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Conteúdo
1. A teoria da Atividade prática social – uma introdução
Mariane Hedegaard, Seth Chaiklin e Uffe Juul Jensen
15. Práticas institucionais, posições culturais e motivos pessoais: concepções dos pais turcos imigrantes
sobre a vida escolar de suas crianças
Mariane Hedegaard
16. Mente cultural e identidade cultural: projetos para a vida corpórea e espiritual
Amélia Alvarez e Pablo Del Rio
17. Tendências recentes no desenvolvimento da educação na Rússia e o papel da teoria da atividade para
a escolarização
Vitaly Rubtsov
18. Quando o centro não suporta: a importância do “knotworking”
Yrjo Engestrom, Ritva Engestrom e Tarja Vahaaho
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HEDEGAARD, Marianee, CHAIKLIN, Seth e JENSEN, Uffe Juul Activity Theory and Social Practice:
An introduction. In: HEDEGAARD, Marianee, CHAIKLIN, Seth e JENSEN, Uffe Juul (eds.). Activity
Theory and Social Practice: Cultural-Historical approaches. Aarhus: Aarhus University Press. 1999.
A idéia da prática social tem sempre sido uma parte da tradição histórico-
cultural, tanto nas raízes filosóficas do marxismo como nos conceitos explicativos que
tem organizado a tradição. A prática social não é um apêndice para a Teoria da
Atividade; ela situa-se no coração da estrutura conceitual da teoria – mas é somente nas
décadas recentes que passou a receber a atenção que ela merece.
A noção de prática social, como um conceito analítico, é teoricamente
insaturável, isto é, nenhuma posição ontogênica ou epistemológica particular está
implicada à noção geral de prática social, que é definida como as tradições humanas
estruturadas pela interação ao longo das tarefas e objetivos. Portanto, o conceito pode
ser usado com várias perspectivas teóricas e filosóficas conflitantes, e na prática, o
termo prática social, não é único à tradição histórico-cultural. Dentro da filosofia,
podemos encontra-lo sendo usado pelos Wittgensteinianos, fenomelogistas, sócio-
construtivistas e marxistas. Nas ciências sociais, estudos científicos (Latour, 1987;
Pickering, 1995) tem argumentado que ciência tem de ser representada como uma
prática social. Há uma tradição antropológica conhecida como "Teoria da prática
social", que compartilha algumas idéias similares (Lave e Wenger, 1991).
humanas feito independentemente por Tulviste e Alvarez e Del Rio (neste volume).
Concordamos com o espírito destas observações, e sugerimos num plano mais
consistente, que estas descrições necessitam enfocar a natureza institucionalizada da
prática mais explicitamente e diretamente no desenvolvimento do conceito de atividade.
Vários capítulos (neste volume) têm tentado ir além, do que agora está
passando a ser uma suposição lugar-comum dentro da tradição, e iniciando a explorar
dimensões da atividade que não tem recebido atenção suficiente. Três dimensões que
são discutidas neste volume são a comunicação, o coletivo e as emoções.
A relação da atividade e comunicação é uma questão que ainda necessita
análise e esclarecimentos adicionais. Gonzalez Rey crítica a abordagem tradicional da
atividade por tomar uma visão demasiada estreita do processo de comunicação, vendo a
comunicação como uma atividade baseada no objeto. Em contraste, Fichtner, citando
Davydov, argumenta que a comunicação está sempre ocorrendo dentro da atividade.
Tanto Gonzalez Rey e Fichtner, assim como Lektorsky, notaram que a comunicação
deve ser compreendida muito mais amplamente, do que somente uma linguagem verbal,
como Gonzalez Rey mencionou a importância dos processos de comunicação no
desenvolvimento intencional e nas emoções, e Fichtner notando as estruturas
comunicativas das crianças pré-verbais.
Davydov também considera a importância da comunicação na relação da
atividade, enfatizando o que ele considera um ponto omisso, isto é, que a comunicação é
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Conclusão