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FOLHA DE APROVAÇÃO INTRODUÇÃO AO TCC

BIM: APLICAÇÕES NA MODELAGEM E COMPATIBILIZAÇÃO DE UMA UNIDADE BIM: APLICAÇÕES NA MODELAGEM E COMPATIBILIZAÇÃO DE UMA UNIDADE
HOSPITALAR DE CAMPANHA. HOSPITALAR DE CAMPANHA

TCC - Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Arquitetura e


Urbanismo da UNIRON - União das Escolas Superiores de Rondônia como requisito
para o título de bacharel em Arquitetura e Urbanismo.

TCC - Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado ao curso de Arquitetura e
Urbanismo da UNIRON - União das Escolas
Superiores de Rondônia como requisito para Avaliador Por:
o título de bacharel em Arquitetura e
Urbanismo.
Orientador(a): Professor (a) da disciplina: Fernanda Piccoli.

Professor (a) Orientador (a):

Professor (a) Convidado(a): Profº ou Profª, Titulação do professor(a) e nome


completo.

Porto Velho Porto Velho, 22 de junho de 2021.


2021
1 2
Dedicatória Agradecimentos

3 4
RESUMO ABSTRACT

O presente Trabalho de Conclusão de Curso, refere-se ao processo de This graduation work refers to the process of development of an architectural
desenvolvimento de um anteprojeto arquitetônico e projetos complementares, com a project and its complementary projects, using concepts and tools from the BIM
utilização de conceitos e ferramentas da metodologia BIM (Modelagem da Informação (Building Information Modeling) methodology for modeling and compatibility of a
da Construção) para modelagem e compatibilização de uma Unidade Hospitalar de Hospital Unit.
Campanha.
The theme choice was due to the obstacles faced by of the health system
A escolha do tema, deu-se devido os enfretamentos do sistema de saúde, during the Covid-19 pandemic in the year of 2020, along with the implementation of
frente a pandemia do Covid-19, no ano de 2020, juntamente com a obrigatoriedade the mandatory use of the BIM methodology in public works in Brazil, fostered by the
do uso da metodologia BIM em obras públicas no Brasil, fomentada pelos planos de current popularity of the methodology in the country, according to Decree No. 9377,
disseminação da metodologia no país, conforme decreto Nº 9.377, de 17 de maio de of May 17, 2018, which institutes the dissemination strategy of Building Information
2018, que institui a estratégia de disseminação do Building Information Modeling no Modeling in Brazil.
Brasil.
In this context, this work aims to point out the benefits of adopting the BIM
Neste contexto, este trabalho objetiva, pontuar os benefícios da adoção da methodology, in the modeling and compatibility of the disciplines of architecture,
metodologia BIM, na modelagem e compatibilização das disciplinas de arquitetura, structure, hydraulic installations, sanitary installations, electrical installations,
estrutura, Instalações hidráulicas de água fria, instalações hidráulicas de água quente, refrigeration systems, Gas and Drainage systems, highlighting the advantages of
instalações sanitárias, instalações elétricas, sistema de refrigeração, instalações de adopting this methodology. All modeling was made in the Autodesk Revit software
gases e Drenagem, pontuando as vantagens da adoção da metodologia. Todas as and made compatible with Autodesk Navisworks.
modelagens foram realizadas no programa Autodesk Revit e compatibilizado no
Keywords: BIM. Project Compatibility. Field Hospital.
Autodesk Navisworks.

Palavras-chave: BIM. Compatibilização de Projetos. Hospital de Campanha.

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Sumário 5.1.2. Localização ........................................................................................................................ 53
1. APRESENTAÇÃO DO TEMA ............................................................................................................ 12 5.1.3. Acessos .............................................................................................................................. 54
1.1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 13 5.1.4. Circulação .......................................................................................................................... 55
1.2. PROBLEMAS / JUSTIFICATIVA ................................................................................................ 14 5.1.5. Volumetria e Forma .......................................................................................................... 56
1.3. OBJETIVO GERAL ................................................................................................................... 15 5.1.6. Técnica Construtiva ........................................................................................................... 57
1.1.1. Objetivos Específicos ............................................................................................................. 15 5.1.7. Zoneamento Funcional...................................................................................................... 58
1.4. METODOLOGIA...................................................................................................................... 16 5.1.8. Ambientes ......................................................................................................................... 60
1.5. PRINCIPAIS TERMOS TÉCNICOS ............................................................................................. 17 5.1.9. Estudo Bioclimático ........................................................................................................... 62
BIM ................................................................................................................................................ 17 5.1.10. Conforto Térmico .............................................................................................................. 63
CAD ................................................................................................................................................ 17 5.1.11. Partido / Relevância para a escolha .................................................................................. 64
IFC .................................................................................................................................................. 17 5.2. HOSPITAL COMPACTO CIES GLOBAL ..................................................................................... 67
Hospital de Campanha / Temporário ............................................................................................ 17 5.2.1. Localização ........................................................................................................................ 71
2. METODOLOGIA BIM ...................................................................................................................... 20 5.2.2. Acessos .............................................................................................................................. 72
2.1.1. CONTEXTUALIZAÇÃO DO BIM ........................................................................................... 21 5.2.3. Circulação .......................................................................................................................... 72
2.1.2. HISTÓRIA DO BIM .............................................................................................................. 22 5.2.4. Volumetria e Forma .......................................................................................................... 74
2.1.3. IMPLEMENTAÇÃO DO BIM NO BRASIL .............................................................................. 23 5.2.5. Técnica Construtiva ........................................................................................................... 75
3. MODELAGEM EM BIM ................................................................................................................... 27 5.2.6. Zoneamento Funcional...................................................................................................... 75
3.1.1. MODELAGEM PARAMÉTRICA ............................................................................................ 29 5.2.7. Ambientes ......................................................................................................................... 77
3.1.2. O Conceito de Modelagem Paramétrica ........................................................................... 29 5.2.8. Estudo Bioclimático ........................................................................................................... 79
3.1.3. DIMENSÕES DO BIM .......................................................................................................... 31 5.2.9. Conforto Térmico .............................................................................................................. 80
BIM 2D ........................................................................................................................................... 31 5.2.10. Relevância para a escolha ................................................................................................. 81
BIM 3D ........................................................................................................................................... 31 5.3. Hospital de Amor Amazônia .................................................................................................. 85
BIM 4D ........................................................................................................................................... 31 5.3.1. Localização ........................................................................................................................ 87
BIM 5D ........................................................................................................................................... 32 5.3.2. Acessos .............................................................................................................................. 88
BIM 6D ........................................................................................................................................... 32 5.3.3. Circulação .......................................................................................................................... 89
BIM 7D ........................................................................................................................................... 32 5.3.4. Volumetria e Forma .......................................................................................................... 90
BIM 8D ........................................................................................................................................... 32 5.3.5. Técnica Construtiva ........................................................................................................... 90
3.1.4. LOD EM PROJETOS BIM ..................................................................................................... 33 5.3.6. Zoneamento Funcional...................................................................................................... 91
4. COMPATIBILIZAÇÃO EM BIM ........................................................................................................ 38 5.3.7. Ambientes ......................................................................................................................... 92
4.1. INTEROPERABILIDADE BIM........................................................................................................ 39 5.3.8. Estudo Bioclimático ........................................................................................................... 93
O conceito de Interoperabilidade BIM .......................................................................................... 39 5.3.9. Partido / Relevância para a escolha .................................................................................. 94
4.1.1. EXTENSÃO IFC (INDUSTRY FOUNDATION CLASSES) .......................................................... 42 6. DIAGNÓSTICO DA ÁREA ................................................................................................................ 98
4.1.2. CLASH DETECTION ............................................................................................................. 45 6.1. LEGISLAÇÃO, LEIS E NORMAS ................................................................................................ 99
5. ESTUDO DE CASO .......................................................................................................................... 50 6.2. ÁREA DE INTERVENÇÃO ...................................................................................................... 100
5.1.1. CENTRO MÉDICO PSCIPEDAGÓGICO – Curadoria de Danae Santibañez .......................... 51 6.3. ESTUDO BIOCLIMÁTICO ...................................................................................................... 101

7 8
A direção dos ventos ................................................................................................................... 102
6.4. ANÁLISE DO ENTORNO ........................................................................................................ 102
6.5. IMPACTOS NA CIDADE E ADEQUAÇÃO AO CONTEXTO URBANO ....................................... 105
Resíduos ...................................................................................................................................... 105
Fluxo Viário .................................................................................................................................. 106
Segurança .................................................................................................................................... 106
7. PARTIDO ARQUITETÔNICO .......................................................................................................... 108
7.1. CONCEITOS ARQUITETÔNICOS............................................................................................ 109
7.2. DIRETRIZES PROJETUAIS ADOTADAS ................................................................................... 110
Ventilação Natural....................................................................................................................... 110
Modulação................................................................................................................................... 110
Conforto Térmico ........................................................................................................................ 111
Sustentabilidade .......................................................................................................................... 111
Solário / Jardins ........................................................................................................................... 112
GRAMADO ................................................................................................................................... 112
7.3. PROGRAMA DE NECESSIDADES ........................................................................................... 113
7.4. FLUXOGRAMA / SETORIZAÇÃO ........................................................................................... 118
7.5. ESTUDO DE MANCHAS ........................................................................................................ 119
Estudo dos Leitos de Isolamento ................................................................................................ 120
7.6. TÉCNICAS CONSTRUTIVAS E MATERIAIS ADOTADOS .......................................................... 121
Paredes ........................................................................................................................................ 121
Piso .............................................................................................................................................. 122
Teto ............................................................................................................................................. 123
Cobertura .................................................................................................................................... 124
Acabamentos............................................................................................................................... 124
8. Conclusão .................................................................................................................................... 125
9. Referências .................................................................................................................................. 126
10. Lista de Figuras ........................................................................................................................ 128
11. Lista de Imagens ...................................................................................................................... 131
12. Lista de tabelas ........................................................................................................................ 131

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APRESENTAÇÃO DO TEMA

1.1. Introdução
1.2. Problemas / Justificativa
1.3. Objetivo
1.4. Metodologia
1.5. Principais Termos Técnicos

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1.1. INTRODUÇÃO do empreendimento possam contribuir com o modelo de forma integrada durante todo
o ciclo de vida da construção. (Amanda Gonzaga, 2020).
O trabalho propõe a elaboração, compatibilização e gestão de uma unidade
hospitalar temporária para o combate do novo coronavírus, com o auxílio de A metodologia BIM e considerada um grande marco nos meios da AEC, pois
ferramentas BIM (Modelagem da Informação da Construção), no Estádio Aluízio traz consigo todo um novo conceito de representação projetual, nele a produção é
Ferreira, na Av. Farquar, bairro Panair, Porto Velho – RO. O tema surgiu mediante os realizada por meio de programas que além de evidenciar o desenho em duas
acontecimentos vividos frente a pandemia do vírus Covid-19, no qual puseram o dimensões, concebe virtualmente o mesmo, atribuindo suas reais características,
sistema de saúde brasileiro em xeque, exponde a carência dos núcleos de possibilitando seu melhor entendimento e visualização.
atendimentos, e a ineficiência para a concepção e execução de novos pontos de
atendimento de saúde básica e intensiva a população. Quanto as edificações do tipo hospitalares, por se tratar de uma unidade que
presa pela saúde de seus usuários, e de características comum às suas
Sendo um dos setores mais importes para a economia, a indústria de AEC, complexidades, tanto projetuais quando executivas, pois está atrelada a vários
pressupõem sempre um aumento contínuo, responsável por cerca de 6,2% do PIB no fatores, normas e diretrizes que as regem.
país (segundo IBGE), e uma atividade que está sempre a movimentar o mercado
econômico brasileiro, tanto diretamente, quanto indiretamente. Por definição, um hospital temporário é uma unidade móvel e/ou desmontável
que porta a mínima estrutura necessária para prestar atendimento de saúde. Criadas
Mesmo com grande crescimento quantitativo, o setor ainda carece de inicialmente para atender feridos nas frentes de combate durante guerras e desastres,
aspectos qualitativos, sendo que seus métodos de projeção e exequibilidade ainda essas unidades concretizam sua importância atualmente pelo protagonismo exercido
estão estagnados no tempo, com o uso de métodos tradicionais, como alvenaria de frente a situação pandêmica.
bloco cerâmico, blocos de concreto, concreto armado. Assim como os métodos
executivos, os modos de elaboração de desenho não fogem do preceito. Ainda é Diante o exposto, uma unidade hospitalar de temporária, necessita de todos
grande os números de escritórios e profissionais do setor de AEC que ainda fazem os cuidados a fim de atender todos os quesitos sanitaristas, quanto agilidade de
uso dos programas CAD para elaboração de seus desenhos, estando mais execução para atender a necessidade que se fizer necessária, em tempo hábil para
suscetíveis aos erros projetuais. evitar o colapso do sistema de saúde local.

1.2. PROBLEMAS / JUSTIFICATIVA


Exposto isso, a integração da metodologia BIM no atual cenário da indústria
de AEC, ainda é um grande desafio, sendo que os modelos de desenho assistido de É de conhecimento comum a crise do novo coronavírus, enfrentada por todo
programas bidimensionais ainda e bastante disseminado. Diante isso, houve o o país e a insuficiência de infraestrutura básica para o atendimento e tratamento da
incentivo do governo quanto a implementação da metodologia BIM. O Decreto população. Com isso, tem-se a necessidade de aumentar os núcleos de atendimento
10.306/2020, de 02 de abril de 2020, estabelece a utilização do BIM na execução a fim de controlar a enfermidade momentânea. Outro fator, são as dificuldades
direta ou indireta de obras e serviços de engenharia, realizados pelos órgãos e pelas administrativas/projetuais que impossibilitam a construção de novas unidades
entidades da administração pública federal (Brasil, 2020). hospitalares em tempo hábil

BIM é a junção de tecnologias e métodos integrados, que permite a criação, Ainda, seguindo a iniciativa publica quanto a implementação da metodologia
utilização e atualização de modelos digitais de uma construção por inteiro. A BIM, tornando-o obrigatório para a execução de obras e serviços públicos a partir de
metodologia BIM é expressamente colaborativa, permitindo que todos os envolvidos janeiro de 2021, com isso, o a proposta vem a pontuar os benefícios da adoção do
13 14
mesmo, no tocante a elaboração e compatibilização de uma unidade hospitalar de instalações sanitárias, instalações elétricas, sistema de refrigeração,
campanha. instalações de gases e Drenagem.

No geral, o cenário de AEC ainda carece de auxílio, quanto a


planejamento, pois comumente as obras tendem a demorar mais que 1.4. METODOLOGIA
o planejado, pois alocamos muito mais tempo na execução do que nas
Referente ao levantamento de dados, devido à crise sanitarista e as
etapas que antecedem o canteiro de obras. Um empreendimento com
um planejamento estratégico mais idealizado é melhor projetado, ao recomendações de isolamento social enfrentadas, pretendemos levantá-los por meio
ser executado, tende a ter um percentual muito maior de execuções eletrônico, através de pesquisas por telefonemas, e-mails e formulários online na
corretas do que improvisações e adaptações. (Higashi, 2017). plataforma do Google Forms, com os profissionais das áreas de engenharias,
arquitetura, física e saúde. Além do citado acima, serão levados em considerações
Logo, com a utilização de ferramentas BIM, e adotando uma modelagem
artigos e matérias de portais de comunicações relevantes ao assunto.
paramétrica, podemos inibir ao máximo os déficits projetuais, onde ganhamos tempo,
e garantimos maior produtividade, evitando complicações na execução. Abonando o O local de implantação se dará no estágio Aluízio Ferreira, em Porto Velho -
citado, a metodologia proporciona na etapa executiva maior controle sobre os RO, e todas a informação pertinentes ao mesmo e o estudo de seu entorno serão
processos e as aplicações dos recursos financeiros, assim proporcionando maior levantados pela plataforma Google Earth, Google Maps, Imagens disponibilizadas nos
controle sobre o andamento da mesma. acervos da prefeitura da cidade, artigos, matérias, noticiários e relatos empíricos.
1.3. OBJETIVO GERAL Todas as outras informações de suma importância que não forem possível sua
aquisição por meio eletrônico, como medidas especificas, acessos, e estado aparente
O presente trabalho, propõem como objetivo central, apontar as diversas
do solo serão levantadas in loco com o auxílio de trena a laser, fita métrica, câmera
possibilidade e benefícios proporcionado pela aplicação de conceitos e Softwares da
fotográfica. Como exposto anteriormente, levando em consideração todas as medidas
metodologia Building Information Modeling, direcionados a elaboração e
e precauções possíveis.
compatibilização de uma unidade hospitalar temporária, demonstrado as benfeitorias
em todas as etapas projetuais e de compatibilização No tocante a topografia, levantaremos a mesma pela plataforma
CADMAPPER e o software QGIS, cuja função será gerar toda a planialtimétria da área
1.1.1. Objetivos Específicos
e contexto das edificações no entorno do projeto utilizando base de dados
 Compreender a evolução da metodologia BIM, seus topográficos fornecidos por leituras de satélites e da plataforma Google Earth.
conceitos e aplicações;
Estudaremos as leis e normas que regem no tocante a cidade que será
 Elaborar um anteprojeto de uma unidade hospitalar
implantado o projeto, como código de obras, legislação de uso e ocupação do solo,
temporária, fazendo utilização de ferramentas BIM;
corpo de bombeiros municipal, zoneamento, assim como as normas brasileiras de
 Conceber os componentes das disciplinas
regulamentação as NBR’s referente a edificação hospitalar, as normas
complementares da unidade hospitalar temporária.
regulamentadoras do ministério da saúde, assim como as indicações da OMS.
 Realizar compatibilização das diferentes disciplinas e
elementos de projetos, como: arquitetônico, estrutura, Instalações Os projetos de arquitetura, estrutura, instalações elétricas, instalações hidros
hidráulicas de água fria, instalações hidráulicas de água quente, sanitárias, sistema de refrigeração, drenagem e instalação de gases, serão

15 16
elaborados no programa Revit Architecture e a compatibilização entre as disciplinas tem um quadro de saúde que impossibilita sua recuperação em domicílio. (Rodrigues,
será realizado no programa NavisWorks. Ninomiya, Shiomatsu, Carvalho, 2020).

1.5. PRINCIPAIS TERMOS TÉCNICOS

BIM

De acordo com Eastman (2008), o Building Information Modeling (BIM) é uma


metodologia de trabalho que integra arquitetos, engenheiros e construtores na
elaboração de um modelo virtual preciso, que gera uma base de dados com
informações topológicas como os subsídios necessários para orçamento, cálculo
energético e previsão de insumos e ações em todas as fases da construção.

CAD

O CAD (Desenho Assistido por Computador) é um vocábulo aplicado


comumente aos programas de computador que ajudam com a engenharia, design
gráfico e arquitetura, não necessariamente usados apenas para desenhos
bidimensionais (2D), esses programas permitem ao usuário a visualização no objeto
tridimensional, mas limitando-o a vários planos diferentes cartesianos, que quando
juntos formas o objeto 3D.

IFC

Comumente conhecido como Industry Foundation Classes (IFC) e uma


extensão criada meio a necessidade de interoperabilidade entre as diversas
disciplinas e programas no meio do setor de AEC, a qual possibilita o
compartilhamento de modelos e dados BIM sem nenhuma interferência e perda de
características e dados do modelo.

Hospital de Campanha / Temporário

Os hospitais de campanha são centros de assistência médica construídos


durante emergências de saúde pública para suprir a necessidade momentânea.
Apresentam caráter temporário e geralmente são erguidos em locais não
convencionais, como estádios de futebol e centros de convenção que contem com a
mínima estrutura básica já edificada. Seu principal alvo são pacientes adultos
que não necessitam de atendimento em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas que

17 18
METODOLOGIA BIM

2.1. Contextualização;
2.2. História do BIM;
2.3. Implementação do BIM no
Brasil.

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2.1.1. CONTEXTUALIZAÇÃO DO BIM 2.1.2. HISTÓRIA DO BIM

A metodologia BIM – Building Information Modeling (do inglês, Modelagem da A definição do termo Building Information Modeling, ou Modelagem da
Informação na Construção), baseia-se no desenvolvimento da edificação, equipado informação da Construção (BIM), ficou muito conhecido no Brasil nos últimos 30 anos.
de informações atrelada a aglomerados de elementos que a compõe, em todas as Em 1972 surgia o termo que mais tarde seria conhecido como BIM, até então
etapas do empreendimento, abrigando todas essas informações em um modelo conhecido como BDS - Building Description System (THÓRUS, 2020).
tridimensional.
A partir do ano de 1973, com a consolidação dos Softwares CAD como
Segundo Santos (2012), o BIM significa uma enorme mudança de paradigma, principal ferramenta para realização de desenhos e o incentivo da indústria, houve
na medida em que a edificação deixa de ser concebida e representada abstratamente grande esforços em espaços acadêmicos, a fim de promover maior avanço
por símbolos e linhas com elementos vetoriais em duas dimensões (CAD). Nele, os tecnológico no setor de AEC com o desenvolvimento de métodos e programas para
componentes são modelados em 3D e contém informações, ou seja, o computador modelagem, onde houvesse a possibilidade do trabalho em conjunto entre disciplinas
relaciona os objetos a outros objetos e a suas informações e parâmetros, de projeto distintas, possibilitando a interoperabilidade entre profissionais, resultando
contemplando o “i” (Information) do BIM (EASTMAN, C. at al, 2014). em instrumentos de modelagem de sólidos, como eram conhecidos. Em 1986, foi o
ano em que finalmente foi reconhecido o uso do termo Building Modeling (EASTMAN,
De tal maneira, o BIM desenvolve um papel essencial, onde acopla vários
C. at al, 2014).
profissionais, que desempenham suas funções em um único modelo, garantindo maior
produtividade, evolução e administração sobre todas as etapas projetuais, de Em 1987, ano marcado pelo lançamento do software Archicad, sendo o
execução e fazendo com que essas informações se mantenham atualizadas e primeiro programa computacional contendo ferramentas BIM no setor de AEC,
acompanhem a edificação durante todo o seu tempo hábil (ESTEVES et. al. 2018). considerado um dos maiores precursores de programa BIM (ADDOR et al., 2010).

Em acompanhamento das etapas da edificação, são utilizados os conceitos Em 1992, com a publicação do artigo de Robert Aish, conhecido como Three-
das dimensões do BIM, que são as fases de desenvolvimento de um projeto. Elas dimensional Input and Visualization, onde o autor abordou sobre a modelagem
compõem a definição da ideia da etapa, contendo não apenas os desenho e tridimensional atrelada as informações no modelo, etapas da construção e juntamente
volumetria tridimensional, como também os custos e o tempo envolvidos, dentre com armazenamento, compartilhamento e banco de dados, e a importância das
outros aspectos. (THORUS, 2020) informações atrelada a modelagem foram postas a prova. Com isso, ainda em 1992,
foi oficializado pelos professores G.A van Nederveen e F. Tolman, no artigo
Cada dimensão funciona como uma divisão, pois acrescenta novas
Automation in Construction, o termo que conhecemos hoje como BIM - Building
informações cruciais a determinado modelo de projeto, conforme o que for mais
information Modeling, (do inglês, Modelagem da informação na Construção).
adequado para cada etapa, até atingir os maiores detalhamentos e compatibilizações
possíveis. Afinal, embora a importância de representações e documentações 2D e as Por se tratar de uma tecnologia em pleno surgimento, e o receio quanto a
modelagens 3D seja evidente, as mesmas não são suficientes para representar toda aceitação do mercado para um método totalmente inovador, o avanço da metodologia
a complexidade existente em um projeto (THÓRUS, 2020). seguiu vagarosamente. A partir do ano de 2000, onde a importância e benefícios do
BIM foram ganhando mais força, em contrapartida aos métodos tradicionais de
projeto, apontando as brechas dos desenhos vetoriais e manuais, compostos apenas

21 22
por objetos bidimensionais, sem nenhum tipo de semântica ou informação atrelada ao para seu uso é “a integração com a equipe de parceiros”. (CHECCUCCI; PEREIRA;
desenho. AMORIM, 2013).

A partir do ano de 2008, houve um grande avanço quanto ao implemento do


ensino BIM em núcleos acadêmicos de arquitetura e engenharia, contudo, o
ensinamento em sua grande maioria se dar de modo errôneo, pois o aluno e lecionado
apenas a utilizar a ferramenta de modo isolado, apenas por uma disciplina (arquitetura
ou engenharia), assim limitando muito o aprendizado e disseminando o conceito BIM
de maneira equivocada, onde seus maiores benefícios, como a interoperabilidade e
compatibilização não são lecionada.

Contudo, de acordo com o arquiteto Luiz Augusto Contier (2020), a


desinformação propagada referente a metodologia BIM, e o um dos fatores principais
de resistência para a adoção do mesmo. De acordo com ele, do modo que essas
informações são passadas, acabam fomentando as incertezas e dificuldades quanto
essa adoção.

Segundo o arquiteto e urbanista, Tiago Ricotta, os maiores desafios


relacionados a implementação do BIM, segue pela falta de objetivo sobre o que se
espera da tecnologia, devido a ausência de informações sobre a mesma, seguido pela
carência de apoio estratégico por parte das empresas do setor de AEC, tudo isso
Figura 1: Software Radar CH evidenciando o desenvolvimento e as capacidades de modelagem BIM somado a falta da cultura de inovação, pesquisa e desenvolvimento no setor,
em 1984
demonstrando ser uma das principais barreiras para a adoção do BIM (NAKAMURA,
Fonte: Graphisoft, 2002.
2018).

Com o decreto Nº 9.377, de 17 de maio de 2018, que institui a estratégia de


2.1.3. IMPLEMENTAÇÃO DO BIM NO BRASIL
disseminação do Building Information Modeling no Brasil, conhecido como Estratégia
Segundo pesquisas, e nítido o crescimento exponencial da adoção da BIM BR, com o objetivo de promover maiores investimentos quanto a metodologia e
metodologia e softwares BIM nos setores de AEC no Brasil, mas por falta de suas difusão no País (Brasil, 2018)
informações e incentivos, a implementação do BIM nos escritórios de arquitetura e
Diante do exposto, com o decreto Nº 9.983, de 22 de agosto de 2019, que
engenharia ainda é um desafio.
revoga o decreto de 17 de maio de 2018, complementa a ideia da disseminação do
Em pesquisa realizada no Laboratório de Computação Gráfica Aplicada à BIM no Brasil, estimulando a capacitação profissional, propondo normativas para as
Arquitetura e ao Desenho, da Faculdade de Arquitetura da Universidade Federal da contratações públicas, desenvolver normativas técnicas, guias e protocolos
Bahia, constatou-se a partir das investigações efetuadas sobre o BIM, que a maior específicos para implementação do Building Information Modeling (Brasil, 2018).
barreira para sua adoção é a “resistência e medo de mudanças” e a maior dificuldade
23 24
Em complemento, o Decreto 10.306/2020, de 02 de abril de 2020, constitui a
emprego do BIM, no cumprimento direto ou indireto de obras e serviços de
engenharia, realizada pelos órgãos e pelas entidades da administração de nível
público federal, em alinhamento da estratégia Nacional de Disseminação do Building
Information Modeling – BIM BR (Brasil, 2020)

O decreto discorre sobre a metodologia de implementação do BIM, no


decorrer dos anos, dividindo-o em três fases. A primeira fase, se dar início a partir do
dia 1 de janeiro de 2021, onde rege sobre o desenvolvimento de projetos de
arquitetura e engenharia (estrutural, instalações hidros sanitárias, Instalações
elétricas e AVAC), no tocante a novas edificações, ampliações e reabilitações de
obras, quando consideradas de grande importância para disseminação do Building
Information Modeling.

A partir de 1º de janeiro de 2024, tem início a segunda etapa, onde além do


citado acima, o decreto constituí a utilização da metodologia BIM para orçamentos,
planejamento, controle executivo e Asbuilt (do inglês, como construído) de obra que
tenham sido projetadas em BIM. Seguindo, a terceira e última etapa que vigorará em
1º de janeiro de 2028, condiz todo o descrito na primeira e segunda etapa, com o
acréscimo da gestão de pós-obras(reformas, ampliação e reabilitações) para
edificações cujo projetos de arquitetura e engenharia tenham suas estruturação
realizada com base na metodologia BIM (Brasil, 2020).

Exposto isso, a iniciativa do governo, vem para ampliar o conhecimento e


disseminar a estruturação do BIM no país nos setores públicos, contudo os setores
de AEC privado ainda carecem de maiores meios e incentivos, com o objetivo da
adoção do BIM.

25 26
MODELAGEM EM BIM

3.1. Modelagem Paramétrica;


3.2. Dimensões do BIM;
3.3. LOD em Projetos BIM.

7
3.1.1. MODELAGEM PARAMÉTRICA

3.1.2. O Conceito de Modelagem Paramétrica

Normalmente, um projeto até chegar na sua concepção final, passa por várias
revisões e alterações, sendo assim o modelo sofre diversas mudanças em sua forma,
com a parametrização da modelagem, essas alterações, são computadas e
atualizadas em tempo real, assim mantendo todas as informações e dados do projeto
atualizados.

Segundo o exposto, com a parametrização da modelagem, o resultado e uma


obra mais assertiva, pois o resultado de um projeto e seus vários subprodutos
(plantas, cortes, vistas volumetria e entre outros) nada mais e do que imagens e/ou
dados de um único modelo, pois quando qualquer alteração e realizada, para
responder a este problema foi desenvolvida uma estrutura, embutida em programas
gráficos computacionais, baseada em parâmetros e hierarquia, as variações
Figura 3: Demonstração das informações de uma parede e seu comportamentos quanto a alterações
paramétricas. Logo esses subprodutos são atualizados automaticamente, assim não no Software Autodesk Revit.

tendo nenhuma informação divergente e evitando retrabalho comum com a utilização Fonte: Autor, 2021.

de uma modelagem/ desenhos não paramétricos (FLORIO, 2011).


A parametrização da modelagem refere-se à relação entre todos os elementos
em um modelo, que permite a coordenação e o gerenciamento de alterações. Estas
relações são criadas tanto automaticamente pelo software quanto definidas pelo
usuário (Autodesk, 2019).

O uso de parâmetros para definir a geometria de elementos construtivos,


no âmbito da construção civil, tem provado ser cada vez mais eficaz no
processo de projeto. Edifícios são compostos literalmente de milhares
de partes individuais, e de um grande número de conexões. Uma
modelagem desse tipo exige que essas porções sejam agrupadas em
componentes constituídos por parâmetros, de modo a facilitar a
manipulação de acordo com a necessidade do usuário. Assim, a MP
torna-se uma poderosa ferramenta digital para explorar diferentes
configurações geométricas em projetos AEC (FLORIO, 2009).

Figura 2: Demonstração das informações de uma parede e seu comportamentos quanto a alterações
no Software Autodesk Revit.

Fonte: Autor, 2021.


29 30
3.1.3. DIMENSÕES DO BIM BIM 5D

Segundo O conceito multidimensional BIM consiste no uso de informação A quinta dimensão do BIM, traz toda gestão de recursos financeiros e análises
contida em modelos desta metodologia, para uma melhor gestão de projeto ao longo de custos ao modelo, juntamente com a terceira e quarta dimensão, a quinta dimensão
do seu ciclo de vida. do BIM possibilita a visualização das atividades e os custos relacionados, em função
do tempo, durante todo o tempo de projeção e planejamento.

BIM 2D
BIM 6D
Sendo a dimensão básica para a representação projetual, a segunda
dimensão, presente em softwares CAD representa os planos do projeto, como plantas A sexta dimensão do BIM está fortemente entrelaçada com relações de
baixas, cortes, fachadas, elevações e outros elementos com base em dois eixos, o sustentabilidade, pois aplicando conceitos e técnicas projetuais sustentáveis ao
eixo horizontal, que é chamado de eixo das abscissas, e o eixo vertical, que é o eixo modelo, podemos ter suas reais eficácias visualizadas no modelo, assim como, a
das ordenadas. utilização dessa tecnologia pode resultar em estimativas de gastos e compensações
energéticas mais completas e precisas no início do processo de projeção e design.

BIM 3D
BIM 7D
A terceira dimensão do BIM traz a modelagem paramétrica e 3D englobando
um modelo de dados integrados a partir do qual as várias partes interessadas, podem A Sétima dimensão do BIM, proporciona ao modelo as diversas análises do
extrair e gerar pontos de vista e informações de acordo com suas necessidades, tanto ciclo de vido da edificação e toda a suas composições e instalações, permitindo que
a aparência física, como elementos arquitetônico, estruturais, hidráulicos e elétricos. os gestores possam extrair e rastrear dados de elementos relevantes a edificação,
Nesta extensão temos todas as informações para a caracterização do projeto e como a condição dos componentes, manuais de uso e operações, tempo de garantia
posição espacial dele. Além da melhor visualização espacial, o BIM 3D traz como de equipamentos, fornecedores, entre outros possibilidades.
grande proveito o poder de compatibilização de projetos, onde podemos avaliar onde
estão os conflitos interdisciplinares (SOUZA, 2015).
BIM 8D

Sendo a última dimensão do BIM, a 8º incorpora os aspectos de segurança


BIM 4D
ao projeto e em todas as suas etapas, sendo possível analisar os riscos a integridade
A aplicação do BIM 4D introduz a variante tempo ao projeto, portanto é física do empreendimento, tanto quanto as eminentes pessoas que possam a vim
possível incluir ao modelo informações sobre cronograma da obra, ordem e fases de trabalhar na concepção da edificação. Assim, os riscos são evitados antes mesmo do
implementação. Usado para atividades relacionadas com planejamento local de início da obra.
construção. A quarta dimensão do BIM permite que os usuários possam extrair e
visualizar o progresso de suas atividades por durante todo o ciclo de vida do projeto
(SILVA, 2017).

31 32
O nível de detalhe é essencialmente a quantidade de detalhes que estão
incluídos no elemento do modelo, por ser apenas uma medida de quantidade,
a suposição é que todas as informações fornecidas são relevantes para o
projeto e, portanto, podem ser confiáveis.

Já o nível de desenvolvimento é o grau em que a geometria do elemento e as


informações anexadas foram analisadas em conjunto. Ou seja, o grau em que
os membros da equipe do projeto podem confiar nas informações ao usar o
modelo” (GARIBALDI, 2020).

As escalas LOD são enumeradas em intervalos de 50 ou 100, permitindo ao


profissional de definir LODs intermediários. Essa definição de LODs adicionais são
essenciais em alguns casos, principalmente por razões contratuais, como forma de
delimitar qual o nível de detalhe/ desenvolvimento a contratada deve entregar o
modelo.
No Brasil, segundo o Caderno Building Information Model, elaborado pelo
Laboratório BIM de Santa Catarina, os níveis de desenvolvimento vão dos niveis 100
ao 500, nele e são determinadas as anotações LODs desde o estudo preliminar até o
as built (do inglês, como construído).

Figura 4: Demonstrando as dimensões do BIM.

Fonte: Autor, 2021

3.1.4. LOD EM PROJETOS BIM

Figura 5: Escalas LODs aplicada em um modelo arquitetônico.

O termo LOD, level of development (do inglês, nível de desenvolvimento) é Fonte: Utilizando BIM, 2020.

uma modalidade de referência criada para melhorar a qualidade de comunicação


entre os usuários de BIM. Desenvolvida pelo AIA, American Institute of Architects,
essa especificação foi desenvolvida para a Exposição de Dados Digitais BIM E202-
2009 (DAROS, 2019).
O LOD, nada mais e do que um termo que identifica o nível que demonstra o
nível de desenvolvimento do modelo, onde o mesmo e atribuído a dados específicos
do modelo durante as etapas de projeto. Trata-se de um método para delimitar o nível
de confiabilidade que um elemento do modelo apresenta, desde a etapa de projeção,
até sua edificação por completa.

“Por vezes, até por questões históricas, o LOD é referido ou interpretado como
nível de detalhe, e não como nível de desenvolvimento.
33 34
Figura 6: Demonstração das escalas LODs em diferentes modelos.

Fonte: Utilizando BIM, 2020.

A partir do exposto, o LOD é um importante sistema de comunicação, que


ajuda no modo de disposição e aproveitamento dos dados de um modelo BIM e na
permuta de informações entre os vários profissionais participantes de um projeto. Por
meio delas, a administração, qualidade, custos e prazos ganham forma e direcionam
o projeto para resultados melhores.

35 36
COMPATIBILIZAÇÃO EM BIM

4.1. Interoperabilidade BIM;


4.2. Extensão IFC;
4.3. Clash Detection.

7
4.1. INTEROPERABILIDADE BIM Processo Colaborativo não BIM

O conceito de Interoperabilidade BIM

A implementação da metodologia BIM, dirige-se para métodos de trabalhos


principalmente colaborativos, baseados em ferramentas informativas capazes de
realizar modelos virtuais do edifício a ser realizado. A interoperabilidade não foi um
conceito desenvolvido diretamente para a indústria da construção civil, na verdade,
ela surge na indústria manufatureira e sofre algumas adaptações para que também
possa ser usado pelo setor de Arquitetura, engenharia e Construção (AEC).
O termo interoperabilidade, é a correspondência de uso e informações entre
vários profissionais participantes de um projeto, durante o ciclo de vida do
empreendimento, através da comunicação direta entre aplicações de programas
distintos. O desenvolvimento conceitual deste novo método permitiu a estes
processos colaborativos ao longo dos anos, de definir-se mais e mais, para logo ser
codificados e progressivamente refinados nos padrões normativos e de diretrizes
comuns.
A ideia de modelo virtual tem evoluído da inicial, que segundo a quais um
Figura 7: Esquema do processo colaborativo não BIM.
único arquivo podia ser gerido por um único motor de software para chegar ao conceito
Fonte: Autor, com base nas figuras disponibilizadas no site www.flaticon.com/br, acesso em 10 abr.
de uma federação de modelos capazes de falar uns ao outros (BIBLUS, 2017).
de 2021.
Exposto isso, o processo colaborativo entre softwares não BIM (normalmente
CADs), dá-se pelo compartilhamento de arquivos de propriedade única do programa A Interoperabilidade é a disposição oferecida aos usuários de um programa
modelado, sendo assim, o fluxo de trabalho de escritórios de AEC, e realizado da de trocar dados com outros programa por meio de um método padrão comum de troca
seguinte forma: e concebido o projeto arquitetônico e com base nas informações de dados. De acordo com o Manual do BIM da CBIC, existem diversos métodos de
visuais contida nesse projeto e realizado os complementares, que por sua vez, são intercâmbio de dados envolvendo geometria e informação. Além das ligações diretas
realizados por profissionais que não proporcionam a comunicação entre si, logo o e proprietárias entre ferramentas BIM (CBIC, 2018).
resultado de cada projeto, está suscetível a interferência nas outras disciplinas. Em uma pesquisa realizada pela empresa McGraw Hill Construction estimou
que 3,1% dos custos dos projetos têm relação direta à problemas de
interoperabilidade entre programas utilizados, logo a interoperabilidade, e um fator
chave para o melhor aproveitamento de tempo e custo na elaboração de um projeto,
pois os processos ocorrem simultaneamente, assim sendo possível adequar qualquer
incompatibilidade durante o discorrer projetual, evitando retrabalhos nas
documentações das disciplinas.

39 40
Diante o exposto, a interoperabilidade BIM, traz a facilidade e agilidade para 4.1.1. EXTENSÃO IFC (INDUSTRY FOUNDATION CLASSES)
o desenvolver dos projetos, pois se houvesse a necessidade de realizar cópias
manuais toda vez que um modelo BIM mudasse de plataforma, desencorajaria Um modelo BIM, e muito mais do que apenas uma volumetria tridimensional,
interações durante a fase de projeto. logo, qualquer objeto, seja o que for (parede, piso, laje, mobiliário, entre outros)
contêm uma hierarquia de estruturas e informações. Um dos principais benefícios de
Processo Colaborativo BIM
BIM se dar pela assertividade e compartilhamento de dados, isso só e possível
devidos os modelos serem munidos de informações pertinentes, como, material,
preço, fabricante, dimensões, entre infinitas outras informações, ficando a cargo do
projetista complementá-las.
Todos Software, seja voltado ao setor de AEC ou não, possui sua própria
estruturação, sua forma de organizar e armazenar os dados desenvolvido em seu
espaço de trabalho, logo fica a cargo da empresa responsável suas formas de leitura
e compartilhamento.
Todos esses softwares possuem suas estruturas internas de dados no
formato proprietário, isto é, cada software possui sua própria extensão, logo eles não
podem realizar a troca de suas informações entre si, a menos que exista um tradutor
universal. O IFC, foi desenvolvido com a finalidade de criar um grande aglomerado de
dados consistentes para representar um modelo de dados de um edifício, com o
objetivo de permitir a troca de informações entre diferentes fabricantes de software
voltados ao setor de construção (EASTMAN et al. 2008).
Por ser um formato de dados neutro e aberto, o IFC está disponível para as
empresas programadoras desenvolverem exportações de dados em IFC. Para isso, a
aplicação precisa ser “IFC compatível”, um processo de certificação fornecido pela
buildingSMART. De acordo com o MakeBIM, atualmente existem aproximadamente
204 softwares certificados como “IFC compatíveis”.

Figura 8: Esquema do processo de interoperabilidade BIM.

Fonte: Autor, com base nas figuras disponibilizadas no site www.flaticon.com/br, acesso em 10 abr.
de 2021.
41 42
Processo de compartilhamento de dados BIM

Figura 9: Estruturação das informações contida em um modelo BIM, elaborado com o arquivo de
amostra do software NavisWorks.

Fonte: Autor, 2021.

A interoperabilidade, com o uso do IFC, permiti o reuso de dados de


projeto já desenvolvidos e assim garantindo consistência entre cada
um dos modelos para as diferentes representações do mesmo edifício.
Dados consistentes, acurados e acessíveis por toda a equipe de
projeto, que contribuem significativamente para mitigar os atrasos e os
custos adicionais (HOWELL; BATCHELER, 2004).

O IFC surge como um modelo de informações de tradução, em formato livre,


sem nenhuma propriedade intelectual ou de registro, disponível livremente para a Figura 10: Esquema do processo de interoperabilidade BIM.

definição de objetos na nos setores de softwares voltados a AEC, restringindo-se Fonte: Autor, com base nas figuras disponibilizadas no site www.flaticon.com/br, acesso em 10 abr.
de 2021
unicamente à padronização das informações compartilhadas no arquivo.
O desenvolvimento de um modelo de dados de edifícios, como o IFC, é
Diante o exposto, o IFC como centralizador, permite uma troca de informações
relativamente novo, a primeira aplicação concebida com esse conceito foi realizada
precisa, assertiva, com maior qualidade, economia de tempo, sendo responsável por
pela empresa Graphisoft, no seu Software ArchiCAD.
uma abordagem universal e democrático à colaboração para os desenhos e a
construção dos empreendimentos baseados em padrões e fluxos de trabalho livres e
abertos (FARIAS, 2020).

43 44
4.1.2. CLASH DETECTION Exemplo de interferência
E muito comum ocorrerem interferências em obras cujos projetos não foram
compatibilizados e normalmente só são percebidas durante a execução, promovendo
acréscimos no tempo de execução e nos custos da obra. Geralmente isto acontece
quando as obras são executadas sem a compatibilização dos projetos.
O Clash Detection (termo do inglês), é uma etapa que pode acontecer tanto
durante a modelagem do projeto, bem como durante a compatibilização das diferentes
disciplinas e componentes do projeto. Essa busca por interferências consiste na
verificação de possíveis colisões entre os objetos do modelo, ou seja, o processo de
detecção de conflitos entre os elementos que o compõem (THORUS, 2020).
Diante o exposto, tratando-se de um modelo BIM, com modelagem
tridimensional e paramétrica, as colisões são rapidamente encontradas e com maior
velocidade. A automação do clash detection é uma grande vantagem da
compatibilização em modelos BIM. Além disso, é possível que categorias de objetos Figura 11: Estruturação de consulta de colisão entre elementos de um modelo BIM, elaborado no
sejam testados de forma isolada, onde são postos elementos em análise, verificando software Autodesk Revit.

se não tem nenhuma colisão entre os mesmos, assim como todo o projeto pode ser Fonte: Autor, 2021.

testado de uma só vez.


As interferências de colisões, são classificadas de acordo com o seu nível Exemplo de identificação da interferência
impacto no projeto e durante a obra, em geral, os conflitos detectados em três tipos,
os hard clash, soft clash e os 4D clash.
Os hard clash, são consideradas as colisões que indicam um problema que
afeta diretamente a eficiência da edificação, como exemplo, uma tubulação hidráulica
passando por uma viga, onde certamente acarretaria um empecilho durante a
execução.

Figura 12: Estruturação de relatório de colisão entre elementos de um modelo BIM, elaborado no
software Autodesk Revit.

Fonte: Autor, 2021.


45 46
Os Soft Clash, não são consideradas colisões, mas sim alguma situação
determinada pelo projetista, da qual não está de acordo, como exemplo, uma
tubulação de gás a uma distância menor que 20cm de outras tubulações, dutos ou
eletrodutos.
Já o Clash 4D, são considerados as incompatibilidades de elementos quanto
ao tempo, como exemplo uma grua que permaneceu maior tempo do que o
determinado em um local onde seria edificado, onde a mesma acaba acarretando um
atraso no planejamento da obra.
Portanto, o clash detection e uma etapa da metodologia BIM muito importante,
pois com ela são encontrados os possíveis e erros de projeto e planejamento, que
tenham passado despercebido na concepção do modelo.

47 48
5.1 – CENTRO MÉDICO
PSICOPEDAGÓGICO –
Curadoria de Danae
Santibañez

FICHA TECNICA
Localização: Barcelona, Espanha.
Uso: Hospitalar
Área: 1.657,00 m²
Pavimentos: Térrea
Ano: 2015
Arquitetos: Comas-Pont arquitectos

Fachada Hospital compacto CIES Global.

Fotografia: Adrià Goula


34
5.1.2. Localização 5.1.3. Acessos

O acesso principal do hospital, se dar perpendicular a via frontal do terreno a


O Centro Médico Psicopedagógico está situado em conjuntos com várias rua Carrer de Josep Maria Selva, tendo dois outros acessos laterais ao principal,
outras edificações com a mesma finalidade médica, circundado por um parque. A separados por um jardim, ponto chave da edificação, onde há vários outros
edificação se dispõe unicamente em nível térrea, com o objetivo de facilitar a espalhados no entorno.
mobilidade dos pacientes que frequentam a unidade médica.
Ao redor de um hall central, dar-se início as outras alas médicas, suprindo o
programa de necessidades da unidade. No tocante à disposição topográfica, a
edificação se adequa as poucas variações do terreno, sendo a mesma separadas por
jardins externos.
O local, tem por objetivo prestar os serviços de reabilitação para pessoas com
deficiências mentais e suprem esse objetivo com o agrupamento de módulos
espaciais independentes. Um sistema de construção econômico e energicamente
sustentável, em uma escala doméstica com o acolhimento dos espaços internos
somados à relação entre edifício e natureza, convertem o local em um edifício
saudável para os seus paciente e funcionários.

Figura 13: Mapa de localização do centro médico psicopedagógico Danae Santibañez.


Figura 14: Planta com acessos a edificação - Danae Santibañez.
Fonte: Google Earth editado pelo autor, 2021.
Fonte: ArchDaily editado pelo autor, 2021.

53 54
5.1.4. Circulação

A circulação predominante no centro médico, se dar por meio horizontal, com


exceção do acesso de serviço, que logo após sua entrada já conta com uma escada
e um elevador.
Em toda sua extensão, a circulação segue de modo linear, com pouca
segmentação do caminho, sendo a edificação composta de vários corredores e
acessos pelo lado externo dos jardins.

Figura 16: Planta com representação das circulações internas Danae Santibañez pavimento
superior.

Figura 15: Planta com representação das circulações internas Danae Santibañez pavimento térreo. Fonte: ArchDaily editado pelo autor, 2021.

Fonte: ArchDaily editado pelo autor, 2021.

5.1.5. Volumetria e Forma

A severidade produzida pela utilização de apenas um único revestimento que


cobre as fachadas e coberturas, traz um grande contraste com as os translúcidos dos

55 56
produzido pela iluminação zenital das estufas nas fachadas sul, funcionando como 5.1.7. Zoneamento Funcional
um sistema bioclimático passivo e natural, assim como o uso da madeira como
O zoneamento da edificação se dar basicamente de ambientes destinado ao
elemento principal no interior da edificação.
atendimento psicopedagógico, como salas de atendimento individual, sala de
A edificação lembra muito a forma de uma fábrica, em todos os seus aspectos,
atendimento coletivo e entre outros
com os acabamentos rústicos, concreto aparente, sistemas de montagem, módulos
pré-fabricados, ventilação passiva e mecânica por meios de lanternins, cobertura
Pavimento térreo
aparente, utilização de telhado em formato de arco.

Figura 17: Fachada Sul e corte esquemático - Danae Santibañez.

Fonte: ArchDaily, 2021.

Figura 18: Fachada Sul e corte esquemático - Danae Santibañez.

Fonte: ArchDaily, 2021.

5.1.6. Técnica Construtiva Figura 19: Planta com representação da setorização internas Danae Santibañez pavimento térreo.

Com formas simples e práticas, o centro hospitalar conta com um sistema de Fonte: ArchDaily editado pelo autor, 2021.

modulação espacial de 6 metros de largura. Esses módulos são locados de maneira


independentes, onde os módulos podem ser posicionados sem nenhum tipo de
LEGENDA
dependências dos demais elementos. A edificação conta com um sistema energético
econômico, pois tem sistemas de captação de águas pluviais para uso na horta,
sistema de iluminação natural por meio de claraboias, ventilação passiva por meio de
lanternins, modular e de alta eficiência que permite adaptar a demanda energética
segundo a ocupação interna e o clima externo.

57 58
5.1.8. Ambientes
Pavimento superior
Pavimento térreo

Figura 21: Planta com representação dos ambientes interno Danae Santibañez pavimento térreo.

Fonte: ArchDaily editado pelo autor, 2021.

Figura 20: Planta com representação da setorização internas Danae Santibañez pavimento
superior.

Fonte: ArchDaily editado pelo autor, 2021.

59 60
Pavimento superior 5.1.9. Estudo Bioclimático

O clima de Barcelona, Espanha se dar da seguinte forma, durante o verão o


que perdura por quatro meses, clima e morno e úmido e o céu quase sempre sem
nuvens, já o inverno é perdura por oito mesmo, normalmente é fresco e de céu
parcialmente encoberto. Durante o decorrer do ano, a temperatura varia entre 5°C a
28°C e dificilmente é inferior a 1°C ou superior a 31°C.
Como resultado para sua eficiência energética, os módulos que compõem o
centro hospitalar, possuem sistema que permitem o conforto térmico dos usuários do
ambiente, no inverno, as estufas são responsáveis por manter a temperatura interna
mais agradável.

Figura 22: Planta com representação dos ambientes interno Danae Santibañez pavimento superior.

Fonte: ArchDaily editado pelo autor, 2021.

Figura 23: Mapa de localização do centro médico psicopedagógico Danae Santibañez.

Fonte: Google Earth editado pelo autor, 2021.

61 62
5.1.10. Conforto Térmico 5.1.11. Partido / Relevância para a escolha

O projeto foi planejado de modo atender a necessidade médica para qual foi
designado, levando em consideração os seguintes itens:
- Técnica construtiva modular: a edificação usa de técnicas simples e práticas
quanto a sua composição, formado por módulos independentes, garantido um menor
tempo de obra;
Um sistema energético econômico: a edificação conta com técnicas de
sustentabilidade relativamente fáceis, como captação de água pluviais, sistema de
ventilação passiva e uso de materiais ecologicamente corretos;
- Biofilia: o projeto conta com várias de suas vistas para alguma espaços
verdes, promovendo maior contato de seus pacientes com o espaço externo.

Figura 24: Corte esquemático representando soluções técnicas e executivas para proporcionar maior
conforto interno no inverno - Danae Santibañez.

Fonte: ArchDaily editado pelo autor, 2021

Imagem 2: Fachada principal do centro médico psicopedagógico Danae Santibañez.

Fonte: ArchDaily, 2015 - Fotografia: Adrià Goula.

Figura 25: Corte esquemático representando soluções técnicas e executivas para proporcionar maior
conforto interno no verão - Danae Santibañez.
Imagem 3: Fachada Lateral do centro médico psicopedagógico Danae Santibañez.
Fonte: ArchDaily editado pelo autor, 2015.
Fonte: ArchDaily, 2015 - Fotografia: Adrià Goula.
63 64
Imagem 5: Recepção do centro médico psicopedagógico Danae Santibañez.

Fonte: ArchDaily, 2015 - Fotografia: Adrià Goula.

Figura 26: Esquema projetual da edificação centro médico psicopedagógico Danae Santibañez.

Fonte: ArchDaily, 2015.


Imagem 4: Varanda lateral do cento médico psicopedagógico Danae Santibañez.

Fonte: ArchDaily, 2015 - Fotografia: Adrià Goula.


65 66
hh

ESTUDO DE CASO 02A

5.2. HOSPITAL COMPACTO CIES GLOBAL

Imagem 6: Fachada Hospital Compacto CIES Global.

67 68
5.2.2. Acessos

5.2.1. Localização O acesso principal do hospital, se dar perpendicular a via frontal do terreno a

O edifício está localizado na rua Baquiá, Vila Nova, em São Paulo, SP, Brasil rua Baquiá, tendo outro acesso na lateral direita ao principal, separados por um

foi planejado no local onde era o antigo almoxarifado, sendo uma extensão ala de minijardim.

atendimento do CIES Global, ONG que realiza atendimento de saúde pública em


áreas itinerantes. Seu programa se desenvolve basicamente em dois pavimentos para
facilitar a mobilidade de seus usuários.
ACESSO PRINCIPAL
Ao redor da unidade concentra-se basicamente edificações do tipo
habitacional. O projeto seguiu a adaptação do terreno original ACESSO SENCUNDÁRIO
O fluxograma da extensão da nova ala e composto de: recepção, triagem,
espera, preparo e recuperação pós-cirúrgica no pavimento térreo e laboratório,
treinamento e áreas administrativa e de apoio no pavimento superior. O afastamento
lateral para o lote do vizinho foi usado como corredor técnico para organizar todas as
instalações do conjunto.

Figura 28: Planta com acessos a edificação Hospital Compacto CIES Global.

Fonte: ArchDaily editado pelo autor, 2016.

5.2.3. Circulação

A circulação predominante no centro médico, se dar por meio horizontal, com


exceção, logo após sua entrada já conta com uma escada, na unidade não contempla
elevador.
Figura 27: Mapa de localização do Hospital Compacto CIES Global.
Em toda sua extensão, a circulação segue de modo linear, com pouca
Fonte: Google Earth editado pelo autor, 2021.
segmentação do caminho, sendo a edificação composta de vários corredores.

71 72
5.2.4. Volumetria e Forma

A austeridade produzida pela opção de utilizar módulos de containers


expostos, revestimento apenas por uma fina pintura na cor branca para cobrir as
fachada e coberturas, traz um grande contraste com os ornamentos, vegetações e os
muros de divisa do lote na cor verde.
Os módulos de containers, foram postos de modo a garantir a ventilação
horizontal por toda a ala, e vertical em alguns pontos.

Figura 29: Planta com representação das circulações internas do Hospital Compacto CIES Global –
pavimento térreo.

Fonte: ArchDaily editado pelo autor, 2016.

Figura 31: Fachada Frontal do Hospital Compacto CIES Global.

Figura 30: Planta com representação das circulações internas do Hospital Compacto CIES Global – Fonte: ArchDaily, 2016.
pavimento superior.

Fonte: ArchDaily editado pelo autor, 2016.


73 74
5.2.5. Técnica Construtiva

Com formas simples e práticas, o centro hospitalar conta com um sistema de


modulação espacial de 6 containers. Sem nenhum tipo de técnica especial, o único
objetivo da obra, era realizar a edificação em tempo hábil de 45 dias, logo a
metodologia com a utilização de unidades montadas de containers supriu a
necessidade.

Figura 33: Planta com representação da setorização internas do Hospital compacto CIES Global –
pavimento térreo.

Fonte: ArchDaily editado pelo autor, 2021.


Figura 32: Corte esquemático do Hospital Compacto CIES Global.

Fonte: ArchDaily, 2016.

5.2.6. Zoneamento Funcional

O zoneamento da edificação se dar basicamente de ambientes destinado ao


atendimento médico, com salas de atendimento destinados a triagem e consultórios

Figura 34: Planta com representação da setorização internas do Hospital compacto CIES Global –
pavimento superior

Fonte: ArchDaily editado pelo autor, 2021.


75 76
5.2.7. Ambientes Pavimento superior

Pavimento térreo

Figura 35: Planta com representação dos ambientes interno do Hospital Compacto CIES Global – Figura 36: Planta com representação dos ambientes interno do Hospital Compacto CIES Global –
pavimento térreo. pavimento superior.

Fonte: ArchDaily editado pelo autor, 2021. Fonte: ArchDaily editado pelo autor, 2021.

77 78
5.2.8. Estudo Bioclimático 5.2.9. Conforto Térmico

O clima de São Paulo, Brasil se dar da seguinte forma, durante o verão, clima A edificação não conta com grande ou inovadoras solução quanto ao conforto,
e morno e abafado, com forte índice de precipitação e o céu quase sempre encoberto porém os módulos containers foram posicionados de forma a promover a circulação
por nuvens, já o inverno, normalmente conta com um clima ameno, e de céu de ar no seu interior.
parcialmente encoberto. Durante o decorrer do ano, a temperatura varia entre de 13°C
a 28°C e dificilmente é inferior a 10°C ou superior a 32°C.

Figura 38: Corte esquemático representando soluções técnicas e executivas para proporcionar maior
conforto interno - Hospital Compacto CIES Global.

Fonte: ArchDaily editado pelo autor, 2021

Figura 37: Mapa de localização do Hospital Compacto CIES Global.

Fonte: Google Earth editado pelo autor, 2021.

79 80
5.2.10. Relevância para a escolha

O motivo para a escolha do projeto, se deu pelos seguintes itens listados


abaixo:
- Técnica construtiva modular: A edificação usa de técnicas simples e práticas
quanto a sua composição, formado por módulos de containers, garantido um menor
tempo de obra;

Imagem 7: Recepção do Hospital Compacto CIES Global.

Fonte: ArchDaily, 2016 – fotografia: Rafael Schimidt.

Imagem 8: Fachada frontal do Hospital Compacto CIES Global.

Fonte: ArchDaily, 2016 – fotografia: Rafael Schimidt.

81 82
Imagem 11: Sala de Reunião do Hospital Compacto CIES Global.

Imagem 9: Pavimento superior do Hospital Compacto CIES Global. Fonte: ArchDaily, 2016 – fotografia: Rafael Schimidt.

Fonte: ArchDaily, 2016 – fotografia: Rafael Schimidt.

Imagem 12: Fachada Lateral do Hospital Compacto CIES Global.

Fonte: ArchDaily, 2016 – fotografia: Rafael Schimidt.

Imagem 10: Recepção do Hospital Compacto CIES Global.

Fonte: ArchDaily, 2016 – fotografia: Rafael Schimidt.

83 84
f

5.3 – Hospital de Amor


Amazônia.

FICHA TECNICA
Localização: Porto Velho - RO, Brasil.
Uso: Hospitalar
Área: 15.000 m²
Pavimentos: 2 pavimentos
Ano: 2017
Arquitetos: Carla Vilhena e João
Lacerda.

Fotografia: Fachada Hospital compacto CIES Global.

Fotografia: Rafael Schimidt


43
5.3.2. Acessos
5.3.1. Localização
O acesso principal do hospital, se dar perpendicular a rodovia Br-364, são
duas entradas em cada extremidade da testada do terreno, com sua fachada principal
O Hospital está localizado entre o município de Porto Velho e Candeias do para a mesma, tendo suas divisas laterais e de fundo para a mata, tornando o local
Jamari, situado as margens da Br-364, Km 12. Seu programa se desenvolve muito mais agradável.
basicamente em várias alas com diferentes números de pavimentos circundando ao
longo de um hall principal com um jardim central para facilitar a mobilidade de seus
usuários.
Ao redor de um pavilhão de acesso central agrupam-se os outros pavilhões
com suas necessidades, original e separado entre si por jardins e pomares.
O Hospital e o principal meio para os serviços de prevenção e tratamento e
de pessoas com câncer do estado, composto a partir da repetição de módulos fixados
em estrutura metálica. Um sistema de construção econômico e energicamente
sustentável, com integração dos espaços internos com a paisagem externa, tornando
nítido o uso da biofilia, convertem o local em um edifício saudável para os seus
paciente e funcionários.

Figura 40: Planta de implantação com os acessos a edificação Hospital de Amor Amazônia.

Fonte: Disponibilizado pela equipe técnica do hospital, editado pelo autor 2021.
Figura 39: Mapa de localização Hospital de Amor Amazônia.

Fonte: Google Earth editado pelo autor, 2021.

87 88
5.3.3. Circulação 5.3.4. Volumetria e Forma

A circulação predominante no Hospital de Amor Amazônia, se dar por meio Referente a forma que dispõem o hospital, o mesmo não destoa do comum,
horizontal, com alguns acessos verticais por meio de elevadores e escadas, com suas individualidades sendo mínimas, o Hospital conta com formas em sua
normalmente nas extremidades dos pavilhões. maioria retangulares disposta em um retângulo principal com um jardim central, que
Em toda sua extensão térrea, a circulação segue de modo linear, com pouca permite maior circulação dos ventos e entrada de luz natural.
segmentação do caminho, sendo a edificação composta de vários corredores e A edificação conta com uso abrangente da cor branca e cinza claro nos limites
acessos pelo lado externo dos jardins. No tocante a circulação dos pavimentos externo, o que torna um pouco monótona quando levado em consideração a escala
superiores, segue de modo semelhante. das formas em paralelepípedos, com exceções de alguns pavilhões que contam com
cores variadas. A edificação conta com várias janelas em fitas no entorno da mesma,
sendo que, na fachada sul tem-se quantidades maiores devido a menor incidência
solar.

Imagem 14: Construção do jardim interno do hall principal.

Fonte: Autor, 2020.

5.3.5. Técnica Construtiva


Figura 41: Planta com representação das circulações da ala de internação do Hospital de Amor
Amazônia pavimento térreo. Com formas simples e práticas, o Hospital de Amor Amazônia conta com um
Fonte: Disponibilizado pela equipe técnica do hospital, editado pelo autor 2021. sistema de modulação espacial de seis metros de largura. Esses módulos são locados
de maneira independentes, onde os módulos podem ser posicionados sem nenhum
tipo de dependências dos demais elementos da edificação. A unidade conta com um
sistema energético econômico, conta com abrangência do uso ventilação passiva por
meio de várias esquadrias, modular e de alta eficiência que permite adaptar a fácil e
rápida montagem, limpezas, manutenções, bem como, por se tratar de um modulo

89 90
preenchido com material termoacústico, proporciona maior conforte interno na 5.3.7. Ambientes
edificação.

5.3.6. Zoneamento Funcional

O zoneamento da edificação se dar basicamente de ambientes destinado ao


atendimento médico, como várias salas destinadas a internação coletiva e isolamento
dos pacientes.

Figura 43: Planta com representação dos ambientes internos da ala de internação do Hospital de
Amor Amazônia pavimento térreo.

Fonte: Disponibilizado pela equipe técnica do hospital, editado pelo autor 2021.

Figura 42: Planta com representação da setorização internas ala de internação Hospital de Amor
Amazônia pavimento térreo.

Fonte: Disponibilizado pela equipe técnica do hospital, editado pelo autor 2021.

LEGENDA

91 92
5.3.8. Estudo Bioclimático 5.3.9. Partido / Relevância para a escolha

O Hospital foi planejado de modo atender a necessidade médica para qual foi
O clima de Porto Velho, se dar da seguinte forma, com predominância do
designado, levando em consideração os seguintes itens:
clima tropical super úmido, nos meses de novembro a março, conta com grande índice
- Técnica construtiva modular: a edificação usa de técnicas simples e práticas
precipitação, e com uma estação seca que dura cerca de três meses, entre junho e
quanto a sua composição, formado por módulos independentes, garantido um menor
agosto. A temperatura média anual é de 25,6 ºC, sendo setembro o mês mais quente,
tempo de obra;
cerca de 26,2 ºC, e julho com o mês mais frio, com média de 24,6ºC.
- Sistema de pavilhões: O conta com um sistema de pavilhões circundando
Como resultado para sua eficiência energética, os módulos que compõem o
um hall principal com um jardim;
Hospital de Amor Amazônia, possuem sistema que permitem o conforto térmico dos
- Biofilia: o projeto conta com várias de suas vistas para alguma espaços
usuários do ambiente internos, tornando a edificação mais agradável aos pacientes e
verdes, promovendo maior contato de seus pacientes com o espaço externo.
funcionários.

Imagem 15: Fachada principal do Hospital de Amor Amazônia.

Fonte: Autor, 2020.

Figura 44: Mapa de localização do Hospital de Amor Amazônia.

Fonte: Google Earth editado pelo autor, 2021.

93 94
Imagem 18: Técnica construtiva utilizada nas instalações elétricas - Hospital de Amor Amazônia.
Imagem 16: Jardim Interno do Hall Principal - Hospital de Amor Amazônia.
Fonte: Autor, 2020.
Fonte: Autor, 2020.

Imagem 17: Técnica construtiva utilizada no forro - Hospital de Amor Amazônia. Imagem 19: Técnica construtiva utilizada nas instalações hidrossanitárias - Hospital de Amor
Amazônia.
Fonte: Autor, 2020.
Fonte: Autor, 2020.
95 96
DIAGNÓSTICO DA ÁREA

6.1. Legislações, Leis e Normas;


6.2. Área de Intervenção;
6.3. Estudo Bioclimático;
6.4. Análise do Entorno;
6.5. Impactos na Cidade e Adequação
ao Contexto Urbano.

7
6.1. LEGISLAÇÃO, LEIS E NORMAS Por se tratar de uma edificação do tipo hospitalar, o projeto visa o seguimento
da resolução – RDC 50 de 2020, tratamento dos requisitos mínimos e ideais para a
O Presente trabalho seguirá todas as normativas no tocante ao local
composição por inteira da unidade de campanha, assim como as recomendações da
implantado e ao tipo de edificação para qual designada, bem como está em
Organização Mundial da Saúde (OMS).
conformidade com o zoneamento e a Lei Complementar n°97 de 29 de dezembro de
Diante o exposto, e se tratando de uma edificação para o uso hospitalar, e
1999, que rege quanto ao uso e ocupação do solo na cidade de porto velho. Todo
indispensável a adoção desenho universal para com o projeto, sendo assim, a unidade
material, fonte do elaborado, foi baseado nos arquivos, mapa e diretrizes da prefeitura
contará com todos os requisitos exigidos pela NBR 9050, agosto de 2020,
de porto velho, Rondônia.
estabelecendo parâmetros técnicos a serem observados quanto ao projeto,
O local a ser implantado a unidade hospitalar de campanha, está situado no
construção, instalação e adaptação de edificações às condições de acessibilidade.
estágio Aluízio Ferreira, na Avenida Farquar, Bairro Arigolândia, Zona ZP I, como
indica a tabela de uso e ocupação do solo.
A tipologia da edificação harmonizar-se no uso conforme descrito E2, 6.2. ÁREA DE INTERVENÇÃO
denominado de instituição diversificada e descrito como atividade de atendimento de
O local de implantação se dará no estágio Aluízio Ferreira, em Porto Velho-
nível hospitalar.
RO. Por se tratar de uma unidade hospitalar de campanha, a mesma necessita de
uma estrutura básica pré-existente, logo, locais com espaços amplos e com
infraestrutura básica, são os mais indicados devido as circunstâncias para qual são
necessárias esse tipo de edificação.

Figura 45: Trecho tabela de regimento urbanístico da cidade de Porto Velho, RO – Quadro 01.

Fonte: Prefeitura de Porto Velho, RO – Acesso em 19 de abril de 2021.

Diante o exposto, o projeto em todas suas composições, seguirá as


conformidades exigidas pelo código de obras da cidade de Porto Velho, Lei
Imagem 20: Hospital de campanha erguido no estádio do Pacaembu.
Complementar Nº 560 de 23 de dezembro de 2014. Assim como as normativas e
instruções técnicas do Corpo de Bombeiros Militar de Rondônia em toda a sua Fonte: GND Construções, https://www.gndconstrucoes.com.br, acesso em 11 abr. de 2021.

extensão.

99 100
O Terreno, conta com aproximadamente 27 mil metros quadrados e 700 A direção dos ventos
metros lineares de perímetro, sendo o único terreno da quadra em que está situado.
A predominância quanto a direção dos ventos na cidade de Porto Velho, se
Fazendo divisa ao Norte com a rua Senador Álvaro Maia, ao Sul com a rua Benjamin
dá nove meses no sentido Noroeste, e três meses no sentido Sudeste. Quando no
Constant, ao Leste com a Avenida Farquar e ao Oeste com a Rua Rui Barbosa.
sentido Noroeste, período de maior temperatura, pois carrega a massa tropical
Perante o exposto, o estádio Aluízio Ferreira, é um dos locais mais indicados
equatorial, o que acarreta o aumento da temperatura.
na cidade de Porto Velho, para o tipo e necessidade da edificação, por contar com
infraestrutura básica, delimitação do entorno, grande espaço livre (gramado) e
nenhuma restrição legal.

6.3. ESTUDO BIOCLIMÁTICO

O clima de Porto Velho, se dar da seguinte forma, com predominância do


clima tropical super úmido, nos meses de novembro a março, conta com grande índice
precipitação, e com uma estação seca que dura cerca de três meses, entre junho e
agosto. A temperatura média anual é de 25,6 ºC, sendo setembro o mês mais quente,
cerca de 26,2 ºC, e julho com o mês mais frio, com média de 24,6ºC.

Figura 47: Gráfico direção dos ventos na cidade de Porto Velho.

Fonte: Weather Spark, https://pt.weatherspark.com, acesso em 12 abr. de 2021.

6.4. ANÁLISE DO ENTORNO

Por se tratar de uma zona que habilita uso conforme descrito R1, R2.01,
R2.02, R3, C1, S1, S2.1, E1 e E2. A predominância se dar por unidades habitacionais,
ainda conta com a existência de instituições e comercio no seu entorno.
Está situado próximo a áreas institucionais como o Tribunal de Justiça,
assembleia legislativa do estado de Rondônia, palácio Rio Madeira, Senai entre outras
unidades.
O local conta com infraestrutura básica, as calçadas e ruas no entorno são
pavimentadas, há a presença de pequenos focos de vegetação e conta com linha de
ônibus.
Figura 46: Mapa de localização Aluízio Ferreira.

Fonte: Google Earth editado pelo autor, 2021.

101 102
Figura 48: Mapa de ocupação no entorno do estádio Aluízio Ferreira. Figura 50: Mapa de vias no entorno do estádio Aluízio Ferreira.

Fonte: Google Earth editado pelo autor, 2021. Fonte: Google Earth editado pelo autor, 2021.

Figura 51: Mapa de hierarquia viária no entorno do estádio Aluízio Ferreira.


Figura 49: Mapa de altura de gabarito no entorno do estádio Aluízio Ferreira.

Fonte: Google Earth editado pelo autor, 2021. Fonte: Google Earth editado pelo autor, 2021.
103 104
ecologicamente corretos. Quanto a gestão dos lixos comuns, todos serão separados
de acordo com sua classe e descartados corretamente.

Fluxo Viário

Após análises e estudos, constatou-se que o tipo de edificação não e um polo


gerador de tráfico, por se tratar de um hospital de campanha para o tratamento do
vírus covid-19, o mesmo, segundo as recomendações do ministério da saúde, em sua
cartilha de orientações para elaborações de unidades de âmbito temporário, tem seu
acesso limitado, logo os acessos se darão apenas por veículos de serviços e
funcionários. Diante o exposto, o local conta com uma estrutura viária suficiente para
a demanda gerada pela unidade hospitalar, sem causar maiores transtorno e
sobrecarga.

Segurança

Figura 52: Mapa de maciços arbóreos no entorno do estádio Aluízio Ferreira. Quanto a segurança do local, e um dos quesitos chaves a ser levado em
consideração, pois o local e cercado por todo seu perímetro com um muro totalmente
Fonte: Google Earth editado pelo autor, 2021.
vedado, sem nenhuma comunicação com o exterior, e que como comprovado por
alguns teóricos, fomenta a insegurança do local. Por se tratar de um estádio, a agenda
6.5. IMPACTOS NA CIDADE E ADEQUAÇÃO AO CONTEXTO URBANO
de funcionamento do mesmo (conforme dados levantados), se dar basicamente aos
Com base nos dados e estudos realizados quanto ao tipo de edificação finais de semana e feriado, logo durante os dias uteis, o entorno fica com pouco fluxo
proposta para o sítio, apresentou os seguintes resultados no tocante a possíveis de pessoas. Com a instalação da unidade, o local passaria a ter maiores movimentos
impactos, juntamente com soluções para amenizar e/ou acabar durante todos os períodos do dia, o que acarretaria uma maior segurança para o local
e seu entorno.
Resíduos

No que se refere a geração de resíduos, a edificação – por se tratar de uma


unidade hospitalar – além da geração de lixo comum, também há a geração dos
resíduos de classe I – Perigosos, que em função de suas propriedades físico-químicas
e infectocontagiosas, podem apresentar risco à saúde pública e ao meio ambiente,
logo necessitam de um cuidado maior quanto a sua coleta e armazenamento.
A edificação contará com um programa de gestão de resíduos, tanto em sua
construção como durante todo o seu funcionamento, fazendo uso apenas de materiais

105 106
PARTIDO ARQUITETÔNICO

7.1. Conceitos Arquitetônicos;


7.2. Diretrizes Projetuais;
7.3. Programa de Necessidades;
7.4. Fluxograma / Setorização;
7.5. Estudo de Manchas;
7.6. Técnicas Construtivas.

7
7.1. CONCEITOS ARQUITETÔNICOS 7.2. DIRETRIZES PROJETUAIS ADOTADAS

Ventilação Natural
O hospital de campanha Aluízio Ferreira, tem por objetivo o atendimento e
tratamento de pacientes vítimas de covid-19 em caráter de urgência, sendo Proporcionar ambientes levando em consideração o conforto térmico, através
fundamental a praticidade e fluxo dos serviços prestados, a fim de garantir maior de estratégias quanto as formas, vegetações equipamentos mecânicos, e posições
aproveitamento da edificação. estratégicas para proporcionar maior ventilação no interior da edificação.
Diante disso, e fundamental a disposição dos ambientes e circulações de
modo estratégico, a fim de garantir o menor conflito nas circulações e fluxos de
trabalho. Mediante o exposto, o projeto propõe a criação de um ambiente de trabalho,
do qual possibilite o maior aproveitamento das formas, criando um edifício que
obtenha um fluxo de trabalho adequado, uma circulação estratégica e maior
praticidade na execução dos serviços.

Figura 54: Esquema das estratégias adotadas para ventilação natural.

Fonte: Fabio Bitencourt, com base no BARROSO-KRAUSE (2004)

Modulação

Adoção de métodos construtivos modulares para maior liberdade e


aproveitamento de espaços da edificação, além de proporcionar agilidade de
execução e expansão dos ambientes.

Figura 55: Esquema das estratégias adotadas de modulação para a edificação.


Figura 53: Esquema das estratégias adotadas para elaboração do projeto.
Fonte: Habitissimo, 2017 https://fotos.habitissimo.com.br/foto/a-casa-engrenagem-ampliacao-do-
Fonte: Autor. 2021. sistema-modular_1371890

109 110
Conforto Térmico Solário / Jardins

Dispor de técnicas e métodos com a finalidade de manter a temperatura da Criar ambientes de fuga do estresse do dia a dia para os funcionários e
edificação agradável, evitando a insolação direta na edificação, com a utilização de pacientes, promovendo o contato com o espaço externo, como solário e jardins interno
brises soleil, marquises, entre outras estratégias de bloqueio dos raios solares. aplicando os conceitos de biofilia.

Figura 56: Esquema das estratégias adotadas para prevenção de insolação para a edificação.

Fonte: Habitare, 2017 https://www.revistahabitare.com.br/arquitetura/mais-bem-estar-com-paineis-de-


brise/

Sustentabilidade Figura 58: Esquema biofilia.

Fonte: Ugreen, https://www.ugreen.com.br/biofilia-como-aplicar-o-design-biofilico-na-sua-casa-e-em-


Promover estratégias sustentáveis durante todo o funcionamento da seus-projetos/
edificação, a fim de atender todos os critérios sustentáveis, com a aplicação de
captação de águas pluviais, utilização de energias de fonte solar, coleta seletiva, custo
GRAMADO
e adoção de materiais ecologicamente correto.
Utilizar de Estratégias para conservar o gramado no qual será edificado sobre,
com a utilização de ventilação para evitar o acúmulo de umidade, adição de minerais
para suprir a necessidade da luz solar causada pela edificação.

Figura 57: Tripé da sustentabilidade.

Fonte: Specto, https://specto.com.br/destaques-2019-2-pt-1-sustentabilidade/

111 112
7.3. PROGRAMA DE NECESSIDADES 17 SALAS DE CR (RAIO X - PORTATIL)
Segundo dados levantados, consulta com os regulamentos do ministério da saúde, e 17A - SALA TECNICOS 1 23,00 23,00
17B - DE PROCESSAMENTO -
seguimento das recomendações da ANVISA quanto a edificação de hospitais de
DIGITAL 1 4,00 4,00
campanha, deu-se o seguinte programa de necessidades
18 SALA DE COLETA DE MATERIAL 1 8,00 8,00
HOSPITAL DE CAMPANHA – PROGRAMA DE NECESSIDADES LABORATÓRIO DE ANÁLISES
ÁREA TOTAL 19
Nº AMBIENTE QUANTIDADE CLÍNICAS
(m²) (m²)
19A - COLETA DE SANGUE 1 12,00 12,00
A SETOR DE PRONTO ATENDIMENTO 163,80
19B - RECEPÇÃO DE FEZES / URINA 1 9,60 9,60
1 RECEPÇÃO / ESPERA 1 80,00 80,00
19C - LAVAGEM 1 16,00 16,00
2 SANITÁRIOS
19D - GUARDA DE MATERIAL 1 16,00 16,00
2A - SANITÁRIO MASCULINO 1 11,40 11,40
19E - CHUVEIRO 1 0,81 0,81
2B - SANITÁRIO MASCULINO PCD 1 3,80 3,80
19F - LAVATÓRIO – LAVA-OLHOS 1 0,70 0,70
2C - SANITÁRIO FEMININO 1 11,40 11,40
19G - SALA DE MACA 1 5,80 5,80
2D - SANITÁRIO FEMININO PCD 1 3,80 3,80
2E - SANITÁRIO INFANTIL / D SETOR DE OBSERVAÇÃO 1.152,30
FRALDÁRIO 1 11,40 11,40 POSTO DE ENFERMAGEM /
20
3 SALA DE CLASSIFICAÇÃO DE RISCO SERVIÇOS 1 9,90 9,90
2 12,00 24,00
LEITOS DE OBSERVAÇÃO
4 SALA DE ATENDIMENTO SOCIAL 1 7,20 7,20 21
MASCULINA
ÁREA PARA GUARDA DE MACAS / 21A - OBSERVAÇÃO MASCULINA
5 75 9,00 675,00
CADEIRAS DE RODA 2 4,30 8,60
21B - POSTO DE ENFERMAGEM /
DML – DEPÓSITO DE MATERIAL DE
6 SERVIÇOS 3 6,00 18,00
LIMPEZA 1 2,20 2,20
21C - BANHEIRO 5 4,80 24,00
B SETOR DE ATENDIMENTO DE URGÊNCIA 284,80
SALA COLETIVA PARA LEITOS DE
ÁREA EXTERNA DE DESEMBARQUE 22
7 OBSERVAÇÃO FEMININA
DE AMBULÂNCIA 2 21,00 42,00
22A - OBSERVAÇÃO FEMININA 45 9,00 405,00
8 SALA DE HIGIENIZAÇÃO 2 8,00 16,00
22B - POSTO DE ENFERMAGEM /
9 LEITOS DE ISOLAMENTO 24 9,00 216,00 SERVIÇOS 2 3,00 6,00
ÁREA PARA GUARDA DE MACAS / 22C - BANHEIRO
10 3 4,80 14,40
CADEIRAS DE RODA 2 4,30 8,60
DML – DEPÓSITO DE MATERIAL DE E SETOR DE APOIO TÉCNICO E LOGÍSTICO ** 1.807,20
11 CAF – ÁREA PARA ARMAZENAGEM E
LIMPEZA 1 2,20 2,20
C 23 CONTROLE DE MATERIAIS E
SETOR DE APOIO DIAGNÓSTICO E TERAPÊUTICO 197,71
EQUIPAMENTOS 2 60,00 120,00
ECG – SALA DE
12 CME – CENTRAL DE MATERIAL
ELETROCARDIOGRAFIA 1 9,00 9,00 24
ESTERILIZADO SIMPLIFICADA
13 SALA DE SUTURA / CURATIVOS 1 10,80 10,80
24A - SALA DE LAVAGEM E
SALA DE GESSO / IMOBILIZAÇÃO DE
14 DESCONTAMINAÇÃO DOS
FRATURAS 1 10,00 10,00
MATERIAIS 2 5,80 11,60
15 INALAÇÃO COLETIVA 20 1,60 32,00 24B - SALA DE ESTERILIZAÇÃO DE
SALA DE APLICAÇÃO DE MATERIAIS 2 5,50 11,00
16
MEDICAMENTOS / REIDRATAÇÃO 8 5,00 40,00
113 114
24C - SALA DE ARMAZENAGEM E 38A - QUARTO PLANTÃO TÉCNICOS
DISTRIBUIÇÃO DE MATERIAIS DE
ESTERILIZADOS 2 5,40 10,80 ENFERMAGEM 12 8,00 96,00
24D - SALA DE PARAMENTAÇÃO 2 2,50 5,00 38B - BANHEIRO 6 2,60 15,60
25 COPA DE DISTRIBUIÇÃO - SALA DE ESTAR PARA
39 FUNCIONÁRIOS – CORPO
25A - PEQUENA COZINHA 1 4,00 4,00 CLÍNICO 1 16,00 16,00
25B - SALA DE MONTAGEM DE SALA DE ESTAR PARA
CARRINHOS 1 120,00 120,00 40 FUNCIONÁRIOS DA
26 REFEITÓRIO DE FUNCIONÁRIOS 1 250,00 250,00 LIMPEZA 1 12,00 12,00
27 ALMOXARIFADO 1 60,00 60,00 41 ÁREA DE SERVIÇO 1 6,00 6,00
28 ROUPARIA GERAL VESTIÁRIO PARA FUNCIONÁRIOS –
42
28A - SALA DE RECEPÇÃO DE ROUPA MASCULINO
LIMPA 1 6,00 6,00 42A - BANHEIRO MASCULINO 2 3,60 7,20
28B - SALA DE ARMAZENAGEM DE 42B - VESTIÁRIO MASCULINO 1 22,00 22,00
ROUPA LIMPA 1 6,00 6,00 VESTIÁRIO PARA FUNCIONÁRIOS –
28C - SALA DE ARMAZENAGEM DE 43
FEMININO
ROUPA SUJA 1 6,00 6,00
43A - BANHEIRO FEMININO 2 3,60 7,20
29 SALA DE UTILIDADES 1 12,00 12,00
43B - VESTIÁRIO FEMININO 1 22,00 22,00
30 SUBESTAÇÃO ABRIGADA 1 160,00 160,00
SANITÁRIOS PARA FUNCIONÁRIOS E
GRUPO GERADOR – SALA PARA 44
ACOMPANHANTES 3 3,20 9,60
31 EQUIPAMENTOS DE GERAÇÃO DE
ENERGIA ELÉTRICA ALTERNATIVA 1 60,00 60,00 45 ABRIGO EXTERNO DE RESÍDUOS -
ÁREA PARA CENTRAL GASES 45A - LIXO COMUM 1 45,00 45,00
32
(CILINDROS) 1 34,00 34,00
45B - LIXO HOSPITALAR 1 45,00 45,00
33 MANUTENÇÃO 1 14,00 14,00
46 ESTACIONAMENTO
MORGUE – SALA PARA GUARDA
34 46A - CARROS – FUNCIONÁRIOS 15 25,00 375,00
TEMPORÁRIA DE CADÁVERES 1 36,00 36,00
ÁREA EXTERNA PARA EMBARQUE 46B - MOTOS – PÚBLICO 10 3,00 30,00
35
DE CARRO FUNERÁRIO 1 21,00 21,00 46C - MOTOS - FUNCIONÁRIOS 5 3,00 15,00
QUARTO DE PLANTÃO PARA 46D - BICICLETAS – PÚBLICO 10 2,00 20,00
36
FUNCIONÁRIOS – MÉDICOS
46E - BICICLETAS – FUNCIONÁRIOS 5 2,00 10,00
36A - QUARTO PLANTÃO MÉDICO 4 10,00 40,00
F SETOR DE APOIO ADMINISTRATIVO 83,60
36B - BANHEIRO 4 2,60 10,40
47 SALA DE DIREÇÃO 1 16,00 16,00
QUARTO DE PLANTÃO PARA
37 48 SALA DE REUNIÕES 1 20,00 20,00
FUNCIONÁRIOS – ENFERMEIROS
37A - QUARTO PLANTÃO SAME – SERVIÇO DE ARQUIVO
49
ENFERMEIROS 6 8,00 48,00 MÉDICO E ESTATÍSTICA 1 15,00 15,00
37B - BANHEIRO 3 2,60 7,80 SALA ADMINISTRATIVA, PONTO,
50
PROTOCOLO, MONITORAMENTO 1 12,00 12,00
QUARTO DE PLANTÃO PARA
38 FUNCIONÁRIOS – TÉCNICOS DE 51 TI – TECNOLOGIA DE INFORMÁTICA 1 12,00 12,00
ENFERMAGEM 52 POSTO POLICIAL -
52A - POSTO POLICIAL 1 6,00 6,00

115 116
52B - BANHEIRO 1 2,60 2,60 7.4. FLUXOGRAMA / SETORIZAÇÃO

ÁREA ÚTIL TOTAL 3.689,41


CIRCULAÇÕES (10%) 368,94
PAREDES (10%) 368,94

ÁREA TOTAL CONSTRUIDA 4.427,29

Tabela 01: Programa de necessidades – Unidade hospitalar de campanha.


Fonte: Elaborado pelo Autor, 2021.

Figura 59: Fluxograma Hospital de Campanha.

Fonte: Elaborado pelo Autor, 2021.


117 118
7.5. ESTUDO DE MANCHAS Estudo dos Leitos de Isolamento

A forma como qual a edificação se encontra disposta no terreno, fora levando Com base nas necessidades, levando em consideração os sistemas
em consideração vários fatores, como orientação solar, direção dos ventos construtivos adotados, a biofilia, ventilação natural e conforto termoacústico, a
dominantes, disposição do gramado e os acessos. disposição dos leitos de internação dispõem da seguinte configuração previa, para
Como elemento principal, as Leitos ficaram disposto com sua fachada maior melhor aproveitamento das diretrizes citadas.
para as orientações norte e sul, a fim de evitar insolação e com um jardim entre as
alas para maior circulação dos ventos.

Figura 60: Estudo de manchas hospital de campanha - Estádio Aluízio Ferreira.

Fonte: Google Earth editado pelo autor, 2021.

Figura 61: Esquema de modulação dos leitos de isolamento.

Fonte: autor, 2021.

LEGENDA

119 120
7.6. TÉCNICAS CONSTRUTIVAS E MATERIAIS ADOTADOS

Paredes

Para as paredes externa, serão adotados os sistemas construtivos Light Steel


Frame, com fechamento em chapas de OSB, placas cimentícias e telha
termoacústica.
O Light Steel Frame, e um sistema construtivo que faz parte dos sistemas
CES (Construção Energitérmica Sustentável), que em comparação com os sistemas
convencionais proporciona um custo de execução de até 30% menor, devido sua
composição ser industrialização, evitando o desperdício materiais, mão de obra,
tempo e manutenções.
O sistema e composto por perfis estruturais de liga leve, preenchido com
isolante termoacústico, com fechamento com chapas de OSB estrutural,
posteriormente aplicação de película antiumidade, placas cimentícias e revestimento
de acabamento.
Para as paredes internas, serão adotadas sistema modular steel frame, Figura 63: Esquema de composição sistema light steel frame.
preenchidas com isolante termoacústico, película antiumidade, e chapas de OSB Fonte: CBE, http://www.brumanengenharia.com.br/images/tecnologia-lightsteelframe
estrutural e posteriormente pela camada do revestimento de acabamento.

Piso

Para os pisos, serão adotados o sistema de pisos suspenso sobre vigas


metálicas, que ficarão acima do gramado.
O sistema permite que a edificação fique acima do gramado, e que toda
tubulação hidrossanitária e sistema de rega do gramado passe abaixo do piso. O piso
será de placas de granito liso, sobre os pedestais metálicos, fixados sobre as vigas
metálicas.

Figura 62: Fotomontagem, demonstrando utilização da telha termoacústica para fechamento de


parede.

Fonte: Hometeka, https://www.hometeka.com.br/aprenda/o-que-e-telha-termoacustica-sanduiche

121 122
Cobertura

Para a cobertura, serão utilizadas telhas termoacústicas, sobre estrutura


metálica, composta por perfis metálicos de liga fria.
As telhas termoacústicas, devido sua composição, com duas telhas metálicas
de aço galvanizado, com isolante térmico-acústico, normalmente EPS ou PUR, daí o
nome popularmente conhecido como telha sanduiche.

Imagem 21: Foto - piso elevado.

Fonte: https://www.interpiso.ind.br/fabrica-piso-elevado

Teto

Para o teto, serão utilizados sistema modular de EPS, fixado sob perfis de
alumínio, com junta de união em pvc, com acabamento texturizado em gesso.

Figura 64: Esquema composição telha termoacústica.

Fonte: http://www.acoplano.com.br/blog/entenda-o-que-sao-as-telhas-termoacusticas

Acabamentos

Para os acabamentos externos, serão utilizadas placas cimentícias aparentes


na cor cinza para as fachadas norte e sul e na cor branca para as fachadas leste e
oeste.
Para os acabamentos internos, serão utilizados chapas de OSB estrutural,
Imagem 22: Foto - Instalação de forro de EPS. com aplicação de papel de parede vinílico em diversas cores, e para os banheiros
Fonte: http://isoporforro.blogspot.com/2016/02/forro-de-isopor-belem-do-para.html revestimento cerâmico sobre placas de gesso acartonado com finalidade para áreas
molhadas.
123 124
8. Conclusão 9. Referências

O presente trabalho de conclusão de curso surgiu como uma ideia do autor Bitencourt, Fábio. O Manual de Conforto Ambiental em Estabelecimentos
para auxiliar no processo de construções de hospitais de campanha devido o atual Assistenciais de Saúde – Anvisa, 2014. Disponível em:
https://issuu.com/fabiobitencourt/docs/anvisa_._manual_conforto_ambiental. Acesso
cenário da pandemia e do colapso do sistema de saúde brasileiro. Portanto, o principal em 20 de abril de 2021.
foco do desenvolvimento deste trabalho foi demonstrar como o sistema BIM auxilia, Cesare Antônio. ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE A METODOLOGIA
compatibiliza e agiliza os processos de construção e gestão, gerando então menos TRADICIONAL E A METODOLOGIA BIM EM UM ESTUDO DE CASO: reforma
geral de bloco residencial na Base Aérea de Florianópolis, 2021. IFSC - Instituto
gasto e desperdício de tempo e recursos.
Federal de Santa Catarina. Disponível em:
Desse modo, já que, assim como mencionado no parágrafo acima, o Brasil https://repositorio.ifsc.edu.br/bitstream/handle/123456789/2057/TCC%20Engenharia
enfrenta uma crise no sistema de saúde, nada mais ideal do que utilizar as %20Civil%20-%20Cesare%20Grillo%20Floriano.pdf?sequence=1. Acesso em 18 de
maio de 2021.
ferramentas que essa metodologia proporciona para que as obras fiquem prontas e
Natalia Carneiro, Ana Carolina. O USO DA METODOLOGIA BIM 4D E BIM 5D
corretas o mais rápido possível. Então, de acordo com todos os conceitos explicados
PARA O GERENCIAMENTO DE OBRAS: REVISÃO SISTEMÁTICA DA
e concebidos anteriormente, na etapa seguinte do desenvolvimento acadêmico deste LITERATURA, 2020 – EasyChair Preprint. Disponível em
trabalho será apresentado o anteprojeto de nosso hospital de campanha. https://wvvw.easychair.org/publications/preprint_download/nx6D. Acesso em 20 de
abril de 2021.
Gonçalves, Diana. Couto, J. Pedro. Silva, João Marcelo. Associação da
metodologia BIM aos métodos ágeis na gestão de projetos de construção,
2020 – FEUP Universidade do Porto, Faculdade de Engenharia. Disponível em:
https://repositorium.sdum.uminho.pt/handle/1822/70671. Acesso em 19 de abril de
2021.
Pereira, Fernanda Alves. Influência da estratégia de ventilação natural no
desempenho termoenergético de edifícios de escritórios de modo misto –
Unicamp Universidade Estadual de Campinas, Faculdade Engenharia Civil,
Arquitetura e Urbanismo, 1991. Disponível em:
http://repositorio.unicamp.br/jspui/handle/REPOSIP/334376. Acesso em 28 de maio
de 2021.
Eastman, Chuck. BIM handbook: A guide to building information modeling for
owners, managers, designers, engineers and contractors, 2008.
Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Recomendações para unidade
hospitalares de campanha, 2020. Disponível em: < https://www.gov.br/anvisa/pt-
br>. Acesso em 26 de maio de 2021.
Mendonça, Francisco. ClimAtoloGia, noções básicas e climas do Brasil, 2007.
Ministeria da Saude. RESOLUÇÃO-RDC Nº 50, DE 21 DE FEVEREIRO DE 2002.
Disponível em:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2002/rdc0050_21_02_2002.html.
Acesso em 24 de maio de 2021.

125 126
Autodesk, O que é BIM?, 2018. Disponível em: 10. Lista de Figuras
https://www.autodesk.com.br/solutions/bim/benefits-of-bim. Acesso em 02 de junho
de 2021. Figura 1: Software Radar CH evidenciando o desenvolvimento e as capacidades de
modelagem BIM em 1984 ......................................................................................... 23
Aires, Ruth. HOSPITAL DE CAMPANHA COMO SOLUÇÃO EMERGENCIAL PARA Figura 2: Demonstração das informações de uma parede e seu comportamentos
O ATENDIMENTO HOSPITALAR DE PACIENTES INFECTADOS PELA COVID19, quanto a alterações no Software Autodesk Revit. ..................................................... 29
2020. FAESF – Faculdade de Educação São Francisco. Disponível em: Figura 3: Demonstração das informações de uma parede e seu comportamentos
https://www.faesfpi.com.br/revista/index.php/faesf/article/view/114. Acesso em 20 de quanto a alterações no Software Autodesk Revit. ..................................................... 30
abril de 2021. Figura 4: Demonstrando as dimensões do BIM. ....................................................... 33
Figura 5: Escalas LODs aplicada em um modelo arquitetônico. ............................... 34
Figura 6: Demonstração das escalas LODs em diferentes modelos. ........................ 35
Figura 7: Esquema do processo colaborativo não BIM. ............................................ 40
Figura 8: Esquema do processo de interoperabilidade BIM. ..................................... 41
Figura 9: Estruturação das informações contida em um modelo BIM, elaborado com
o arquivo de amostra do software NavisWorks. ........................................................ 43
Figura 10: Esquema do processo de interoperabilidade BIM. ................................... 44
Figura 11: Estruturação de consulta de colisão entre elementos de um modelo BIM,
elaborado no software Autodesk Revit. ..................................................................... 46
Figura 12: Estruturação de relatório de colisão entre elementos de um modelo BIM,
elaborado no software Autodesk Revit. ..................................................................... 46
Figura 13: Mapa de localização do centro médico psicopedagógico Danae
Santibañez. ............................................................................................................... 53
Figura 14: Planta com acessos a edificação - Danae Santibañez............................. 54
Figura 15: Planta com representação das circulações internas Danae Santibañez –
pavimento térreo. ...................................................................................................... 55
Figura 16: Planta com representação das circulações internas Danae Santibañez –
pavimento superior. ................................................................................................... 56
Figura 17: Fachada Sul e corte esquemático - Danae Santibañez. .......................... 57
Figura 18: Fachada Sul e corte esquemático - Danae Santibañez. .......................... 57
Figura 19: Planta com representação da setorização internas Danae Santibañez –
pavimento térreo. ...................................................................................................... 58
Figura 20: Planta com representação da setorização internas Danae Santibañez –
pavimento superior. ................................................................................................... 59
Figura 21: Planta com representação dos ambientes interno Danae Santibañez –
pavimento térreo. ...................................................................................................... 60
Figura 22: Planta com representação dos ambientes interno Danae Santibañez –
pavimento superior. ................................................................................................... 61
Figura 23: Mapa de localização do centro médico psicopedagógico Danae
Santibañez. ............................................................................................................... 62
Figura 24: Corte esquemático representando soluções técnicas e executivas para
proporcionar maior conforto interno no inverno - Danae Santibañez. ....................... 63
Figura 25: Corte esquemático representando soluções técnicas e executivas para
proporcionar maior conforto interno no verão - Danae Santibañez. .......................... 63
Figura 26: Esquema projetual da edificação centro médico psicopedagógico Danae
Santibañez. ............................................................................................................... 66
Figura 27: Mapa de localização do Hospital Compacto CIES Global. ....................... 71

127 128
Figura 28: Planta com acessos a edificação Hospital Compacto CIES Global. ........ 72 Figura 61: Esquema de modulação dos leitos de isolamento. ................................ 120
Figura 29: Planta com representação das circulações internas do Hospital Compacto Figura 62: Fotomontagem, demonstrando utilização da telha termoacústica para
CIES Global – pavimento térreo. ............................................................................... 73 fechamento de parede. ........................................................................................... 121
Figura 30: Planta com representação das circulações internas do Hospital Compacto Figura 63: Esquema de composição sistema light steel frame................................ 122
CIES Global – pavimento superior. ........................................................................... 73 Figura 64: Esquema composição telha termoacústica. ........................................... 124
Figura 31: Fachada Frontal do Hospital Compacto CIES Global. ............................. 74
Figura 32: Corte esquemático do Hospital Compacto CIES Global. ......................... 75
Figura 33: Planta com representação da setorização internas do Hospital compacto
CIES Global – pavimento térreo. ............................................................................... 76
Figura 34: Planta com representação da setorização internas do Hospital compacto
CIES Global – pavimento superior ............................................................................ 76
Figura 35: Planta com representação dos ambientes interno do Hospital Compacto
CIES Global – pavimento térreo. ............................................................................... 77
Figura 36: Planta com representação dos ambientes interno do Hospital Compacto
CIES Global – pavimento superior. ........................................................................... 78
Figura 37: Mapa de localização do Hospital Compacto CIES Global. ....................... 79
Figura 38: Corte esquemático representando soluções técnicas e executivas para
proporcionar maior conforto interno - Hospital Compacto CIES Global. ................... 80
Figura 39: Mapa de localização Hospital de Amor Amazônia. .................................. 87
Figura 40: Planta de implantação com os acessos a edificação – Hospital de Amor
Amazônia. ................................................................................................................. 88
Figura 41: Planta com representação das circulações da ala de internação do
Hospital de Amor Amazônia – pavimento térreo. ...................................................... 89
Figura 42: Planta com representação da setorização internas ala de internação
Hospital de Amor Amazônia – pavimento térreo. ...................................................... 91
Figura 43: Planta com representação dos ambientes internos da ala de internação
do Hospital de Amor Amazônia – pavimento térreo. ................................................. 92
Figura 44: Mapa de localização do Hospital de Amor Amazônia. ............................. 93
Figura 45: Trecho tabela de regimento urbanístico da cidade de Porto Velho, RO –
Quadro 01. ................................................................................................................ 99
Figura 46: Mapa de localização Aluízio Ferreira. .................................................... 101
Figura 47: Gráfico direção dos ventos na cidade de Porto Velho............................ 102
Figura 48: Mapa de ocupação no entorno do estádio Aluízio Ferreira. ................... 103
Figura 49: Mapa de altura de gabarito no entorno do estádio Aluízio Ferreira. ....... 103
Figura 50: Mapa de vias no entorno do estádio Aluízio Ferreira. ............................ 104
Figura 51: Mapa de hierarquia viária no entorno do estádio Aluízio Ferreira. ......... 104
Figura 52: Mapa de maciços arbóreos no entorno do estádio Aluízio Ferreira. ...... 105
Figura 53: Esquema das estratégias adotadas para elaboração do projeto. .......... 109
Figura 54: Esquema das estratégias adotadas para ventilação natural. ................. 110
Figura 55: Esquema das estratégias adotadas de modulação para a edificação.... 110
Figura 56: Esquema das estratégias adotadas para prevenção de insolação para a
edificação. ............................................................................................................... 111
Figura 57: Tripé da sustentabilidade. ...................................................................... 111
Figura 58: Esquema biofilia. .................................................................................... 112
Figura 59: Fluxograma Hospital de Campanha. ...................................................... 118
Figura 60: Estudo de manchas hospital de campanha - Estádio Aluízio Ferreira. .. 119

129 130
11. Lista de Imagens

Imagem 1: Área de vivência. ..................................................................................... 52


Imagem 2: Fachada principal do centro médico psicopedagógico Danae Santibañez.
.................................................................................................................................. 64
Imagem 3: Fachada Lateral do centro médico psicopedagógico Danae Santibañez.
.................................................................................................................................. 64
Imagem 4: Varanda lateral do cento médico psicopedagógico Danae Santibañez. .. 65
Imagem 5: Recepção do centro médico psicopedagógico Danae Santibañez. ......... 66
Imagem 6: Fachada Hospital Compacto CIES Global. .............................................. 67
Imagem 7: Recepção do Hospital Compacto CIES Global. ...................................... 81
Imagem 8: Fachada frontal do Hospital Compacto CIES Global. .............................. 82
Imagem 9: Pavimento superior do Hospital Compacto CIES Global. ........................ 83
Imagem 10: Recepção do Hospital Compacto CIES Global. .................................... 83
Imagem 11: Sala de Reunião do Hospital Compacto CIES Global. .......................... 84
Imagem 12: Fachada Lateral do Hospital Compacto CIES Global. ........................... 84
Imagem 13: Fachada Hospital de Amor Amazônia. .................................................. 85
Imagem 14: Construção do jardim interno do hall principal. ...................................... 90
Imagem 15: Fachada principal do Hospital de Amor Amazônia. ............................... 94
Imagem 16: Jardim Interno do Hall Principal - Hospital de Amor Amazônia. ............ 95
Imagem 17: Técnica construtiva utilizada no forro - Hospital de Amor Amazônia. .... 95
Imagem 18: Técnica construtiva utilizada nas instalações elétricas - Hospital de
Amor Amazônia. ........................................................................................................ 96
Imagem 19: Técnica construtiva utilizada nas instalações hidrossanitárias - Hospital
de Amor Amazônia. ................................................................................................... 96
Imagem 20: Hospital de campanha erguido no estádio do Pacaembu. .................. 100
Imagem 21: Foto - piso elevado. ............................................................................. 123
Imagem 22: Foto - Instalação de forro de EPS. ...................................................... 123

12. Lista de tabelas

Tabela 01: Programa de necessidades – Unidade hospitalar de campanha...........111

131

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