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O devedor que não podia pedir concordata com a atual legislação poderá
pedir a recuperação judicial com a nova. Assim, por exemplo, o
comerciante tendo título protestado por valor relevante, não podia pedir
concordata e com a nova legislação, o empresário poderá.
Trata-se, portanto, de uma nova lei de falências, cujo Projeto de Lei foi
enviado pelo Poder Executivo à Câmara dos Deputados em 1993, ainda sob
o governo do Presidente Itamar Franco. Dessa forma, foi revogado o
sexagenário Decreto-Lei nº 7.661, de 21 de junho de 1945, que, depois de
quase sessenta anos em vigor, já não mais se adequava ao moderno mundo
empresarial e ao panorama da economia brasileira e mundial.
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O prazo para início da vigência da lei foi estabelecido em 120 dias (art.
201).
II -Vetos presidenciais
Nas razões de veto, alega-se que "o dispositivo reproduz a atual Lei de
Falências – Decreto-Lei no 7.661, de 21 de junho de 1945, que obriga a
intervenção do parquet não apenas no processo falimentar, mas também em
todas as ações que envolvam a massa falida, ainda que irrelevantes, e.g.
execuções fiscais, ações de cobrança, mesmo as de pequeno valor,
reclamatórias trabalhistas etc., sobrecarregando a instituição e reduzindo
sua importância institucional."
"Art. 35.
I –...................................................................................
II –...................................................................................
..................................................................................."
1. BREVE HISTÓRICO
O direito falimentar brasileiro, até a edição da lei 11.101/2005, foi
regulamentado pelo Decreto-lei 7.661, de 21 de junho de 1945.
Textos relacionados
Artigo 11
Art.449. (...)
Logo, a lei 11101/2005 foi alvo de severas críticas por parte de muitos
estudiosos do direito, ante a modificação introduzida que limitou o
privilegio do crédito trabalhista em 150 salários mínimos, perdendo o valor
excedente a preferência no recebimento.
essa alteração foi ao nosso ver um retrocesso no que tange aos direitos dos
trabalhadores das empresas, principalmente para os mais antigos, que
acumularam ao longo do tempo créditos oriundos de direitos trabalhistas
com a empresa e foram preteridos pelo legislador na partilha dos créditos
da falida.(6)
Dr. Marcos Fernandes Gonçalves, apontando violações do artigo 83, inciso
I da lei 11101/2005 aos artigos 1º, inciso IV; 5º, caput; 7º, incisos IV, VI e
XXX da CR/88 ressaltou que
Afirmaram, ainda, que o artigo 83, inciso I serviu para evitar fraudes no
processo falimentar, a partir do momento que inibiu o ajuizamento de ações
decorrentes de contratos de falsos empregados com elevados salários, que
utilizavam dessa manobra jurídica para esgotar todos os recursos da massa
falida.
É que - diga-se desde logo – não há aqui qualquer perda de direitos por
parte dos trabalhadores, porquanto, independentemente da categoria em
que tais créditos estejam classificados, eles não deixam de existir nem se
tornam inexigíveis.
Art. 60 (...)
I – (...)
E prossegue:
Por essas razões, entendo que os artigos 60, parágrafo único e 141, II do
texto legal em comento mostram-se constitucionalmente hígidos no aspecto
em que estabelecem a inocorrência de sucessão dos créditos trabalhistas,
particularmente porque o legislador ordinário, ao concebê-los, optou por
dar concreção a determinados valores constitucionais, a saber, a livre
iniciativa e a função social da propriedade – de cujas manifestações a
empresa é uma das mais conspícuas – em detrimento de outros, com igual
densidade axiológica, eis que os reputou mais adequados ao tratamento da
matéria.(14)
Na vigência do Decreto-lei 7661/45, com fulcro nos artigos 7º, §2º e 23,
sedimentou-se o entendimento no sentido de que a competência para
executar os créditos trabalhistas no caso de empresas em processo de
falência era da Justiça Comum.
Art. 7° É competente para declarar a falência o juiz em cuja jurisdição o
devedor tem o seu principal estabelecimento ou casa filial de outra situada
fora do Brasil.
(...)
(...)
Aduziam ainda que não existia qualquer previsão legal conferindo ao Juízo
Estadual jurisdição sobre matéria eminentemente trabalhista, razões pelas
quais a competência deveria ser da Justiça do Trabalho por força do artigo
114, inciso IX da CR/88.
Pelo exposto, observa-se que neste ponto a Lei 11101/2005 não trouxe
nenhuma inovação ou polêmica para a área trabalhista, tendo a nova
legislação apenas ratificado os dispositivos do Decreto-lei 7661/45 que
previa a execução dos créditos trabalhistas pela Justiça Comum.
Diz ainda o texto justificador do veto que o equívoco merece ser sanado,
elidindo-se a possibilidade de a lei vir a atribuir competências idênticas à
assembléia-geral de credores e ao juiz da recuperação judicial ou da
falência, o que ensejaria a inaplicabilidade do dispositivo, com inequívocos
prejuízos para a sociedade, que almeja a celeridade do processo.
Salvo melhor juízo, não nos parece que tenha ocorrido o equívoco
apontado, já que na alínea "e" do inciso I do dispositivo vetado é feita
expressa referência ao gestor judicial. Cremos que a expressão deliberar
sobre a substituição do administrador judicial e a indicação do substituto
(texto vetado) não pode ser confundida com a nomeação em si do
administrador judicial, ato privativo do juiz, conforme dispõe o art. 52 do
nova lei.
"Art. 37...................................................................................
§ 6º...................................................................................
..................................................................................."
Conclusão