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UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS

CÂMPUS UNIVERSITÁRIO DE PALMAS


CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL

GABRIELA DIAS DO NASCIMENTO ALMONDES


SANDY LINNIKER LIMA MACHADO

PRÁTICAS DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO


ENSAIO DE COMPRESSÃO DE BLOCOS CERÂMICOS

PALMAS (TO)
2020
GABRIELA DIAS DO NASCIMENTO ALMONDES
SANDY LINNIKER LIMA MACHADO

PRÁTICAS DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO


ENSAIO DE COMPRESSÃO DE BLOCOS CERÂMICOS

Relatório Técnico apresentado à disciplina de Práticas


de Materiais de Construção, do curso de Engenharia
Civil da Universidade Federal do Tocantins, Câmpus
Universitário de Palmas, como requisito parcial para
aprovação.
Prof. Wesley Pinheiro

PALMAS (TO)
2020
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SUMÁRIO

1 OBJETIVO............................................................................................................................... 4
2 INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 4
3 BLOCOS CERÂMICOS .......................................................................................................... 4
3.1 Blocos Cerâmicos de Vedação .............................................................................................. 4
3.2 Blocos Cerâmicos Estrutural ............................................................................................... 4
4 PROCEDIMENTOS ................................................................................................................ 5
5 EQUIPAMENTOS ................................................................................................................... 5
6 MATERIAIS ............................................................................................................................ 5
7 CÁLCULOS E RESULTADOS ............................................................................................... 7
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................................ 9

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1 OBJETIVO
Determinar a resistência à compressão de 5 tijolos cerâmicos à partir do rompimento
destes.
2 INTRODUÇÃO
Os tijolos cerâmicos, conhecidos assim popularmente, são itens essenciais em uma
construção de alvenaria estrutural ou de vedação.
Eles são produzidos, basicamente, de argila e possuem furos ao longo do seu
comprimento.
Com o intuito de contextualizar o motivo de realizarmos ensaios desse tipo, podemos
citar os esforços exercidos pelas alvenarias ao suportarem pias, armários e até mesmo seu
próprio peso. Isso para cargas não tão significativas.
O ensaio de compressão é o mais indicado quando almejamos suprir a exigência de se
ter um projeto que resista à esse fator. Para isso, o profissional responsável deverá indicar um
material que tenha boa resistência à compressão, não se deforme com facilidade e possua uma
boa precisão dimensional.
3 BLOCOS CERÂMICOS
Os blocos cerâmicos são componentes da construção civil utilizados em alvenaria
estrutural ou de vedação.
3.1 Blocos Cerâmicos de Vedação
São componentes da alvenaria de vedação que possuem furos prismáticos
perpendiculares às faces que os contêm. O bloco cerâmico para vedação é produzido para ser
usado especificamente com furos na horizontal, mas, também pode ser produzido para
utilização com furos na vertical. Os blocos cerâmicos para vedação constituem as alvenarias
externas ou internas que não têm a função de resistir a outras cargas verticais, além do peso da
alvenaria da qual faz parte, segundo a NRB 7171.
3.2 Blocos Cerâmicos Estrutural
Componente da alvenaria estrutural que possui furos prismáticos perpendiculares às
faces que os contêm. Os blocos cerâmicos estruturais são produzidos para serem assentados
com os furos na vertical. E são subdivididos em: bloco cerâmico estrutural com paredes
maciças, bloco cerâmico estrutural de paredes vazadas e bloco cerâmico estrutural perfurado,
ainda de acordo com a NBR 7171.
Nesse ensaio trataremos apenas dos blocos de vedação.

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4 PROCEDIMENTOS
Uma amostra com seis blocos cerâmicos foi levada para o laboratório de materiais de
construção, onde realizou-se o ensaio de esforço axial, ou seja, de compressão.
Conforme podemos ver na figura abaixo, o ensaio de compressão é compreendido,
basicamente, por um esforço aplicado uniformemente em toda a seção transversal de um corpo
de prova qualquer e, nesse caso, aplicado em 5 blocos distintos.

Fonte: Google Imagens

Neste ensaio, iremos verificar se a compressão dos blocos atende aos valores
estabelecidos pela norma que, para blocos de vedação, deve seguir conforme o exposto na
tabela:
Tabela 1 – Resistência à Compressão (fb)
fb
Posição dos furos
MPa
Para blocos usados com furos na horizontal ≥1,5
Para blocos usados com furos na vertical ≥ 3,0
Fonte: NBR 15270-1

5 EQUIPAMENTOS
Neste ensaio, será necessário apenas o uso da prensa.
6 MATERIAIS
Utilizamos 5 corpos de prova, sendo eles blocos cerâmicos de vedação Cada um deles
foi colocado na prensa, onde uma carga crescente foi aplicada.
6.1 Características visuais dos materiais

5
Fonte: Professor Materiais
6.2 Características geométricas dos materiais
Quadro 1
Corpo de Prova Bloco Comprimento Largura Altura
CP 1 1 190 88 134
CP 2 2 195 94 140
Fonte: Professor Materiais
Quadro 2
Corpo de Prova Bloco Comprimento Largura Altura
CP 1 3 240 88 190
CP 2 4 239 89 190
CP 3 5 238 88 189
Fonte: Professor Materiais
6.3 Materiais sendo submetidos ao ensaio de compressão

6
Fonte: Professor Materiais

7 CÁLCULOS E RESULTADOS
Os resultados obtidos à partir da compressão desses 5 cinco corpos de prova foram os
seguintes:
Quadro 3
Força
Corpo de Prova Área (cm²) Tensão (Mpa)
(kN)
CP 1 13,13 167,2 0,79
CP 2 3,92 171,77 0,23
CP 3 10,88 183,3 0,59
Fonte: Professor Materiais
Representando isso em termos gráficos, temos o seguinte:
Gráfico 1
Tensão (MPa)
1.000

0.800

0.600

0.400

0.200

7
0.000
0.0 20.0 40.0 60.0 80.0 100.0 Tempo (s)
CP 1 CP 2 CP 3 CP 4 CP 5
Fonte: Professor Materiais
Quadro 4
Força
Corpo de Prova Área (cm²) Tensão (Mpa)
(kN)
CP 1 37,12 211,2 1,76
CP 2 29,42 212,71 1,38
CP 3 33,37 209,44 1,59
Fonte: Professor Materiais

Representando isso em termos gráficos, temos o seguinte:


Gráfico 2
Tensão (MPa)
2.000

1.600

1.200

0.800

0.400

0.000
0.0 30.0 60.0 90.0 120.0 150.0 Tempo (s)
CP 1 CP 2 CP 3 CP 4 CP 5
Fonte: Professor Materiais

Inicialmente, observamos que os nossos blocos possuem furos na horizontal, ou seja, de


acordo com a NBR 15270-3, a compressão mínima exigida é de ≥1,5. E, nesse caso, apenas os
corpos de provas 1 e 3, representados no Quadro 4 e Gráfico 2, estão de acordo.
8 CONCLUSÃO
O presente ensaio verificou o quanto de carga cada bloco é capaz de suportar, quando
submetido à forças perpendiculares sobre suas faces, afim de determinar se são capazes de
suportar a pressão da construção exercida sobre os tijolos cerâmicos.

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Quando os blocos não atendem ao mínimo estabelecido pelas normas, os riscos de
problemas estruturais surgirem a curto e longo prazo, se tornam mais significativos. Os blocos
cerâmicos utilizados no ensaio, apresentaram resistência à compressão muito baixa. Apenas 2
blocos seguem o exigido pela norma, ou seja, que possuam resistência ≥1,5. São eles os CP 1 e
3 representados no representados no Quadro 4 e Gráfico 2 e apresentam módulo de resistência
à compressão de 1,76 Mpa e 1,59 Mpa, respectivamente. Sendo assim, a utilização dos demais blocos
não é recomendada, visto que, o não atendimento à norma pode acarretar riscos à construção, como
rachaduras ou até mesmo desabamentos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15270-1:2005:


Componentes cerâmicos Parte 1: Blocos cerâmicos para alvenaria de vedação -
Terminologia e requisitos. 2005.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15270-3:2005:


Componentes cerâmicos Parte 3: Blocos cerâmicos para alvenaria estrutural e de vedação
- Métodos de ensaio. 2005.
BAUER, L.F. Materiais de construção. Rio de Janeiro: Livros técnicos e científicos Editora
S.A, 1994.

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