Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Cálculo II
2015
Todo conteúdo deste trabalho, exceto quando houver ressalva, é publicado sob a licença
Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional
Sumário
Curvas 4
Tópicos abordados nos exercícios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
Métodos e Técnicas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
Enunciado dos Exercícios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
Sugestões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
Respostas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
Limite e continuidade 45
Tópicos abordados nos exercícios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
Métodos e Técnicas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46
Enunciado dos Exercícios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47
Sugestões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
Respostas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50
Diferenciabilidade 56
Tópicos abordados nos exercícios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56
Métodos e Técnicas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57
Enunciado dos Exercícios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58
Sugestões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68
Respostas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 72
2
Métodos e Técnicas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 123
Enunciado dos Exercícios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 124
Sugestões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 127
Respostas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 128
Aplicações 145
Tópicos abordados nos exercícios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 145
Métodos e Aplicações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 146
Enunciado dos Exercícios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 147
Sugestões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 153
Respostas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 154
3
INTRODUÇÃO
Os autores
Dezembro de 2015
Cálculo II
Curvas
Respostas 13
Conteúdos essenciais para resolução dos
exercícios.
• Geometria Analítica;
4
Métodos e Técnicas
Exercício 1.9
5
Enunciado dos Exercícios
x 2 + y 2 + z 2 ≤ 36.
(b) Se u~ , ~0 e u~ × ~v = u~ × w
~ então ~v = w
~.
6
••◦◦ 1.6 Calcule a área do paralelogramo que tem os vetores u~ =
(3, 2, −1) e ~v = (1, 2, 3) como lados adjacentes.
t2 − 4 ~ 1 ~
(a) Calcule lim ~r (t) com ~r (t) = t ~i + 2 j + k;
t→2 t − 2t t
(b) Determine o(s) intervalo(s) dos pontos de continuidade da
√ √
função vetorial ~r (t) = t ~i + t − 1 ~j.
d~r
•••• 1.9 Determine ~r (t) sabendo que = t 2 ~i + 4 t 3 ~j − t 2 ~k e
dt
~r (0) = ~j.
7
••◦◦ 1.13
••◦◦ 1.14
8
••◦◦ 1.18 Qual a equação da esfera tal que um de seus diâmetros
tem como pontos extremos A = (1, 3, −2) e B = (−1, 0, 4)?
•••◦ 1.26 Calcule o comprimento da curva γ(t) = (cos3 (t), sen3 (t))
para t variando de 0 a 2π.
9
••◦◦ 1.28 Encontre o ângulo entre as curvas
e
γ2 (s) = (s2, 1 − s, 2 − s2 )
no ponto de interseção das mesmas.
10
Sugestões
1.1 Agrupe os termos de mesma variável e some 1.8 Aplique o limite em cada componente
ou subtraia para fechar o trinômio quadrado per- e lembre-se que uma curva é contínua na in-
feito. tersecção dos domínios das funções compo-
nentes.
1.2 Lembre-se da equação geral da esfera.
1.9 Encontre a família de primitivas de
1.3 Lembre-se que a distância entre os pontos cada componente e utilize a condição inicial.
A = (a1, a2, a3 ) e B = (b1, b2, b3 ) é dado por
q 1.10 Encontre uma relação entre x e y a
d AB = (a1 − b2 ) 2 + (a2 − b2 ) 2 + (a3 − b3 ) 2 . partir de t para esboçar o gráfico da curva no
plano xy.
1.4 Lembre-se que vetores paralelos são múlti-
1.11 Lembre-se que
plos entre si.
d du dr
[r(t) · u(t)] = r(t) · + · u(t).
1.5 Lembre-se que o resultado do produto veto- dt dt dt
rial é um vetor perpendicular aos outros dois e que e que
o produto vetorial entre vetores paralelos é igual
ao vetor nulo. d du dr
[r(t) × u(t)] = r(t) × + × u(t).
dt dt dt
1.6 Utilize produto vetorial entre os vetores da- 1.12 Seja r(t) = (a(t), ..., z(t)), definimos
dos. ||r(t)|| = [a(t)]2 + ... + [z(t)]2 . Lembre
p
11
1.13 Lembre-se da representação geomé- 1.20 Lembre-se que k ~v k 2 = v · v e utilize
trica do vetor tangente à uma curva e que este fato nos casos da norma da soma e da
r0 (p) diferença.
T(p) = 0 .
||r (p)||
1.21 Substitua x 2 + y 2 + z 2 = 9 na segunda
1.14 Seja r(t) uma curva e s(t) a função
equação.
comprimento de arco. Para parametrizarmos
r(t) com relação ao comprimento de arco s, 1.22 Encontre o centro da esfera e lembre-
devemos ser capazes de escrever t = t(s) (o se que retas paralelas tem o mesmo vetor di-
parâmetro t como função do parâmetro s). retor.
Depois, a curva pode ser reparametrizada em
termos do parâmetro s pela substituição r = 1.23 Lembre-se que o ângulo entre os ve-
r(t(s)). tores normais aos planos é igual ao ângulo
entre os planos.
1.15 Lembre-se que para encontrar as
equações paramétricas da reta tangente deve- 1.24 Iguale as componentes das curvas e
se achar o vetor diretor (vetor tangente) e um obtenha funções de uma variável. Atente para
ponto pelo qual a reta passa (ponto de tan- o valor positivo ou negativo do(s) ponto(s) de
gência). colisão encontrado(s).
1.16 Lembre-se que vetores perpendicula- 1.25 Calcule o limite de cada componente.
res têm produto interno igual a zero.
1.26 Analise a função modular no intervalo
1.17 Lembre-se que o cosseno do ângulo de integração.
entre dois vetores está relacionado ao produto
1.27 Lembre-se que, se a reta intercpta o
interno e a norma dos mesmos.
eixo y, então x = 0 e vice-versa.
1.18 Utilize o cálculo da distância entre
1.28 Use os vetores tangentes à cada curva
pontos para encontrar o raio e o centro da
no ponto de interseção para encontrar o ân-
esfera.
gulo entre elas.
1.19 Sabe-se que a área do paralelogramo é
1.29 Lembre-se da relação entre o vetor
a norma do produto vetorial entre dois vetores
posição e o vetor tângente da circunferência.
que definem seus lados adjacentes.
12
Respostas
x 2 + y 2 + z 2 − 2 x + 6 y + 8 z + 1 = 0.
x 2 + y 2 + z 2 − 2x + 6y + 8z + 1 = 0
x 2 − 2x + 1 + y 2 + 6y + 32 − 32 + z 2 + 8z + 42 − 42 = 0
(x − 1) 2 + (y + 3) 2 + (z + 4) 2 = 52
x 2 + y 2 + z 2 ≤ 36.
x 2 + y 2 + z 2 ≤ 62
(a) Determine o comprimento dos lados do triângulo de vértices A = (1, −3, −2), B = (5, −1, 2) e
C = (−1, 1, 2);
Solução: Os comprimentos dos lados são dados pelas distâncias entre os pontos A, B e C,
q
d AB = (1 − 5) 2 + (−3 − (−1)) 2 + (−2 − 2) 2
√
= 16 + 4 + 16
√
= 36
= 6
q
d AC = (1 − (−1)) 2 + (−3 − 1) 2 + (−2 − 2) 2
√
= 4 + 16 + 16
= 6
13
q
d BC = 5 − (−1)) 2 + (−1 − 1) 2 + (2 − 2) 2
√
= 36 + 4 + 0
√
= 40
√
= 2 10
14
(c) Dê exemplo de um vetor paralelo ao vetor w
~ = (−6, 8, 2);
Solução: Basta tomar α ∈ R∗ que o vetor u~ = α w
~ será paralelo ao vetor w
~ , dessa forma, seja
α = 2.
u~ = α w
~
= 2(−6, 8, 2)
= (−12, 16, 4)
1.5 Determine se as afirmações abaixo são verdadeiras ou falsas. Para o caso falso, explique
ou dê um contra-exemplo.
(a) É possível achar o produto vetorial de dois vetores num sistema de coordenadas bidimensional;
Solução: Não, pois se tomarmos dois vetores u~ e ~v que não sejam paralelos, teremos
u~ × ~v = w
~
onde w
~ é ortogonal a u~ e ~v simultaneamente, logo w
~ não está no plano que contém u~ e ~v .
(b) Se u~ , ~0 e u~ × ~v = u~ × w
~ então ~v = w
~.
u~ × ~v = u~ × w
~ =0
15
temos que
~ = 0 = u~ = ~v
u~ × w
mas
~.
~v , w
1.6 Calcule a área do paralelogramo que tem os vetores u~ = (3, 2, −1) e ~v = (1, 2, 3) como
lados adjacentes.
Solução: Lembremos inicialmente que dados dois vetores u~ e ~v , não nulos, a área do paralelepí-
pedo determinado por u~ e ~v é dado pelo módulo do produto vetorial.
i j k
u~ × ~v = 3 2 −1
1 2 3
q
Área = 82 + (−10) 2 + 42
√
= 64 + 100 + 16
√
= 180
√
= 6 5
1.7 Calcule o volume do paralelepípedo determinado pelos vetores u~ = (1, 3, 1), ~v = (0, 6, 6)
ew
~ = (−4, 0, −4).
Solução: Lembremos que o volume do paralelepípedo determinado pelos vetores u~, ~v e w
~ éo
módulo do produto misto:
V = |~u.(~v × w
~ )|
dessa forma, calculemos inicialmente
i j k
~ = 0 6 6
~v × w
−4 0 −4
16
assim,
V = |~u.(~v × w
~ )|
= |(1, 3, 1).(−24, −24, 24)|
= | − 24 − 72 + 24|
= 72.
t2 − 4 ~ 1 ~
(a) Calcule lim ~r (t) com ~r (t) = t ~i + 2 j + k;
t→2 t − 2t t
Solução:
t2 − 4 ~ 1 ~
!
lim ~r (t) = lim t i + 2
~ j+ k
t→2 t→2 t − 2t t
(t − 2)(t + 2) ~ 1~
!
= lim t ~i + j+ k
t→2 t(t − 2) t
+ 2 1
!
t
= lim t ~i + ~j + ~k
t→2 t t
1
= 2~i + 2~j + ~k.
2
√
(b) Determine o(s) intervalo(s) dos pontos de continuidade da função vetorial ~r (t) = t ~i +
√
t − 1 ~j.
√
Solução: Notemos inicialmente que a função f (t) = t tem como domínio o conjunto
A1 = x ∈ R; x ≥ 0,
√
e a função g(t) = t − 1 tem como domínio o conjunto
A2 = x ∈ R; x ≥ 1,
nesses conjuntos as funções f e g são contínuas, dessa forma, o conjunto onde a função vetorial
~r é contínua é dado por
A = A1 ∩ A2 = x ∈ R; x ≥ 1,
d~r
1.9 Determine ~r (t) sabendo que = t 2 ~i + 4 t 3 ~j − t 2 ~k e ~r (0) = ~j.
dt
17
Z
d~r
Solução: Sabendo que ~r (t) = . Segue que:
dt
Z Z Z
~r (t) = t dt ~i + (4 t )dt ~j + (−t 2 )dt ~k
2 3
t3 ~ 4 ~ t3 ~
= i+t j − k +C
3 3
3 3
~j = 0 ~i + 04 ~j − 0 ~k + C
3 3
C = j.
~
Logo,
t3 ~ 4 ~ t3
!
~r (t) = i+t j − − 1 ~k.
3 3
t -2 -1 0 1 2
r(t) (-8,4) (-1,1) (0,0) (1,1) (8,4)
Para traçar o gráfico da função y = x 2/3 , você pode usar os seus conhecimentos de Cálculo I
(estudo da variação de função). Assim,
18
1
!
1.11 Sejam r(t) = (t, 2sen(t), 2 cos(t)) e u(t) = , 2sen(t), 2 cos(t) para t > 0. Usando as
t
propriedades de derivada, calcule:
d
(a) [r(t) · u(t)].
dt
1
!
dr du
= (1, 2 cos(t), −2sen(t)); = − 2 , 2 cos(t), −2sen(t) .
dt dt t
Assim,
1
!
du
r(t) · = (t, 2sen(t), 2 cos(t)) · − 2 , 2 cos(t), −2sen(t)
dt t
1
= − + 4sen(t) cos(t) − 4 cos(t)sen(t)
t
1
= − ;
t
1
!
dr
· u(t) = (1, 2 cos(t), −2sen(t)) · , 2sen(t), 2 cos(t)
dt t
1
= + 4sen(t) cos(t) − 4 cos(t)sen(t)
t
1
= .
t
Portanto,
d 1 1
[r(t) · u(t)] = − + = 0.
dt t t
d
(b) [r(t) × u(t)].
dt
19
Daí,
i j k
du
r(t) × = t 2sen(t) 2 cos(t)
dt 1
− 2 2 cos(t) −2sen(t)
t
2 cos(t) 2sen(t)
! !
= −4i + − + 2tsen(t) j + 2t cos(t) + k
t2 t2
i j k
dr
× u(t) = 1 2 cos(t) −2 sen(t)
dt 1
2sen(t) 2 cos(t)
t
2sen(t) 2 cos(t)
! !
= 4i + − − 2 cos(t) j + 2sen(t) − k.
t t
Portanto,
2 cos(t) 2sen(t)
!
d
[r(t) × u(t)] = − + 2tsen(t) − − 2 cos(t) j+
dt t2 t
.
2sen(t) 2 cos(t)
!
2t cos(t) + + 2sen(t) − k
t2 t
1.12 Determine se as afirmações abaixo são verdadeiras ou falsas. Em qualquer um dos casos,
explique. Se for falsa explique ou dê um contra-exemplo.
dr
(a) Se r(t) · r(t) é constante então r · = 0.
dt
d
(b) ||r(t)|| = ||r0 (t)||.
dt
20
Entretanto,
dr
dr
q
= (−sen(t), cos(t), 0);
= (−sen(t)) 2 + cos(t) 2 + 0 = 1.
dt
dt
d
dr
Logo, [||r(t)||] ,
.
dt
dt
1.13
(a) Qual a relação entre o vetor tangente unitário e a orientação da curva? Explique.
Solução: O sentido do vetor tangente unitário depende da orientação da curva ou a orientação
da curva determina o sentido do vetor tangente unitário.
r(t) = et cos(t)~i + et ~j
no ponto t = 0.
r0 (0)
Solução: Precisamos determinar o vetor T(0) = . Notemos inicialmente que
||r0 (0)||
r0 (t) = (et cos(t) − et sen(t))~i + et ~j;
q
||r (t)|| =
0
e2t (cos(t) − sen(t)) 2 + e2t .
√
Assim, r0 (0) = (1, 1) e ||r0 (0)|| = 2. Portanto, o vetor tangente unitário é dado por
1
T(0) = √ (i + j).
2
1.14
(a) Defina a função comprimento de arco de uma curva espacial. Calcule a sua derivada;
Solução: Suponha que C seja uma curva dada pela função vetorial
com r0 (t) contínua e C percorrida exatamente uma vez à medida que t aumenta de a para b.
Definimos a função comprimento de arco por
s
Z t Z t !2 !2 !2
dx dy dz
s(t) = ||r (u)||du =
0
+ + du
a a du du du
com x = f (t), y = g(t) e z = h(t). Pelo Teorema fundamental do Cálculo tem-se
Z t !
ds d
= ||r (u)||du = ||r0 (t)||.
0
dt dt a
21
(b) Explique como podemos parametrizar uma curva com relação ao comprimento de arco. Dê
um exemplo.
Solução: Considere o Exemplo 2 dado na página 769 do livro texto: seja a hélice circular
r(t) = cos(t)i + sen(t)j + tk.
Logo,
√ s
Portanto, s = 2 t ⇒ t = √ . A reparametrização é dada por
2
! !
s s s
r(t(s)) = cos √ i + sen √ j + √ k.
2 2 2
r0 (t)
~
T(t) = 0 ,
||r (t)||
como,
r0 (t) = −2sen(t)i + 2 cos(t)j + k
q √
||r (t)|| = 4 sen(t) 2 + 4 cos(t) 2 + 1 = 5,
0
segue que
1
~
T(t) = √ − 2sen(t)i + 2 cos(t)j + k .
5
Para
π determinar as equações paramétricas da reta π tangente à hélice no ponto (x 1, y1, z1 ) =
r , ou seja, na direção do vetor (a, b, c) = T
~ , precisamos calcular
4 4
π π
r e r0 .
4 4
22
Assim,
π π π π
r = 2 cos , 2 sen ,
4 √ √ 4π 4 4
= 2, 2, ;
4
Portanto, √ √
x = x1 + a τ = 2− 2τ
√ √
y = y1 + b τ = 2+ 2τ
π
z = z1 + c τ = +τ
4
Solução:
23
1.16 Encontre todos os α ∈ R tais que os vetores u = 2αi − 2 j − k e v = 2αi + 3α j − 2k são
perpendiculares.
Solução: u⊥v ⇔ u · v = 0. Então, de u = (2α, −2, −1) e v = (2α, 3α, −2), temos u · v =
4α 2 − 6α + 2 = 0. Assim, 2α 2 − 3α + 1 = 0 ⇒
√
3± 9−4·2·1
α =
4
3±1
=
4
1
Logo, α = 1 ou α = .
2
1.17 Suponha que os átomos de hidrogênio de uma molécula de metano (CH4 ) estão localizados
em (0, 0, 0), (0, 1, 1), (1, 0, 1) e (1, 0, 1) enquanto o átomo de carbono está localizado em ( 21 , 12 , 12 ).
Encontre o cosseno do ângulo entre dois raios com vértice no átomo de carbono e vértices nos átomos
de hidrogênio.
Solução: Sejam O = (0, 0, 0), P = (0, 1, 1), Q = (1, 0, 1), R = (1, 1, 0) e C = ( 21 , 12 , 21 ). Observe
que o tetaedro OPQR é regular, pois seus lados são todos diagonais de quadrados unitários e,
√
portanto, medem 2. Verifique ainda que CP ≡ CQ ≡ C R. Então, basta calcular o ângulo entre
quaisquer dois destes três vetores CP, ~ C~R. Se u = CP
~ CQ, ~ e v = C~R, então u = (− 1 , 1 , 1 ) e
2 2 2
v = ( 21 , 12 , − 12 ). Assim,
u·v
cos θ =
||u|| · ||v||
− 14 + 41 − 14
= √ √
3 3
2 · 2
1
= − .
3
1.18 Qual a equação da esfera tal que um de seus diâmetros tem como pontos extremos
A = (1, 3, −2) e B = (−1, 0, 4)?
24
~
|| AB||
Se r é o raio da esfera, então r = . Assim,
2
(−1 − 1) 2 + (0 − 3) 2 + (4 − (−2)) 2
p
r =
√ 2
4 + 9 + 36
=
2
7
=
2
.
3 7
!
Logo, a equação da esfera de centro C = 0, , 1 e raio r = é
2 2
!2 !2
2 3 2 7
x + y− + (z − 1) = .
2 2
1.19 Três vértices de um paralelogramo são A = (1, 3, 2), B = (3, 5, 7) e C = (2, −1, 0).
Calcule a área do paralelogramo.
i j k
u × v = 2 2 5
1 −4 −2
√ √
1.20 Suponha que u, v ∈ R3 são vetores de comprimento 2 2 e ||u − v|| = 2 2 (comprimento
ou norma de u − v). Calcule a norma de u + v e o ângulo entre u e v.
√
Solução: Considere os vetores u, v ∈ Rn . Sabemos que ||u|| = u · u. Logo, ||u|| 2 = u · u.
Assim,
25
Analogamente, tem-se que
||u − v|| 2 = ||u|| 2 − 2u · v + ||v|| 2 (2)
De (1) + (2) temos,
√ √ √
||u + v|| 2 = 2||u|| 2 + 2||v|| 2 − ||u − v|| 2 = 2 · (2 2) 2 + 2 · (2 2) 2 − (2 2) 2 = 24. (3)
√ √
Portanto, ||u + v|| = 24 = 2 6 . Por outro lado, de (1) − (2) temos
1 1 √
u·v = (||u + v|| 2 − ||u − v|| 2 ) = (24 − (2 2) 2 ) = 4. (4)
4 4
Como
u·v
cos θ =
||u|| · ||v||
√
e ||u|| · ||v|| = (2 2) 2 = 8
4
cos θ = √
(2 2) 2
1
= .
2
1 π
!
Portanto, o ângulo entre u e v é θ = arccos = .
2 3
1.21 Encontre a equação linear do plano que contém a circunferência de interseção das esferas
x 2 + y 2 + z 2 = 9 e x 2 + y 2 + z 2 − 8y + 10z + 25 = 0.
1.22 Encontre a equação da reta s que passa pelo centro da esfera x 2 +y 2 +z 2 −6x−4y+8z+4 = 0
e é paralela a reta r de equação r := (−2t − 7, t + 4, 3t − 8), t ∈ R.
26
1.23 Encontre o ângulo entre os planos ω e γ, cujas equações são dadas respectivamente por
2x + 2y − z = 0 e x + y − 5z − 3 = 0.
Solução: Das equações dos planos, deduzimos que um vetor perpendicular a ω é v = (2, 2, −1)
e, perpendicular a γ, temos o vetor u = (1, 1, −5). Encontrando o ângulo θ entre estes dois vetores
podemos determinar o ângulo α entre os planos. Assim,
√
u·v 2+2+5 9 3
cos(θ) = = √ √ = √ = .
||u|| · ||v|| 27 9 9 3 3
√
3
Portanto, θ = arccos .
3
1.24 As posições de duas partículas A e B são dadas respectivamente pelas curvas f e g onde:
p
r (t) = 1 + t 2, t
2
r
t t2
s(t) = *4 − , + 6+
, 8 4 -
Encontre os pontos nos quais as trajetórias se intersectam e os valores de t para os quais as partículas
colidem.
Solução: As trajetórias se intersectam nos pontos com coordenadas iguais. Assim, devemos ter:
p x2
1 + t2 = 4 − (5)
8
r
x2
t= +6 (6)
4
Observe que a interseção das trajetórias pode ocorrer sem ser ponto de colisão. Também t é sempre
não negativo. De (6) temos,
x2
t2 = +6
4
x2
1 + t2 = +7
4
27
e substituíndo em (5)
!2
x2 x2
+7 = 4−
4 8
x 2 t2 t4
+ 7 = 42 − 2 · 4 · +
4 8 64
x 2 x4
+ 7 = 16 − x 2 +
4 64
x 4 5
0 = − x2 + 9
64 4
Assim, x 2 = 72 ou x 2 = 8.
O valor x 2 = 72 não satisfaz (5), pois o termo esquerdo é positivo.
√
O valor x 2 = 8 substituído em (5) implica que 1 + t 2 = 4 − 88 = 3, ou seja, t 2 = 8 de onde
√ √
t = 2 2 (lembre que t é não negativo). Logo os pontos de interseção ocorrem em ±x = t = 2 2. A
trajetória de s intercepta a trajetória de r no mesmo ponto duas vezes, mas a colisão ocorre apenas
√ √ √ √
para t = x = 2 2. Sobre as trajetórias o ponto correspondente é r 2 2 = s ±2 2 = 3, 2 2 .
√ √
t cos(t), tsen(t), e t−1 quando t → 0+ .
t
1.25 Encontre o limite da curva γ(t) =
Solução: O limite da curva existe se existirem os limites de cada uma das componentes γ1, γ2, γ3 :
√ √
R+ 7→ R, onde γ1 (t) = t cos(t), γ2 (t) = tsen(t) e γ3 (t) = e t−1 . Observe que γ1 e γ2 são contínuas
t
em t = 0. Logo,
√
lim+ γ1 (t) = γ1 (0) = 0 cos(0) = 0
t→0
e
√
lim+ γ2 (t) = γ2 (0) = 0 sin(0) = 0.
t→0
28
Como a função γ3 (t) = e t−1 não é contínua em t = 0, e temos uma indeterminação do tipo 00 ,
t
Portanto,
lim γ(t) = (0, 0, 1).
t→0+
1.26 Calcule o comprimento da curva γ(t) = (cos3 (t), sen3 (t)) para t variando de 0 a 2π.
Solução: Sabemos que o comprimento Cab de uma curva γ definida em um intervalo [a, b] é
Rb
dado por Cab = a |γ0 (t)|dt. Como,
temos
Z b
Cab = |γ0 (t)|dt
a
Z 2π q
= (−3 cos2 (t)sen(t)) 2 + (3sen2 (t) cos(t)) 2 dt
0
Z 2π q
= 3 (cos2 (t)sen2 (t)(sen2 (t) + cos(t) 2 )dt
0
Z 2π
= 3 | cos(t)sen(t)|dt
0
2π
sen(2t)
Z
= 3 | |dt
0 2
2π
3
Z
= |sen(2t)|dt
2 0
Z π Z π Z 3π Z 2π
3* 2 2
= sen(2t)dt + −sen(2t)dt + sen(2t)dt + −sen(2t)dt +
2, 0 π
2 π 3π
2 -
Z π
3 2
= ·4 sen(2t)dt
2 0
# π2
1
"
= 6 − cos(2t)
2 0
= −3(−1 − 1) = 6
1.27 Encontre os pontos onde a reta tangente à curva γ(t) = (cos3 (t), sen3 (t)) em t = π/4
intercepta os eixos x e y.
29
Solução: Seja r a reta tangente à curva γ em t = π4 . Primeiramente, vamos determinar uma
equação paramétrica de r, que terá como vetor diretor
π π π π π
γ0 = −3 cos2 sen , 3sen2 cos
4 4 4 4 4
√ √
1 2 1 2+
= *−3 · · ,3 · ·
, √2 √2 2 2 -
3 2 3 2+
= *− ,
, 4 4 -
√ 3 √ 3! √ √
2
π
, 22 = 42 , 42 . Assim, a equação da reta r é dada por
e passa pelo ponto γ 4 = 2
√ √ √ √ √ √ √ √
3 2 3 2 2 2 2 2 3t 2 2+
r := (x(t), y(t)) = *− , +t + * , + = *−3t + , + .
, 4 4 - , 4 4 - , 4 4 4 4 -
A reta r intercepta o eixo x quando y(t) = 0, ou seja, quando
√ √ √ √
3t 2 2 3t 2 2 1
+ =0⇒ =− ⇒t=− .
4 4 4 4 3
Assim, ! √ √ ! √ √ √
1 1 2 2 1 2 2 + = * 2 , 0+ .
!
r − = *−3 · − · + ,3 · − · +
3 , 3 4 4 3 4 4 - , 2 -
√
2+
Analogamente, a interseção com o eixo y é dada por 0,
* .
, 2 -
e
γ2 (s) = (s2, 1 − s, 2 − s2 )
no ponto de interseção das mesmas.
Solução: O ângulo entre duas curvas é o ângulo formado pelos vetores tangentes a cada uma
destas curvas no ponto de interseção.
Para que haja interseção, devemos encontrar os valores de t e s tais que γ1 (t) = γ2 (s). Devemos
ter então
• t = s2
30
• 2t = 1 − s
• t 2 = 2 − s2
Da primeira e terceira equação obtemos t 2 = 2 − t que tem como solução t = 1 e t = −2. Para t = 1
obtemos da segunda equação s = −1 que satisfaz o sistema. Para t = −2 obtemos s = 5 que não
é uma solução do sistema. Logo temos um único ponto de interseção γ1 (1) = (1, 2, 1) = γ2 (−1).
Sejam u = γ10 (1) = (1, 2, 2 · 1) = (1, 2, 2) e v = γ20 (−1) = (2 · (−1), −1, −2 · (−1)) = (−2, −1, 2).
Tudo o que resta agora é calcular o ângulo θ entre u e v. Assim,
u·v −2 − 2 + 4
cos(θ) = = = 0.
||u|| · ||v|| 3·3
Portanto, u e v são perpendiculares e θ = 90◦ .
1.29 Encontre uma curva γ : R → R2 com γ(0) = (5, 0) tal que γ(t).γ0 (t) = 0 para todo t ∈ R.
Solução: Da geometria plana, sabemos que todo segmento tangente à uma circunferência é
perpendicular ao raio da mesma no ponto de tangência. Então, basta tomarmos um círculo centrado
na origem que passe pelo ponto (5, 0) para satisfazer as condiçoes impostas. Assim,
∀t∈ R.
31
Cálculo II
Enunciados 34
Conteúdos essenciais para a resolução dos
Dicas 36
exercícios
Respostas 37 • Geometria Analítica Espacial;
• Noções sobre domínio e imagem de uma função real;
• Construção de gráficos de uma função real.
32
Métodos e Técnicas
33
Enunciado dos Exercícios
34
•••◦ 2.5 Esboce as curvas de nível e determine o gráfico da função
x+y
f (x, y) = .
x2 + y2
••◦◦ 2.6 Determine e esboçe as curvas de nível da função
1
f (x, y) =
x2 − y2
e, a partir desta informação, esboce o gráfico da mesma.
35
Sugestões
2.3 Lembre-se que o gráfico de uma função 2.7 Analise os casos em que k < 0, k = 0
f (x, y) está contido no R3 . Utilize os mapas e k > 0. Lembre-se dos conceitos de super-
de contorno. fícies quádricas.
36
Respostas
Solução: Sabemos que a função logaritmo está definida apenas para valores positivos, dessa
forma, temos que ter, x + y + 1 > 0. Portanto,
√
(b) f (x, y) = 4 − x2 − y2 + 1 − x2.
p
Solução: Como a raiz quadrada está definida apenas para números não negativos, façamos por
parte. Analisemos inicialmente o domínio de g(x, y) = 4 − x 2 − y 2 . Neste caso, temos que
p
4 − x 2 − y 2 ≥ 0 ⇔ x 2 + y 2 ≤ 4.
√
Analisemos agora h(x, y) = 1 − x 2 . Neste caso temos que
1 − x 2 ≥ 0 ⇔ x 2 ≤ 1 ⇔ −1 ≤ x ≤ 1.
37
Logo, Dh = {(x, y) ∈ R2 ; −1 ≤ x ≤ 1}. Assim, Dh é a faixa limitada pela retas x = −1 e x = 1,
como mostra a seguinte figura:
38
Solução: Descrição do mapa de contorno
Para cada valor constante k tal que f (x, y) = y 2 − x 2 = k com k , 0, a curva de nível é uma
hiperbóle com assíntotas y = ±x.
Para k < 0, o eixo transversal da hipérbole é horizontal e para k > 0 o eixo transversal da
hipérbole é vertical.
Para k = 0 temos uma cônica degenerada e tem-se as assíntotas y = ±x.
Esboço do mapa de contorno:
Solução: Se f é uma função de duas variáveis com domínio D, então o gráfico de f é o conjunto
de todos os pontos (x, y, z) ∈ R3 tal que z = f (x, y) e (x, y) pertença a D, ou seja, o subconjunto do
espaço dado por
G f = {(x, y, z) ∈ R3 ; z = f (x, y) com (x, y) ∈ D}.
39
Para planos paralelos ao plano x y temos z = k, k ≥ 0, ou seja, x 2 + y 2 = k 2 (equações de círculos
√
de centro (0, 0) e raio k se k , 0; para k = 0 tem-se (0, 0)).
As figuras abaixo representam um esboço de G f :
Solução:
• D f (Domínio de f): Observe que f está bem definida se x 2 + y 2 , 0, ou seja, se (x, y) , (0, 0).
1 xy 1
− ≤ 2 ≤ .
2 x + y2 2
Portanto, Im f = − 21 , 12 .
f g
xy r cos θ · rsenθ 1
k= = = sen(2θ).
x2 + y2 r2 2
Assim a curva de nível de cota k corresponde a reta pela origem
1
θ = arcsen(2k).
2
40
Veja alguns exemplos de valores para k:
Solução: As curvas de nível são dadas pelas intersecções dos planos de equação z = k com a
superfície z = f (x, y). Assim, as equações de tais curvas são dadas por k = f (x, y). Se k = 0, então
f (x, y) = 0, o que implica y = −x. Se k , 0 temos,
k = f (x, y)
x+y
k = 2
x + y2
x+y
x2 + y2 =
k
1 1
x2 + y2 − 2 · ·x−2· ·y = 0
2k 2k
!2 !2 !2
1 1 1
x− + y− = 2·
2k 2k 2k
!2 !2 √ 2
1 1 2
x− + y− = * +
2k 2k , 2k -
√
2 1 1
!
Portanto, para k , 0 as curvas de nível são circunferências de raio r = e centro C = , .
2k 2k 2k
41
Observe algumas curvas de nível e gráfico da função:
Solução: Inicialmente, observe que Im f = R − {0}. Assim As curvas de nível são dadas por
k = f (x, y), onde k , 0.
42
Temos
k = f (x, y)
1
k = 2
x − y2
k · x2 − k · y2 = 1
x2 y2
− = 1
1 1
k k
E o gráfico será:
43
2.7 Determine as superfícies de nível da função w(x, y, z) = 2x 2 − y 2 − z 2 e esboce o gráfico
das superfícies de nível.
Solução: As equações das superfícies de nível são dadas por k = w(x, y, z). Se k = 0, então
w(x, y, z) = 0, o que implica
y2 z2
2x 2 − y 2 − z 2 = 0 ⇒ x 2 = + .
2 2
Logo, se k = 0 a superfície de nível é um cone com vértice na origem e eixo sobre o eixo x. Se k , 0
temos,
k = w(x, y, z)
k = 2x 2 − y 2 − z 2
x2 y2 z2
k
− − = 1
2
k k
Se k < 0, temos um hiperbolóide de uma folha cujo eixo de simetria é o eixo x. Se k > 0, temos um
hiperbolóide de duas folhas cujo eixo de simetria é também o eixo x.
Portanto, esboçando as superfícies de nível, temos:
44
Cálculo II
Limite e continuidade
Métodos e Técnicas 46
45
Métodos e Técnicas
Exercício 3.3
46
Enunciado dos Exercícios
••◦◦ x2 y
3.2 Considere lim (veja figura abaixo).
(x,y)→(0,0) x4 + y2
4 x2 y2
x 2 + y 2 se (x, y) , (0, 0).
f (x, y) =
se (x, y) = (0, 0).
k
47
••◦◦ 3.4 Usando as propriedades de limite e continuidade, calcule
os limites abaixo. Cite as propriedades usadas.
xy
(a) lim .
(x,y)→(1,1) x2 + y2
(b) lim y cos(xy).
(x,y)→( π4 ,2)
x2 − y2
lim .
(x,y)→(0,0) x2 + y2
sen(x 2 − y 2 )
lim
(x,y)→(0,0) x2 + y2
e calcule se o limite existir.
48
Sugestões
49
Respostas
(a) Se f (0, 0) = 6, você pode concluir alguma coisa sobre lim f (x, y)?
(x,y)→(0,0)
Solução: Não, pois o valor de f no ponto (0, 0) não tem influência na existência do limite
lim f (x, y). Pode acontecer deste limite não existir, como mostra o seguinte exemplo:
(x,y)→(0,0)
x2 − y2
x 2 + y 2 se (x, y) , (0, 0)
f (x, y) =
6 se (x, y) = (0, 0).
Observe que:
(b) Se lim f (x, y) = 6, você pode concluir alguma coisa sobre f (0, 0)?
(x,y)→(0,0)
Solução: Não, pois a existência do limite lim f (x, y) = 6 não garante que f está definida
(x,y)→(0,0)
em (0, 0) com valor igual ao do limite. Por exemplo,
x + y + 6 se (x, y) , (0, 0)
f (x, y) =
10 se (x, y) = (0, 0).
Observe que:
lim f (x, y) = lim x + y + 6 = 6,
(x,y)→(0,0) (x,y)→(0,0)
(c) Se lim f (x, y) = 6 e a função f é contínua em (0, 0), você pode concluir alguma coisa
(x,y)→(0,0)
sobre f (0, 0)?
Solução: Sim, pois f é contínua em (0, 0) se lim f (x, y) = f (0, 0) e como lim f (x, y) =
(x,y)→(0,0) (x,y)→(0,0)
6 temos que f (0, 0) = 6.
50
x2 y
3.2 Considere lim (veja figura abaixo).
(x,y)→(0,0) x4 + y2
x 2 ax ax 3 ax
f (x, y) = f (x, ax) = 4 2
= 4 2 2
= 2 , ∀x , 0.
x + (ax) x +a x x + a2
51
3.3 Discuta a continidade da seguinte função:
4 x2 y2
x 2 + y 2 se (x, y) , (0, 0).
f (x, y) =
se (x, y) = (0, 0).
k
Solução: A função f (x, y) é contínua em (a, b) se lim f (x, y) = f (a, b). Isto implica
(x,y)→(a,b)
que:
4 a2 b2
Observe que D f = R2 , pois f (a, b) = se (a, b) , (0, 0) e f (0, 0) = k, k ∈ R. Logo, f
a2 + b2
está definida em ∀(a, b) ∈ R2 .
Agora vamos verificar se existe
4 x2 y2
lim .
(x,y)→(0,0) x2 + y2
x2
Para isto, notemos que para todo x, y ∈ R, temos que x 2 ≤ x 2 + y 2 , e logo, ≤ 1 para
x2 + y2
(x, y) , (0, 0). Portanto,
x2
≤ 1 se (x, y) , (0, 0).
x2 + y2
4 x2 y2
lim = 0.
(x,y)→(0,0) x2 + y2
52
2. k , 0. Neste caso, temos:
4 x2 y2 4 a2 b2
Se (a, b) , (0, 0) então lim = = f (a, b);
(x,y)→(a,b) x 2 + y 2 a2 + b2
4 x2 y2
Se (a, b) = (0, 0) então lim = 0 , f (0, 0).
(x,y)→(0,0) x2 + y2
Portanto, f é contínua em R2 − {(0, 0)}.
lim g(x, y) = 2,
(x,y)→(1,1)
53
π π π
Como h(t) é contínua em f ,2 = e f (x, y) = x y é contínua em , 2 , pelo
4 2 4
teorema
π da continuidade da composta temos que h( f (x, y)) = cos(x y) é contínua em
, 2 , ou seja,
4
π π π
limπ cos(x y) = limπ h( f (x, y)) = h( f ,2 ) = h = cos = 0.
(x,y)→( 4 ,2) (x,y)→( 4 ,2) 4 2 2
x2 − y2
lim .
(x,y)→(0,0) x2 + y2
Solução: O limite existe se, dadas quaisquer curvas γ1, γ2 : R 7→ R2 com γ1 (t 0 ) = γ2 (t 0 ) = (0, 0),
tivermos
lim f (γ1 (t)) = lim f (γ2 (t)).
t→t 0 t→t 0
t2
lim f (γ1 (t)) = lim =1
t→0 t→0 t 2
e
−t 2
lim f (γ2 (t)) = lim = −1.
t→0 t→0 t 2
sen(x 2 − y 2 )
lim
(x,y)→(0,0) x2 + y2
sen(t 2 ) sen(u)
lim f (γ1 (t)) = lim 2
= lim = 1,
t→0 t→0 t u→0 u
54
pois a mudança de variável u = t 2 que resulta no limite fundamental nos diz que u → 0 quando
t → 0. Analogamente,
g(x, y) = x 3 − 7y 5
h(x, y) = cos(x)
j (x, y) = x 2 y
são todas contínuas. Como R = Img ⊂ Dh = R2 e a composta de funções contínuas é uma função
contínua, temos h ◦ g contínua. Como o produto de funçoes contínuas é uma função contínua,
f = j · (h ◦ g) é contínua.
55
Cálculo II
Diferenciabilidade
56
Métodos e Técnicas
57
Enunciado dos Exercícios
•◦◦◦ 4.1
x2 ∂3 f ∂3 f
(d) f (x, y, z) = ; 2 e ;
y + 2z ∂ x ∂ y ∂z∂ y∂ x
58
••◦◦ 4.5 Seja z = f (x, y) uma função com derivadas parciais no
ponto (x 0, y0 ) ∈ D f . Responda as seguintes perguntas, lem-
brando que o gráfico da função g(x) = f (x, y0 ) é a interseção do
plano y = y0 com o gráfico de f (x, y).
∂f
(a) Qual é a interpretação geométrica de (x 0, y0 )? Explique
∂x
e desenhe;
x2 25
(b) Para f (x, y) = − − y 2 + , calcule a inclinação da reta
2 8
1 1
!!
tangente ao gráfico de g no ponto , 1, f , 1 .
2 2
∂f
(c) Interprete geometricamente (x 0, y0 ). Explique e dese-
∂y
nhe.
xy(x 2 − y 2 )
se (x, y) , (0, 0);
x2 + y2
f (x, y) = (7)
0
se (x, y) = (0, 0).
(a) Calcule f x (x, y) e f y (x, y) para (x, y) , (0, 0);
59
••◦◦ 4.9 Considere a função f e o ponto (x 0, y0 ) dados na questão
4.8.
x y2
x 2 + y 2 se (x, y) , (0, 0);
f (x, y) =
0
se (x, y) = (0, 0).
no ponto (0, 0, 0)?
•••◦ 4.11
60
••◦◦ 4.12
dz y
(a) para z = ln , x = cos(t) e y = sen(t);
dt x
d2 z x2
(b) 2
para z = , x = t 2 e y = t + 1;
dt y
∂z ∂z
(c) e para z = 25 − 5x 2 − 5y 2 , x = r cos(θ) e
p
∂r ∂θ
y = rsen(θ);
∂w ∂w
(d) e para w = x cos(yz), x = s2 , y = t 2 e z = s−2t.
∂s ∂t
•••◦ 4.14 Diferenciando implicitamente, calcule as seguintes deri-
vadas:
dy
(a) para cos(x) + tg(x y) + 5 = 0;
dx
∂z ∂z
(b) e para x ln(y) + zy 2 + z 2 = 8.
∂x ∂y
61
•••◦ 4.15 Sejam f (x, y) = x 2 + y 2 e u~ = cos(θ)i + sen(θ)j
2 +y 2 )
(b) f (x, y) = e−(x , P = (0, 0) e v = i + j;
62
•••◦ 4.19 Seja f (x, y) = y e x + x ln(z). Mostre que:
∂2 f ∂2 f
(a) = ;
∂ x∂z ∂z∂ x
∂3 f ∂3 f ∂3 f
(b) = = .
∂z 2 ∂ x ∂z∂ x∂z ∂ x∂z 2
•••◦ 4.20 Determine se as afirmações abaixo são verdadeiras ou
falsas. Em qualquer um dos caso, explique. Se for falsa explique
ou dê um contra-exemplo.
(a) f (x, y) = x 2 + y 2 ;
p
2z
(b) f (x, y) = .
x+y
63
•••◦ 4.23 Mostre que a função dada satisfaz a equação diferencial
indicada.
∂2 z ∂2 z
(a) Equação de Laplace: + = 0;
∂ x2 ∂ y2
função: z = e x sen(y)
∂2 z 2
2∂ z
(b) Equação da onda: = c ; c , 0;
∂t 2 ∂ x2
função: z = sen(ω c t) sen(ω x).
∂z ∂2 z
(c) Equação do calor: = c2 2 ; c , 0;
∂t ∂x
x
função: z = e−t cos .
c
•••◦ 4.24
(a) f (x, y) = −x 3 + 4 x y − 2 y 2 + 1;
(b) f (x, y) = x 2 y 2 .
64
••◦◦ 4.28 Encontre a equação do plano tangente ao gráfico da função
f : R2 7→ R tal que f (x, y) = 3x 2 − 8y 2 no ponto (5, 7).
∂f
(b) , se x(s, t) = 2t 2 + s3 e y(s, t) = 3st + 1.
∂s
65
•••• 4.36 Mostre que a função f (x, y) = tg(xy) é diferenciável:
xy 3
se (x, y) , (0, 0)
f (x, y) = x2 + y2
0
se (x, y) = (0, 0)
é diferenciável.
3x 2 y + sen(2y) = x
e2x+3y+z + 6xyz = 1
•••◦ 4.42
66
•••• 4.43
67
Sugestões
68
4.10 Você pode utilizar o seguinte teorema: 4.16 Use a definição de vetor gradiente.
Sejam f : A ⊂ R2 → R e (x 0, y0 ) ∈ A. Se Faça uma análise geométrica do vetor gradi-
∂f ∂f
∂ x e ∂ y existem e são contínuas em (x 0, y0 ), ente.
então f é diferenciável em (x 0, y0 ). Utilize a
contrapositiva deste teorema para a sua res- 4.17 A derivada direcional de uma função
posta. Use a contrapositiva do seguinte re- diferenciável f na direção do vetor unitário u
sultado: toda função diferenciável é contí- no ponto (x, y) é dado por
nua. Verifique se f é diferenciável em (0, 0)
Du f (x, y) = ∇ f (x, y) · u.
pela definição, pois esta é uma hipótese para
a existência do plano tangente em (0, 0, 0). Verifique, em cada ítem, se o vetor v dado é
Considere uma esfera de centro (α, β, γ) e unitário, se for, faça u = v, caso não seja uni-
v
raio r; além disso, considere (x 0, y0, z0 ) um tário, considere u = . Em seguida, subs-
||v||
ponto dessa esfera (z ≥ 0). Encontre a equa- titua o ponto P = (x 0, y0 ) dado em Du f (x, y).
ção da reta normal que passa por este ponto
genérico, conclua que τ = z0 − z e daí conclua 4.18 Utilize a definição de deri-
que o ponto em comum (x, y, z) é o centro vada direcional. Utilize ∇ f (x 0, y0 ) =
(α, β, γ) da esfera. f x (x 0, y0 )i + f y (x 0, y0 )j e ||∇ f (x 0, y0 ))|| =
q
( f x (x 0, y0 )) 2 + ( f y (x 0, y0 )) 2 . Lembre-se
4.11 Lembre-se da regra da cadeia caso 1 que o produto escalar entre dois vetores orto-
e caso 2. gonais é nulo. Faça o produto escalar entre
∇ f (1, 2) e o vetor unitário u = (a, b).
4.12 Na forma explícita temos z = f (x, y),
já na forma implícita temos F (x, y) = 0. Dê 4.19 Em cada ítem, calcule cada uma das
a sua resposta com maiores detalhes. Já para derivadas superiores membro a membro e ve-
a segunda alternativa utilize o caso 1 da regra rifique a igualdade comparando os resultados.
da cadeia para ambos os lados da igualdade.
4.20 As derivadas parciais, caso existam,
4.13 Para a resolução da alternativas utilize são nulas em um ponto de máximo local.
a regra da cadeia, levando em consideração Substitua este resultado na equação do plano
os seus "casos". Na letra b, utilize a regra da tangente. No seu raciocínio, considere o teste
dz d2 z
cadeia para calcular . Para calcular 2 , da segunda derivada. No seu raciocínio, con-
dt dt
dz sidere a definição de ponto crítico. Considere
basta derivar , em relação à t.
dt a definição de ponto crítico e verifique se as
4.14 Use o teorema da função implícita. derivadas parciais existem no ponto dado.
4.15 Use a definição de derivada direcio- 4.21 Em cada ítem, calcule as derivadas
nal. Na outra alternativa utilize a regra da parciais de primeira ordem e a partir delas cal-
0
cadeia para calcular g (h) e use a definição cule as derivadas parciais de segunda ordem.
0
de derivada para encontrar g (0). Tenha atenção com as regras de derivação.
69
4.22 Atenção com a notação utilizada. Por 4.31 Encontre os intervalos nos quais a fun-
∂3 f ção g(x) tem imagem negativa e os intervalos
exemplo, indica que você deve deri-
∂ y2 ∂ x onde a função tem imagem positiva e os va-
var f primeiro em relação a x, depois em
lores de x tais que g(x) = 0
relação a y mais duas vezes. Identifique esta
ordem lendo o denominador da direita para a 4.32 Utilize a equação da regra da cadeia.
esquerda. Verifique a igualdade comparando
os resultados obtidos. 4.33 Derive h em relação à s e analise a
equivalência de resultados com a questão an-
4.23 Em cada ítem, aparecem derivadas terior.
parciais de até segunda ordem. Calcule estas
derivadas parciais e susbstitua nas equações 4.34 Utilize a equação da regra da cadeia.
para verificá-las.
4.35 Use a equação do plano tangente à
4.24 Estes conceitos, encontardos em li- superfície de nível.
vros de cálculo diferencial, utilizam as deri-
4.36 Verifique a continuidade de suas de-
vadas parciais de primeira e segunda ordem.
rivadas parciais de primeira ordem.
4.25 Em cada ítem, obtenho os pontos
4.37 Verifique a continuidade das deriva-
críticos calculando as derivadas parciais e
das parciais em R2 .
igualando-as a zero. Resolva o sistema de
equações. Finalmente, classifique estes pon- 4.38 Utilize o teorema da função implicita.
tos críticos utilizando o teste da segunda de-
rivada.
4.39 Verifique a continuidade das deriva-
4.26 Ao calcular a derivada parcial de z das parciais e utilize o teorema da função
em relação à x, considere y constante e vice- implicita.
versa.
4.40 Use a equação da reta s na forma pa-
4.27 Ao calcular a derivada parcial ce z em ramétrica e lembre-se que vetores perpendi-
relação à x, considere y constante e voc-versa. culares tem produto interno igual a zero.
4.28 Utilize a fórmula para o cálculo do 4.41 Esta questão pode ser resolvida com
plano tangente. o mesmo metodo do exercício anterior. Se
for oportuno, tente de outra forma. Utilize o
4.29 Use a equação do plano tangente.
teorema da função implicita.
4.30 Geometricamente, as derivadas par-
cias, calculadad num ponto (x 0, y0 ), são coe-
ficientes angulaes de retas tangentes, parale-
las aos eixos x e y.
70
4.42 Considere z = f (x, y) uma superfície 4.43 Note que ∇ f (x 0, y0, z0 ) é ortogo-
e v um vetor diretor de um plano que passa nal ao plano tangente à superfície no ponto
pelo ponto P(x 0, y0, z0 ) da superfície. P(x 0, y0, z0 ).
71
Respostas
4.1
(b) Descreva um procedimento para calcularmos as derivadas parciais f x (x, y) e f y (x, y) da função
z = f (x, y).
Solução: Seja z = f (x, y). Para calcularmos f x (x, y) devemos tratar y como uma constante
e derivar f (x, y) em relação a x. Analogamente, para calcularmos f y (x, y) devemos tratar x
como uma constante e derivar f (x, y) em relação a y.
4.2 Determine se as afirmações abaixo são verdadeiras ou falsas. Em qualquer um dos casos,
explique. Se a afirmação for falsa, explique ou dê um contra-exemplo.
∂z ∂z
(a) Se z = f (x, y) e = então z = c(x + y);
∂x ∂y
∂z ∂z
Solução: Falso, pois para f (x, y) = e x+y temos que = = e x+y .
∂x ∂y
∂z ∂z
(b) Se z = f (x) g(y) então + = f 0 (x) g(y) + f (x) g0 (y).
∂x ∂y
∂z ∂z
Solução: Verdadeiro, pois = f 0 (x)g(y) e = f (x)g0 (y), e logo,
∂x ∂y
∂z ∂z
+ = f 0 (x)g(y) + f (x)g0 (y).
∂x ∂y
72
dessa forma,
f (x + h, y) − f (x, y)
f x (x, y) = lim
h→0 h
(x + h)y 2 − (x + h) 3 y − x y 2 + x 3 y
= lim
h→0 h
xy 2 + hy 2 − x 3 y − 3x 2 hy − 3xh2 y − h3 y − xy 2 + x 3 y
= lim
h→0 h
h(y 2 − 3x 2 y − 3xhy − h2 y)
= lim = lim y 2 − 3x 2 y − 3xhy − h2 y
h→0 h h→0
= (y 2 − 3x 2 y) + lim (−3xhy − h2 y)
h→0
= y 2 − 3x 2 y;
f (x, y + h) − f (x, y)
f y (x, y) = lim
h→0 h
x(y + h) 2 − x 3 (y + h) − x y 2 + x 3 y
= lim
h→0 h
xy 2 + 2x yh + xh2 − x 3 y − x 3 h − x y 2 + x 3 y
= lim
h→0 h
h(2xy + xh − x 3 )
= lim = lim 2xy + xh − x 3
h→0 h h→0
= (2x y − x 3 ) + lim xh
h→0
= 2x y − x 3
73
(b) f (x, y) = sen(3x) cos(x 2 + y 2 ) ; f x (x, y) e f y (x, y);
Solução: Neste item usaremos a regra do produto e a regra da cadeia para funções de uma
variável
d d
f x (x, y) = (sen(3x)) cos(x 2 + y 2 ) + sen(3x) (cos(x 2 + y 2 ))
dx dx
d d
= cos(3x) (3x) cos(x 2 + y 2 ) − sen(3x)sen(x 2 + y 2 ) (x 2 + y 2 )
dx dx
d
(cos(x 2 + y 2 ))
f y (x, y) = sen(3x)
dy
d
= sen(3x) − sen(x 2 + y 2 ) (x 2 + y 2 )
dy
= −2ysen(3x)sen(x 2 + y 2 )
xy
(c) f (x, y) = ; f x (x, y) e f y (x, y);
x2 + y2
Solução: Neste item usaremos a regra do quociente para funções de uma variável
y(x 2 + y 2 ) − x y(2x) y3 − x2 y
f x (x, y) = =
(x 2 + y 2 ) 2 (x 2 + y 2 ) 2
x(x 2 + y 2 ) − xy(2y) x 3 − xy 2
f y (x, y) = =
(x 2 + y 2 ) 2 (x 2 + y 2 ) 2
2 +y 2 )
(d) f (x, y) = e−(x ; f x (x, y) e f y (x, y).
Solução: Neste item usaremos a regra da cadeia para funções de uma variável
2 +y 2 ) d 2 2
f x (x, y) = e−(x (−(x 2 + y 2 )) = −2x e−(x +y )
dx
2 +y 2 ) d 2 2
f y (x, y) = e−(x (−(x 2 + y 2 )) = −2y e−(x +y )
dy
74
4.4 Calcule as derivadas parciais e as derivadas parciais de ordem superior como indicado:
q
(a) f (x, y, z) = 3x 2 + y 2 − 2z 2 ; f x (x, y, z), f y (x, y, z) e f z (x, y, z);
Solução: Neste item em cada derivada parcial usaremos a regra da cadeia para funções de
uma variável
1 d 3x
f x (x, y, z) = p (3x 2 + y 2 − 2z 2 ) = p
2 3x 2 + y 2 − 2z 2 dx 3x 2 + y 2 − 2z 2
1 d y
f y (x, y, z) = (3x 2 + y 2 − 2z 2 ) = p
2 2
2 3x + y − 2z 2 3x 2 + y 2 − 2z 2
p
dy
1 d −2z
f z (x, y, z) = (3x 2 + y 2 − 2z 2 ) = p
2 3x 2 + y 2 − 2z 2 dz 3x 2 + y 2 − 2z 2
p
xy
(b) f (x, y, z) = ; f x (x, y, z), f y (x, y, z) e f z (x, y, z);
x+y+z
Solução: Neste item em cada derivada parcial usaremos a regra do quociente para funções de
uma variável
y(x + y + z) − xy y 2 + yz
f x (x, y, z) = =
(x + y + z) 2 (x + y + z) 2
x(x + y + z) − xy x 2 + xz
f y (x, y, z) = =
(x + y + z) 2 (x + y + z) 2
0(x + y + z) − x y −x y
f z (x, y, z) = =
(x + y + z) 2 (x + y + z) 2
∂3 f ∂ ∂ ∂f
!!
(c) f (x, y, z) = e x sen(yz) ; f xyz = = ;
∂z∂ y∂ x ∂z ∂ y ∂ x
Solução: Neste item usaremos a regra da cadeia e do produto para funções de uma variável
∂f
= e x sen(yz)
∂x
∂ ∂f
!
d
= e x cos(yz) (yz) = ze x cos(yz)
∂y ∂x dy
∂ ∂ ∂f
!!
d
= e x cos(yz) − ze x sen(yz) (yz) = e x cos(yz) − yze x sen(yz)
∂z ∂ y ∂ x dz
75
x2 ∂3 f ∂3 f
(d) f (x, y, z) = ; 2 e ;
y + 2 z ∂ x ∂ y ∂z∂ y∂ x
∂f −x 2
=
∂y (y + 2z) 2
∂ ∂f ∂f −x 2
! !
−2x
= =
∂x ∂y ∂ x (y + 2z) 2 (y + 2z) 2
∂ ∂2 f
!
−2
=
∂ x ∂ x∂ y (y + 2z) 2
∂3f ∂ ∂2 f ∂ ∂ ∂f
! !!
Calculemos = = .
∂z∂ y∂ x ∂z ∂ y∂ x ∂z ∂ y ∂ x
∂f 2x
=
∂x y + 2z
∂2f ∂ ∂f
!
−2x
= =
∂ y∂ x ∂ y ∂ x (y + 2z) 2
8x(y + 2z) 8x
= =
(y + 2z) 4 (y + 2z) 3
4.5 Seja z = f (x, y) uma função com derivadas parciais no ponto (x 0, y0 ) ∈ D f . Responda
as seguintes perguntas, lembrando que o gráfico da função g(x) = f (x, y0 ) é a interseção do plano
y = y0 com o gráfico de f (x, y).
∂f
(a) Qual é a interpretação geométrica de (x 0, y0 )? Explique e desenhe;
∂x
∂f
Solução: (x 0, y0 ) é o coeficiente angular da reta tangente ao gráfico de g (curva C) no
∂x
ponto (x 0, y0, f (x 0, y0 )).
76
∂f
Observe que (x 0, y0 ) = tgα.
∂x
x2 25
(b) Para f (x, y) = − − y 2 + , calcule a inclinação da reta tangente ao gráfico de g no ponto
!! 2 8
1 1
, 1, f , 1 .
2 2
1 1
!!
Solução: A inclinação da reta tangente ao gráfico de g no ponto (x 0, y0, z0 ) = , 1, f , 1
2 2
é dada por
∂f ∂f 1 1
!
(x 0, y0 ) = −x 0 ⇒ ,1 = − .
∂x ∂x 2 2
∂f
(c) Interprete geometricamente (x 0, y0 ). Explique e desenhe.
∂y
∂f
Observe que (x 0, y0 ) = tgα.
∂y
77
4.6 Considere a função
x y(x 2 − y 2 )
se (x, y) , (0, 0);
x2 + y2
f (x, y) = (8)
0
se (x, y) = (0, 0).
(a) Calcule f x (x, y) e f y (x, y) para (x, y) , (0, 0);
x y(x 2 − y 2 )
Solução: Como (x, y) , (0, 0), temos que f (x, y) = , assim
x2 + y2
∂f (3x 2 y − y 3 ) · (x 2 + y 2 ) − (x 3 y − x y 3 ) · 2x
(x, y) =
∂x (x 2 + y 2 ) 2
x 2 (3x 2 y − y 3 − 2x 2 y + 2y 3 ) + (3x 2 y − y 3 )y 2
=
(x 2 + y 2 ) 2
x 2 (x 2 y + y 3 ) + (3x 2 y − y 3 )y 2 x 4 y + x 2 y 3 + 3x 2 y 3 − y 5
= =
(x 2 + y 2 ) 2 (x 2 + y 2 ) 2
x 4 y + 4x 2 y 3 − y 5 y(x 4 + 4x 2 y 2 − y 4 )
= =
(x 2 + y 2 ) 2 (x 2 + y 2 ) 2
∂f (x 3 − 3x y 2 ) · (x 2 + y 2 ) − (x 3 y − x y 3 ) · 2y
(x, y) =
∂y (x 2 + y 2 ) 2
x 2 (x 3 − 3x y 2 ) + (x 3 − 3x y 2 )y 2 − (2x 3 − 2x y 2 )y 2
=
(x 2 + y 2 ) 2
x 2 (x 3 − 3x y 2 ) + y 2 (−x 3 − x y 2 ) x 5 − 3x 3 y 2 − x 3 y 2 − xy 4
= =
(x 2 + y 2 ) 2 (x 2 + y 2 ) 2
x 5 − 4x 3 y 2 − x y 4 x(x 4 − 4x 2 y 2 − y 4 )
= =
(x 2 + y 2 ) 2 (x 2 + y 2 ) 2
78
(b) Use a definição e calcule f x (0, 0) e f y (0, 0).
f (0, 0 + h) − f (0, 0)
f y (0, 0) = lim
h→0 h
0
h2
−0
= lim =0
h→0 h
Solução:
∂2 f f y (h, 0) − f y (0, 0)
f yx (0, 0) = (0, 0) = lim
∂ x∂ y h→0 h
h5
h4
−0
= lim
h→0 h
h
= lim = lim 1 = 1
h→0 h h→0
∂2 f f x (0, h) − f x (0, 0)
f xy (0, 0) = (0, 0) = lim
∂ y∂ x h→0 h
−h5
h4
−0 −h
= lim = lim = −1
h→0 h h→0 h
79
(b) Usando o Teorema de Clairaut (veja página 817 do livro) e o resultado do item (a), o que
podemos concluir sobre f xy e f yx ?
π
4.8 Sejam f (x, y) = e x sen(y) e (x 0, y0 ) = 0, .
4
√
2 π
L(0.2, 0.68) = 0.2 + 0.68 − + 1
2 4
0.7741
80
enquanto que
Também sabemos que a equação da reta normal ao gráfico de f no ponto (x 0, y0 ) é dada por
∂f ∂f
!
(x, y, z) = (x 0, y0, f (x 0, y0 )) + τ (x 0, y0 ), (x 0, y0 ), −1 , τ ∈ R,
∂x ∂y
ou seja,
∂f
x = x0 + τ (x 0, y0 )
∂x
∂f
y = y0 + τ (x 0, y0 )
∂y
z = z0 − τ.
Assim,
π π ∂ f π ∂ f π
!
(x, y, z) = 0, , f 0, +τ 0, , 0, , −1
4 4 ∂x 4 ∂y 4
√ √ √
π 2 + + τ * 2 , 2 , −1+ , τ ∈ R,
= *0, ,
, 4 2 - , 2 2 -
81
ou seja, √
2
x = τ
2
√
π 2
y = + τ
4 2
√
2
z = − τ.
2
π
h = 0.2 e k = 0.68 − .
4
Logo, √ √
2 2 π
dz = · 0.2 + 0.68 − 0.06689
2 2 4
e
π π √2
∆z = e0.2 sen + 0.68 − − −0.69261.
4 4 2
82
4.10 Justifique suas respostas para as seguintes perguntas:
∂f ∂f
(a) Disseram-lhe que existe uma função f (x, y) com derivadas parciais (x, y) e (x, y)
∂x ∂y
descontínuas em (x 0, y0 ), que é diferenciável em (x 0, y0 ). Você deve acreditar nisso?
Solução: Sim.
Justificativa 1: Use o seguinte resultado:
Logo, se as derivadas parciais são descontínuas então a função f pode ou não ser diferenciável.
1 2x 1
! !
∂f 2 x sen 2 cos 2 se (x, y) , (0, 0)
2
− 2 2 2
= x + y x + y x + y
∂x 0 se (x, y) = (0, 0).
∂f ∂f
Entretanto, o limite lim (t, t) não existe. Logo, não é contínua em (0, 0).
t→0 ∂ x ∂x
Por outro lado,
f (h, k) − f (0, 0) − f x (0, 0)h − f y (0, 0)k 1
p !
lim = lim h2 + k2 sen 2
(h,k)→(0,0) ||(h, k)|| (h,k)→(0,0) h + k2
= 0.
83
(c) Existe um plano tangente ao gráfico da função
x y2
x 2 + y 2 se (x, y) , (0, 0);
f (x, y) =
0
se (x, y) = (0, 0).
no ponto (0, 0, 0)?
Solução: A hipótese para que exista o plano tangente ao gráfico de f em um ponto dado é que
a função seja diferenciável nesse ponto. Portanto, verifiquemos se f é diferenciável em (0, 0).
∂f f (h, 0) − f (0, 0) 0
(0, 0) = lim = lim = 0
∂x h→0 h h→0 h
∂f f (0, k) − f (0, 0) 0
(0, 0) = lim = lim = 0.
∂y k→0 k k→0 k
Assim,
f (h, k) − f (0, 0) − f x (0, 0)h − f y (0, 0)k
lim =
(h,k)→(0,0) ||(h, k)||
hk 2
= lim √ = lim G(h, k).
(h,k)→(0,0) (h2 + k 2 ) h2 + k 2 (h,k)→(0,0)
Entretanto,
1
lim G(0, t) = 0; lim G(t, t) = √ ,
t→0 t→0 2 2
o que implica que o limite lim G(h, k) não existe.
(h,k)→(0,0)
Portanto, f não é diferenciável em (0, 0). Logo, não admite plano tangente no ponto (0, 0, 0).
(d) Para algumas superfícies, a reta normal em quaisquer de seus pontos passa por um mesmo
objeto geométrico. Qual é o objeto comum para a esfera?
Solução 1: Sejam S uma esfera, P um ponto de S, O o centro desta esfera e Tp S o plano
tangente à S no ponto P. De fato, seja r uma reta normal à esfera em P - note que r ⊥ Tp S.
Seja OP um raio de S. Este é perpendicular à Tp S; logo, OP está contido na reta r. Daí,
comcluímos que r passa por O. Como r foi tomada genericamente, concluímos que todas as
retas normais à esfera passam por O.
Por outro lado, seja (x 0, y0, z0 ) um ponto da esfera (para z ≥ 0). Então a equação da reta
normal passando por (x 0, y0, z0 ) é dada por
84
x0 − α
!
x = x0 − τ (9)
z0 − γ
y0 − β
!
y = y0 − τ (10)
z0 − γ
z = z0 − τ.
x0 − x x0 − α
= ⇒ x = α, z = γ
z0 − z z0 − γ
y0 − y y0 − β
= ⇒ y = α , z = γ.
z0 − z z0 − γ
Portanto, (x, y, z) = (α, β, γ) (centro da esfera).
4.11
dz
(a) Seja z = f (x, y) com x = x(t) e y = y(t). Enuncie a regra da cadeia para calcular . Aplique
y dt
a regra na função z = ln , com x = cos(t) e y = sen(t).
x
Solução: Regra da Cadeia (Caso 1): seja z = f (x, y) uma função diferenciável em (x, y), com
x = g(t) e y = h(t) funções diferenciáveis de t. Então f (x(t), y(t)) é uma função diferenciável
de t e
dz ∂ f dx ∂ f dy
= · + · .
dt ∂ x dt ∂ y dt
Assim,
dz ∂ y d ∂ y d
= ln · (cos(t)) + ln · (sen(t))
dt ∂x x dt ∂y x dt
1 1 sen(t) cos(t)
= − · (−sen(t)) + · cos(t) = +
x y cos(t) sen(t)
= tg(t) + cotg(t).
∂z
(b) Seja z = f (x, y) com x = x(s, t) e y = y(s, t). Enuncie a regra da cadeia para calcular e
∂s
∂z
. Aplique a regra na função z = sen(2 x + 3 y), com x = s + t e y = s − t.
∂t
Solução: Regra da Cadeia (Caso 2): suponha que z = f (x, y) seja uma função diferenciável de
x e y, com x = g(s, t) e y = h(s, t) funções diferenciáveis de s e t. Então
∂z ∂z ∂ x ∂z ∂ y
= · + ·
∂s ∂ x ∂s ∂ y ∂s
∂z ∂z ∂ x ∂z ∂ y
= · + · .
∂t ∂ x ∂t ∂ y ∂t
85
Assim,
∂z ∂ ∂ ∂ ∂
= (sen(2x + 3y)) · (s + t) + (sen(2x + 3y)) · (s − t)
∂s ∂x ∂s ∂y ∂s
= 2 cos(2x + 3y) · 1 + 3 cos(2x + 3y) · 1
= 5 cos(2x + 3y);
∂z ∂ ∂ ∂ ∂
= (sen(2x + 3y)) · (s + t) + (sen(2x + 3y)) · (s − t)
∂t ∂x ∂t ∂y ∂t
= 2 cos(2x + 3y) · 1 + 3 cos(2x + 3y) · (−1)
= − cos(2x + 3y).
4.12
(a) Descreva a diferença entre a forma explícita e a forma implícita de uma função de duas variáveis
x e y. Dê um exemplo em cada caso;
Solução: Nas funções explícitas temos uma forma de determinar o valor de z em termos de
x e y, ou seja, temos z = f (x, y). Já nas funções implícitas, o valor de z é obtido de x e y
através da resolução de uma equação da forma F (x, y) = 0.
Exemplos:
Forma explícita: seja f uma função tal que f (x, y) = x 2 + y 2 .
Forma implícita: seja y = y(x) uma função diferenciável dada implicitamente pela equação
y 3 + xy + x 3 = 3.
dy
(b) Se F (x, y) = 0, enuncie a regra da cadeia para calcular implicitamente . Se F (x, y, z) = 0,
dx
∂z ∂z
enuncie a regra da cadeia para calcular implicitamente e . Dê um exemplo em cada
∂x ∂y
caso.
Solução: Suponhamos que uma equação da forma F (x, y) = 0 defina y implicitamente como
uma função diferenciável de x, isto é, y = f (x), em que F (x, f (x)) = 0 para todo x no domínio
de f . Se F é diferenciável, podemos aplicar o Caso 1 da Regra da Cadeia para diferenciar
ambos os lados da equação F (x, y) = 0 com relação a x, já que x e y são funções de x, obtemos
∂F dx ∂F dy
· + · = 0.
∂ x dx ∂ y dx
86
dx ∂F dy
No entanto, = 1, então se , 0 resolvemos para e obtemos
dx ∂y dx
∂F
= − ∂x
dy
dx ∂F
∂y
dy
Exemplo 1: Determine se y cos(x) = x 2 + y 2 .
dx
Solução: A equação dada pode ser escrita como
F (x, y) = y cos(x) − x 2 − y 2 = 0
87
Entretanto,
∂ ∂
(y) = 1 e (x) = 0,
∂y ∂y
portanto, essa equação resulta em
∂F ∂F ∂z
+ · = 0.
∂y ∂z ∂ y
∂F ∂z
Se , 0, resolvemos em e obtemos
∂z ∂y
∂F
∂z ∂y
=−
∂y ∂F
∂z
∂z ∂z
Exemplo 2: Determine e se e z = x yz.
∂x ∂y
Solução: A equação dada pode ser escrita como
F (x, y, z) = e z − xyz = 0.
Dessa forma, das equações
∂F ∂F
∂z ∂z ∂y
= − ∂x e =−
∂x ∂F ∂y ∂F
∂z ∂z
obtemos
∂z (−yz) yz ∂z (−xz) xz
=− z = z e =− z = z .
∂x e − xy e − xy ∂y e − xy e − xy
1 sen(t) 1 cos(t)
r r
dz
= · sen(t) + · cos(t)
dt 2 cos(t) cos(t) 2 cos(t) sen(t)
dz 1 1
= (tg(t)) 3/2 + (cotg(t)) 1/2 .
dt 2 2
88
d2 z x2
(b) 2
para z = , x = t 2 e y = t + 1;
dt y
Solução: Notemos que
d2 z
!
d dz
= .
dt 2 dt dt
dz
Vamos calcular inicialmente . Pela regra da cadeia, temos
dt
dz ∂z dx ∂z dy
= · + ·
dt ∂ x dt ∂ y dt
dz 2x x2
= · 2t − 2 · 1
dt y y
dz 4t 3 t4
= − .
dt t + 1 (t + 1) 2
Logo,
d2 z 8t 3 + 12t 2 2t 5 + 6t 4 + 4t 3
= −
dt 2 (t + 1) 2 (t + 1) 4
d2 z 6t 5 + 22t 4 + 28t 3 + 12t 2
=
dt 2 (t + 1) 4
∂z ∂z
(c) e para z = 25 − 5x 2 − 5y 2 , x = r cos(θ) e y = rsen(θ);
p
∂r ∂θ
Solução: Usando a regra da cadeia teremos
∂z ∂z ∂ x ∂z ∂ y
= · + ·
∂r ∂ x ∂r ∂ y ∂r
−10x 10y
= · cos(θ) − p · sen(θ)
2 25 − 5x 2 − 5y 2 2 25 − 5x 2 − 5y 2
p
−5
· r cos2 (θ) + rsen2 (θ)
= √
25 − 5r 2
−5r (cos2 (θ) + sen2 (θ)) −5r
= √ =√ .
25 − 5r 2 25 − 5r 2
∂z ∂z ∂ x ∂z ∂ y
= · + ·
∂θ ∂ x ∂θ ∂ y ∂θ
89
−10x 10y
= · (−r sen(θ)) − p · r cos(θ)
2 25 − 5x 2 − 5y 2 2 25 − 5x 2 − 5y 2
p
5r
· r 2 cos(θ)sen(θ) − r 2 sen(θ) cos(θ)
= √
25 − 5r 2
= 0
∂w ∂w
(d) e para w = x cos(yz), x = s2 , y = t 2 e z = s − 2t.
∂s ∂t
Solução: Usando a regra da cadeia para função de três variáveis, teremos
∂w ∂w ∂ x ∂w ∂ y ∂w ∂z
= · + · + ·
∂s ∂ x ∂s ∂ y ∂s ∂z ∂s
∂w ∂w ∂ x ∂w ∂ y ∂w ∂z
= · + · + ·
∂t ∂ x ∂t ∂ y ∂t ∂z ∂t
dy
(a) para cos(x) + tg(xy) + 5 = 0;
dx
Solução: Seja F (x, y) = 0, onde F (x, y) = cos(x) + tg(x y) + 5, assim, da equação a seguir,
dy
podemos determinar .
dx
90
∂F
∂F
= − ∂ x se
dy
,0
dx ∂F ∂y
∂y
∂F cos2 (x y)y + sen2 (x y)y y
= −sen(x) + = −sen(x) +
∂x cos2 (xy) cos2 (x y)
∂z ∂z
(b) e para x ln(y) + zy 2 + z 2 = 8.
∂x ∂y
Solução: Seja F (x, y) = 0, onde F (x, y) = x ln(y) + zy 2 + z 2 − 8, assim, das equações a
∂z ∂z
seguir, podemos determinar e .
∂x ∂y
∂F
∂z ∂F
= − ∂ x se ,0
∂x ∂F ∂z
∂z
∂z ln(y)
= − 2 se y 2 + 2z , 0.
∂x y + 2z
∂F
∂z ∂y ∂F
= − se ,0
∂y ∂F ∂z
∂z
1
x · + 2zy
∂z y
= − 2
∂y y + 2z
∂z x + 2y 2 z
= − 3 se y 3 + 2zy , 0.
∂y y + 2zy
91
4.15 Sejam f (x, y) = x 2 + y 2 e u~ = cos(θ)i + sen(θ)j
f (x 0 + h cos(θ), y0 + hsen(θ)) − f (x 0, y0 )
Du f (x 0, y0 ) = lim
h→0 h
(x 0 + h cos(θ)) + (y0 + hsen(θ)) 2 − x 20 − y02
2
Du f (x 0, y0 ) = lim
h→0 h
2x 0 h cos(θ) + h2 cos2 (θ)
+ 2y0 hsen(θ) + h2 sen2 (θ)
Du f (x 0, y0 ) = lim
h→0 h
h(2x 0 cos(θ) + 2y0 sen(θ)) + h2 (cos2 (θ) + sen2 (θ))
Du f (x 0, y0 ) = lim
h→0 h
Du f (x 0, y0 ) = lim (2x 0 cos(θ) + 2y0 sen(θ) + h)
h→0
Du f (x 0, y0 ) = 2x 0 cos(θ) + 2y0 sen(θ)
∂f
(b) Considere g(h) = f (x 0 + h cos(θ), y0 + h sen(θ)). Verifique que g0 (h) = (x 0, y0 ) cos(θ) +
∂x
∂f
(x 0, y0 )sen(θ) e g0 (0) = Du f (x 0, y0 ). Conclua que
∂y
∂f ∂f
Du f (x 0, y0 ) = (x 0, y0 ) cos(θ) + (x 0, y0 )sen(θ).
∂x ∂y
92
Por outro lado,
g(h) − g(0)
g0 (0) = lim
h→0 h
f (x 0 + h cos(θ), y0 + h sen(θ)) − f (x 0, y0 )
= lim
h→0 h
= Du f (x 0, y0 )
Mas, item (a) tem-se Du f (x 0, y0 ) = 2x 0 cos(θ) + 2y0 sen(θ). Portanto, por (11), obtemos
∂f ∂f
Du f (x 0, y0 ) = (x 0, y0 ) · cos(θ) + (x 0, y0 ) · sen(θ).
∂x ∂y
∂f ∂f
!
∇ f (x 0, y0 ) = (x 0, y0 ), (x 0, y0 )
∂x ∂y
denomina-se gradiente de f em (x 0, y0 ).
(b) Descreva a relação entre o vetor gradiente e as curvas de nível da função z = f (x, y).
Solução: Se f é diferenciável em (x 0, y0 ) e ∇ f (x 0, y0 ) , (0, 0), então ∇ f (x 0, y0 ), é um vetor
normal à curva de nível em (x 0, y0 ).
4.17 Calcule a derivada direcional das seguintes funções, no ponto P na direção do vetor v:
Observação: Sabemos que a derivada direcional de uma função diferenciável f na direção do
vetor unitário u no ponto (x, y) é dado por
Du f (x, y) = ∇ f (x, y) · u.
Dessa forma, nos itens a seguir, verificaremos inicialmente se o vetor v dado é unitário, se for,
v
faremos u = v, caso não seja unitário, tomaremos u = .
||v||
93
(a) f (x, y) = x 2 + y 2 , P = (3, 4) e v = 3i − 4j;
p
dessa forma
∇ f (0, 0) = ~0
portanto
Du f (0, 0) = 0
daí
∇ f (1, 1) = −2sen(2)i − 2sen(2)j
94
dessa forma
π
(a) Calcule Du f (x, y) com u = cos(θ) i + sen(θ) j para θ = ;
3
√
1 3+
Solução: u = (cos(π/3), sen(π/3)) = * , . Então,
,2 2 -
∇ f (x, y) = ( f x (x, y), f y (x, y)) = (−2 x, −2 y);
Du f (x, y) = ∇ f (x, y) · u
√
1 3+
= (−2x, −2y) · * ,
,2 2 -
√
= −x − 3 y.
95
(b) Calcule ∇ f (1, 2) e ||∇ f (1, 2)||;
Solução: Do item (a) temos que
assim,
∇ f (1, 2) = −2i − 4j
e
q
||∇ f (1, 2)|| = (−2) 2 + (−4) 2
√
= 2 5
Daí
1 = ||u||
p
= a2 + b2
p
= 4b2 + b2
p
= 5b2
Assim,
1 2
b = √ ⇒ a = −√
5 5
Dessa forma, √ √
2 5 5+
u= −
* , .
, 5 5 -
Note que,
Du f (1, 2) = ∇ f (1, 2).u = 0.
De fato,
Du f (1, 2) = ∇ f (1, 2) · u
√ √
2 5 5+
= (−2, −4) · −
* ,
5 5 -
√ √,
4 5 4 5
= − = 0.
5 5
96
(d) Discuta o significado geométrico do resultado do item (c).
Solução: No item (c) temos que os vetores ∇ f (1, 2) e u são perpendi- culares, o que implica
que Du f (1, 2) = 0. Portanto, a taxa de variação de f na direção u, perpendicular ao gradiente
∇ f (1, 2), é nula.
∂2 f ∂2 f
(a) = ;
∂ x∂z ∂z∂ x
∂2 f
Solução: Determinemos inicialmente
∂ x∂z
∂f ∂2 f ∂ ∂f 1
!
x
= ⇒ = = .
∂z z ∂ x∂z ∂ x ∂z z
Por outro lado,
∂f ∂2 f ∂ ∂f 1
!
= ye + ln(z) ⇒
x
= = .
∂x ∂z∂ x ∂z ∂ x z
Portanto,
∂2 f ∂2 f
=
∂z∂ x ∂ x∂z
∂3 f ∂3 f ∂3 f
(b) = = .
∂z 2 ∂ x ∂z∂ x∂z ∂ x∂z 2
Solução: Calculemos cada uma das derivadas de ordem superior
∂f ∂ ∂f 1 ∂ ∂ ∂f 1
! !!
= ye + ln(z) ⇒
x
= ⇒ = − 2,
∂x ∂z ∂ x z ∂z ∂z ∂ x z
∂f ∂ ∂f 1 ∂ ∂ ∂f 1
! !!
x
= ⇒ = ⇒ =− 2
∂z z ∂ x ∂z z ∂z ∂ x ∂z z
e finalmente
∂f ∂ ∂f ∂ ∂ ∂f 1
! !!
x x
= ⇒ =− 2 ⇒ =− 2
∂z z ∂z ∂z z ∂ x ∂z ∂z z
portanto,
∂3 f ∂3 f ∂3 f
= =
∂z 2 ∂ x ∂z∂ x∂z ∂ x∂z 2
4.20 Determine se as afirmações abaixo são verdadeiras ou falsas. Em qualquer um dos caso,
explique. Se for falsa explique ou dê um contra-exemplo.
97
(a) Se f (x, y) tem um máximo local no ponto (a, b) e as derivadas parciais de 1a ordem existem
então o plano tangente a superfície z = f (x, y) no ponto (a, b) é horizontal;
Solução: Verdadeiro, pois se (a, b) é um ponto de máximo local e as derivadas parciais
existem, então
∂f ∂f
(a, b) = (a, b) = 0.
∂x ∂y
Subistituindo na equação do plano tangente obtemos z = z0 = f (a, b). Logo, o plano tangente
é horizontal.
(b) Todos os pontos críticos de uma função f (x, y) são máximos locais ou mínimos locais de
f (x, y).
Solução: Falso, pois existem pontos críticos denominados de pontos de sela, os quais não são
máximo e nem mínimo.
Por exemplo, para f (x, y) = y 2 − x 2 tem-se f x (x, y) = −2x e f y (x, y) = 2y e, logo, o único
ponto crítico é (0, 0). Mas, f (x, 0) = −x 2 < 0 se x , 0 e f (0, y) = y 2 > 0 se y , 0. Logo,
no disco de centro (0, 0) existem pontos para os quais f é positiva e pontos para os quais f é
negativa. Logo, f (0, 0) = 0 não pode ser um valor extremo de f , e portanto, f não tem valor
extremo.
(c) Se ∇ f (a, b) = (0, 0) então o ponto (a, b) é ponto crítico da função f (x, y).
Solução: Verdadeiro, pois pela definição de ponto crítico, temos que: Um ponto (a, b) é
∂f ∂f
chamado de ponto crítico de f se (a, b) = 0 e (a, b) = 0 ou se uma das derivadas
∂x ∂y
∂f ∂f
parciais (a, b) ou (a, b) não existe.
∂x ∂y
(d) Seja f (x, y) = x 2 + y 2 . O ponto (a, b) = (0, 0) não é ponto crítico da função f .
p
h −h |h|
Mas, lim+ = 1 e lim− = −1, logo, o limite lim não existe, o que implica que a
h→0 h h→0 h h→0 h
∂f
derivada parcial (0,0) não existe. Portanto, pela definição (0, 0) é um ponto crítico de f .
∂x
98
(a) f (x, y) = x2 + y2;
p
1· x 2 + y 2 − x · √ 12 · 2x
p
∂2 f 2 x +y 2 y2
(x, y) = =p
∂ x2 x2 + y2 (x 2 + y 2 ) 3
∂2 f 1 3 −xy
(x, y) = − · y · (x 2 + y 2 ) − 2 · 2x = p
∂ x∂ y 2 (x 2 + y 2 ) 3
∂2 f 1 3 −xy
(x, y) = − · x · (x 2 + y 2 ) − 2 · 2y = p
∂ y∂ x 2 (x 2 + y 2 ) 3
1 · x 2 + y 2 − y · √ 12 2 · 2y
p
∂2 f 2 x +y x2
(x, y) = =
∂ y2 x2 + y2 (x 2 + y 2 ) 3
p
∂2 f −1
(x, y) = −1 · (x − y) −2 · 1 =
∂ x2 (x − y) 2
∂2 f 1
(x, y) = −1 · (y − x) −2 · (−1) =
∂ x∂ y (y − x) 2
∂2 f 1
(x, y) = −1 · (x − y) −2 · (−1) =
∂ y∂ x (x − y) 2
∂2 f −1
(x, y) = −1 · (y − x) −2 · 1 =
∂ y2 (y − x) 2
99
dessa forma,
∂2 f
(x, y) = −3 y e−x
∂ x2
∂2 f
(x, y) = 2 e y + 3 e−x
∂ x∂ y
∂2 f
(x, y) = 2 e y + 3 e−x
∂ y∂ x
∂2 f
(x, y) = 2 x ey
∂ y2
∂2 f
(x, y) = − sen(x − 2y)
∂ x2
∂2 f
(x, y) = 2 sen(x − 2y)
∂ x∂ y
∂2 f
(x, y) = −sen(x − 2y) · (−2) = 2 sen(x − 2y)
∂ y∂ x
∂2 f
(x, y) = 2 sen(x − 2y) · (−2) = −4 sen(x − 2y)
∂ y2
∂3 f ∂3 f ∂3 f
4.22 Para as funções abaixo, mostre que as derivadas mistas , e são
∂ y 2 ∂ x ∂ y∂ x∂ y ∂ x∂ y 2
iguais.
∂f
(x, y, z) = −e−x sen(yz)
∂ x
∂ f ∂ 2 f
3
calculando 2 (x, y, z) = −e−x cos(yz) · z = −ze−x cos(yz)
∂ y ∂ x ∂ y∂ x
∂ 3 f
2 −x
∂ y 2 ∂ x (x, y, z) = ze cos(yz) · z = z e sen(yz)
−x
100
∂f
(x, y, z) = e−x cos(yz) · z = ze−x cos(yz)
∂y
∂ 3 f ∂2 f
calculando (x, y, z) = −ze−x cos(yz)
∂ y∂ x∂ y ∂ x∂ y
∂ 3 f 2 −x
∂ y∂ x∂ y (x, y, z) = ze sen(yz) · z = z e sen(yz)
−x
∂f
(x, y, z) = ze−x cos(yz)
∂y
∂ 3 f ∂2 f
calculando 2
(x, y, z) = −ze−x sen(yz) · z = −z 2 e−x sen(yz)
2
∂ x∂ y ∂
y
∂ 3 f 2 −x
∂ x∂ y 2 (x, y, z) = z e sen(yz)
portanto,
∂3 f ∂3 f ∂3 f
= =
∂ y 2 ∂ x ∂ y∂ x∂ y ∂ x∂ y 2
2z
(b) f (x, y) = .
x+y
Solução:
∂f 0 · (x + y) − 2z · 1 −2z
= =
∂x (x + y) 2 (x + y) 2
∂ 3 f ∂2 f 0 · (x + y) 2 − (−2z) · 2(x + y) · 1 4z
calculando 2 = =
∂ y ∂ x ∂ y∂ x (x + y) 4 (x + y) 3
3 3 2
∂ f (x, y, z) = 0 · (x + y) − 4z · 3 · (x + y) = −12z
∂ y 2 ∂ x (x + y) 6 (x + y) 4
∂f 0 · (x + y) − 2z · 1 −2z
= =
∂y (x + y) 2 (x + y) 2
∂ 3 f ∂2 f 0 · (x + y) 2 − (−2z) · 2(x + y) · 1 4z
calculando = =
∂ y∂ x∂ y ∂ x∂ y (x + y) 4 (x + y) 3
∂ 3 f 0 · (x + y) 3 − 4z · 3 · (x + y) 2 · 1 −12z
= =
∂ y∂ x∂ y (x + y) 4
(x + y) 6
101
∂f −2z
=
∂y (x + y) 2
∂ 3 f ∂2 f 0 · (x + y) 2 − (−2z) · 2(x + y) · 1 4z
calculando 2
= 4
=
2
∂ x∂ y ∂y (x + y) (x + y) 3
3 0 · (x + y) 3 − 4z · 3 · (x + y) 2 · 1
∂ f
−12z
2
= =
∂ x∂ y (x + y) 6 (x + y) 4
portanto,
∂3 f ∂3 f ∂3 f
= =
∂ y 2 ∂ x ∂ y∂ x∂ y ∂ x∂ y 2
∂2 z 2
2∂ z
(b) Equação da onda: = c ; c , 0;
∂t 2 ∂ x2
função: z = sen(ω c t) sen(ω x).
Solução: Note que
∂z ∂z
= wc cos(wct)sen(wx) e = w sen(wct) cos(wx)
∂t ∂x
dessa forma,
∂2 z 2 2 ∂2 z
2
= −w c sen(wct)sen(wx) e 2
= −w 2 sen(wct)sen(wx)
∂t ∂x
portanto z satisfaz a Equação da onda,
∂2 z 2
2∂ z
= c
∂t 2 ∂ x2
102
∂z ∂2 z
(c) Equação do calor: = c2 2 ; c , 0;
∂tx ∂x
função: z = e cos
−t .
c
Solução: Note que
∂z x ∂z 1 x
= −e−t cos e = − e−t sen
∂t c ∂x c c
dessa forma,
∂2 z 1 −t x
= − · e cos
∂ x2 c2 c
portanto z satisfaz a Equação do calor,
∂z ∂2 z
= c2 2
∂t ∂x
4.24
(a) Defina cada um dos seguintes conceitos para uma função de duas variáveis:
(i) Máximo relativo e mínimo relativo;
Solução: Uma função de duas variáveis tem um máximo relativo em (a, b) se f (x, y) ≤
f (a, b) quando (x, y) está próximo de (a, b). [Isto significa que f (x, y) ≤ f (a, b) para
todos os pontos (x, y) em alguma bola aberta com centro (a, b)]. O número f (a, b) é
chamado valor máximo relativo. Se f (x, y) ≥ f (a, b) quando (x, y) está próximo de
(a, b), então f tem um mínimo relativo em (a, b) e f (a, b) é um valor mínimo relativo.
(b) Enuncie o teste das derivadas parciais de 2a ordem para extremos relativos e pontos de
sela.
Solução: Teste da Segunda Derivada. Suponha que as segundas derivadas parciais de
∂f
f sejam contínuas em uma bola aberta com centro em (a, b), e suponha que (a, b) = 0
∂x
∂f
e (a, b) = 0 [ou seja, (a, b) é um ponto crítico de f ]. Seja
∂y
#2
∂2 f ∂2 f
" 2
∂ f
H = H (a, b) = (a, b) · 2 (a, b) − (a, b) .
∂ x2 ∂y ∂ x∂ y
103
∂2 f
(i) Se H > 0 e (a, b) > 0, então f (a, b) é um mínimo local.
∂ x2
∂2 f
(ii) Se H > 0 e (a, b) < 0, então f (a, b) é um máximo local.
∂ x2
(iii) Se H < 0, então f (a, b) não é mínimo local e nem máximo local.
(a) f (x, y) = −x 3 + 4 x y − 2 y 2 + 1
Solução: Determinemos inicialmente os pontos críticos de f , note que
∂f ∂f
(x, y) = −3x 2 + 4y e (x, y) = 4x − 4y
∂x ∂y
igualando a zero as derivadas parciais, teremos
−3x 2 + 4y = 0 (i)
4x − 4y = 0 (ii)
−3x 2 + 4x = 0
x · (−3x + 4) = 0
daí
4
x = 0 ou x = ,
3
dessa forma, os pontos críticos são
4 4
!
A = (0, 0) e B = , .
3 3
As derivadas parciais de segunda ordem são:
∂2 f ∂2 f ∂2 f ∂2 f
= −6x, = −4 e = =4
∂ x2 ∂ y2 ∂ y∂ x ∂ x∂ y
assim,
∂2 f ∂2 f 4 4
!
(0, 0) = 0 e , = −8,
∂ x2 ∂ x2 3 3
104
dessa forma,
H (0, 0) = 0 · (−4) − 42 = −16 < 0
portanto, (0, 0) é ponto de sela.
Por outro lado,
4 4
!
H , = −8 · (−4) − 42 = 16 > 0,
3 3
como
4 4 ∂2 f 4 4
! !
H , >0 e , < 0,
3 3 ∂ x2 3 3
4 4
!
concluímos que , é um ponto de máximo local.
3 3
(b) f (x, y) = x 2 y 2 .
2x y 2 = 0 ⇒ x = 0 ou y = 0
2x 2 y = 0 ⇒ x = 0 ou y = 0,
ou seja, os pontos críticos, são todos os pontos que pertencem aos eixos x e y. Analisemos
agora se esses pontos são de máximo ou mínimo local, para isto, note que as derivadas
parciais de segunda ordem são:
∂2 f 2
2 ∂ f 2 ∂2 f ∂2 f
= 2y , = 2x e = = 4xy.
∂ x2 ∂ y2 ∂ y∂ x ∂ x∂ y
Para (0, y) temos
∂2 f 2
2 ∂ f ∂2 f ∂2 f
= 2y = = = 0 ⇒ H (0, 0) = 0,
∂ x2 ∂ y2 ∂ y∂ x ∂ x∂ y
portanto pelo teste da segunda derivada nada podemos afirmar.
Para (x, 0) temos
∂2 f 2
2 ∂ f ∂2 f ∂2 f
= 2x = = = 0 ⇒ H (0, 0) = 0,
∂ y2 ∂ x 2 ∂ y∂ x ∂ x∂ y
105
portanto pelo teste da segunda derivada nada podemos afirmar.
Por outro lado, notemos que
Analogamente,
∂f
(x, y) = xe xy · sen(x 2 − y 2 ) + e x y [−2y · cos(x 2 − y 2 )]
∂y
= e xy [x sen(x 2 − y 2 ) − 2y cos(x 2 − y 2 )]
106
e
∂f
(x, y) = 3x y 2 · sen(x 2 − 3y 5 ) + x y 3 · [−3 · 5y 4 cos(x 2 − 3y 5 )]
∂y
= 3x y 2 · sen(x 2 − 3y 5 ) − 15xy 7 cos(x 2 − 3y 5 )
Calculando f xy , temos
∂ ∂f ∂ 3
!
y · sen(x 2 − 3y 5 ) + 2y 3 x 2 cos(x 2 − 3y 5 ) =
f xy (x, y) = (x, y) =
∂y ∂x ∂y
Analogamente,
∂ ∂f ∂
!
3xy 2 · sen(x 2 − 3y 5 ) − 15x y 7 cos(x 2 − 3y 5 ) =
f yx (x, y) = (x, y) =
∂x ∂y ∂x
4.28 Encontre a equação do plano tangente ao gráfico da função f : R2 7→ R tal que f (x, y) =
3x 2 − 8y 2 no ponto (5, 7).
107
e
∂f
(x, y) = −16y
∂y
são contínuas ∀ (x, y) ∈ R2 , a equação do plano tangente no ponto (5, 7) fica determinada por
∂f ∂f
z − f (5, 7) = (5, 7)(x − 5) + (5, 7)(y − 7),
∂x ∂y
o que implica
z + 317 = 30(x − 5) − 112(y − 7)
2x + y
4.29 Determine uma aproximação linear para a função f (x, y) = no ponto (−3, −5).
x2 + y2
Solução: Inicialmente, vamos determinar as derivadas parciais de f no ponto (−3, −5). Temos
Como as derivadas parciais de f existem e são contínuas em qualquer disco que não contem a
origem O = (0, 0), A equação do plano tangente ao gráfico de f no ponto (−3, −5) é dada por
7 3
z = − f (−3, −5) − (x + 3) + (y + 5).
289 34
Se consideramos a função g(x, y) = z, temos que tal função é linear e, além disso, f (x, y) → g(x, y)
quando (x, y) → (−3, −5). Assim, g é uma aproximação linear para f , sendo a aproximação tanto
melhor quanto menor for a distância entre (x, y) e (−3, −5).
∂f
4.30 Dada a função f : R2 7→ R tal que f (x, y) = x 2 y cos(x yπ), calcule (−2, 1) e
∂x
∂f
(−2, 1) e interprete estes números como inclinações.
∂y
Solução: Temos,
∂f
(x, y) = 2x y cos(x yπ) + x 2 y(−yπ sen(x yπ)).
∂x
108
Assim,
∂f
(−2, 1) = −4 cos(−2π) + 4(−π sen(−2π)) = −4.
∂x
Se θ é o ângulo no sentido anti-horário, formado pelo plano xy e a reta tangente ao gráfico de f no
ponto (-2,1), contida no plano y = 1, então θ = −arctg(4).
Similarmente,
∂f
(x, y) = x 2 cos(x yπ) + x 2 y(−xπ sen(xyπ)).
∂y
Assim,
∂f
(−2, 1) = 4 cos(−2π) + 8π sen(−2π) = 4.
∂y
Se α é o ângulo no sentido anti-horário, formado pelo plano x y e a reta tangente ao gráfico de f no
ponto (-2,1), contida no plano x = −2, então α = arctg(4).
2
4.31 Dada a função f (x, y) = e xy (x 3 − 2x 2 y + y − 1), estude o sinal da função g : R 7→ R tal
∂f
que g(x) = (x, 1), e a partir destas informações, esboce a interseção do gráfico de f com o plano
∂x
y = 1.
Solução: Temos,
∂f 2 2
(x, y) = y 2 e x y (x 3 − 2x 2 y + y − 1) + e xy (3x 2 − 4x y).
∂x
∂f
g(x) = (x, 1) = e x (x 3 − 2x 2 ) + e x (3x 2 − 4x)
∂x
= e x (x 3 + x 2 − 4x)
= xe x (x 2 + x − 4)
Para estudar o sinal de g, devemos estabelecer para quais valores de x temos g(x) = 0, g(x) < 0 e
g(x) > 0. Vejamos:
Se g(x) = 0 então xe x (x 2 + x − 4) = 0 ⇒
xe x = 0 (12)
ou
x2 + x − 4 = 0 (13)
(12) ⇒ x = 0. De (13) temos,
√ √
−1 ± 1 − 4 · 1 · (−4) −1 ± 17
x= =
2·1 2
.
109
√ √
−1− 17 −1+ 17
Analisando os sinais destas expressões, vemos que g(x) ≥ 0 ∀ x ∈ I1 = 2 , 0 ∪ 2 , +∞
e g(x) < 0 ∀ x ∈ I1c = R − I1 .
110
4.32 Dada a função f (x, y) = e xy cos(2x − y), usando a regra da cadeia, determine:
∂f
(a) , se x(t) = 3t 2 − 1 e y(t) = 2t + 1.
∂t
Solução:
∂f ∂ f dx ∂ f dy
= · + ·
∂t ∂ x dt ∂ y dt
= (ye xy cos(2x − y) − e xy sen(2x − y)2) · 6t + (xe xy cos(2x − y)
+ e x y sen(2x − y)) · 2
= e x y [cos(2x − y)(y · 6t + 2x) − sen(2x − y)(2 · 6t − 2)]
= 2e xy [cos(2x − y)(y · 3t + x) − sen(2x − y)(6t − 1)]
3 +3t 2 −2t−1)
= 2e (6t [cos(6t 2 − 2t − 3)(6t 2 + 3t + 3t 2 − 1)
− sen(6t 2 − 2t − 3)(6t − 1)]
3 +3t 2 −2t−1)
= 2e (6t [cos(6t 2 − 2t − 3)(9t 2 + 3t − 1)
− sen(6t 2 − 2t − 3)(6t − 1)]
∂f
(b) , se x(s, t) = 2t 2 + s3 e y(s, t) = 3st + 1.
∂s
Solução:
∂f ∂ f ∂x ∂ f ∂y
= · + ·
∂s ∂ x ∂s ∂ y ∂s
= (ye xy cos(2x − y) − e x y sen(2x − y)2) · 3s2
+ (xe x y cos(2x − y) + e xy sen(2x − y)) · 3t
= e xy [cos(2x − y)(y · 3s2 + 3t · x) − sen(2x − y)(2 · 3s2 − 3t)]
= 3e x y [cos(2x − y)(y · s2 + t · x) − sen(2x − y)(2 · s2 − t)]
2 +s 3 )(3st+1)
= 3e (2t [cos(2(2t 2 + s3 ) − (3st + 1))(s2 (3st + 1) + t(2t 2 + s3 ))
− sen(2(2t 2 + s3 ) − (3st + 1))(2s2 − t)]
3 +3s 4 t+2t 2 +s 3 )
= 3e (6st [cos(4t 2 + 2s3 − 3st − 1)(4s3t + s2 + 2t 3 ))
− sen(4t 2 + 2s3 − 3st − 1)(2s2 − t)]
4.33 Em cada um dos itens anteriores, substitua as funções x e y, obtenha g(t) = f (x(t), y(t))
dg ∂h
e h(s, t) = f (x(s, t), y(s, t)), e calcule e .
dt ∂s
Comparando com os resultados obtidos no problema 1, o que você pode notar?.
111
Solução: Temos
2 −1)(2t+1)
g(t) = f (x(t), y(t)) = e (3t cos(2(3t 2 − 1) − (2t + 1)).
Logo,
3 +3t 2 −2t−1)
g(t) = e (6t cos(6t 2 − 2t − 3)
e assim
dg 3 2
= (18t 2 + 6t − 2)e (6t +3t −2t−1) cos(6t 2 − 2t − 3)
dt
3 2
− e (6t +3t −2t−1) sen(6t 2 − 2t − 3)(12t − 2)
3 +3t 2 −2t−1)
= 2e (6t [(9t 2 + 3t − 1) cos(6t 2 − 2t − 3)
− (6t − 1) sen(6t 2 − 2t − 3)]
Então,
3 +3s 4 t+2t 2 +s 3 )
h(s, t) = e (6st cos(4t 2 + 2s3 − 3st − 1)
e assim
∂h 3 4 2 3
= (6t 3 + 12s3t + 3s2 )e (6st +3s t+2t +s ) cos(4t 2 + 2s3 − 3st − 1)
∂s
3 4 2 3
− e (6st +3s t+2t +s ) sen(4t 2 + 2s3 − 3st − 1)(6s2 − 3t)
3 +3s 4 t+2t 2 +s 3 )
= 3e (6st [(2t 3 + 4s3t + s2 ) cos(4t 2 + 2s3 − 3st − 1)
− (2s2 − t) sen(4t 2 + 2s3 − 3st − 1)
4.34 Se z = f (x, y) tem derivadas parciais de segunda ordem contínuas, e x(u, v) = 2u2 − v e
∂2 f
y(u, v) = 3uv 2 , determine .
∂u2
112
∂f
Solução: Inicialmente, vamos determinar . Temos:
∂u
∂f ∂ f ∂x ∂ f ∂y
= · + ·
∂u ∂ x ∂u ∂ y ∂u
∂f ∂f
= · 4u + · 3v 2
∂x ∂y
Então,
∂2 f ∂ ∂f
!
=
∂u2 ∂u ∂u
∂ ∂f ∂f
!
2
= · 4u + · 3v
∂u ∂x ∂y
∂ ∂f ∂ ∂f
! !
2
= · 4u + · 3v
∂u ∂x ∂u ∂ y
∂ ∂f ∂f ∂ ∂ ∂f ∂ f ∂ 2
! !
= · 4u + (4u) + · 3v 2 + 3v
∂u ∂x ∂ x ∂u ∂u ∂ y ∂ y ∂u
∂ ∂f ∂f ∂ ∂f
! !
= · 4u + 4 + · 3v 2
∂u ∂x ∂ x ∂u ∂ y
∂f ∂f
Como e também são funções de u e v, precisamos aplicar a regra da cadeia a estas
∂x ∂y
funções. Assim,
∂ ∂f ∂2 f ∂ x ∂2 f ∂ y ∂2 f ∂2 f
!
= · + · = · 4u + · 3v 2 (14)
∂u ∂ x ∂ x ∂u ∂ y∂ x ∂u ∂ x
2 2 ∂ y∂ x
e
∂ ∂f ∂2 f ∂ x ∂2 f ∂ y ∂2 f ∂2 f
!
= · + 2 · = · 4u + 2 · 3v 2 (15)
∂u ∂ y ∂ x∂ y ∂u ∂ y ∂u ∂ x∂ y ∂y
Portanto,
∂2 f ∂ ∂f ∂f ∂ ∂f
! !
= · 4u + 4 + · 3v 2
∂u2 ∂u ∂ x ∂ x ∂u ∂ y
∂2 f ∂2 f ∂f ∂2 f ∂2 f
! !
2
= · 4u + · 3v · 4u + 4 + · 4u + 2 · 3v · 3v 2
2
∂x 2 ∂ y∂ x ∂ x ∂ x∂ y ∂y
∂2 f ∂2 f
Pelo teorema de Clairaut, = , então
∂ y∂ x ∂ x∂ y
∂2 f ∂2 f ∂2 f ∂f ∂2 f ∂2 f
! !
2
= · 4u + · 3v · 4u + 4 + · 4u + 2 · 3v · 3v 2
2
∂u2 ∂ x2 ∂ x∂ y ∂x ∂ x∂ y ∂y
2
∂ f 2
∂ f ∂f 2
∂ f ∂2 f
2 2 2
= · 16u + · 12uv + 4 + · 12uv + · 9v 4
∂x 2 ∂ x∂ y ∂ x ∂ x∂ y ∂y 2
2
∂ f 2
∂ f 2
∂ f ∂f
= · 16u2 + 2 · 9v 4 + · 24uv 2 + 4
∂x 2 ∂y ∂ x∂ y ∂x
113
4.35 Dada a função F (x, y, z) = 10x 2 − 3y 2 + 4z 2 , determine as equações do plano tangente
à superfície de nível F (x, y, z) = 2 no ponto (−1, 2, −1) e a equação da reta normal à esta superfície
no mesmo ponto.
Como,
Fx (x, y, z) = 20x ⇒ Fx (−1, 2, −1) = −20,
Fy (x, y, z) = −6y ⇒ Fy (−1, 2, −1) = −12,
Fz (x, y, z) = 8z ⇒ Fz (−1, 2, −1) = −8,
A equação do plano tangente à superfície de nível 10x 2 − 3y 2 + 4z 2 = 2 no ponto (−1, 2, −1) é dada
por
20(x + 1) + 12(y − 2) + 8(z + 1) = 0.
Observe que a reta normal à superfície F (x, y, z) = 2 no ponto (−1, 2, −1) tem a mesma direção
do vetor diretor do plano tangente neste ponto. Portanto, a equação paramétrica da reta normal é
dada por
r (t) = (−1, 2, −1) + t(20, 12, 8).
Como a função u(x, y) = sec2 (x y) é a composta de funções contínuas, tal função é contínua
no conjunto D f . Além disso, o produto de funções contínuas é uma função contínua. Portanto, as
derivadas parcias de f são contínuas, e assim f é diferenciável.
114
4.37 Determine o conjunto dos pontos em que a função
x y3
se (x, y) , (0, 0)
f (x, y) = 2 + y2
x
0
se (x, y) = (0, 0)
é diferenciável.
y2
pois g(x, y) = é limitada e lim xy = 0. Assim, vamos estudar a continuidade das
x2 + y2 (x,y)→(0,0)
derivadas parciais de f :
∂f y 3 (x 2 + y 2 ) − 2x · y 3 x y 3 (−x 2 + y 2 )
(x, y) = = ,
∂x (x 2 + y 2 ) 2 (x 2 + y 2 ) 2
e
∂f 3xy 2 (x 2 + y 2 ) − 2y · y 3 x 3y 2 x 3 + xy 4
(x, y) = = .
∂y (x 2 + y 2 ) 2 (x 2 + y 2 ) 2
Como as derivadas parciais de f são quocientes de polinômios, elas são contínuas em R2 − {(0, 0)}.
Vamos verificar a continuidade em (0, 0).
∂f y 3 (y 2 − x 2 ) y2 y2 − x2
lim (x, y) = lim = lim y· · = 0,
(x,y)→(0,0) ∂x (x,y)→(0,0) (x 2 + y 2 ) 2 (x,y)→(0,0) x2 + y2 x2 + y2
y2 y2 − x2
pois g(x, y) = e h(x, y) = são limitadas e lim y = 0.
x2 + y2 x2 + y2 (x,y)→(0,0)
Analogamente,
115
∂f 3y 2 x 3 + xy 4 y2 y 2 + 3x 2
lim (x, y) = lim = lim x · 2 · = 0,
(x,y)→(0,0) ∂y (x,y)→(0,0) (x 2 + y 2 ) 2 (x,y)→(0,0) x + y2 x2 + y2
y2 y 2 + 3x 2
pois g(x, y) = e j (x, y) = são limitadas e lim x = 0.
x2 + y2 x2 + y2 (x,y)→(0,0)
∂F
dy ∂x 6x y − 1
= − ∂F =− 2 .
dx ∂y
3x + 2 cos 2y
116
∂F
(x, y) = 3e2x+3y+z + 6xz
∂y
e
∂F
(x, y) = e2x+3y+z + 6x y.
∂z
Assim, F é de classe C 1 , pois suas derivadas parciais são soma de funções contínuas. Como
∂F
F (0, 0, 0) = 0 e (0, 0, 0) , 0, pelo teorema das funções implícitas, a equação F (x, y, z) = 0 define
∂z
implicitamente uma função z = z(x, y) satisfazendo z(0, 0) = 0 e F (x, y, z(x, y)) = 0 para (x, y)
pertencendo a um aberto de R2 contendo (0, 0), e
∂F
∂z ∂x 2e2x+3y+z + 6yz
= − ∂F = − 2x+3y+z
∂x ∂z
e + 6x y
∂F
∂z ∂y 3e2x+3y+z + 6xz
= − ∂F = − 2x+3y+z .
∂y ∂z
e + 6x y
4.40 Determine as equações das retas que sejam tangentes à elipse 2x 2 + y 2 = 3 e paralelas à
reta 2x + y = 7.
Solução: Sejam r 1 e r 2 as retas procuradas tangentes à elipse. Sabemos que estas retas têm a
mesma direção de sua paralela s, dada por s : 2x + y = 7. Vamos escrever esta última em forma
paramétrica:
2x + y = 7 ⇒ y = −2x + 7,
então
s(x) : (x, −2x + 7) ⇒ s(x) : (0, 7) + x(1, −2).
Logo, a direção de r 1 e r 2 também é dada pelo vetor (1, −2). Seja (x 0, y0 ) um ponto de tangência.
Se F (x, y) = 2x 2 + y 2 , então, pela regra da cadeia, o vetor gradiente de F é ortogonal à todo curva
contida na curva de nível F (x, y) = 3. Em particular,
∇F (x 0, y0 ) · (1, −2) = 0.
Portanto,
(4x 0, 2y0 ) · (1, −2) = 0 ⇒ 4x 0 − 4y0 = 0 ⇒ x 0 = y0 .
2x 20 + y02 = 3 ⇒ 2x 20 + x 20 = 3 ⇒ x 0 = ±1.
117
Assim, as equações das retas procuradas são dadas por:
4.41 Determine as equações das retas que sejam tangentes à curva x 2 + xy + y 2 = 7 e paralelas
à reta 4x + 5y = 13.
Solução: Este problema poderia ser resolvido exatamente com o mesmo método do problema
anterior, mas vamos aplicar aqui o teorema das funções implícitas e assim explorar uma nova técnica.
Seja F (x, y) = x 2 + x y + y 2 − 7. Temos,
∂F
(x, y) = 2x + y,
∂x
e
∂F
(x, y) = 2y + x.
∂y
Logo, F é de classe C 1 , pelo teorema das funções implícitas, para qualquer ponto (a, b) com
∂F
F (a, b) = 0 e (a, b) , 0 a equação F (x, y) = 0 define implicitamente uma função y = y(x) na
∂y
vizinhança de a com y(a) = b e
∂F
dy ∂x 2x + y
= − ∂F =− .
dx ∂y
2y + x
Sejam r 1 e r 2 as retas procuradas tangentes à curva F (x, y) = 0. Sabemos que estas retas têm
o mesmo coeficiente angular de sua paralela s, dada por 4x + 5y = 13 ⇒ y = − 45 x + 13 5 . Então,
devemos encontrar os pontos (a, b) pertencentes à curva F (x, y) = 0 tais que
dy 4
(a, b) = − .
dx 5
Assim,
2a + b 4
− = − ⇒ 10a + 5b = 8b + 4a ⇒ 2a = b.
2b + a 5
De F (a, b) = 0 temos
a2 + ab + b2 − 7 = 0 ⇒ a2 + 2a2 + 4a2 = 7 ⇒ a = ±1
118
e
4
y + 2 = − (x + 1).
5
4.42
f (x 0 + ha, y0 + hb) − f (x 0, y0 )
Du f (x 0, y0 ) = lim
h→0 h
se esse limite existir.
119
(c) Seja f (x, y) = x 2 + y 2 . Usando a definição, calcule a derivada direcional de f no ponto (1,1)
1 1
!
e na direção do vetor → −u = − √ , √ .
2 2
f (x 0 + ha, y0 + hb) − f (x 0, y0 )
Du f (1, 1) = lim
h→0 h
f (1 − √ h, 1 + √1 h) − f (1, 1)
1
2 2
= lim
h→0 h
h2
2h 2h h2
1− √
+ 2 +1+ √
+ 2−2
2 2
= lim
h→0 h
h2
= lim
h→0 h
= 0.
4.43
Du f = ∇ f →
−u
120
(c) Considere f (x, y) = x 2 + x y. Calcule a derivada direcional de f no ponto (1, 2) e na direção
do vetor →
−u = (3, 4).
→
−
−v = u = 3 , 4 .
!
→
||→
−u || 5 5
3 4 3 4 16
! !
Du f (1, 2) = ∇ f (1, 2) , = (4, 1) , = .
5 5 5 5 5
121
Cálculo II
Integrais múltiplas
Plano
Tópicos abordados nos exercícios
Tópicos 122
• Definição e cálculo de integrais duplas e triplas;
Dicas 127
Conteúdos essenciais para a resolução dos
Respostas 128
exercícios
• Integral de funções de uma variável em um intervalo fe-
chado;
• Teorema Fundamental do Cálculo para funções de uma
variável;
• Mudança de Variável na integral de uma função de uma
variável;
• Coordenadas Polares.
122
Métodos e Técnicas
Exercícios 5.4(b)
Exercícios 5.4(a)
123
Enunciado dos Exercícios
124
(b) Use coordenadas polares para calcular o volume do sólido
limitado acima por z = 16 − x 2 − y 2 e abaixo por x 2 +
p
y 2 ≤ 4;
1 Z
Z Z x xy
(c) Calcule a integral tripla iterada x dz dy dx;
0 0 0
4x 2 + 4y 2 + z 2 = 16.
125
•••◦ 5.7 Calcule a integral dada, colocando-a em coordenadas po-
lares:
Z Z
(a) x 2 ydA, onde D é a metade superior do disco com
D
centro na origem e raio 5;
Z Z
(b) sen(x 2 + y 2 )dA, onde R é a região do primeiro qua-
R
drante entre os círculos com centro na origem e raios 1 e
3.
Z Z Z 1 Z 2y Z 3 Z 3−y
f (x, y)dA = f (x, y)dxdy+ f (x, y)dxdy
D 0 0 1 0
126
Sugestões
5.2 Para a resolução das alternativas da 5.6 Esboçe a região de integração e analise
questão esboce as regiões para encontrar os a intersecção da mesma com os eixos para
limites de integração e, se necessário, faça assim, obter os limite de integração.
mudança de variável para resolver as inte-
grais. Use o teorema de Fubini 5.7 Lembre-se que.
127
Respostas
3
= .
16
128
5.2 Escreva a integral dupla nas duas ordens de integração e use a mais conveniente para
calcular a integral . Esboce a região de integração.
ZZ
y
(a) dA, R : triângulo limitado por y = x, y = 2 x e x = 2;
R x2 + y2
Note que,
ZZ 2
Z Z 2x
y y
dA = dydx
R x + y2
2
0 x x2 + y2
ZZ 2
Z Z y 4
Z Z 2
y y y
dA = dxdy + dxdy.
R x + y2
2
0 y/2 x + y2
2
2 y/2 x2 + y2
Fazendo u = x 2 + y 2 tem-se du = 2 y du e
2 2x
1 2 2x du
Z Z Z Z
y
dydx = dx
0 x x2 + y2 2 0 x u
1 2 1 2
Z Z
2x 2x
= ln(u) dx =
ln(x 2 + y 2 ) dx
2 0 x 2 0 x
1 2
Z
= ln(5x 2 ) − ln(2x 2 ) dx
2 0
!Z 2
1 5 1 5 2
!
= ln dx = ln x
2 2 0 2 2 0
5
!
= ln .
2
ZZ
(b) −2y e x dA, R : região limitada por y = 4 − x 2 e y = 4 − x;
R
129
Os pontos de interseção são determinados fazendo-se
4 − x 2 = 4 − x ⇒ x − x 2 = 0 ⇒ x · (1 − x) = 0 ⇒ x = 0 ou x = 1.
Portanto os pontos de interseção são (0, 4) e (1, 3). Dessa forma,
ZZ Z Z1 4−x 2
−2ye dA =
x
−2ye x dydx,
R 0 4−x
√
ZZ Z Z4 4−y
−2ye x dA = −2ye x dxdy.
R 3 4−y
Vamos calcular agora a integral dupla,
1 4−x 2
Z Z Z 1 4−x 2
e x − y 2
−2ye dydx =
x
dx
0 4−x 0 4−x
Z 1
e x −(4 − x 2 ) 2 + (4 − x) 2 dx
=
0
Z 1
−8xe x + 9x 2 e x − x 4 e x dx
=
0
Z 1 Z 1 Z 1
2 x
= − 8xe dx + x
9x e dx − x 4 e x dx.
0 0 0
Vamos agora, usar a técnica da integração por partes para cada uma das integrais acima:
Z 1 Z 1
1 1
− 8xe dx = 8xe −
x x 8e x dx = −8e + 8e x = −8,
0 0 0 0
Z 1 1
Z 1
2 x
9x e dx = 9x 2 e x − 18xe x dx
0 0 0
Z 1
= 9e − 18xe x dx
0
1
Z 1 !
= 9e − 18xe x − 18e dxx
0 0
1
= −9e + 18e x
0
= 9e − 18
130
Z 1 1
Z 1 !
4 x
− x e dx = − x 4 e x − 3 x
4x e dx
0 0 0
Z 1
= −e + 4x 3 e x dx
0
1
Z 1
= −e + 4x 3 e x − 12x 2 e x dx
0 0
1
Z 1 !
= −e + 4e − 12x 2 e x − 24xe dx
x
0 0
Z 1
= 3e − 12e + 24xe x dx
0
1
Z 1 !
= −9e + 24xe x − 24e dx x
0 0
1
= −9e + 24e − 24e x
0
= 24 − 9e
Portanto,
1
Z Z 4−x 2
−2ye x dydx = −8 + 9e − 18 + 24 − 9e = −2
0 4−x
ZZ √
(c) x dA, R : setor circular limitado por y = 25 − x 2 , 3x + 4y = 0 e y = 0.
R
√
ZZ Z −4 Z 25−x 2 Z 0 Z −3x/4
x dA = x dy dx + x dy dx
R −5 0 −4 0
ZZ 3
Z Z −4y/3
x dA = √ x dx dy.
R 0 − 25−y 2
131
Calculando, tem-se:
3 3 −4y/3
−4y/3
x 2
Z Z Z
√ x dx dy = dy
2 −√25−y2
0 − 25−y 2 0
3
1 16 2
Z
= y − (25 − y 2 ) dy
2 0 9
3
1 25 2 1 25 3
Z ! !
3
= y − 25 dy = y − 25y
2 0 9 2 27 0
25
= (1 − 3) = −25.
2
ZZ √
(d) (x + y) dA, R : semicírculo limitado por y = 4 − x 2 e y = 0.
R
√
ZZ Z 2Z 4−x 2
(x + y) dA = (x + y) dydx,
R −2 0
√
ZZ 2
Z Z 4−y 2
(x + y) dA = √ (x + y) dxdy.
R 0 − 4−y 2
Dessa forma,
√ √
2Z 4−x 2 ! 4−x 2
2
y2
Z Z
(x + y) dydx = xy + dx
−2 0 −2 2 0
Z 2 p
x2
!
= x 4−x +2−2 dx
−2 2
Z 2 p Z 2 2
x2
Z
= x 4 − x 2 dx + 2 dx − dx.
−2 −2 −2 2
132
Assim, √
2Z 4−x 2 ! 2
x3 = 8 1 − 1 = 16 .
Z !
(x + y) dydx = 2x −
−2 0 6
−2 3 3
assim,
Z 2πZ √
ZZ 5
(x 2 + y 2 ) dA = (r cos θ) 2 + (rsenθ) 2 r dr dθ
f g
R 0 1
√ √
Z 2πZ 5 2π Z 2π 4 5
3 r
= r dr dθ = dθ = 6θ = 12π.
0 1 0 4 1 0
(b) Use coordenadas polares para calcular o volume do sólido limitado acima por z = 16 − x 2 − y 2
p
e abaixo por x 2 + y 2 ≤ 4;
Solução: o volume do sólido é dado por:
ZZ q Z 2πZ 2q
V= 2 2
16 − x − y dA = 16 − (r cos θ) 2 − (rsenθ) 2 r dr dθ
R 0 0
Z 2πZ 2 p
= r 16 − r 2 dr dθ.
0 0
Fazendo u = 16 − r 2 , du = −2 r dr tem-se
1 2π 16 1/2 1 2π 3/2 16
Z Z Z
V = u du dθ = u dθ
2 0 12 3 0 12
Z 2π
1 p 3 p 3 2π p 3 p 3
= ( 16 − 12 ) dθ = ( 16 − 12 )
3 0 3
2π √ 16π √
= (16.4 − 24 3) = (8 − 3 3).
3 3
133
1 Z
Z Z x xy
(c) Calcule a integral tripla iterada x dz dy dx;
0 0 0
Solução: Integrando primeiro em relação a z, depois y e por último em relação a x obtemos:
1 Z
Z Z x xy xy 1
Z Z
Z Z1 x x
x dz dy dx = x z dy dx = x 2 y dy dx
0 0 0 0 0 0 0 0
Z 1 x 1 4
y 2
! Z
x
= x2 dx = dx
0 2 0 0 2
1
x 5 1
= = .
10 0 10
4x 2 + 4y 2 + z 2 = 16.
Logo, √
2Z 4−x 2 √
4−x 2 −y 2
Z 2
V = 8 z dy dx
0 0 0
√
Z 2Z 4−x 2 q
= 16 4 − x 2 − y 2 dy dx
0 0
√
Z 2 !! 4−x 2
y
q
= 8 y 4 − x 2 − y 2 + (4 − x 2 )arcsen √ dx
0 4 − x 2 0
Z 2 π Z 2
2
π
= 8 0 + (4 − x ) − 0 dx = 8 (4 − x 2 ) dx
0 2 0 2
!2
x 3 8 64π
!
= 4 π 4x − = 4π 8 − = .
3 0 3 3
134
(a) Usando coordenadas cilíndricas, calcule a integral tripla
Z 2 Z √4−x 2 Z 4
√ x dz dy dx;
−2 − 4−x 2 x 2 +y 2
Portanto, temos
√
Z 2Z 4−x 2 Z 4 Z 2πZ Z
2 4
√ x dz dy dx = r 2 cos θ dz dr dθ
−2 − 4−x 2 x 2 +y 2 0 0 r2
Z 2πZ 2 4
= r 2 cos θ z 2 dr dθ
0 0 r
Z 2πZ 2
= r 2 cos θ(4 − r 2 ) dr dθ
0 0
Z 2πZ 2
= cos θ(4r 2 − r 4 ) dr dθ
0 0
2π !2
4r 3 r 5
Z
= cos θ − dθ
0 3 5 0
√
2Z 4−x 2 4 2π
1 1
Z Z Z !
√ x dz dy dx = 25 cos θ − dθ
−2 − 4−x 2 x 2 +y 2 0 3 5
2π
26 26
Z
2π
= cos θdθ = sen(θ)
15 0 15 0
= 0.
(b) Usando coordenadas esféricas, calcule o volume do sólido limitado acima pela esfera x 2 + y 2 +
z 2 = 9 e abaixo pelo cone z 2 = x 2 + y 2 , z ≥ 0.
Solução: O centro da esfera dada e o vértice do cone é o ponto (0, 0, 0), fazendo
x = ρ senφ cos θ
y = ρ senφ senθ
z = ρ cos φ
135
teremos a equação da esfera dada por,
x2 + y2 + z2 = 9
( ρ senφ cos θ) 2 + ( ρ senφ senθ) 2 + ( ρ cos φ) 2 = 9
ρ2 sen2 φ + ρ2 cos2 φ = 9
ρ2 = 9
π
Z 4 2π
V = 9 (− cos φ) dθ
0 0
√ Z 2π
2+
= 9 *1 − dθ
, 2 - 0
√
= 9π(2 − 2).
Z 4Z 2
(a) (6x 2 − 2x)dydx.
1 0
136
Z 4Z 2 Z 4 "Z 2 #
2 2
(6x − 2x)dydx = (6x − 2x)dy dx
1 0 1 0
Note que,
Z 2 2
(6x 2 − 2x)dy = (6x 2 y − 2x y) = 12x 2 − 4x
0 0
Logo,
Z 4 4
(12x 2 − 4x)dx = (4x 3 − 2x 2 ) = 4.43 − 2.42 − 2 = 222
1 1
Portanto,
Z 4Z 2
(6x 2 − 2x)dydx = 222
1 0
Z 1Z 1 q
(b) x y x 2 + y 2 dydx.
0 0
Z 1Z 1 q Z 1 "Z 1 q #
xy x2 + y 2 dydx = x y x2 + y 2 dy dx
0 0 0 0
Como,
∂ 2 3
q
3 1
(x + y 2 ) 2 = .(x 2 + y 2 ) 2 .2y = 3y x 2 + y 2
∂y 2
1 1 1 "q
1 2
Z q #
2 32 3
y x2 + y 2 dy = (x + y ) = 2 3
(x + 1) − x
0 3 0 3
Segue que,
1 1 1
1 1 1
Z q ! Z q Z
3
x (x 2 + 1) 3 −x dx = x (x 2 + 1) 3 dx − x 4 dx
3 0 3 0 3 0
Como
∂ 2 5 2
q
5 3
(x + 1) = .(x + 1) .2x = 5x (x 2 + 1) 3
2 2
∂x 2
1 #1
1 1 1 1 p 5 1 f √
Z q "
5
2 3 2
g
x (x + 1) dx = (x + 1) 2 = 2 −1 = 4 2−1 . (1)
3 0 3 5 0 15 15
137
Por outro lado,
1 " #1
1 1 x5 1
Z
4
− x =− =− (2)
3 0 3 5 0 15
1Z 1
√ √
4 2 2 2(2 2 − 1)
Z q
xy x2 + y 2 dydx = − = .
0 0 15 15 15
Iremos dividir em duas regiões de integral, calcular a integral dupla das mesmas e somá-las.
Assim, segue que
Z 1Z 2 Z 1 "Z 2 #
3 3
A1 = y dydx = y dy dx
0 2−x 0 2−x
2 #2
y4 16 − (2 − x) 4
Z "
3
y dy = =
2−x 4 2−x 4
Isso implica que,
138
1 1 #1
16 − (2 − x) 4 1 1 (2 − x) 5 49
Z Z "
4
dx = (16 − (2 − x) )dx = 16x + =
0 4 4 0 4 5 0 20
Z 3Z 2 Z 3 Z 2
3
A2 = y dydx = y 3 dy dx
1 x+1
2 1 x+1
2
Segue que
!4
x+1
2 #2 16 −
y4 2
Z "
3
y dy = =
x+1
2
4 x+1 4
2
5 3
x+1 4
3 * 16 − 3 !4 2 x+1
1 + 1 1 = 49
Z Z
2 x 2
/ dx = 4 *16 − + dx = 16x −
.. +/
1 4 1 2 4 5 10
, - , - 1
Portanto,
49 49 147
Z Z
y 3 dA = A1 + A2 = + =
D 20 10 20
Z Z
(b) x cos ydA onde D é limitada por y = 0, y = x 2, x = 1.
D
D = {0 ≤ x ≤ 1, 0 ≤ y ≤ x 2 }
Z Z Z 1 Z x2 Z 1 Z x 2
x cos ydA = x cos ydydx = x cos ydy dx
D 0 0 0 0
Z x2 Z x2 x2
x cos ydy = x cos ydy = x seny = xsenx 2
0 0 0
139
Segue que
1 1 cos u 1 1 − cos 1
1
Z Z
2
xsenx dx = sen(u)du = − =
0 2 0 2 0 2
Portanto,
1 Z x2
1 − cos 1
Z Z Z
x cos ydA = x cos ydydx = .
D 0 0 2
∂(x, y)
x = r cos θ ; y = rsenθ ; =r
∂(r, θ)
onde
Drθ = {0 ≤ r ≤ 5; 0 ≤ θ ≤ π}
Z Z Z π Z 5 Z π "Z 5 #
2 4 2 4 2
x ydA = r cos θsenθdr dθ = r cos θsenθdr dθ
D 0 0 0 0
5 5 #5
r5
Z Z "
4 2 2 4 2
r cos θsenθdr = cos θsenθ r dr = cos θsenθ = 625 cos2 θsenθ
0 0 5 0
Daí,
π π #π
cos3 θ 1250
Z Z "
2 2
625 cos θsenθdθ = 625 cos θsenθdθ = 625 − =
0 0 3 0 3
140
Portanto,
1250
Z Z Z Z
2
x ydA = r 4 cos2 θsenθdr dθ =
D Dr θ 3
Z Z
(b) sen(x 2 + y 2 )dA, onde R é a região do primeiro quadrante entre os círculos com centro
R
na origem e raios 1 e 3.
π
Rrθ = 1 ≤ r ≤ 3; 0 ≤ θ ≤
2
Assim, teremos que
π π
Z
2
Z 3 Z
2
"Z 3 #
2 2
rsenr dr dθ = rsenr dr dθ
0 1 0 1
3 9 9 cos 1 − cos 9
1
Z Z
2
rsenr dr = sen(u)du = − cos u =
1 2 1 1 2
Segue que
π π π
cos 1 − cos 9 cos 1 − cos 9 cos 1 − cos 9 2 π
Z Z
2 2
dθ = dθ = θ = [cos 1 − cos 9].
0 2 2 0 2 0 4
5.8 No cálculo de uma integral dupla sobre uma região D, obtivemos uma soma de integrais
iteradas como o que segue
Z Z Z 1 Z 2y Z 3 Z 3−y
f (x, y)dA = f (x, y)dxdy + f (x, y)dxdy
D 0 0 1 0
Esboce a região D e expresse a integral dupla como uma integral iterada com ordem de integração
contrária.
141
Portanto, invertendo a ordem de integração, obteremos
Z 2 Z 3−x
f (x, y)dydx
0 x
2
√
Z 3Z 9−x 2
(a) sen(x 2 + y 2 )dydx.
−3 0
p
D = {−3 ≤ x ≤ 3; 0 ≤ y ≤ 9 − x2 }
142
Assim, fazendo a mudança para coordenadas polares, obteremos
Z π Z 3 Z π "Z 3 #
2 2
rsen(r )dr dθ = rsen(r )dr dθ
0 0 0 0
3 #3
1 1
Z "
2
rsen(r )dr = − cos(r 2 ) = (1 − cos 9)
0 2 0 2
Segue que:
π π π
1 1
Z
(1 − cos 9)dθ = (1 − cos 9) θ = (1 − cos 9)
0 2 2 0 2
Z 1 Z √2−y2
(b) (x + y)dxdy.
0 y
q
{y ≤ x ≤ 2 − y 2 ; 0 ≤ y ≤ 1}
143
Logo, usando coordenadas polares, teremos que
√
Z π
4
Z 2 Z π
4
Z √2
(r cos θ + rsenθ)r dr dθ = (r cos θ + rsenθ)r dr dθ
0 0 0 0
√
2 # √2 √
r3 2 2
Z "
(r cos θ + rsenθ)r dr = (cos θ + senθ) = (cos θ + senθ)
0 3 0 3
Portanto,
π √ √ π4 2√2
2 2 2 2
Z
4
(cos θ + senθ)dθ = senθ − cos θ =
0 3 3 0 3
144
Cálculo II
Aplicações
Respostas 154
Conteúdos essenciais para resolução dos
exercícios.
• Derivadas Parciais;
145
Métodos e Aplicações
Exercício 6.19
Exercício 6.24
146
Enunciado dos Exercícios
−→
com proj −→ F~ a projeção de F~ sobre PQ.
PQ
Calcule o trabalho realizado para deslocarmos um carro por 50
metros aplicando-se uma força de 25 N num cabo que faz um
ângulo de 20◦ com a direção horizontal.
147
••◦◦ 6.3 Uma equipe de oceonógrafos está mapeando o fundo do
oceano para ajudar no resgate de um navio afundado. Usando um
sonar, eles desenvolveram o modelo
π y
D(x, y) = 250 + 3 x 2 + 50 sen .
2
com D(x, y) a profundidade e x e y as distâncias em quilômetro.
(a) z = x y, z = 0, y = x e x = 1 no 1◦ octante;
(b) x 2 + z 2 = 1, y 2 + z 2 = 1 no 1◦ octante.
••◦◦ 6.6 A lei dos gases para uma massa fixa m de um gás ideal à
temperatura absoluta T, pressão P e volume V é PV = mRT, onde
R é a constante do gás. Para um dado gás, ao serem coletados
os dados de pressão e volume, admite-se uma margem de erro
de 2,3% para a pressão e 4,2% para o volume. Assim, qual o
percentual máximo de erro para a temperatura?
148
•••◦ 6.7 Se rotacionarmos uma circunferência em torno de um eixo
que não intersecta a mesma, obtemos uma figura espacial chamada
toro. Assim, sejam R a distância do centro da circunferência ao
eixo e r o raio da circunferência. O volume delimitado por tal
superfície é dado por V = 2π 2 Rr 2 . Se uma indústria automotiva
deseja fabricar uma câmara de ar que, quando inflada, possui o
formato de um toro com dimensões R = 30 cm e r = 10 cm, qual
a quantidade aproximada de borracha necessária, se a espessura
da mesma for 2 mm?
∂2 z 2
2∂ z
= a , a constante. (16)
∂t 2 ∂ x2
149
As primeiras tentativas para o estudo do movimento real da corda
foram feitas por, Brook Taylor em 1713, mas a solução geral do
problema foi obtida por d’Alembert (1747), Euler (1748) e Daniel
Bernoulli (1753).
Assim, verifique que qualquer função da forma
150
••◦◦ 6.16 Para produzir determinando produto cuja quantidade é
determinada por z, uma empresa utiliza dois fatores de produção
(insumos) cujas quantidades serão indicadas por x e y. Os preços
unitários dos fatores de produção são, respectivamente, 2 e 1.
O produto será oferecido ao mercado consumidor a um preço
unitário igual a 5. A função de produção da empresa é dada
por z = 900 − x 2 − y 2 + 32x + 41y. Determine a produção que
maximiza o lucro.
151
•◦◦◦ 6.21 Encontre o volume do sólido delimitado pela superfície
π
z = x sec2 y e pelos planos z = 0, x = 0, x = 2, y = 0 e y = .
4
••◦◦ 6.22 Determine o volume do sólido dado
D = {(x, y)|1 ≤ x ≤ 3, 1 ≤ y ≤ 4}
z 2 = 1.
152
Sugestões
6.6 Diferencie a temperatura em relação à 6.21 Observe que devemos integrar a fun-
pressão e ao volume. ção z(x, y) nos intervalos de integração da-
dos.
6.7 Utilize a diferencial de volume em re-
lação ao raio maior e ao raio menor. 6.22 Esboce a região limitada pelas super-
fícies para obter os limites de integração e o
6.8 Utilze a regra da cadeia para encontrar sólido a ser integrado.
a diferencial do volume.
6.23 Use as fórmulas do cálculo de massa
6.9 Utilize a regra da cadeia para encontrar e do centro de massa.
a taxa de variação.
6.24 Esboce a região limitada pelas super-
6.10 Use a regra da cadeia para encontrar fícies para obter os limites de integração e o
as derivadas de segunda ordem. sólido a ser integrado.
6.25 Utilize o teorema de Pitágoras para
6.11 Utilize a regra da cadeia.
encontrar a função densidade.
6.12 Use a fórmula do cálculo da derivada
6.26 Utilize a fórmula.
direcional.
153
Respostas
−→
com proj −→ F~ a projeção de F~ sobre PQ .
PQ
Calcule o trabalho realizado para deslocarmos um carro por 50 metros aplicando-se uma força
de 25 N num cabo que faz um ângulo de 20◦ com a direção horizontal.
Solução:
Note que
F~ = 25 cos(20◦ )~i + 25sen(20◦ ) ~j e PQ
~ = 50~i
dessa forma,
→− ˜ = 50,
||proj −→ F || = 25 cos(20◦ ) e || PQ||
PQ
portanto o trabalho foi
W = 1250 cos(20◦ ) J
(a) Um cilindro anular tem um raio interno R e um raio externo r (veja figura). Seja o momento de
m
inércia dado por I = (R2 +r 2 ) com m a massa. Os dois raios crescem à taxa de 2 centímetros
2
por segundo. Calcule a taxa na qual I varia no instante que os raios são 6 e 8, respectivamente.
154
m dI
Solução: Temos que I = I (R, r) com I = (R2 + r 2 ). Vamos calcular a taxa de variação
2 dt
aplicando a regra da cadeia:
dI ∂I dR ∂I dr dI dR dr
= · + · ⇒ = mR + mr .
dt ∂ R dt ∂r dt dt dt dt
Como a variação dos raios é igual a 2 no instante em que os raios são 6 e 8 segue que
dI dI
= m·8·2+m·6·2⇒ = 28m cm2 /s.
dt dt
(b) A voltagem V em um circuito elétrico decresce lentamente à medida que a pilha se descarrega.
A resistência R aumenta lentamente com o aumento de calor no resistor. Use a lei de Ohm,
V = I.R, para calcular como a corrente I está variando no momento que R = 400Ω, I = 0, 08A,
dV dR
= −0, 01 V/s e = 0, 03 Ω/s.
dt dt
∂I dV ∂I dR 1 dV
!
dI dI V dR
= · + · ⇒ = · + − 2 · .
dt ∂V dt ∂ R dt dt R dt R dt
dI dV dR
Vamos determinar no instante em que R = 400Ω, I = 0, 08A, = −0, 01 V/s e = 0, 03
dt dt dt
Ω/s. Logo,
dI 1 0, 008 dI
= · (−0, 01) − · 0, 03 ⇒ = −3, 1 × 10−5 A/s.
dt 400 400 dt
6.3 Uma equipe de oceonógrafos está mapeando o fundo do oceano para ajudar no resgate de
um navio afundado. Usando um sonar, eles desenvolveram o modelo
π y
2
D(x, y) = 250 + 3 x + 50 sen .
2
com D(x, y) a profundidade e x e y as distâncias em quilômetro.
1
(a) Qual a profundidade do navio se ele está localizado nas coordenadas x = 1 e y = ?;
2
Solução: Como a profundidade é dada pela função D, logo
1 π 1 √
! !
2
D 1, = 250 + 3 · 1 + 50 · sen ⇒ D 1, = 253 + 25 2.
2 4 2
155
(b) Determine o declive do fundo do oceano na direção positiva de x a partir da posição do navio;
Solução: Queremos determinar a derivada direcional de D na direção do vetor u = i no ponto
1, 12 , para isto, determinemos inicialmente o gradiente de D em 1, 12 . Como
πy
∇D(x, y) = 6x i + 25π cos j,
2
daí √
1 25 2π
!
∇D 1, = 6i + j.
2 2
Portanto o declive na direção positiva de x é dado por
∂D 1 1
! !
1, = ∇D 1, ·u
∂u 2 2
√
25 2π +
= *6, · (1, 0) = 6.
, 2 -
(c) Determine o declive do fundo do oceano na direção positiva de y a partir da posição do navio;
Solução: Queremos determinar a derivada direcional de D na direção do vetor u = j no ponto
1, 12 , para isto, determinemos inicialmente o gradiente de D em 1, 21 . No item anterior já
1 1
! !
Du D 1, = ∇D 1, ·u
2 2
√
25 2π +
= *6, · (0, 1)
, √ 2 -
25 2π
=
2
(d) Determine a direção de maior taxa de variação de profundidade a partir da posição do navio.
Encontre o valor da taxa máxima.
Solução: A direção da maior taxa de variação a partir do ponto 1, 21 é dada pelo vetor
∇D 1, 12 que é
√
1 25 2π
!
∇D 1, = 6i + j,
2 2
enquanto que o valor da taxa máxima é dado pela norma do gradiente, assim
r
1
625π 2
!
∇D 1,
= 36 +
2
2
156
6.4 Usando integral dupla, calcule o volume do sólido limitado pelas equações dadas:
(a) z = x y, z = 0, y = x e x = 1 no 1◦ octante;
(b) x 2 + z 2 = 1, y 2 + z 2 = 1 no 1◦ octante.
Solução: Nesta questão, em especial, faremos uso de algumas figuras para que a compreensão seja
maior. As equações dadas descrevem dois semicilindros centrado nos eixos y e x, respectivamente,
como mostra a figura a seguir, com z ≥ 0.
157
como a questão exige no 1◦ octante, teremos a seguinte figura e sua vista superior, respectivamente
podemos observar que esses cilindros se intersectam no plano que contém o eixo z e a bissetriz do
plano Oxy, pois
dessa forma, fica fácil identificar que a região de integração será o quadrado a seguir, dividido pela
bissetriz
1
Z Z y q 1
Z Z x p
V = 2
1 − y dxdy + 1 − x 2 dydx
0 0 0 0
1
Z ! y
q Z 1 p x
= 2
x 1 − y dy +
y 1 − x 2 dx
0 0 0 0
Z 1 q Z 1 p
= 2
y 1 − y dy + x 1 − x 2 dx.
0 0
158
Fazendo u = 1 − y 2 , du = −2y dy, w = 1 − x 2 , dw = −2x dx tem-se
1 1 1/2 1 1 1/2
Z Z
V = u du + w dw
2 0 2 0
1 3/2 1 3/2 1 2
= u + w = .
3 3 0 3
6.5 Usando a diferencial do volume, calcule a quantidade de material necessária para construir
um tambor cilíndrico fechado de 2 m de raio, 5 m de altura e 1 cm de espessura.
V (r, h) = πr 2 h.
A quantidade de material necessária será igual à diferencial do volume dV no ponto (2,5), dada por
∂V ∂V
dV = (2, 5)dr + (2, 5)dh,
∂r ∂h
onde os acréscimos dr e dh são iguais a 1 cm = 0,01 m. Temos,
∂V
(r, h) = 2πr h
∂r
e
∂V
(r, h) = πr 2 .
∂h
Portanto,
∂V ∂V
dV = (2, 5)dr + (2, 5)dh
∂r ∂h
1 1
= 2π · 2 · 5 · + π · 22 ·
100 100
24π
=
100
Logo, a quantidade de material necessária é 0, 24π m3 .
6.6 A lei dos gases para uma massa fixa m de um gás ideal à temperatura absoluta T, pressão
P e volume V é PV = mRT, onde R é a constante do gás. Para um dado gás, ao serem coletados os
dados de pressão e volume, admite-se uma margem de erro de 2,3% para a pressão e 4,2% para o
volume. Assim, qual o percentual máximo de erro para a temperatura?
159
O erro máximo cometido na temperatura é dado pelo diferencial total dT, quando se tem erros
dP = 0, 023P na pressão e dV = 0, 042V no volume. Temos,
∂T V
=
∂P mR
e
∂T P
= .
∂V mR
Portanto,
∂T ∂T
dT = dP + dV
∂P ∂V
V P
= · 0, 023P + · 0, 042V
mR mR
PV
= 0, 065
mR
= 0, 065T
6.7 Se rotacionarmos uma circunferência em torno de um eixo que não intersecta a mesma,
obteremos uma figura espacial chamada toro. Assim, sejam R a distância do centro da circunferência
ao eixo e r o raio da circunferência. O volume de tal superfície é dado por V = 2π 2 Rr 2 . Se em
uma indústria automotiva deseja fabricar uma câmara de ar que, quando inflada, possui o formato
de um toro com dimensões R = 30 cm e r = 10 cm, qual a quantidade de borracha necessária se a
espessura da mesma for 2 mm?
Solução: A quantidade de borracha necessária será obtida de forma aproximada fazendo o raio
r sofrer um acréscimo dr de 0, 2 cm, o que acarretará uma variação dV no volume. Observe que a
distância do centro da circunferência ao eixo permanece constante. Logo, dR = 0. Como
∂V ∂V
dV = (r, R) · dr + (r, R) · dR,
∂r ∂R
então
∂V ∂V ∂V
dV = (10, 30) · 0, 2 + (10, 30) · 0 = (10, 30) · 0, 2.
∂r ∂R ∂r
Temos
∂V ∂V
(r, R) = 4π 2 Rr ⇒ (10, 30) = 4π 2 · 30 · 10 = 1200π 2 .
∂r ∂r
Portanto, a quantidade de borracha necessária é
dV = 1200π · 0, 2 = 240π 2 cm3 .
160
Solução: Como volume do paralelepípedo é dado por V (t) = (c · l · h)(t), no instante t 0 , temos
V (t 0 ) 2880
h(t 0 ) = = = 15 cm.
c(t 0 ) · l (t 0 ) 24 · 8
Pela regra da cadeia, a taxa de variação do volume com relação ao tempo é dada por
dV ∂V dc ∂V dl ∂V dh
= · + · + ·
dt ∂c dt ∂l dt ∂h dt
dc dl dh
= lh · + ch · + cl ·
dt dt dt
Portanto, no instante t = t 0 , temos
dh
792 = 8 · 15 · (−1) + 24 · 15 · 2 + 24 · 8 ·
dt
o que implica
dh 792 + 120 − 720
= = 1, 0 cm/s.
dt 24 · 8
6.9 A temperatura em um ponto (x, y) é T (x, y), medida em graus Celsius. Um inseto rasteja,
√
de modo que sua posição após t segundos é dada por x = 1 + t, y = 2 + 13 t, onde x e y são medidos
em centímetros. A função da temperatura satisfaz Tx (2, 3) = 4 e Ty (2, 3) = 3. Quão rápido a
temperatura aumenta no caminho do inseto depois de três segundos?
√1
!
Solução: Note que T (x, y) = T (x(t), y(t)) = T 1 + t, 2 + t e o que queremos é a derivada
3
de T em relação a t no instante t = 3. Para isso, usaremos a regra da cadeia que é dada por
dT ∂T dx ∂T dy
= + .
dt ∂ x dt ∂ y dt
Temos que
dx 1 dy 1
= √ ; = .
dt 2 1+t dt 3
dT 1 1
(3) = 4. + 3. = 2.
dt 4 3
Portanto, a razão de variação da temperatura ao longo do caminho do inseto aos três segundo é
2◦C/s.
161
6.10 Em física, uma onda é uma pertubação oscilante de alguma grandeza física no espaço e
periódica no tempo. A oscilação espacial é caracterizada pelo comprimento de onda e a periodicidade
do tempo que é medida pela freqüência da onda, que é o inverso de seu período. Estas duas grandezas
estão relacionadas pela velocidade de propagação da mesma.
Dentro do estudo da física, inúmeros problemas aparecem com duas ou mais variáveis independentes,
sendo que um dos modelos matemáticos para o estudo e resolução desses problemas envolve equações
diferenciais parciais. Um exemplo disso é o problema da corda vibrante com extremidades fixas que
consiste na equação diferencial parcial dada por:
∂2 z 2
2∂ z
= a , a constante. (17)
∂t 2 ∂ x2
As primeiras tentativas para o estudo do movimento real da corda foram feitas por, Brook Taylor
em 1713, mas a solução geral do problema foi obtida por d’Alembert (1747), Euler (1748) e Daniel
Bernoulli (1753).
Assim, verifique que qualquer função da forma
∂2 z 2
2∂ z
= a , a constante.
∂t 2 ∂ x2
Considere u = x + at e v = x − at. Assim,
∂z ∂ f ∂u ∂g ∂v ∂ f ∂g
= . + . = .a + .(−a).
∂t ∂u ∂t ∂v ∂t ∂u ∂v
Derivando novamente obteremos
162
∂2 z ∂ ∂f ∂ ∂g
! !
= a + (−a)
∂t 2 ∂t ∂u ∂t ∂v
2
∂ f ∂u ∂ 2 g ∂v
= a 2 + (−a) 2
∂u ∂t ∂v ∂t
2
∂ f 2
∂ g
= a2 2 + a2 2 . (18)
∂u ∂v
∂2 z ∂2 f ∂2g
= + . (19)
∂ x2 ∂u2 ∂v 2
6.11 Se x cresce à razão de 2 polegadas por segundo quando passa pelo valor x = 3 polega-
das, com que velocidade deve variar y quando y = 1 polegada afim de que a função 2xy 2 − 3x 2 y
permaneça constante?
163
∂f ∂f
= 2y 2 − 6x y ; = 4xy − 3x 2 .
∂x ∂y
Da regra da cadeia obtemos
∂f
2y 2 − 6xy
= − ∂x
dy dx
=− .2
dt ∂ f dt 4xy − 3x 2
∂y
4.12 − 12.1.3 32
= − = − .
4.3.1 − 3.32 15
32
Portanto, a variação de y no ponto (3, 1) para que a função permaneça constante é − polegadas
15
por segundo.
6.12 Nas proximidades de uma bóia, a profundidade de um lago em um ponto com coordenadas
(x, y) é z = 200 + 0, 02x 2 − 0, 001y 3 , onde x, y e z são medidos em metros. Um pescador que está
em um pequeno barco parte do ponto (80, 60) em direção à bóia, que está localizada no ponto (0, 0).
A água sob o barco está ficando mais profunda ou mais rasa quando ele começa a se mover? Explique.
Solução: Temos que o pescador está situado no ponto A = (80, 60) e está indo em direção à bóia
−−→
que está no ponto B = (0, 0). Logo, teremos que o vetor AB é dado por
−−→
AB = B − A = (0, 0) − (80, 60) = (−80, −60)
−−→ ! !
−u = AB = p (−80, −60)
→ (−80, −60)
= √ =
−80 −60
, =
−4 −3
, .
−−→ 2 + (−60) 2 10000 100 100 5 5
| AB| (−80)
∂z ∂z
(x, y) = 0, 04x ⇒ (80, 60) = 0, 04.80 = 3, 2
∂x ∂x
∂z ∂z
(x, y) = −0, 003y 2 ⇒ (80, 60) = −0, 003.602 = −10, 8
∂y ∂y
164
Como a função z = 200 + 0, 02x 2 − 0, 001y 3 é diferenciável, então
6.13 Suponha que em uma certa região do espaço o potencial elétrico V seja dado por
V (x, y, z) = 5x 2 − 3xy + x yz.
→− →− → −
(a) Determine a taxa de variação do potencial em P(3, 4, 5) na direção do vetor v = i + j − k .
Solução: Note que, queremos a derivada direcional no ponto P(3, 4, 5) e na direção do versor
de →
−v , Calculemos o versor de →
−v .
→
−
−u = v = p (1, 1, −1) 1 1 −1
!
→ = √ ,√ ,√ .
|→
−v |
12 + 12 + (−1) 2 3 3 3
Por outro lado,
∂V ∂V
(x, y, z) = 10x − 3y + yz ⇒ (3, 4, 5) = 10.3 − 3.4 + 4.5 = 38
∂x ∂x
∂V ∂V
(x, y, z) = −3x + xz ⇒ (3, 4, 5) = −3.3 + 3.5 = 6
∂y ∂y
∂V ∂V
(x, y, z) = x y ⇒ (3, 4, 5) = 3.4 = 12.
∂z ∂z
Como a função V (x, y, z) = 5x 2 − 3xy + x yz é diferenciável, então
Du V = ∇V (3, 4, 5) →
−u
1 1 −1
!
= (38, 6, 12) √ , √ , √
3 3 3
38 + 6 − 12 32
= √ =√ .
3 3
165
32
Portanto, a taxa de variação é √ .
3
(b) Em que direção V varia mais rapidamente em P?
Solução: A direção que V varia mais rapidamente em P é a direção do vetor gradiente o qual
é (38, 6, 12).
Solução: A taxa máxima da variação em P é dada pela norma do vetor gradiente no ponto
dado. Assim, teremos
p √ √
||∇V (3, 4, 5)|| = ||(38, 6, 12)|| = 382 + 62 + 122 = 1624 = 2 406.
∂f
= 2x + 3y − 6 = 0
∂x
∂f
= 3x + 8y + 2 = 0.
∂y
2x + 3y − 6 = 0 ⇒
−6x − 9y = −18 −22
6x + 16y = −4 ⇒ 7y = −22 ⇒ y = 7
3x + 8y + 2 = 0
Substituindo na primeira equação teremos
54
!
−22
2x = −3. +6=0⇒ x = .
7 7
54 −22
!
Portanto o candidato a ser ponto de máximo ou mínimo local é , . Calculemos agora
7 7
as segundas derivadas parciais de f
166
∂2 f ∂2 f ∂2 f ∂2 f
=2 ; =8 ; =3= .
∂ x2 ∂ y2 ∂ x∂ y ∂ y∂ x
54 −22
!
D , = 2.8 − 32 = 7.
7 7
54 −22
!
Portanto , é um ponto de mínimo local.
7 7
∂f −2
= +y=0
∂x x3
∂f −1
= + x = 0.
∂y y2
−2
+y = 0
x3
1
⇒x= .
−1 y2
+x = 0
y2
Substituindo na primeira equação teremos
−2
+ y = 0 ⇒ −2y 6 + y = 0 ⇒ y(−2y 5 + 1) = 0.
1
y6
r
5 1 1 √5
y= ⇒ x = r = 4.
2 5 1
167
r
√5 5 1+
Assim, o candidato a ser ponto de máximo ou mínimo local é * 4, . Calculemos agora as
2-
segundas derivadas de f .
,
∂2 f ∂ 2 f *√5 5 1 +
r
6 6
(x, y) = 4 ⇒ 4, = √5
∂x 2 x ∂x ,2 2 256
r -
∂2 f 2 ∂ 2 f *√5 5 1 + √5
(x, y) = ⇒ 4, = 2 8
∂ y2 y3 ∂ y2 , 2-
∂2 f ∂2 f
= 1= .
∂ x∂ y ∂ y∂ x
r r
√5 5 1 6 √5 5 1
D * 4, += √ .2 8 − 1 = 12 −1=5
, 2- 5
256 32
r
√5 5 1
Portanto, o ponto * 4, + é de mínimo local.
, 2 -
6.16 Para produzir determinando produto cuja quantidade é determinada por z, uma empresa
utiliza dois fatores de produção (insumos) cujas quantidades serão indicadas por x e y. Os pre-
ços unitários dos fatores de produção são, respectivamente, 2 e 1. O produto será oferecido ao
mercado consumidor a um preço unitário igual a 5. A função de produção da empresa é dada por
z = 900 − x 2 − y 2 + 32x + 41y. Determine a produção que maximiza o lucro.
Solução: Sabe-se que o lucro é a receita menos o custo de produção, ou seja, o lucro é dado por
Assim, queremos o ponto de máximo local da função L. Para isso, devemos ter os pontos críticos
de f . Logo,
∂L
= −10x + 158 = 0
∂x
∂L
= −10y + 204 = 0.
∂y
168
O que implica em
−10x + 158 = 0
⇒ x = 15, 8; y = 20, 4
−10y + 204 = 0
Verifiquemos que agora o ponto (15,8; 20,4) é de máximo local. De fato, calculando as segundas
derivadas de L obteremos
∂L 2 ∂L 2 ∂L 2 ∂L 2
= −10 ; = −10 ; =0= .
∂ x2 ∂ y2 ∂ x∂ y ∂ y∂ x
Pelo teste da segunda derivada segue que
Portanto, (15,8;20,4) é o ponto que maximiza o lucro. No entanto, queremos a produção que
maximiza o mesmo. Daí, substituindo o ponto em z teremos
P1 (t) = (t + a, t + b, c) ; a, b, c ∈ R.
Assim,
P1 (t) = (t + 1, t + 1, 3).
169
De forma análoga, teremos que
Segue que
x0 = 1
y0 = 1 − t¯
z0 = −t¯
Logo obtemos x 0 = 1 e y0 = 1 + z0 . Assim
D(t) = (t + 1 − 1) 2 + (t + 1 − t − 1 − z0 ) 2 + (3 − t − z0 ) 2 = t 2 + z02 + (t + z0 − 3) 2
0 = D0 (t) = 2t + 2(t + z0 − 3)
de onde
3 − z0
t= .
2
Logo o quadrado da distância mínima entre a curva P1 (t) e P2 (t) é
!2 !2 !2
3 − z0 3 − z0 3 − z0 z0 − 3
!
2
h(z0 ) = D = + z0 + + z0 − 3 = 2 + z02
2 2 2 2
Então a distância entre as retas é míma quando h0 (z0 ) = 0, ou seja
de onde z0 = 1. Então
P2 (0) = (1, 2, 1).
6.18 Determinada empresa produz dois produtos cujas quantidades são indicadas por x e y.
Tais produtos são oferecidos ao mercado consumidor a preços unitários p1 e p2 , respectivamente,
170
que dependem de x e y conforme equações: p1 = 120 − 2x e p2 = 200 − y. O custo total da empresa
para produzir e vender quantidades x e y dos produtos é dado por C = x 2 + y 2 + 2x y. Admitindo que
toda produção da empresa seja absorvida pelo mercado, determine a produção que maximiza o lucro.
Solução: A função Lucro (L) é dada pela receita menos o custo. Logo, teremos que
∂L ∂L
= −6x − 2y + 120 ; = −4y − 2x + 200
∂x ∂y
Segue que
−6x − 2y + 120 = 0 ⇒
3x + y = 60
2y + x = 100 ⇒ x = 100 − 2y
−4y − 2x + 200 = 0
Substituindo na primeira equação, obteremos
Portanto, o candidato a ponto de máximo local é (4, 48). Verifiquemos que (4, 48) é o ponto de
máximo local. Com efeito, calculando as segundas derivadas parciais teremos
∂2 L ∂2 L ∂2 L ∂2 L
= −6 ; = −4 ; = −2 =
∂ x2 ∂ y2 ∂ x∂ y ∂ y∂ x
Daí,
Portanto, pelo teste da segunda derivada, (4, 48) é ponto de máximo local. Logo, x = 4 e y = 48
são os valores da produção que maximiza o lucro.
6.19 Estude a função dada com relação a máximo e mínimo no conjunto dado.
171
(a) f (x, y) = 3x − y no conjunto A de todos (x, y) tais que x ≥ 0, y ≥ 0, y − x ≤ 3, x + y ≤ 4 e
3x + y ≤ 6.
1 7
!
A = (0, 3), B = , , C = (1, 3), D = (2, 0), E = (0, 0).
2 2
Segue que,
f (0, 3) = −3
1 7
!
f , = −2
2 2
f (1, 3) = 0
f (2, 0) = 6
f (0, 0) = 0
172
(b) f (x, y) = 3x − y em A = {(x, y) ∈ R2 |x 2 + y 2 ≤ 1}.
Solução: Temos que f é contínua e A é compacto, e como f não admite ponto crítico, os
pontos de máximos e mínimos são atingidos na fronteira de A. Os valores na fronteira de A
são fornecidos pela função
cos t
F 0 (t) = −3sen t − cos t = 0 ⇒ sen t = − .
3
Daí, teremos que
√ √
2 cos2 t 2 cos2 t 2 9 3 10 10
sen t = ⇒ 1 − cos t = ⇒ cos t = ⇒ cos t = ± ⇒ sen t = ∓
9 9 10 10 10
Como x = cos t e y = sen t, segue que
√ √
3 10 10 + √
f* ,− = 10
, 10√ √
10 -
3 10 10 + √
f −
* , = − 10
, 10 10 -
√ √ √ √
3 10 10 3 10 10 +
Assim, * ,− + é ponto de máximo e *− , é ponto de mínimo.
, 10 10 - , 10 10 -
Z Z Z 1Z 3 Z 1 "Z 3 #
V= (12 − 3x − 2y)dA = (12 − 3x − 2y)dydx = (12 − 3x − 2y)dy dx
R 0 −2 0 −2
173
Resolvendo a integral interna teremos
Z 3 3
(12 − 3x − 2y)dy = (12y − 3x y − y 2 ) = 12.3 − 3.3x − 32 − [−24 + 6x − 4] = −15x + 55
−2 −2
Segue que
1 ! 1
15 = − 15 + 55 = 95 .
Z
(−15x + 55)dy = − x 2 + 55x
0 2
0 2 2
Portanto
1Z 3
95
Z Z Z
V= (12 − 3x − 2y)dA = (12 − 3x − 2y)dydx =
R 0 −2 2
6.21 Encontre o volume do sólido delimitado pela superfície z = x sec2 y e pelos planos
π
z = 0, x = 0, x = 2, y = 0 e y = .
4
Z Z
V= x sec2 ydA.
D
π
Note que D = 0 ≤ x ≤ 2, 0 ≤ y ≤ . Logo,
4
π π
Z Z Z
4
Z 2 Z
4
"Z 2 #
2 2 2
V= x sec ydA = x sec ydxdy = x sec ydx dy.
D 0 0 0 0
2 2 #2
x2
Z Z "
2 2 2
x sec ydx = sec y xdx = sec y = 2 sec2 y.
0 0 2 0
Z π Z π π4
4 4
2 2
2 sec y = 2 sec y = 2 tgy =2
0 0 0
174
π
Z Z Z
4
Z 2
2
V= x sec ydA = x sec2 ydxdy = 2
D 0 0
√
D = {0 ≤ x ≤ 1, x 2 ≤ y ≤ x}
√
Z Z Z 1Z x Z 1 Z √ x
2 2 2 2 2 2
V= (x + y )dA = (x + y )dydx = (x + y )dy dx
D 0 x2 0 x 2
√ # √x 3
x
y3 x6
Z "
2 2 2 x2
5
(x + y )dy = x y + =x + 2 − x4 −
x2 3 x2 3 3
Assim, segue que
1 3
6 2 2 5 7 1 6
Z " p #
5 x 2
4 x p x x
*x +
2 − x − + dx = x7 + x5 − − =
0 , 3 3- 7 15 5 21 0 35
√
1Z x
6
Z Z Z
V= (x 2 + y 2 )dA = (x 2 + y 2 )dydx =
D 0 x2 35
p
D = {0 ≤ x ≤ 1; 0 ≤ y ≤ 1 − x2 }
175
√ √
Z Z Z 1Z 1−x 2 Z 1 Z 1−x 2
V= ydA = ydydx = ydy dx
D 0 0 0 0
√ √
1−x 2 1−x 2
y2 1 − x2
Z " #
ydy = =
0 2 0 2
Daí,
1 1 #1
1 − x2 1 1 x3 1
Z Z "
2
dx = (1 − x )dx = x− =
0 2 2 0 2 3 0 3
1 Z 1−x 2
1
Z Z Z
V= ydA = ydydx = .
D 0 0 3
D = {(x, y)|1 ≤ x ≤ 3, 1 ≤ y ≤ 4}
1 1
Z Z Z Z Z Z
x= x ρ(x, y)dA ; y= y ρ(x, y)dA ; m= ρ(x, y)dA,
m D m D D
Z Z Z 3Z 4 Z 3 "Z 4 #
2 2
m= ρ(x, y)dA = m = k y dydx = k y dy dx
D 1 1 1 1
4 4 #4
y3
Z Z "
2 2
k y dy = k y dy = k = 21k
1 1 3 1
176
Daí,
Z 3 Z 3 3
21kdx = k 21dx = k 21x = 42k
1 1 1
3Z 4 3 4
1 1 1
Z Z Z Z "Z #
2 2
x= x ρ(x, y)dA = xk y dydx = x y dy dx
m D 42k 1 1 42 1 1
4 4 #4
y3
Z Z "
2 2
x y dy = x y dy = x = 21x
1 1 3 1
3 3 " #3
1 1 1 x2
Z Z
21xdx = xdx = =2
42 1 2 1 2 2 1
3Z 4 3 4
1 1 1
Z Z Z Z "Z #
2 3
y= y ρ(x, y)dA = yk y dydx = y dy dx
m D 42k 1 1 42 1 1
Temos que
4 #4
y4 255
Z "
3
y dy = =
1 4 1 4
Daí,
3
1 255 255 3 255 3 85
Z Z
dx = dx = x =
42 1 4 168 1 168 1 28
85
!
Logo, o centro de massa da lâmina é 2, e a massa é 42k.
28
177
Solução: Note que o cone z = x 2 + y 2 intercepta a esfera x 2 + y 2 + z 2 = 1. Assim,
p
!2
1
q
2 2 2 2 2
x +y +z =1⇒x +y + x2 + y2 = 1 ⇒ x2 + y2 = .
2
Portanto,
1
Z Z q q ! ( )
2 2 2 2 2 2 2
1−x −y − x +y ; D = (x, y) ∈ R ; x + y ≤ .
D 2
Usando as coordenadas polares obteremos:
Z 2π Z √1 p p Z 2π Z √1 p
2 2
2 2
1 − r − r r dr dθ = 2
1 − r − r r dr dθ.
0 0 0 0
√1 #1
3 √2
1 1 1
Z " !
2
p
2
3
2 2 r
1 − r − r r dr = − (1 − r ) − = 1− √
0 3 3 0 3 2
Assim, segue que
2π
1 1 1 1 2π π √
Z ! !
1 − √ dθ = 1− √ θ = 2− 2 .
0 3 2 3 2 0 3
Solução: Perceba que o sólido é dado da região do interior do cilindro e entre as superfícies
z = 64 − 4(x 2 + y 2 ) e −z = 64 − 4(x 2 + y 2 ). Portanto, obteremos
p p
Z Z q q !! Z Z q
64 − 4(x 2 + y 2 ) − − 64 − 4(x 2 + y 2 ) dA = 2 64 − 4(x 2 + y 2 )dA,
D D
onde
D = {(x, y) ∈ R2 ; x 2 + y 2 ≤ 4}
Z 2π Z 2 p Z 2π "Z 2 p #
2
2 64 − 4r r dr dθ = 2
4 16 − r r dr dθ
0 0 0 0
178
Fazendo o cálculo da integral interna têm-se que
2 #2
1 √ 64
Z " !
3
2
p
4 16 − r 2r dr = 4 − (16 − r ) 2 = 4 −8 3 +
0 3 0 3
Assim, segue que
2π √ 64 √ 64 2π 64π √
Z ! !
4 −8 3 + dθ = 4 −8 3 + θ = 8−3 3
0 3 3 0 3
6.25 Encontre o centro de massa de uma lâmina em forma de um triângulo retângulo isósceles,
com os lados iguais tendo comprimento a, se a densidade em qualquer ponto for proporcional ao
quadrado da distância do vértice oposto à hipotenusa.
1 1
Z Z Z Z Z Z
x= x ρ(x, y)dA ; y= y ρ(x, y)dA ; m= ρ(x, y)dA,
m D m D D
ρ(x, y) = k (x 2 + y 2 )
# a−x
a−x a−x
y3 (a − x) 3
Z Z " " #
2 2 2 2 2 2
k (x + y )dy = k (x + y )dy = k x y + = k (a − x)x +
0 0 3 0 3
Daí,
#a
(a − x) 3
" 3
a
x 4 (a − x) 4
Z " #
2 x k
k (a − x)x + dx = k a − − = a4
0 3 3 4 12 0 6
179
Calculemos agora o centro de massa da lâmina
1 6 a a−x
6 a a−x
Z Z Z Z Z "Z #
2 2 2 2
x= x ρ(x, y)dA = 4 x(x + y )dydx = 4 x(x + y )dy dx
m D a 0 0 a 0 0
# a−x
a−x
y3 x(a − x) 3
Z "
2 2 3
x(x + y )dy = x y + x = (a − x)x 3 +
0 3 0 3
#a
x(a − x) 3
" 4
6 a
6 x 5 a3 x 2 a2 x 3 ax 4 x 5 2a
Z !
3 x
(a − x)x + dx = 4 a − + − + − =
a4 0 3 a 4 5 6 3 4 5 0 5
1 6 a a−x
6 a a−x
Z Z Z Z Z "Z #
2 2 2 2
y= y ρ(x, y)dA = 4 y(x + y )dydx = 4 y(x + y )dy dx
m D a 0 0 a 0 0
# a−x
a−x
y2 x2 y4 (a − x) 2 x 2 (a − x) 4
Z "
2 2
y(x + y )dy = + = +
0 2 4 0 2 4
#a
6 (a − x) 2 x 2 (a − x) 4
a
6 a2 x 3 ax 4 x 5 (a − x) 5 2a
Z ! "
+ dx = 4 − + − =
0 a4 2 4 a 6 4 10 20 0 5
2a 2a
!
Portanto, o centro de massa da lâmina é ,
5 5
Z Z Z Z
2
Ix = y ρ(x, y)dA ; ; Iy = x 2 ρ(x, y)dA ; I0 = I x + I y
D D
180
Assim, calculemos I x
# a−x
a−x
y3 x2 y5 (a − x 3 )x 2 (a − x) 5
Z "
2 2 2
y (x + y )dy = + = +
0 3 5 0 3 5
Logo,
#a
(a − x 3 )x 2 (a − x) 5
" 3 3
a
a2 x 4 ax 5 x 6 (a − x) 6 7ka6
Z !
a x
k + dx = k − + − − =
0 3 5 9 4 5 18 30 0 180
Calculemos I y
# a−x
a−x
x2 y3 (a − x) 3 x 2
Z "
2 2 2 4
x (x + y )dy = x y + = (a − x)x 4 +
0 3 0 3
#a
(a − x) 3 x 2
" 5
a
x 6 a3 x 3 a2 x 4 ax 5 x 6 7ka6
Z !
4 ax
k (a − x)x + dx = k − + − + − =
0 3 5 6 9 4 5 18 0 180
7ka6
I0 = .
90
181