETRA E
Forma de Estado --> Federação;
Forma de Governo --> República;
Regime de Governo --> Democrático;
Sistema de Governo --> Presidencialista.
16. LETRA C
a) Solução pacífica dos conflitos. Certa Art. 4, VII
b) Autodeterminação dos povos. Certa Art. III
c) Proibição de concessão ao asilo político. Errada Art. 4, X
d) Repúdio ao terrorismo e ao racismo. Certa Art. 4, VIII
17. ERRADO
A 1ª Constituição, que foi a de 1824 (Período do I império), já tratava de direitos e
garantias fundamentais.
18. LETRA B
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados
e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e
tem como fundamentos:
I - a soberania;
II - a cidadania
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V - o pluralismo político.
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de
representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.
20. LETRA B
a) INCORRETA. No Parlamentarismo, o Parlamento pode destituir o Gabinete (o
conjunto dos Ministros), por razões exclusivamente de ordem política, enquanto no
Presidencialismo isso só poderia ocorrer em relação ao Presidente da República e em
razão da prática de certos delitos.
CF, Art. 81, § 1º - Ocorrendo a vacância nos últimos dois anos do período presidencial,
a eleição para ambos os cargos será feita trinta dias depois da última vaga, pelo
Congresso Nacional, na forma da lei.
III) A palavra República tem como origem os termos latinos “res”, que quer dizer coisa,
e “pública”, do povo, ou seja, podemos conceituar República como coisa do povo. Eis,
pois, descrito sucintamente, as principais características dessa forma de governo:
IV) Monarquia é a mais antiga forma de governo ainda em vigor. Nela, o chefe de
Estado se mantém no cargo até à sua morte ou à sua abdicação, sendo normalmente
um regime hereditário.
23. LETRA D
a) Pluralismo político = Princípios Fundamentais.
b) A Soberania = Princípios Fundamentais.
c) A Cidadania = Princípios Fundamentais.
d) A erradicação da pobreza e da marginalização e a redução das desigualdades
sociais e regionais. = objetivos fundamentais
24. LETRA B
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:
I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;
II - garantir o desenvolvimento nacional;
III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e
regionais;
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e
quaisquer outras formas de discriminação.
25. LETRA B
Você só se torna cidadão quando faz o alistamento eleitoral , pois é a partir deste que
o indivíduo adquire pleno gozo dos seus direitos políticos.
26. LETRA C
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados
e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e
tem como Fundamentos:
I - a soberania;
II - a cidadania;
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V - o pluralismo político.
27. LETRA A
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados
e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e
tem como fundamentos: (...)
II - a cidadania
29. LETRA B
a) ERRADO - o poder constituinte derivado decorrente é o fundamento de elaboração
das Constituições dos Estados. A criação de novos territórios federais é feita mediante
Lei complementar (art. 18, § 2º Os Territórios Federais integram a União, e sua
criação, transformação em Estado ou reintegração ao Estado de origem serão
reguladas em lei complementar). A natureza jurídica dos territórios é de AUTARQUIA,
ou seja, entidades administrativas que são responsáveis pela prestação de serviços
públicos essenciais de Estado.
30. ERRADO.
O poder constituinte originário - é o poder de criar uma nova constituição. Ele é
ilimitado, político, inicial, incondicionado, permanente, autônomo.
31. LETRA D
A) A jurisprudência do STF não admite a tese das normas constitucionais
inconstitucionais (Otto Bachof), ou seja, de normas contraditórias advindas do poder
constituinte originário. Assim, se o intérprete da Constituição se deparar com duas ou
mais normas aparentemente contraditórias, deverá harmonizá-las de modo que
ambas continuem vigentes. Logo, não há que se falar em controle de
constitucionalidade de normas constitucionais.
D) Não existe direito adquirido contra ato do poder constituinte originário, sobre tudo
por ser Inicial (inaugura uma nova ordem jurídica) Ilimitado (é soberano e não sofre
qualquer limitação prévia do Direito) e Incondicionado (não se sujeita a nenhum
processo ou procedimento prefixado).
32. CERTO
Poder Constituinte Derivado Reformador: é o poder para alterar formalmente o texto
da constituição. Manifesta-se mediante as Emendas Constitucionais (art. 60, CF/88).
Poder Constituinte Derivado Decorrente (art. 25 do CF/88): poder dos Estados
membros em elaborar as suas constituições estaduais, as quais devem se submeter a
determinados limites e condições impostos pelo constituinte originário.
33. LETRA B
A: INCORRETA. STF não admite a teoria das normas constitucionais inconstitucionais
de Otto Bachof. Não há normas constitucionais originárias inconstitucionais.
34. LETRA A
A - Correta.
B - Errada. É o tema da vez, em voga. A ponderação tem sido acatada sim pelo nosso
ordenamento. E é alvo de críticas em determinados casos, por privilegiar o
famigerado ativismo judicial.
C - Errada. Pela teoria extensiva, que prevalece atualmente, tanto as regras quanto os
princípios são espécies do gênero normas.
D - Errada. De acordo com Ronald Dworkin, são as regras que são aplicadas no método
tudo ou nada.
E - Errada. O pós-positivismo é que aceita a referida diferenciação.
35. LETRA B
I - CORRETA. De fato, as normas ou são regras ou são princípios. Por sua vez, os
postulados usualmente são qualificados como metanormas ou critério para aplicação
das normas. Assim, se as normas (regras e princípios) decorrem do texto
constitucional, os postulados decorrem do contexto constitucional. Vale dizer, os
postulados são critérios de aplicação ou metanormas aferidos diretamente do
contexto constitucional, tal como ocorre com o postulado da máxima efetividade dos
direitos fundamentais ou postulado da vedação de excesso (vertente da
proporcionalidade).
II - CORRETA. A mutação constitucional guarda relação com o poder constituinte
difuso, sendo responsável pela modificação informal no significado da norma
constitucional, sem que haja alteração no seu texto, em razão de transformação na
concepção do direito ou no meio social, político e cultural.
III - CORRETA. Pelo princípio da concordância prática os direitos fundamentais
aparentemente em choque devem ser harmonizados, evitando-se o sacrifício
completo de um ou de outro.
IV - CORRETA. O princípio da unidade guarda relação com a ideia de que não há
hierarquia entre as normas constitucionais, bem como com a necessidade de ser
interpretar sistematicamente a Constituição, de modo que a norma individualizada
seja compreendida no contexto do todo constitucional.