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ISSN: 2177-8981
Ficha catalográfica elaborada por: Dilália Lessa Brandão Magalhães CRB/ 5-1379
Revista Emphasis, nº 11, 2016.2 – Ciências Humanas e Sociais Aplicadas
EDITORIAL
Comissão Editorial
SUMÁRIO
RESUMO
ABSTRACT
This article sets out the difficulties faced by women in the choice of technology
courses. Bringing today's comparisons with the past. Clarifying chronologically, the
path taken by them since the first reports in 1949, bringing that had few women in the
area since then. Discusses the influence of society and the family in their decisions.
And transcribes the profile of the woman who chooses the technologies and those
that decide to take other courses, through the analysis of a questionnaire answered
by women of all ages student.
1. INTRODUÇÃO
4 Primeiro computador digital eletrônico de grande escala, desenvolvido em 1943 durante a II Guerra
Mundial. 5
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Oito anos decorrentes, Mary Kenneth Keller, tornou-se freira em 1940 e anos
mais tarde foi a primeira mulher a receber um grau de Ph.D. em ciência da
computação. Em 1965, em seu trabalho de dissertação, Keller realizou a construção
de algoritmos para realizar a diferenciação analítica no intuito de verificar expressões
algébricas, esse trabalho foi realizado em Fortran 63. Estudou também a linguagem
de programação BASIC na universidade de Michigan (GNIPPER, 2016).
Anos mais tarde, Aline Burks, contribuiu particularmente com a lógica de
programação, ajudando na criação do primeiro computador digital eletrônico da
época. Uma maquina calculadora que foi chamada de ENIAC nos anos de 1980
(PAGE, 2016). Ainda na mesma década, Radia Perlman, cientista da computação,
conhecida como “Mãe da Internet”, teve contribuições na área de segurança de
redes trazendo modelos de algoritmos distribuídos para o desenvolvimento do STP
(protocolo Spanning-Tree), que permitiu melhorias no acesso a internet STP5
garantindo a não criação de loops, caso caminhos redundantes ocorressem dentro
da camada de enlace da rede (ROSEN, 2016).
Em uma entrevista para o site The Atlantic, Radia respondeu algumas das
perguntas onde explica sobre seu papel para a ciência e para a computação. Foi
trazido o seguinte questionamento: se havia muitas mulheres durante os estudos e
no ambiente de trabalho:
Eu fui para o MIT num momento em que o número de mulheres foi
estritamente limitado, pelo número que poderia se encaixar no dormitório
feminino único, por isso havia poucas mulheres. Eu realmente não vejo
outras mulheres no dormitório. (ROSEN, 2016)
Outra notável mulher da computação foi Frances E. Allen, uma das pioneiras
na análise do compilador. Em 45 anos de carreira, ela introduziu abstrações,
implementações e algoritmos que contribuíram para a otimização do sistema,
descrevendo a sua importância. Liderou o projeto PTRAN utilizando a linguagem de
programação FORTRAN, além de desenvolver um sistema para a detecção e
construção de métodos na estruturação utilizada nos compiladores. (STEELE, 2012).
Ainda segundo a autora, a cientista recebeu importantes premiações e
honrarias como o Prêmio Lovelace em 2007. Allen foi reconhecida por todo seu
trabalho na computação de alto desempenho em 2006. Tornou-se a primeira mulher
na história a ganhar o prêmio que pode ser considerado ao equivalente a quarenta
anos de prêmio Nobel para a computação oferecida pela Association for Computing
Machinery.
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Ao contrário das super mulheres das décadas passadas, muitas nos dias
atuais não se sentem aptas a programar. Com esse pensamento, elas acabam por
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não ingressar nos cursos ligados a área tecnológica, principalmente por sentirem
dificuldades, sobremaneira no que se refere à lógica de programação e sintaxe.
No âmbito dos cursos de TI, disponibilizados pela Faculdade Dom Pedro II, foi
aplicado o questionário: “Pesquisa do Quantitativo de Mulheres Na TI – 2016”.
Com o objetivo de estabelecer o perfil da mulher que ingressa nos cursos de TI da
Instituição foram tratados os dados obtidos e que posteriormente foram analisados
com fins estatísticos, identificando assim os motivos pelos quais as mulheres não
tenham interesse em tais áreas.
Os dados utilizados nessa pesquisa foram gentilmente fornecidos pela
Faculdade Dom Pedro II, através da Coordenação do Curso de Sistemas de
Informação e Gestão de TI6. A amostra refere-se ao universo de 63 questionários
preenchidos durante a pesquisa, do total de 168 alunos matriculados na Faculdade
Dom Pedro II, nos cursos de TI, no período compreendido entre 2014.1 a 2015.2.
Ressalta-se que desse total, 22% realizaram o trancamento ou abandonaram o
curso.
O Gráfico 1 mostra o total de alunos matriculados nos cursos de TI da
Faculdade Dom Pedro II, dos quais 89% são homens, 11% são mulheres.
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Esta pesquisa é totalmente quantitativa e anônima, primando pela ética e preservando os dados
informados. 11
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Anos
A informação trazida acima pode ser vista de outra perspectiva, como denota o
Gráfico 4. O questionamento foi feito a alunas de outros cursos, além dos de TI,
dentro da amostra contemplada pelos 63 questionários. Do total de mulheres
questionadas e matriculadas nos cursos de TI, o interesse desde a infância foi de
84,62%, comparado aos 19,05% dos daquelas matriculadas em outros cursos.
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Gráfico 5: Com que frequência quando criança você jogava vídeo game?
Anos
Gráfico 6: Com que frequência quando criança você jogava vídeo game?
Gráfico 7: Quando criança foi incentivada a utilizar alguma tecnologia existente, por seus
responsáveis?
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Gráfico 8: Quando criança foi incentivada a utilizar alguma tecnologia existente, por seus
responsáveis?
Gráfico 9: você tem interesse em saber como as tecnologias que você utiliza são
criadas?
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Gráfico 10: você tem interesse em saber como as tecnologias que você utiliza são
criadas?
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Gráfico 11: Qual o principal motivo por não ter escolhido um curso de tecnologia do
ensino superior?
Diante do exposto foi possível ao final dessa pesquisa traçar um perfil das
mulheres que possuem interesse ou não em tecnologias. As que afirmaram possuir
interesse pela área de TI foram influenciadas, ainda na infância, pelos seus
responsáveis, ficando claro que houve interação das mesmas com produtos
tecnológicos como jogos, celulares e computadores. Essa afinidade com o aparato
tecnológico desde a tenra idade até os dias atuais pode ser considerada fator crucial
para a escolha das mulheres pelos cursos da área de TI, oferecidos pela Faculdade
Dom Pedro II, em específico.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
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REFERÊNCIAS
PEREIRA, A. A. COBOL: uma linguagem que ainda está viva, 2016. Disponível em:
http://www.devmedia.com.br/cobol-uma-linguagem-que-ainda-esta-viva/24585 .
Acesso em 23 out. de 2016.
STEELE, G. Frances ("fran") Elizabeth Allen. United States, 2006. Disponível em:
http://amturing.acm.org/award_winners/allen_1012327.cfm. Acesso em 19 nov. de
2015.
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RESUMO
ABSTRACT
7
Pesquisador do CRA-BA, professor da Faculdade Dom Pedro II. Email: lucianofte@gmail.com
8
Pesquisador do CRA-BA, professor da Faculdade Dom Pedro II. Email: sandrocmpinto@gmail.com
9
Pesquisador do CRA-BA, professor da Faculdade Dom Pedro II. Email: wreimao@gmail.com
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1. INTRODUÇÃO
A Rússia emerge nos últimos anos como um importante player global, que
cada vez mais procura recuperar sua relevância perdida, ante ao colapso da União
Soviética em 1991 e anos seguintes de penosas reformas econômicas. O novo
milênio retoma uma Rússia com ambição de ocupar a lacuna que ocupava na
chamava Guerra Fria (1945-1991), na qual rivalizava constantemente com os
Estados Unidos pelas zonas de influências, das ideologias predominantes
(socialismo versus capitalismo) e do sistema político-econômico mais poderoso que
tanto marcaram (e sangraram) a segunda metade do século passado, ameaçando o
mundo a um holocausto nuclear, caso o conflito realmente viesse à tona.
As reminiscências do esplendor do antigo império soviético chegam neste
século e lamentadas pelo atual Chefe de Estado, Vladimir Putin, que declarou que o
fim da URSS foi “o maior desastre geopolítico do século XX” (BBC, 2005). Enquanto
apenas os Estados Unidos era a única superpotência dominante, sendo até
anunciado o “fim da história” pela hegemonia da democracia capitalista
estadunidense, ressurge a Rússia nesse milênio buscando um novo reequilíbrio e
dissuasão internacional (FRIEDMAN, 2012), recuperando sua lacuna geopolítica.
Bem além do que esforços militares, relações políticas e conquistas
geográficas da Rússia contemporânea, esta nova fase passa pela ação das
empresas, gestores e da Administração Russa, com suas particularidades e
condicionantes, em busca por um novo espaço na economia internacional.
Naturalmente, os interesses russos voltaram à América Latina, região
tradicionalmente ligada aos Estados Unidos e que até pouco tempo atrás a influência
do gigante do Leste Europeu se resumia a Cuba, seu posto avançado e insular nas
Américas contra o capitalismo dos EUA que perdeu a relevância no declínio soviético
nos anos 90. O comércio exterior da Rússia e a América Latina (que sofreu os
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1.1 Metodologia
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diferente das outras nações européias pós-socialistas, por haver um repúdio aos
capitais estrangeiros e privilegiando, assim, os antigos burocratas russos:
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a) Existe uma sensação de abismo por parte dos russos e das elites, que se
reflete nas empresas, visto que os russos já foram governados por czares
com direitos divinos, tiranos socialistas absolutos e fortes governantes da
Nova Rússia próximos do autoritarismo, apesar de pairar uma aparente
democracia formal;
o mais importante é ser bem pago, mas melhor ainda se for (...) trabalhar
com um amigo de infância ou um (...) colega da escola. O que acontece é
que ao longo dos anos os russos foram ensinados a não confiar em nada
além das pessoas. O comprometimento com ideais é fraco, mas as relações
humanas permanecem importantes.
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4.2 BLAT
Assim, uma das estratégias das organizações para obter o maior rendimento
em níveis táticos e operacionais é a adoção de práticas deliberativas em
assembléias, afinal, ressalta-se aqui a histórica nação dos Conselhos dos Boiardos
(antiga nobreza que assessorava os primeiros czares) e dos Soviets (organizações
dos trabalhadores que decidiam nas fábricas os rumos político-econômicos nas
primeiras décadas do século XX).
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
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VICENTINO, Claudio. Rússia: Antes e Depois da URSS. São Paulo: Scipione, 1995.
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RESUMO
Este artigo vem discutir como o conceito de substância pura é trabalhado no livro de
Química do Ensino Médio, a partir de uma abordagem fenomenológica. Neste
sentido, levantou-se como problema de investigação, como o conceito de substância
química é abordado no livro de Química do ensino médio? O estudo teve como
objetivo compreender como o conceito de substância química é explorado nos
quatro livros didáticos de química apresentados no guia do Programa Nacional do
Livro Didático (PNLD, 2015), com um viés fenomenológico. Com as Unidades
Significativas selecionadas nas fases de descrição e redução do método, pode-se
perceber que todos os livros apresentam deficiência em relação à condução do
conceito de substância pura, onde apenas um deles oferece maior possibilidade
para que os estudantes formulem e incorporem o conceito de substância como
material puro. Esta pesquisa faz com que o professor possa melhor discutir o
conceito de substância pura com seus alunos extrapolando ao existente, apenas no
livro didático.
ABSTRACT
This article is to discuss how the concept of pure substance is worked in Quimica
book of high school from a phenomenological approach. In this sense, it arises as a
problem: how the concept of chemical is discussed in high school chemistry book?
The study aims to understand how the concept of chemical is explored in the four
chemistry textbooks presented in the National Program tab Textbook (PNLD) in 2015
with a phenomenological vies. With Significant Units selected in the stages of
description and reduction method, one can see that all books are deficient in relation
to the conduct of the concept of pure substance, where only one of them offers
greater possibility for students to formulate and incorporate the concept substance as
pure material. This research makes the teacher can better discuss the concept of
pure substance with their students extrapolating the existing only in the textbook.
10
Professor de Química na Secretaria de Educação do Estado da Bahia, Mestre em Educação e
Multidisciplinaridade e membro do Grupo de Pesquisa PROGEI-Programa de Educação Inclusiva.
Email: nilsonconceicao64@hotmail.com
11
Professora da Faculdade Dom Pedro Segundo e da Universidade do Estado da Bahia. Doutora em
Educação e coordenadora do Grupo de Pesquisa PROGEI – Programa de Educação Inclusiva. Email:
patricia@inclusaodahora.com.br 38
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1. INTRODUÇÃO
2. METODOLOGIA FENOMENOLÓGICA
A sequência dos dados enfatiza que “uma mistura deve ser constituída de
dois ou mais componentes que estejam de alguma forma, unidos”, (...) “para um
químico, a separação dos componentes de um sistema é uma tarefa fundamental,
pois garante a obtenção de substâncias puras”, e que “muitas vezes, o químico
gasta mais tempo de seu trabalho separando e purificando os produtos obtidos em
uma reação do que propriamente fazendo a reação acontecer” (p. 79).
Ao falarem de purificação de materiais, citam a destilação, que é utilizada na
fabricação de bebidas destiladas; a liquefação, para obter nitrogênio do ar
atmosférico; e a recristalização que é utilizada na purificação de substâncias cuja
solubilidade aumenta com a temperatura. E ilustram (p. 83) alguns equipamentos
utilizados nos processos.
42
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Quando temos mais de uma substancia, [...], verifica-se uma alteração nas
curvas dos gráficos de aquecimento [...]. A temperatura passa a ter
pequenas alterações nas faixas de fusão e de ebulição. Neste caso, a curva
não apresenta patamar de temperatura constante característico, [...], como
se pode observar na curva do gráfico abaixo (p. 32).
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1. Define o termomistura X X X
2. Define o termo substância X X X
3.Classifica as substâncias em simples e X X X
compostas
4.Apresenta as propriedades físicas como meio X X X X
de identificar um material puro
5.Apresenta método de purificação de X X X X
substância
6. Apresenta gráfico de mudança de estado X X X
físico/ temperatura constante na mudança de
fase
7. Apresenta a relação entre substância e X X
pureza.
8. Apresenta ilustração de equipamento X X X X
utilizado em método de separação de mistura
Fonte: Elaborado pelos autores, 2016.
Observa-se que houve variação das unidades significativas em 75% dos livros
analisados, e apenas 25% permaneceu invariável. Na unidade significativa 1 existiu
variação apenas no livro A, nos demais houve invariabilidade; as unidades 2, 3 e 6,
variaram apenas no livro B, nos demais, os livros A, C e D, elas permaneceram 46
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3. DISCUSSÃO E RESULTADOS
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4. CONSIDERAÇÕES
Diante da análise dos livros didáticos para o Ensino Médio acerca do conceito
de substância química como material puro, pode-se constatar que apenas o livro C
apresenta a abordagem próxima àquela considerada como material de apoio ao
estudante do Ensino Médio, considerando o referencial adotado no estudo.
Portanto, ao comparar as abordagens que cada livro traz sobre o conceito, o
livro B foi o que apresentou as menores possibilidades para o entendimento e a
construção do conceito em estudo. Ao descreverem sobre as propriedades físicas,
não as relacionam a processos de purificação por meios físicos na obtenção de
substâncias, embora definam a destilação e a recristalização como métodos de
separação satisfatoriamente ilustrados com figuras apropriadas.
Em relação ao livro D, o que a interpretação dos dados demonstrou foi uma
vantagem sobre o livro A, por possuir um componente a mais, que é a definição do
conceito de mistura. No entanto, quando faz a classificação do conceito de
substância em simples e composta, se refere ao processo químico de decomposição
sem dizer que a substância decomposta é a mesma quando é oriunda de processo
físico de purificação.
O livro C oferece maior possibilidade dentre os quatro compêndios
analisados, para que os estudantes formulem e incorporem o conceito de substância
como material puro. Mas, o que afasta o livro de uma aceitação plena é que os
autores se referem ao conceito de substância como material puro como sendo
relativo, contrariando o pensamento científico. Ele pode ser aceito como relativo pelo
pensamento cotidiano, que não é o propósito do professor para com o estudante do
Ensino Médio.
Finalmente, pensando em substância como material puro e unidade–base
definidora da matéria, como sendo um dos lastros que sustentam o pensamento
químico, percebe-se a necessária complementação ao material didático oferecido ao
estudante, de maneira que eles tenham acesso ao conhecimento científico por meio
do conhecimento químico escolar.
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REFERÊNCIAS
ANTUNES, Murilo Tissoni. Ser protagonista: química. 2.ed. São Paulo: Ed. SM, v.1,
2013.
FONSCECA, Martha Reis Marques da.Química.1.ed. São Paulo: Ática, v.1, 2013.
SANTOS, Wildson; MÓL, Gerson. Química cidadã. 2.ed. São Paulo: AJS, v.1, 2013.
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RESUMO
ABSTRACT
This paper builds reflections about Education Legal Rights and aims to bring
discussions over the role of the state, based on the Constitution, as well
as characterizing the current situation of elementary public schools in the city of
Salvador, Bahia. In order to do so, it was adopted the methodology of literature
research as data collection based at sources provided by INEP. The theme was
chosen as it is a concern while the indifference of the state has been
constantly noticed. The paper includes four chapters which talk about the
fundamental right and the State's role, assessments by quality or quantity, data
collected by INEP, and possible projects proposed by the state to improve education.
According to the discussion, it was possible to highlight that education is in a slight
improvement process and in urgent need of changes and investments so that
a balanced society can be constructed.
12
Artigo científico apresentado ao Curso de graduação em Direito da Faculdade Dom Pedro II, como
requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Direito, sob a orientação do Professor Me.
Sérgio Ramos Cardoso.
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Bacharel em Direito da Faculdade Dom Pedro II e Licenciada Plena em Educação Física da
Unijorge 51
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1. INTRODUÇÃO
uma sociedade livre, justa, solidária, desenvolvida e sem discriminação, que visa a
erradicação das desigualdades sociais e regionais.
Diante do exposto, este artigo visa aprofundar as relações existentes entre a
educação e sua estrutura formal de normas. O intuito seria compreender toda a
organização que o governo demanda para tornar acessível, e de qualidade, um
direito de todos ao Ensino Fundamental I. Por isto, o ambiente acadêmico seria o
mais apropriado para trabalhar este assunto, já que toda produção acadêmica visa
uma melhoria social.
Como explanado na introdução, o ato de educar é fundamental para a
formação do indivíduo. De tanto ouvir isto - pois trabalho na área da educação – fui
tomada pela inquietação e uma vontade de melhorar o ambiente no qual
desempenho as minhas atividades.
A importância social da educação justifica a necessidade de revisar, como a
mesma está sendo tratada atualmente no ambiente acadêmico. Portanto, esta
revisão literária visa rememorar a prática científica, com o intuito de retratar as
divergências existentes entre a norma, a sua prática e as possíveis soluções para a
sua efetividade.
A pesquisa adotará como método a revisão bibliográfica “[...] desenvolvida
com base em material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos
científicos.” (GIL, 2007, p.44). A coleta de dados foi alicerçada pela metodologia
desenvolvida pelo mesmo autor.
A escola tem uma função social. Ela possui uma demanda de atividades que
são sistematizadas em prol do pensar, conhecer e lidar com situações-problemas do
aprendiz. Dessen (2007, p. 25) atesta que “como um microssistema da sociedade,
ela não apenas reflete as transformações atuais como também tem que lidar com as
diferentes demandas do mundo globalizado.”
Desta forma, observa-se que a educação possui um papel fundamental.
Segundo Lima (2003), o ensino no Brasil começou com os jesuítas em sua
catequização com os índios. Através deste, o índio tornou-se manso e pacífico
podendo assim, começar a exploração de cultivo e regiões de mata fechada. Mas, a
educação somente se tornou um direito fundamental na Carta Magna Brasileira de
1988 (BRASIL, 1988, art. 205):
A educação, direito de todos e dever do Estado e da Família, será
promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno
desenvolvimento de pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e a
qualificação para o trabalho. […] O acesso ao ensino público e gratuito é
direito público subjetivo
subsidia uma vida digna para todos aqueles que transitarem naquele território. Sobre
isso, nos traz Garcia (2010, p.2):
São considerados fundamentais aqueles direitos inerentes à pessoa
humana pelo simples fato de ser considerada como tal, trazendo consigo os
atributos da universalidade, da imprescritibilidade, da irrenunciabilidade e da
inalienabilidade. Não encontram sua legitimação em um texto normativo
específico ou mesmo em uma ordem supralegal de matiz jusnaturalista,
mas, sim, em uma lenta evolução histórica. O historicismo aqui referido, no
entanto, não tem por fim afastar uma visão prospectiva das conquistas
sociais. Visa, tão-somente, a estabelecer um elo de continuidade e
sedimentação na evolução social, permitindo que direitos, liberdades e
garantias conquistadas no passado sirvam de esteio àqueles do presente, e
estes aos vindouros, concepção que permanece hígida ainda que a
evolução de um instituto social possa apresentar dissonâncias entre os fins
a serem alcançados em suas diferentes fases. A metodologia histórica,
longe de mostrar a mera sucessão de fenômenos sociais, indica suas
formas vitais, seu desenvolvimento e sua desaparição.
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Além de tudo isto, a União e os entes federativos estão cobertos para alterar
alíquotas de seus impostos, visando suprir as necessidades da Educação, caso
estas não forem suficientes ante ao arrecadado.
Assim, leva-se a ideia de que o padrão de qualidade está garantido diante do
exposto pela Constituição. Porém, para definir qualidade, até como forma de aplicar
avaliações quanto aos resultados dos recursos da FUNDEB, para posteriores ações
corretivas, o legislador infraconstitucional decidiu trazer o conceito nos artigos 13 e
14 da Lei n° 9.424/96, assim em termos:
Art. 13. Para ajustes progressivos de contribuições a valor que corresponda
a um padrão de qualidade de ensino definido nacional e previsto no art. 40,
§ 4º, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias serão
considerados, observados o disposto no art. 2º, § 2º, os seguintes critérios:
I – estabelecimento do número mínimo e máximo de alunos em salas de
aula;
II – capacitação permanente dos profissionais de educação;
III – jornada de trabalho que incorpore os momentos diferenciados das
atividades docentes;
IV – complexidade de funcionamento.
V – localização e atendimento da clientela;
VI – busca do aumento do padrão de qualidade do ensino.
4.1 O INEP
O IDEB foi criado pelo INEP em 2007, norteado por dois conceitos singulares
para configurar a qualidade da educação: fluxo escolar e médias de desempenho
dos estudantes, em língua portuguesa e matemática. Os índices de aprovação são
obtidos a partir do Censo Escolar, realizado anualmente pelo Inep. As médias de
desempenho utilizadas são as da Prova Brasil (para Idebs de escolas e municípios)
e do Saeb (no caso dos Idebs dos estados e nacional). O IDEB iniciou em 2005 com
o intuito de estimular a evolução das escolas para que elas evoluíssem da média 3,8
(primeira avaliação), objetivando alcançar à média 6,0. A meta é referida ao patamar
educacional da média dos países da OCDE até 2022.
As avaliações são realizadas a cada dois anos, quando são aplicadas provas
de Língua Portuguesa e Matemática, além de questionários socioeconômicos aos
alunos participantes, bem como à comunidade escolar.
desenvolvimento, para que o Brasil atinja o patamar educacional que têm hoje a
média dos países da OCDE (Organização de Cooperação e de Desenvolvimento
Econômico). Em termos numéricos, isso significa evoluir da média nacional 3,8,
registrada em 2005, para um IDEB igual a 6,0, na primeira fase do ensino
fundamental.
Foi o Inep quem estabeleceu os parâmetros técnicos de comparação entre
a qualidade dos sistemas de ensino do Brasil com os de países da OCDE.
Ou seja, a referência à OCDE é parâmetro técnico em busca da qualidade,
e não um critério externo às políticas públicas educacionais desenvolvidas
pelo MEC, no âmbito da realidade brasileiro (INEP, 2009).
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6
5
Salvador
4
Brasil - geral
3
Brasil- municipal
2
Brasil- Estadual
1 Brasil- Pública
0
2005 2007 2009 2011 2013
4.3 RESULTADOS
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5.1 LEGALIDADE
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
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GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas,
2007.
SILVA, João Carlos da. Escola Pública e Classes Sociais em Marx: Alguns
apontamentos. Revista HISTEDBR On-line. Campinas, número especial, p. 146-
155, abr2011. Disponível em
http://www.histedbr.fae.unicamp.br/revista/edicoes/41e/art11_41e.pdf
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