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MANAUS
2018
DANIEL LEAL PARÁ
DAVID ARRUDA TAVARES
DYANA BRUNA DA SILVA LOPES
LIGIA CONCEIÇÃO OLIVEIRA DA CRUZ
RODOLFO VIANA
MANAUS
2018
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INTRODUÇÃO
1 CONTEXTO HISTÓRICO
O Palácio Rio Negro possui a arquitetura eclética, que é caracterizada pela simetria,
grandiosidade e riqueza decorativa, seu engenheiro foi o alemão, também residente em
Manaus, Henrique Joseph Moers. O interior é decorado por azulejos, ladrilhos, frizos e lustres
art-nouveau oriundos da Europa, possui três andares e uma torre, onde encontra-se o mirante,
que possui vista panorâmica do Centro de Manaus.
De acordo com os guias do local, Scholz costuma avistar seus barcos indo e vindo no
Rio Negro, pois a parte de trás de prédio ficava a beira do antigo Igarapé de Manaus, hoje
atual Parque Jefferson Peres.
A planta baixa do edifício era originalmente simétrica, porém em 1945 uma ala
lateral foi acrescida no andar superior à esquerda, durante o governo de Álvaro Maia. Do lado
interno a ampliação é bem visível ao olhar para o teto, pois os detalhes foram preservados e
para que não perdesse a bela arquitetura na lateral.
Sala Governador Plínio Coelho – possui 8m², esta pequena sala contém a
exposição “O Poder Executivo nas Constituições do Estado” retrata as
constituições criadas ao longo da história pelo executivo do Amazonas.
Sala Governador José Lindoso – possui 21m², nesta sala está exposição
permanente “Símbolos do Estado do Amazonas”, o espaço destaca os
emblemas do estado do Amazonas.
Todas as salas mencionadas acima estão no roteiro guiado do Centro Cultural Palácio
Rio Negro, portando é possível que o visitante amazonense ou estrangeiro conheça todos os
itens expostos em cada sala, todas as salas são compostas por móveis da época, no estilo
manuelino.
A imagem abaixo é da Sala Governador Eduardo Ribeiro, a mesma não fica aberta
para visitação, pois ainda é usada pelo Governador em eventos especiais e visitas de
personalidades, em destaque a beleza dos móveis do estilo manuelino.
Outros itens expostos no local são peças de cerâmicas e quadros de diversos estilos,
dentre eles pinturas que relembram a Belle Époque, assim como imagens de antigos
governadores que por ali passaram. Estátuas e lustres são itens fora à parte a decoração que
chamam bastante a atenção pela beleza e detalhes que possuem. De acordo com os guias do
local alguns lustres foram deixados por Scholz e outros foram integrados conforme foram
passando os anos.
Com o passar dos anos nossa história é marcada de diversas formas, conforme o
tempo foi passando fomos criando nossa própria cultura, muitos lugares demonstram o que já
foi vivido em momentos antigos de nossa cidade, estado ou país. Estas riquezas históricas são
chamadas de Patrimônios históricos Culturais.
No Brasil de acordo com a Constituição Federal é um patrimônio cultural tudo que
tenha um conceito de referência cultural e definição de bens passíveis de reconhecimento,
sobretudo os de caráter imaterial (IPHAN, 2018).
Para que permaneçam preservados e possam ser apreciados pelas próximas gerações,
o governo federal criou o IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. O
órgão é responsável por promover e coordenar a preservação e valorização destes bens
culturais, sendo eles Patrimônios Culturais materiais ou Patrimônios Culturais imateriais. Este
tipo de patrimônio cultural é registrado nos livros do tombamento, para que então eles fiquem
sobre responsabilidade do IPHAN.
O CCPRN foi tombado como patrimônio histórico estadual no dia 30 de outubro de
1980, a partir do Decreto de nº 5218. A gestão do atrativo fica a critério da Secretaria de
Cultura do Governo do Estado do Amazonas – SEC.
Quando falamos em cultura logo nos vem à mente toda uma idéia conceituada sobre
determinado local, ou seja, nos remete a pensar sobre os seus costumes, tradições, cotidiano, e
o como foi processo para se desenvolver o “formato” atual de sua cultura. E quando falamos
em identidade, o que logo nos remete a pensar em uma característica que identifique algo, que
determine sua origem e suas informações básicas.
A formação desta identidade faz com o individuo se sinta inserido dentro daquela
cultura, quando memórias são transmitidas, trazem consigo símbolos que podem arremeter ao
nosso passado, como é o caso dos patrimônios históricos.
Desta forma pode-se afirmar que o CCPRN é um patrimônio que nos relembra o
passado, que podemos reviver constantemente no presente e que iremos repassar para as
futuras gerações. Mas como podemos dizer que o Centro Cultural Palácio Rio Negro se
caracteriza como um patrimônio de identidade cultural? Esse sentimento é transmitido ao
amazonense através do que está sendo exposto em relação ao contexto histórico e do próprio
local em questão.
O prédio em si já carrega grande representatividade da cultura amazonense, Scholz
era destaque da elite do látex, era tido como um dos mais ricos, o Palácio foi construindo
enquanto Manaus era o centro do comércio da borracha. A Bellé Époque segue como grande
marco da história amazonense, os detalhes em sua estrutura destacam arquitetura em
evidencia na época, conhecer este espaço é reviver a riqueza e o esplendor do tempo áureo da
borracha.
O CCPRN possui 9 salas expositivas abertas ao público, dentre estas, destacam-se 3
salas “Sala Governador José Lindoso” onde compõem-se os símbolos, a bandeira e o hino do
Amazonas; “Sala Governador Jonathas Pedrosa” onde contém retratos de fotos oficiais de
todos os governadores do Estado; e “Sala Governador Plínio Coelho” onde está o livro da
constituição vigente no Estado desde 1989.
Nestas salas podemos conhecer e ter uma base sobre como se formou a política do
Estado, além de analisar as diversas fases de desenvolvimento que ocorreu ao longo desses
anos. As imagens acima fazem parte da exposição “Símbolos do Estado”, onde cada imagem
conta de forma didática a historia dos símbolos, na sala ainda se encontram a bandeira do
Amazonas e equipamentos de headphones em que o visitante pode escutar o hino do
Amazonas.
Figura 8 - Fotos dos Governadores, Sala Jhonatas Pedrosa.
Na Sala Jhonatas Pedrosa é possível fazer uma linha do tempo sobre os governos do
Amazonas, através das imagens nota-se o tipo gestão que já tivemos, as que repetiram e
inesperadas, no caso de Davi Almeida que assumiu o governo por conta da cassação do
Governador José Melo e do vice Henrique de Oliveira em 2017.
O turismo cultural teve início na Europa onde os burgueses da época tinham interesse
em conhecer as obras de arte e ruínas da Grécia e Roma, pois aquelas obras despertavam o
interesse pelo conhecimento da história através dos olhos do observador. Segundo Silberberg
(1995, p. 361) define turismo cultural como: “[...] visitação por pessoas de fora da
comunidade receptora motivada no todo ou em parte por interesse em aspectos históricos,
artísticos, científicos ou de estilo de vida e de herança oferecidos por uma comunidade,
região, grupo ou instituição”
Nestes 107 anos de vida o atual Palácio Rio Negro adquiriu uma bagagem cultural
muito grande desde quando era apenas a residência de Scholz até ele ser tornar o que
conhecemos hoje.
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O Palácio hoje em dia é aberto para visitações de terça-feira a domingo, sendo que de
terça a sexta ele funciona das 08h00min até as 17h00min e sábado e domingo com horários
diferenciados que são definidos e divulgados diariamente nas redes sociais da SEC.
O ambiente ainda conta com climatização adequada, onde os equipamentos estão
devidamente instalados de um modo que não altere a decoração do lugar, detalhe muito
importante, pois o turista ou visitante pode fazer o registro fotográfico sem que objetos
possam entrar em contraste com o cenário.
está aberto para todo tipo de público que tem interesse em conhecer um pouco mais da
história da região do amazonas.
De acordo com os guias o atrativo recebe cerca de 50 a 100 pessoas por dia, variando
conforme a temporada, em época de chegada de cruzeiros na capital, este numero aumenta
podendo chegar até ao dobro de pessoas por dia. Responsável pela gestão do atrativo, a SEC
planeja e promove diversos eventos culturais, com o objetivo de aproximar mais o povo
amazonense, para que então visitem o espaço com mais frequência.
Um dos eventos mais importante realizado este ano, ocorreu no dia 28 de agosto
quando o CCPRN completou 20 anos exercendo a função de centro cultural. Atrações
gratuitas foram promovidas pela SEC. O local ainda é usado pelo governador para realizar
reuniões importantes, assinar documentos de grande relevância e receber Chefes de Estado,
Embaixadores e personalidades internacionais.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
BLOG CLARA FAVILLA. Manaus: Palácio Rio Negro, herança do ciclo da borracha. 18
Mai 2011. Disponível em: http://clarafavilla.blogspot.com/2011/05/palacio-rio-negro.html.
Acesso em 20 Nov 2018.
DUARTE, Durango Martins. Manaus entre o passado e o presente. 1.ª ed. Manaus: Ed.
Mídia Ponto Comm, 2009.
HALL, Stuart. A identidade cultural na pós modernidade. 11ª Ed. Rio de Janeiro: DP&A,
2006.
MANAUS ONTEM, HOJE E SEMPRE. Centro Cultural Palácio Rio Negro. 28 Jul 2014.
Disponível em: http://manausontemhojesempre.blogspot.com/2014/07/centro-cultural-
palacio-rio-negro.html. Acesso em 21 Nov 2018.
SILBERBERG, Ted. Cultural tourism and business opportunities for museums and heritage
sites. Tourism management, v. 16, nº 5, p. 361-365, aug.1995.