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CONTROLE DO

MOSQUITO
VETOR
AEDES AEGYPTI
Vetor biológico - Artrópode capaz de transferir formas
infectivas de um patógeno/parasita de um hospedeiro
(infectado) a outro hospedeiro (susceptível).
Período de Incubação Extrínseca (PIEx)

Tempo decorrido entre a ingestão do repasto sanguíneo infectado,


replicação do vírus, invasão das glândulas salivares e o momento em
que o inseto se torna apto a transmitir o vírus pela saliva, no
momento da picada, para o novo hospedeiro vertebrado suscetível
(Suzuki, 1995).
Principais
dípteros vetores (BR)

C • Aedes (Ae. aegypti)


U
L DENGUE, FEBRE AMARELA,
L
I CHIKUNGUNYA E ZIKA
I
C • Culex (C. quinquefasciatus)
Í Í

D FILARIOSE BANCROFTIANA
E
E • Anopheles (complexo)
O
S
S MALÁRIA

• Lutzomya sp. • Simulium (S. damnosum)

LEISHMANIOSE ONCOCERCOSE
Fatores que contribuem para a transmissão de
agentes patógenos, ao homem, por culicídeos

Elevado número aumento da densidade


de criadouros populacional

 Condições climáticasacelera o ciclo biológico


(15 a 30 dias)

 Alterações nomigração das populações
ambientevetoras
Aedes aegypti – Histórico de Controle no Brasil

1996 - Plano para Erradicação de Aedes aegypti (PEAa)


2002 - Programa Nacional de Controle da Dengue- PNCD

Eliminação mecânica de criadouros


RecomendaçõesRecoendações parapara aa eliminaçãoeliinação

mecânicaecânica dede criadouroscriadouros


Uso de inseticidas - tratamento focal (larvicidas)
Aplicação do inseticida direto no criadouro (ciclos bimensais)

• Larvicidas químicos; Organofosforados (temephos) (1996 – 2009)


Aplicação do inseticida direto no criadouro (ciclos bimensais)
• Rede de Monitoramento da Resistência de Aedes aegypti a
Inseticidas (MoReNAa)

• Larvicida biológico: Bacillus thuringiensis israelensis (Bti) (2000 ?)

• Reguladores do crescimento dos insetos (2010 ...)


Inibidor de síntese de quitina: diflubenzuron/novaluron
Análogo do Hormônio juvenil: pyriproxyfen
Uso de inseticidas

Tratamento com adulticidas

Organofosforados: Piretroides:

Malathion (1996-2000) cipermetrina, deltametrina (2000 ...)

Aplicação perifocal Aplicação espacial Ultra baixo


Pontos estratégicos volume (UBV)
Fumacê
PONTOS ESTRATÉGICOS

Aplicação mensal de larvcidas e adulticidas

Cemitério
Borracharia

Ferro velho
Recicladora
Parara controlartrlr a densidadei
populacionallil de um insetoito vetortr

Por onde começar?


1º passo

• Conhecer a realidade da área

Conhecer a situação epidemiológica

RISCO DE TRANSMISSÃO

Condições ambientais
Nível de conhecimento
dapopulação exposta

Costumes do hospedeiro
2º passo

 Conhecer o agente etiológico

Transmissão
(modo e mecanismo)

Ciclo de desenvolvimento
3º passo

Conhecer profundamente o vetor

Ciclo de vida
Características
bioecológicas

 Índices entomológicos
CICLO BIOLÓGICO DOS MOSQUITOS
Aedes aegypti – Características bioecológicas

•Espécie exótica/invasora;
•Antropofílica;
•Monogâmica;
•Adaptada ao ambiente urbano e ao domicílio;
•Comportamento de oviposição em diferentes criadouros;
•Colonizam “preferencialmente” criadouros temporários;
•Ovos resistentes à dessecação por períodos prolongados
(1 ano) e não são sensíveis à maioria dos insecticides;
•Ovos são disseminados de forma passiva nos ambientes.
Levantamento de Índices EntomológicosEntoológicos

Infestação de A.. aegypti –– 2015 (%)()

Índice de Recipientes
Nordeste
Norte

Sul Suldeste
4º passo
• Estabelecer as estratégias
CONTROLE

Saneamento, limpeza urbana e INTEGRADO
abastecimento de água Educação e Saneamento
 Comunicação e limpeza
Controle biológico social urbana

Controle físico-mecânico Sa
 Pesquisa Políticas


Coleta massiva de ovos científica sociais
Controle Químico INTEGRAÇÃO
(emergências/epidemias) SETORIAL

Técnica do inseto estéril


CONTROLE BIOLÓGICO

• Conceito: utilização de predadores, parasitas, competidores,


patógenos ou toxinas resultantes da atividade destes agentes,
para manter sob controle a população-alvo.

Larvicida: VectoBac WG®


Larvicida: VectoBac G®
Bacillus thurigiensis israelensis (Bti); Bacillus thurigiensis israelensis (Bti);

Formulação em grânulos Formulação em grânulos solúveis

Aplicação: focal Aplicação:Ultra Baixo Volume (UBV-


Dosagem: 1g/m2; Leve); Dosagem: 500g/hectar;
Periodicidade: bimensal Periodicidade: Mensal
Aspectos a considerar sobre o
Controle Biológico:

1. Especificidade;
2. Segurança ambiental e eficácia;
3. Capacidade de reciclar no ambiente (bactéria);
4. Fácil produção em larga escala;
5. Facilidade na aplicação, no transporte e na estocagem;
6. Atividade residual geralmente inferior a observada para os
químicos;
CONTROLE FÍSICO-MECÂNICO

• Conceito: consiste na utilização de medidas que impeçam ou


dificultem o desenvolvimento do agente-alvo, e o contato com o
hospedeiro.

Exs.: mosquiteiros, telas na janelas, telagem dos suspiros de


fossas, tampa ou capa para depósitos.
COLETA MASSIVA DE OVOS
a

d
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c

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Ovitrampa - controle BR-OVT adesiva - controle
(ciclo de manutenção: 2 meses)
T
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2
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l

l
(ciclo de manutenção: 2 meses)

(1,5 L de água + Bti)


(30 x 17 cm)
Estratégia para evitar a acumulação de ovos no ambiente
(Remoção e incineração maciça de ovos de mosquito)
CONTROLE QUÍMICO

• Conceito: consiste na utilização de compostos químicos, por via


aérea, terrestre ou aquática, para o controle de uma ou várias
espécies. Aplicação focal/Larvicida

Aplicação espacial
de adulticidas

Aplicação perifocal Aplicação espacial Ultra baixo


volume (UBV)/Fumacê
Pontos estratégicos
Aspectos a considerar a respeito do
Controle Químico:

1. Baixo custo de produção industrial;


2. Rápida eficácia inicial;
3. Maior estabilidade nos ambientes aplicados;
4. Número elevado de produtos disponíveis
comercialmente;
5. Ausência de seletividade, pode resultar em
sérios danos ambientais e à saúde humana;
6. Rápido Desenvolvimento de resistência;
7. Necessidade da utilização de EPI.
TÉCNICATÉCNICA DODO INSETOINSETO ESTÉRILESTÉRIL –– KNIPLINGKNIPLING (1950)(1950)

 Controle genético;


 Técnica espécie-específica;


 Extremamente seletiva;


 Produção de machos estéreis;


 Criação em larga escala e liberação dos insetos em campo;


 Historicamente aplicada ao controle de insetos de importância
agropecuária;

 Ambientalmente segura.
Programa de Controle
Integrado de Vetores
(Etapas)

1. Reconhecimento da área;

2. Identificação e registro dos criadouros reais e


potenciais;

3. Planejamento das estratégias para um integrado;

4. Seleção e registro dos criadouros ou imóvel-sentinela


para monitoramento;

5. Seleção dos indicadores entomológicos –

1. Estimava da Densidade de Mosquitos: Adultos – DA;

2. Densidade de larvas e pupas – DLP (quantitativo),


3. IP ou IB (presença/ausência – quantitativo para o
imóvel) ou ovos – IPO e IDO;
Programa de Controle
Integrado de Vetores
(Etapas)

6. Monitoramento de pré-intervenção:

1. Estimava da Densidade de Mosquitos: Adultos –


DA;

2. Densidade de larvas e pupas – DLP (quantitativo);

3. IP ou IB (presença/ausência – quantitativo para


o imóvel) ou ovos – IPO e IDO;
7. Intervenção - aplicação das estratégias de controle com ampla
cobertura de tratamento dos criadouros e permanente vigilância
dos efeitos das ações de controle.
Controle integrado de mosquitos
Diretrizes para um programa bem sucedido

• Agilidade no tratamento: com cobertura do maior


número possível de criadouros em curto tempo;

• Estabelecer a frequência necessária de repetição


de tratamentos e outras ações;

• Garantir a infra-estrutura necessária, para evitar


interrupção do programa;

• Avaliar periodicamente o programa (vigilância).


INTEGRAÇÃO SETORIAL

• Educação
• Saneamento
• Políticas Sociais
• Imprensa, ONG’s, ...
• Metodologia criteriosa e bem estruturada;
1. Avaliações periódicas, a partir dos
indicativos inicialmente estabelecidos;
2. Engajamento e treinamento de pessoal.
INFORMAÇÃO - EDUCAÇÃO - COMUNICAÇÃO

• Participação comunitária;

• Repasse de informações relativas à doença e ao


vetor e as medidas de controle a serem
implementadas e como a população pode colaborar;

• Desenvolvimento de atividades que visem motivar e


mobilizar a comunidade para participar do programa
de controle integrado.
Mobilizaçãoobilização SocialSocial -- InformaçãoInforação
Mobilização Social - Informação

Autoridades Públicas de Saúde

Equipe Tecnica dos serviços de saúde – Agentes de Campo


Mobilização Social - InformaçãoInforação

Mobilização Social - Informação

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