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II.

Evolução Do Pensamento Geográfico

2.1.Formação do Sistema Solar

2.1.1.A teoria da formação


Não há, até o momento, uma teoria cosmogónica inteiramente satisfatória. A explicação mais
aceita é a da Nebulosa Solar Primitiva (NSP), primeiramente proposta por Laplace, em 1796: os
planetas seriam subprodutos da formação do Sol e todo o Sistema Solar teria se formado da
matéria interestelar.
A formação de estrelas tem início quando uma nuvem interestelar passa por processos de
fragmentação e colapso. A massa crítica que deflagra a instabilidade inicial é a chamada Massa
de Jeans, estabelecendo o nível abaixo do qual a nuvem não entra em colapso. Entre os valores
típicos de uma nuvem interestelar densa, a nuvem em colapso tem massa de mil a 1 milhão de
vezes maior que a massa solar. Um único colapso pode resultar em uma grande quantidade de
estrelas. Por esse motivo é comum se encontrar estrelas em aglomerados, associações e sistemas
múltiplos.
A história da NSP começa quando o fragmento que daria origem ao Sistema Solar Nadquiriu
individualidade. Isso ocorreu há 4,6 bilhões de anos. O fragmento também sofreu colapso
gravitacional enquanto sua parte central não se aquecia, pois não era suficientemente densa e
opaca para impedir o escape da radiação. Mais tarde a radiação passou a ter dificuldade para
escapar causando um aquecimento e aumento de pressão na parte central. A partir disso, a
contração ficou lenta e o proto-Sol passou a emitir Fundamentos de Astronomia – Cap. 3 - O
Sistema Solar (Gregorio-Hetem & Jatenco-Pereira) 40 radiação infravermelha. Um fator
indispensável para a formação do sistema planetário é a rotação lenta da nuvem, a qual propicia a
formação de um disco.

A imagem ao lado apresenta uma região de formação de estrelas.À


esquerda aparece a nuvem escura de gás e poeira, chamada Barnard 86. No lado direito aparece o
aglomerado estelar jovem (azulado) NGC6520.

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2.1.2.Disco protoplanetário
Se a rotação inicial for muito alta, cerca de metade da massa pode se destacar formando uma
estrela companheira. Não foi esse o caso do Sol. Uma rotação mais lenta deu origem a um disco.
A gravidade atrai a matéria radialmente para o centro de massa, mas a força centrífuga atua
perpendicularmente ao eixo de rotação. Dessa combinação de forças resulta, no centro, uma
concentração maior de matéria que vai se transformar no proto-Sol e, no plano equatorial, um
disco de gás e poeira que inicialmente se estenderia além da órbita de Plutão, como está ilustrado
na Figura.

.
Estágios intermediário e final da formação do Sistema Solar. Créditos: Shu et al. 1987; The
James Webb Space Telescope; NASA.

Das observações de estrelas em formação sabemos que ao mesmo tempo que a estrela recebe
matéria que vem do disco, ocorre um escoamento bipolar de gás, através das duas extremidades
do eixo de rotação. Isso contribui para uma diminuição da quantidade de material da nuvem-mãe
nos pólos da estrela. A parte central vai se tornar o Sol e os pequenos lóbulos na parte mais
externa do disco, os planetas jovianos. Grãos de poeira agem como núcleos de condensação
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formando a matéria que irá colidir e formar os pequenos corpos, chamdos planetesimais. Fortes
ventos estelares expelem o gás da nebulosa primordial. Os planetesimais continuam a colidir e a
crescer. Passados ~ 100 milhões de anos, os planetesimais formam planetas em órbita do Sol

. A menos da metade da distância de Mercúrio o disco se aquece a ponto de ocorrer o chamado


congelamento” do campo magnético do proto-Sol. Assim, essa parte do disco é compelida a girar
com a mesma velocidade angular do proto-Sol. Como a velocidade orbital é maior que a
Kleperiana, a matéria acaba se afastando do Sol. O proto-Sol ejetou parte da matéria da NSP e
perdeu grande parte de seu momento angular original.

Perto do proto-Sol as temperaturas no disco foram sempre mais elevadas em virtude da radiação
estelar. Quase todos os grãos que vieram do meio interestelar sobreviveram, com exceção
daqueles que ficaram no interior da órbita de Mercúrio, que se vaporizaram. Devido à agitação
térmica, o gás demorou mais que os grãos para se concentrar no plano equatorial. Mas sob
pressões entre 10-3 e 10-6 atm, esse gás acabou se condensando em grãos, que também se
sedimentaram.

No disco, a cada distância heliocêntrica, somente se condensaram materiais cujos pontos de


fusão eram mais altos que a temperatura local. Foi por esse mecanismo que na região dos
planetas telúricos, apenas os materiais refratários (silicatos, óxidos) se condensaram em grãos,
passando a coexistir com os de origem interestelar que sobreviveram.

As substâncias mais voláteis foram perdidas nas proximidades do proto-Sol, mas puderam se
condensar a distâncias maiores. Nas regiões onde se encontram Júpiter, Saturno, Urano, Netuno
e a formação dos cometas, condensaram-se compostos de carbono, nitrogênio, oxigênio e
hidrogênio, tais como: água, dióxido de carbono, metano e amônia. Isso determinou a
diferenciação entre os planetas telúricos e jovianos.
Com a sedimentação da matéria no disco, a densidade numérica dos grãos cresceu. Desta forma,
a colisão e as forças de van der Waals propiciaram o crescimento dos grãos em até alguns
centímetros, durante cerca de 103 anos. Os grãos centimétricos não formaram diretamente um
único planeta sólido, mas inúmeros objetos com centenas de metros, descrevendo órbitas
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fechadas. Colisões lentas propiciaram a coalescência de corpos com dimensões de alguns
quilômetros, os planetesimais. As baixas velocidades relativas e a atração gravitacional deram
origem mais tarde aos corpos asteroidais e planetas telúricos. O disco se transforma num
conjunto de anéis concêntricos com planetesimais viajando em órbitas independentes. Desta
forma, os planetas se formaram através de colisões (acumulação).
Longe do Sol, as temperaturas mais baixas permitiram a formação de gelos, cuja aderência
natural promoveu um mais rápido crescimento de planetesimais. A formação dos planetas
gigantes (jovianos) foi concluída antes que a dos telúricos. No início os planetas jovianos
cresceram por acumulação semelhante aos telúricos. Mas quando a massa atingiu ~ 15 M􀁾,
começou o colapso hidrodinâmico do gás circundante. Cerca de 100 milhões de anos após o
surgimento da NSP, o proto-Sol começou a produzir um intenso vento que dissipou os últimos
restos de gás e poeira, desobstruindo a passagem para luz visível. O proto-Sol estava na fase
conhecida com T-Tauri (estrelas jovens de massa ~1 M ). O atual vento solar corresponde a uma
perda de massa muito menos intensa.

2.2. Principais Diferenças Entre Os Planetas Das Estrelas


Estrelas são astros feitas de gases, como o hidrogénio, aquecidos a temperatura muito elevada.
elas são brinhantes e produzem luz e calor pela transformação do gás hidrogénio em gás hélio.
Já os planetas se forma do material que sobra das estrelas depois da formação delas, são bem
menores, frios e giram em torno das estrelas. algumas são feito de gases, como Júpiter, e outros
são formados por rochas, como a terra.
Um planeta é mais brilhante que uma estrela, ela brilha com um brilho constante entre as
estrelas.  Os planetas cintilan menos que as estrelas.  Para identificar os planetas devem estar
familiarizados com as estrelas do Zodíaco, eles seguem a eclíptica. Comparado a um planeta, as
estrelas são enormes, Sol tem um diâmetro de cerca de 1,5 milhões de quilómetros e algumas
estrelas como Betelgeuse e Antares têm um diâmetro 800 vezes maior que o nosso Sol. Nosso
planeta Terra tem um diâmetro de cerca de 12 756 km. 
A maioria das estrelas aparecem em branco a olho nu. Mas se olharmos atentamente para as
estrelas, podemos notar uma cor: azul, branco, vermelho e até mesmo ouro.

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2.3 Quais Foram Alterações Importante Levadas Acabo Relação Revolução
Francesa
-O mapa europeu foi alterado novamente.
-dividiram os poderes do rei em tres partes intituicoes diferentes; o poder legislativo, o npoder
executivo eo poder judicial. Criacao da asembleia

2.4.fala da evolução do conceito cosmografia


“A Cosmografia Geográfica é um campo de estudos da Geografia, cujo conjunto de
conhecimentos e habilidades é predominantemente escolar. Estuda a interface entre os
conhecimentos terrestres e os celestes e lhes atribui significância geográfica. Analisa as relações
humanas e naturais com o Espaço Sideral e suas conseqüências para a sociedade e a natureza e,
portanto, para a organização do espaço.”

O termo “Cosmografia” está em desuso desde a primeira metade do século XX e praticamente


ele desapareceu durante os anos 80 e 90, após uma longa História respeitável que remonta à
Antigüidade Clássica, passando pelas Idades Média e Moderna. No século XIX com a
autonomia acadêmica da Geografia, que se tornou “Científica”

(KRETSCHMER, 1926; SODRÉ, 1986; MOREIRA, 1986 e MORAES, 1987), a partir da


Filosofia Positivista, a Cosmografia, que nunca teve características de Ciência independente,
tombou e cedeu espaço ao desenvolvimento da Cosmologia Moderna e da Cartografia, caindo
parcialmente em esquecimento universitário e escolar nos dias atuais. A Cosmografia necessita
ser resgatada, neste século XXI, inicialmente para que os estudiosos contemporâneos e os
professores de Geografia e de Astronomia compreendam a importância histórica e genealógica
dos Conhecimentos Celestes e Terrestres, e principalmente, porque os assuntos associados ao
Espaço Sideral são atualíssimos. O Espaço Sideral, por exemplo, tornou-se o segundo lar da
Humanidade, desde 2 de novembro de 2000, devido à presença permanente de três astronautas
na EEI (Estação Espacial Internacional), que são substituídos periodicamente. O Espaço Sideral,
deste modo, foi apropriado pela Humanidade na Era Astronáutica.

2.5. Indique As Perspectivas Da Nova Geografia Em Relação Com A


Geografia Quântica
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2. 5.1.A Nova Geografia

A denominação de "Nova Geografia" foi inicialmente proposta por Manley (1966), considerando
o conjunto de idéias e de abordagens que começaram a se difundir e a ganhar desenvolvimento
durante a década de cinquenta. O surgimento de novas perspectivas de abordagem está integrado
na transformação profunda provocada pela Segunda Guerra Mundial nos sectores científico,
tecnológico, social e económico. Esta transformação, abrangendo o aspecto filosófico e
metodológico, foi denominada de "revolução quantitativa e teorética da Geografia" por lan
Burton (1963). Embora se possam encontrar indícios históricos desde a década de quarenta, a
contribuição de Fred Schaefer, em 1953, sobre Exceptionalism in Geography: a methodological
examination, marca cronologicamente a tomada de consciência dessas tendências renovadoras.

Tentando superar as dicotomias e os procedimentos metodológicos da Geografia Regional, a


Nova Geografia desenvolveu-se procurando incentivar e buscar um enquadramento maior da
Geografia no contexto científico global. A fim de traçar um panorama genérico sobre a Nova
Geografia, podemos especificar algumas de suas metas básicas:

a) Rigor maior na aplicação da metodologia científica - baseada na filosofia do positivismo


lógico, a metodologia científica representa o conjunto dos procedimentos aplicáveis à execução
da pesquisa científica. Pressupondo que haja a unidade da ciência, todos os seus ramos devem-se
pautar conforme os mesmos procedimentos. Não há metodologia específica para uma ciência,
mas para o conjunto das ciências. Há métodos científicos para a pesquisa geográfica, mas não
métodos geográficos de pesquisa.

A Nova Geografia salienta a necessidade de maior rigor no enunciado e na verificação de


hipóteses, assim como na formulação das explicações para os fenómenos geográficos

b) Desenvolvimento de teorias - a falta de teorias explicitamente expostas na Geografia


Tradicional foi veementemente criticada por inúmeros geógrafos. Por essa razão, sob o

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paradigma da metodologia científica, a Nova Geografia também procurou estimular o
desenvolvimento de teorias relacionadas com as características da distribuição e arranjo espaciais
dos fenómenos. E deve-se notar a grande facilidade com que os geógrafos passaram a usar e a
trabalhar com as teorias disponíveis em outras ciências, como as teorias económicas, mormente
as relacionadas com a distribuição; localização e hierarquia de eventos (as teorias de Christaller,
von Thunen, Losch, Weber). Para esclarecer a perspectiva da transformação teórica, é útil
lembrar o que aconteceu com o sector da Geomorfologia.

c) O uso de técnicas estatísticas e matemáticas - o uso de técnicas matemáticas e estatísticas


para analisar os dados colectados e as distribuições espaciais dos fenómenos foi uma das
primeiras características que se salientou na Nova Geografia. E o seu carisma foi tão grande que
se reflectiu, na adjectivação empregada por muitos trabalhos, a denominação de "Geografia
Quantitativa".

d) A abordagem sistémica - a abordagem sistémica serve ao geógrafo como instrumento


conceitual que Ihe facilita tratar dos conjuntos complexos, como os da organização espacial. A
preocupação em focalizar as questões geográficas sob a perspectiva sistêmica representou
característica que favoreceu e dinamizou o desenvolvimento da Nova Geografia.

e) O uso de modelos - intimamente relacionada com a verificação das teorias, com a


quantificação e com a abordagem sistémica, desenvolveu-se o uso e a construção de modelos. A
construção de modelos pode ser considerada como estruturação sequencial de ideias relacionadas
com o funcionamento do sistema. O modelo permite estruturar o funcionamento do sistema, a
fim de torná-lo compreensível e expressar as relações entre os seus diversos componentes.

No artigo de Christofoletti sobre As Características da Nova Geografia encontram-se diversas


ponderações sobre o assunto, e não se torna necessário retomá-las

2.6. O Conceito De Esfera Celeste

2.6.1.A esfera celeste


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Observando o céu em uma noite estrelada, não podemos evitar a impressão de que estamos no
centro de uma grande cúpula incrustada de estrelas. Isso inspirou aos antigos gregos, a ideia do
céu como uma esfera celeste, da qual só podemos ver a metade, à qual nos referimos muitas
vezes como “abóboda celeste” (figura).

Figura: A parte visível da esfera celeste parece, para um observador situado na Terra, uma
enorme cúpula - a abóboda celeste. O horizonte é o plano que separa a metade visível da não
visível da esfera celeste. O zénite é o ponto da cúpula que fica acima da cabeça do observador .
O meridiano do lugar é o círculo que passa pelos pontos norte e sul e também pelo zénite.

Com o passar das horas, os astros se movem no céu, nascendo a leste e se pondo a oeste. Isso
causa a impressão de que a esfera celeste está girando de leste para oeste, em torno de um eixo
imaginário, que intercepta a esfera em dois pontos fixos, os pólos celestes. O eixo de rotação da
esfera celeste é o prolongamento do eixo de rotação da Terra, e os pólos celestes são as
projecções, na esfera celeste, dos pólos geográficos da Terra. Da mesma forma, o equador celeste
é a projecção do equador da Terra na esfera celeste.

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Figura: A esfera celeste é uma esfera imaginária, centrada na
Terra, girando em torno de um eixo de rotação que é o
prolongamento do eixo de rotação da Terra. Os pólos celestes e
o equador celeste são as projecções, na esfera celeste, dos pólos
e do equador terrestres.

Da superfície da Terra, apenas metade da esfera celeste é visível, a outra metade fica abaixo do
horizonte. Dessa forma, a aparência do céu muda de lugar para lugar. A figura 02.04 mostra a
esfera celeste completa e a metade visível para um observador em um determinado ponto da
Terra.

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Figura 02.04. Um observador em um lugar qualquer da Terra (nesta figura, em um local do
hemisfério sul) enxerga apenas a metade da esfera celeste, pois a outra metade fica abaixo de de
seu horizonte (a elipse cinza claro). A direcção do pólo celeste elevado (linha verde) faz um
ângulo com a direcção do zénite que depende do latitude do lugar onde se encontra o observador.

2.6.2.Pontos e planos importantes na esfera celeste


Horizonte: plano tangente à Terra no lugar em que se encontra o observador. A linha do
horizonte é a intersecção desse plano com a esfera celeste. Como o raio da Terra é desprezável
frente ao raio da esfera celeste, considera-se que o horizonte passa pelo centro da esfera celeste.

Zénite: ponto da esfera celeste acima da cabeça do observador.

Equador celeste: projecção do equador da Terra na esfera celeste. O equador celeste intercepta o
horizonte nos pontos cardeais leste e oeste.

Pólo norte celeste: ponto em que o prolongamento do eixo de rotação da Terra intercepta a
esfera celeste, no hemisfério norte.

Pólo sul celeste: ponto em que o prolongamento do eixo de rotação da Terra intercepta a esfera
celeste, no hemisfério sul.

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Meridiano local (ou, simplesmente, Meridiano): círculo que passa pelos pólos celestes e pelo
zénite. O meridiano local intercepta o horizonte nos pontos cardeais norte e sul.

O pólo celeste elevado é sempre aquele que corresponde ao hemisfério em que o observador se
encontra: em lugares localizados no hemisfério norte da Terra vemos o pólo celeste norte
elevado; em lugares do hemisfério sul vemos o pólo celeste sul elevado. O ângulo de elevação do
pólo sobre o horizonte é igual à latitude do lugar. Portanto, podemos definir a latitude de um
lugar como a altura do pólo elevado.

2.6.3.Movimento diurno dos astros


O movimento aparente dos astros, ao longo do dia, é chamado movimento diurno. É um reflexo
do movimento de rotação da Terra; como a Terra gira no sentido de oeste para leste (sentido anti-
horário para um observador externo olhando para o pólo norte da Terra), vemos todos os astros
girarem no sentido contrário, de leste para oeste. À medida que as horas passam, todos os astros
descrevem no céu trajectórias em forma de arcos paralelos ao equador celeste, completando um
círculo em um ciclo de rotação da Terra. A orientação desses arcos em relação ao horizonte
depende da latitude do lugar.

1. Nos pólos (latitudes ± 90° ): Para um observador em um dos pólos da Terra o equador
celeste coincide com seu horizonte, e, portanto, os arcos diurnos das estrelas são paralelos ao
horizonte. Todas as estrelas do mesmo hemisfério do observador permanecem 24 h acima do
horizonte (não têm nascer nem ocaso). As estrelas do hemisfério oposto nunca podem ser vistas.

2. No equador (latitude = = 0°): Para um observador no equador da Terra, o equador celeste


fica perpendicular ao seu horizonte, e, portanto, as trajetórias diurnas das estrelas são arcos
perpendiculares ao horizonte. Todas as estrelas nascem e se põem, permanecendo 12 h acima do
horizonte e 12 h abaixo dele. Todas as estrelas do céu (dos dois hemisférios) podem ser vistas ao
longo do ano.

3. Em um lugar de latitude intermediária: As estrelas visíveis descrevem no céu arcos com


uma certa inclinação em relação ao horizonte, a qual depende da latitude do lugar. Algumas
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estrelas têm nascer e ocaso, outras permanecem 24 h acima do horizonte, outras permanecem 24
h abaixo do horizonte.

Figura 02.05: Trajectórias diurnas das estrelas em lugares de diferentes latitudes: entre 0 e 90º
(esquerda), 0º (centro) e 90º (direita). A inclinação entre as trajectórias e o horizonte é sempre
igual ao complemento da latitude (90º - latitude).
2.6.4.Estrelas circumpolar
Embora o Sol, a Lua, e a maioria dos astros, aqui na nossa latitude (aproximadamente 30° S para
Porto Alegre), tenham nascer e ocaso, existem astros que nunca nascem nem se põem,
permanecendo sempre acima do horizonte. Se pudéssemos observá-los durante 24 horas, os
veríamos descrevendo uma circunferência completa no céu, no sentido horário. Esses astros são
chamados circumpolares. O centro da circunferência descrita por eles coincide com o polo
celeste sul. Para os habitantes do hemisfério norte, as estrelas circumpolares descrevem uma
circunferência em torno do pólo celeste norte.

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Figura Esfera celeste visível para uma certo lugar do hemisfério sul. A calota das estrelas
circumpolares compreende a região da esfera celeste entre o pólo celeste visível (o pólo sul
celeste, no hemisfério sul) e o paralelo que, em seu ponto mais baixo, tangencia o horizonte.

As estrelas que são circumpolares em um lugar não são as mesmas estrelas que são

circumpolares em outro, pois o fato de uma estrela ser circumpolar ou não depende da latitude do
lugar de observação.

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Figura 02.08: Estrelas cujo círculo diurno fica todo acima do horizonte são chamadas
circumpolares. Crédito:

2.6.5.Movimento diurno do Sol


O movimento diurno do Sol, assim como o de todos os outros astros, é de leste para oeste, pois é
reflexo do movimento de rotação da Terra (que é de oeste para leste). Mas, ao contrário das
"estrelas fixas", o círculo diurno do Sol varia de dia para dia, no ciclo de um ano, se afastando ou

se aproximando do equador celeste dependendo da época do ano.


A Lua e os planetas também variam sua posição entre as estrelas ao longo do ano, por isso
também não mantêm o mesmo círculo diurno.

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Figura 02.10: Movimento diurno do Sol nos equinócios e nos solstícios, em um lugar de latitude
sul.

Como um dia é definido como uma volta completa do Sol em torno da Terra, isto é, o Sol
percorre 360° em 24 horas, a velocidade aparente do movimento diurno do Sol é de V
aparente=360° / 24h= 15° / h

7. Diferencie Os Planetas Gasosos De Rochas

2.7.1.Planetas Gasosos
Planetas gasosos ou Gigantes Gasosos são planetas de grandes dimensões (diâmetro e massa)
que não são principalmente compostos de rocha ou outras matérias sólidas. Os 4 planetas
gasosos do Sistema Solar são: Júpiter, Saturno, Urano e Netuno.

Os Gigantes Gasosos diferenciam-se dos restantes membros do Sistema Solar pelas suas
dimensões e também pela sua composição química e estrutural.

Esses planetas são corpos compostos principalmente de gases (Hidrogénio, Hélio, Metano)
possuindo um pequeno núcleo sólido rochoso no seu interior. A sua composição é semelhante a
da nebulosa original que deu formação ao Sistema Solar.

Júpiter é o maior planeta do Sistema Solar, tanto em diâmetro quanto em massa e é o quinto
mais próximo do Sol. Possui menos de um milésimo da massa solar, contudo tem 2,5 vezes a
massa de todos os outros planetas em conjunto. É um planeta gasoso junto com Saturno, Urano e
Neptuno. Estes quatro planetas são por vezes chamados de planetas jupiterianos ou planetas
jovianos. Júpiter é um dos quatro gigantes gasosos, isto é, não é composto primariamente de
matéria sólida.Júpiter é composto principalmente de hidrogênio e hélio. O planeta também pode
possuir um núcleo composto por elementos mais pesados. Por causa de sua rotação rápida, de
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cerca de dez horas, ele possui o formato de uma esfera oblata. Sua atmosfera é dividida em
diversas faixas, em várias latitudes, resultando em turbulência e tempestades onde as faixas se
encontram. Uma dessas tempestades é a Grande Mancha Vermelha, uma das características
visíveis de Júpiter mais conhecidas e proeminentes, cuja existência data do século XVII, com
ventos de até 500 km/h e possuindo um diâmetro transversal duas vezes maior do que a Terra.

Saturno é o sexto planeta do Sistema Solar, com uma órbita localizada entre as órbitas de Júpiter
e Urano. É o segundo maior planeta, após Júpiter, sendo um dos planetas gasosos do Sistema
Solar, porém o de menor densidade, tanto que se existisse um oceano grande o bastante, Saturno
flutuaria nele. Seu aspecto mais característico é seu brilhante sistema de anéis, o único visível da
Terra. Seu nome provém do deus romano Saturno. Faz parte dos denominados planetas
exteriores.

Urano é o sétimo planeta a partir do Sol, o terceiro maior e o quarto mais massivo dos oito
planetas do Sistema Solar. Foi nomeado em homenagem ao deus grego do céu, Urano, o pai de
Cronos (Saturno) e o avô de Zeus (Júpiter). Embora seja visível a olho nu em boas condições de
visualização, não foi reconhecido pelos astrônomos antigos como um planeta devido a seu
pequeno brilho e lenta órbita. William Herschel anunciou sua descoberta em 13 de maio de 1781,
expandindo as fronteiras do Sistema Solar pela primeira vez na história moderna. Urano foi
também o primeiro planeta descoberto por meio de um telescópio.

Netuno é o oitavo planeta do Sistema Solar, e o último, em ordem de afastamento a partir do


Sol, desde a reclassificação de Plutão para a categoria de planeta-anão, em 2006, que era o
último dos planetas. É, tal como a Terra, conhecido como o "Planeta Azul", mas não devido à
presença de água. Neptuno recebeu o nome do deus romano dos mares. É o quarto maior planeta
em diâmetro, e o terceiro maior em massa. Neptuno tem 17 vezes a massa da Terra e é
ligeiramente mais maciço do que Urano, que tem cerca de 15 vezes a massa da Terra e é menos
denso.

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2.7.2.Planetas rochosos

Os planetas rochosos do Sistema Solar são aqueles que apresentam uma estrutura sólida em sua
superfície. São também chamados de planetas telúricos.

Os planetas rochosos, também chamados de planetas telúricos, são aqueles formados


essencialmente por rochas, apresentando, portanto, formas de relevo muito bem definidas. Não
por acaso, eles são os quatro planetas mais próximos do sol, o que lhes garante uma temperatura
suficiente para manter a maior parte dos gases e compostos químicos na forma gasosa.

Os quatro planetas rochosos do sistema solar são, em ordem de proximidade ao sol: Mercúrio,
Vênus, Terra e Marte.

Mercúrio – é o planeta localizado mais próximo do Sol e também o menor do sistema solar, com
um raio de 2440 km. Apesar de estar mais próximo do sol, Mercúrio não é o planeta mais quente,
apresentando temperaturas na superfície bastante variáveis, mas que podem alcançar os 427ºC. A
principal peculiaridade de Mercúrio é que esse planeta apresenta o maior núcleo proporcional à
massa, o que teria sido fruto de uma colisão com algum corpo celeste há bilhões de anos, o que,
inclusive, deixou sua rotação muito mais lenta (equivalente a 59 rotações terrestres).

Vênus – é o segundo planeta em relação ao Sol, sendo por muitos considerado o “irmão da
Terra”. Possui um diâmetro praticamente igual ao do nosso planeta, com 6.051 km, tendo sido
formado na mesma época e a partir da mesma nebulosa que deu origem à Terra. Sua atmosfera é
bastante pesada, com uma grande quantidade de gases e uma pressão do ar 90 vezes mais forte
do que a terrestre. É o planeta mais quente do sistema solar.

Terra – é o único planeta do Sistema Solar que apresenta condições para o desenvolvimento de
vida, com água na forma líquida, uma atmosfera com gases apropriados e temperaturas amenas,
além de uma litosfera adequada. O nosso planeta possui sua superfície composta por cerca de
70% de água e 30% de terras emersas, apresentando uma crosta terrestre seccionada em várias
placas tectônicas, que, por sua vez, são responsáveis pelo dinamismo das formas de relevo, que
também é alterado por outros fatores, como as chuvas, os seres vivos e os ventos. Possui um raio
de 6.371 km e é o maior entre os planetas rochosos.

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Marte – é o planeta rochoso mais distante do sol, sendo também o segundo menor do Sistema
Solar, com um raio de 3.390 km. É conhecido como “planeta vermelho” em razão da coloração
do óxido de ferro, que é oriundo do basalto vulcânico que compõe a maior parte de sua
superfície. É em Marte que se encontra a maior montanha do Sistema Solar, o Olympus Mons,
um vulcão extinto com cerca de 27 km de altitude, três vezes maior que o Everest.

Os planetas rochosos do Sistema Solar são alvo de muitos estudos por parte de astrônomos,
astrofísicos e até de astrobiólogos, com a tentativa de obterem mais informações, ampliar os
conhecimentos científicos e, até mesmo, conhecer mais a Terra através da planetologia
comparada.

III. conclucao

IV. bibliografia

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