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Tício, Mévio e Semprônio pretendem dar uma festa para ficar na

história, após o término do período de pandemia relativa ao COVID -19.

Como não possuem recursos financeiros, decidiram roubar um

veículo e posteriormente vendê-lo para angariar o dinheiro de que desejam.

Para tanto, no final da tarde do dia 10 de abril de 2021, cada um

portando um revólver calibre 38 dirigiram-se até um semáforo, e em conjunto conseguiram

roubar um veículo, com um reboque acoplado, pertencente à empresa Entrega Rápida,

franqueada da ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos), que havia acabado de

concluir as entregas do dia.

Na mencionada ocasião Tício e Mévio renderam o motorista,

Semprônio assumiu a direção, e os três tomaram o rumo da casa do primeiro.

O motorista foi colocado para fora do veículo, não reagiu, nem

sofreu qualquer lesão.

Ocorre que um frentista de um posto de combustíveis localizado

próximo ao local dos fatos viu tudo acontecer e ato contínuo acionou a autoridade policial.

Após algumas horas, o veículo foi localizado e os três agentes

foram presos em flagrante, no momento em que pintavam a placa do reboque.

O inquérito policial foi instaurado, e durante seu trâmite, o

motorista da empresa Entrega Rápida foi ouvido e reconheceu os acusados. O mesmo deu-se

com o frentista que assistiu a prática delitiva. Os três agentes negaram a prática do injusto.
Por sua vez, as armas foram apreendidas e submetidas a exame

pericial, que atestou todas eram inaptas a disparar.

Assim sendo, após o término do inquérito policial, Tício, Mévio e

Semprônio foram denunciados perante a 10a Vara Federal pela prática das condutas ilícitas

previstas nos arts. 157, § 2o, II e § 2o-A, I, c/c art. 288, parágrafo único c/c art. 311, caput,
todos

do CP e art. 14, caput, da Lei 10.826/03.

A denúncia foi recebida.

Os acusados foram citados e a resposta à acusação foi apresentada,

por meio de negativa geral, por meio de advogado dativo.

Durante a instrução, o motorista da empresa Entrega Rápida e o

frentista acima mencionado ratificaram os depoimentos prestados em sede policial.

Foram também ouvidos os policiais que efetuaram a prisão dos

acusados.

De outro giro, as testemunhas da defesa eram apenas de

beatificação.

Ao final da instrução, o MM. Juízo determinou a apresentação de

memoriais escritos. O MP apresentou as razões derradeiras reiterando o pedido condenatório


diante da comprovação da materialidade a autoria delituosos.

Por fim, o acusado Semprônio contratou você como advogado(a).

Apresente a peça processual penal pertinente, diversa de habeas corpus. Não se esqueça de

abordar todas as teses defensivas possíveis, de acordo com a legislação, doutrina e


jurisprudência

majoritárias.

Observação: Os acusados permanecem presos. Não obtiveram a liberdade na audiência de

custódia, porém encontram-se com um habeas corpus pendente de julgamento no TRF, que
teve

o pleito liminar negado.

Boa prova.

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