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Fundamentos de Psicologia
Organizacional e do Trabalho
TRADUÇÃO
Luiz Claudio de Queiroz
REVISÃO TéCNICA
lanni Regia Scarcelli
Doutora em Psicologia pela Universidade de São Paulo.
Professora Doutora do Instituto de Psicologia da USP
9 tiragem
(2
ELSEVIER CAMPUJS
13 Bem-estar no trabalho e
comportamento disfuncional
nas organizações
Resultacosdoaprendiza
Quando você completar este capítulo, deverá estar apto a:
1. Definir o bem-estar no trabalho em
função de aspectos negativos (por exemplo, distresse) e
positivos(por exemplo,eustresse).
2. Descrever as causas do bem-estar no trabalho.
3. Debater aspectos do distresse e do eustresse, assim como de seus moderadores.
4. ldentificar intervenções que poderiam ser utilizadas para
gerenciar o bem-estar no trabalho.
5. Descrever as várias formas de comportamento
problemático e fazer recomendações sobre as
melhores maneiras de lidar com esses comportamentos.
Bem-estar no trabalho
257
e8 Fundamentos de Psicologia ELSEVIER
Organizacional e do Trabalho
Destaque 13.1
Conceitos de bem-estar na Africa
o fator humano se tornou cada vez mais importante. Essa é a razo pela qual a atenção se
concentrou no bem-estar total das pessoas. Isso se refere nao apenas å ausência de problemas
de saúde, mas também à promoção do bem-estar total do ser humano. Entretanto, não é fácil
definir o bem-estar e distingui-lo da saúde. A ambiguidade em relação ao que realmente é o
bem-estar pode ser ilustrada pela propaganda de um curandeiro tradicional na África do Sul.
Bem-estar no trabalho e comportamento disfuncional nass organizacões
FI SEVIER
Destaque 13.2 :
Distresse x eustresse
O distresse é definido
como uma
como é indicado resposta psicológica negativa a um fator
pela presença de estados estressante,
O eustresse é psicológicos negativos.
definido como uma resposta
como é indicado
pela presença de estados psicológica positiva a um fator estressante,
que pontoa avaliação psicológicos positivos. O estresse
de um individuo.
cognitiva
da situação é considerada benéfica ou positivo reflete até
aprimora o bem-estar
que esta0 à
disposição de uma pessoa são
postas pela situação de adequados para cumprir as ex8 s pro-
trabalho.
promisso com o trabalho pode
considerado uma forma de estrcs se
Ocupacional positivo. Schaufeli ser
.
distuncional nas organizações 2651
Bem-estar no trabalhoe comportamento
FISEVIER
Forças externas
Forças externas à organização, como as seguintes,
individuos no trabalho (Luthans, 1992): podem afetar o bem-estar dos
estresse. lambe
sofrer doençasfisicas graves devido ao
chances de
mais
POue ser que pessoas em diferentes classes socioeconômicas estejam expostas
a grupos diferentes de fatores estressantes. Os fatores estressantes da comu-
de barulho e
dae incluem más condições de moradia, carência serviços,
poluição do ar.
Fatores ambientais. Os fatores ambientais, como os econômicos e os poli-
ticos, podem causar impacto sobre o bem-estar do indivíduo. Nos tempos
de incerteza econômica, as pessoas tendem a ficar mais preocupadas com a
segurança no trabalho, o que pode levar a sentimentos de estresse. A incerteza
política pode ter o mesmo efeito.
Forças organizacionais
As exigências do cargo
da organização, assim como os recursos,
e
tar podem resul-
distresse ou eustresse
em
ocupacionais. Em geral, parece que as exigências do
cargo e a ausência de recursos para o cargo resultam em estresse
negativo, enquanto
a
disponibilidade de recursos pode resultar em estresse positivo (Schaufeli e Bakker,
2004).
As
exigências do cargo referem-se aos aspectos físicos, psicológicos, sociais ou
organizacionais do cargo que requerem esforço físico e/ou psicológico contínuos e
que estão, portanto, associados a determinados
Incluem as seguintes (Baron e
custos fisiológicos elou psicológicos.
Greenberg, 1990; Robbins, 1996):
SEVIE R
Apoio social no
emprego (incluindo apoio dos
contato outras
colegas e
possibilidades de
com
pessoas).
Oportunidades de ascenso trabalho (incluindo no
progresso
remuneração das oportunidades de carreira). A
e função da em
ela é capaz de usar seu potencial e capacidade, enquanto, para outra pessoa, a
mesma atribuição poderia ser interpretada como ameaça a seu bem-estar
Experiencia no emprego. Para muitas pessoas, a novidade de uma situação
impõe uma ameaça. Ao mesmo tempo, uma vez que essas pessoas se habituam
a determinada situação, esta parece se tornar menos ameaçadora. O mesmo
acontece na situação profissional: quanto mais uma pessoa é exposta a ela,
menos estressante ela se torna. Portanto, a experiência no emprego tende a
estar negativamente relacionada ao estresse no trabalho. Os empregados que
estão em unma organização há muito tempo tendem a sentir menos estresse.
Apoio social. E aquele proporcionado por colegas, supervisores e membros
da família com os quais uma pessoa compartilha determinadas
relações. Apa-
rentemente, o contato com os outros, especialmente os que são significativos,
ajuda uma pessoa a lidar com os fatores do estresse.
Senso de coerência. Refere-se à orientação global que expressa o quanto uma
pessoa tem um sentimento dominante, porém dinâmico, de confiança que
os estímulos derivados dos ambientes interno e externo no curso da vida são
estruturados, previsíveis e explicáveis; os recursos estão disponíveis para que
uma pessoa cumpra as exigências impostas por esses estímulos; e essas de-
mandas são desafios que justificam o investimento ea adesão.
Autoeficácia. A autoeficácia é definida como ".. as crenças na capacidade de
alguém para mobilização, motivação, recursos cognitivos e ações necessárias
para alcançar dadas demandas organizacionais " (Wood e Bandura, 1989:
I SEVIER
Efeitos fisicos
Os efeitosfisicos do estresse incluem dores de cabeça, indigesto, úlceras, pressao
arterial elevada, palpitações, asma, dores musculares, problemas de sono, variação no
apetite, mudança no
desejo sexual e queda de imunidade.
Efeitos psicológicos
Passar por níveis
elevados de estresse pode levar a sentimentos de raiva, ansie-
dade, depressão, nervosismo,
irritabilidade, tensão e tédio. Isso pode levar a um de-
sempenho mais baixo no trabalho, autoestima mais baixa, ressentimento em
a relação
supervisão, incapacidade de se concentrar e de tomar decisões, assim como à insa-
tisfação no trabalho (Luthans, 1992).
Efeitos comportamentais
Os comportamentos diretamente relacionados ao estresse no trabalho incluem
oS
seguintes: comer pouco ou comer demais, insônia, fumar e beber mais e uso de
drogas. Também parece existir uma relação entre estresse e absenteísmo, assim como
entre estresse e rotatividade da mão-de-obra. Uma
pessoa pode esses imaginar que
Sintomas são muito caros para as
organizações. Absenteísmo e rotatividade da mão-
de-obra têm implicaçòes diretas no custo das
organizações. Uma pessoa que esteja
sofrendo de insônia é incapaz de ter um desempenho-padrão. A bebida e o uso de
drogas levam as pessoas a serem incapazes de se concentrar na tareta em mãos, o que
pode levar a acidentes industriais. A bebida e o uso de drogas também podem con
tribuir para o absenteísmo.
EISEVIFR
trabalho
Administrando o bem-estar no
em relação ao papel d organiza-
São fornecidas seguintes orientações gerais
as
mo-
desempenho em vez de apenas corrigir oa) reconhecer e recompensar o bom
ser justos; c) colocar desempenho abaixo do
os
problemas na
pauta
construtivo e visando a solução, tanto nas e discuti-los de modo padrão; b)
conversas individuais; d) intormar os reuniões de trabalho aberto,
temas quanto nas
gularmente, o mais cedo e importantes aos funcionários
orientar os funcionários completamente possivel nas reuniðes face a re-
VOvimento proissional e
progresso carreira. Os líderes devem expressar
na
Seu
comprometimento dando alta prioridade às questões de
segurança nas
reuniões, viabilizando o status elevado
fatizando o treinamento de
aos
responsáveis pela segurança e en-
Treinamento. Além
segurança.
de serem
OS
puramente voltados ao conteúdo do trabalho,
programas de treinamento que
promovem a saúde e o bem-estar do fun-
cionário também devem ser
voltados para o crescimento e o
ais. Por
exemplo, deveriam incluir gestão do tempo, progresso pesso-
eficiencia pessoal e administração do estresse,
autogestão. O treinamento profissional é um
aprendizagem por toda a vida, processo de
definitivamente
profissional do funcionário. Pode ser conseguido relacionado ao
desempenho
funcionário em sua própria eficácia através aumentando-se a crença do
de
riências no lugar de outro, experiências de comando, expe-
persuasão verbal e estados emocionais
Estrutura e clima
organizacionais. A mudança da estrutura positivos.
a
criação de um clima organizacional de organizacional e
apoio
descentralização das funções movendo-se a podem implementadas pela
ser
e
decisão para os níveis em
que as
responsabilidade pela tomada de
capazespessoas são de tomar decisões
ção ao próprio trabalho. Se os funcionários virem em rela-
as
recompensas subsequentes como justas, tendero
a
avaliação do desempenho e
a
Estabilidade no emprego. passar por menos estresse.
a estabilidade
no
Especialmente durante épocas econômicas dificeis,
emprego é alta na lista de
estabilidade no emprego diminui o estresse prioridades dos funcionários. A
semprego causada gerado pela possibilidade de de-
por demissões em massa ou
Desenvolvimento da carreira. enxugamentos.
reira dos funcionários, Ocupando-se desenvolvimento da car-
com o
organizações mostram que se preocupam
necessidades e aspirações de
as
com as
seus funcionários.
O desenvolvimento da car-
reira dá aos
empregados a oportunidade de desenvolver suas
capacidades e de alcançar seus objetivos na carreira. habilidades e
Papéis organizacionais. E responsabilidade da
flito esclarecendo os administração reduzir o con-
papéis organizacionais. Cada funcionário deve saber o
que se espera dele e tambénm deve ter os meios necessários
suas responsabilidades. para dar conta dee
EISEVIFR
disfuncional n o trabalho
Comportamento
Absenteismo
mecanismo para fugir das situações repugnantes no trabalho
usado como
(Hulin, 1991). O absenteismo pode ser dividido
em dois tipos: ausência por motivos
médicos ou não-médicos. O absenteísmo por doença é definido como a ausência
atribuida ao funcionário por doença ou lesão e aceita como tal pelo empregador
(Searle, 1997).
Os níveis de ausência no Reino Unido são medidos de duas maneiras principais.
A primeira consiste em pesquisas periódicas feitas por corporações que incluem a
Confederation of British Industry eo Chartered Institute of Personnel and Develo-
pment (CIPD). A taxa média de ausência em 2002 foi relatada como 3,9%, abaixo
dos 4.4% de 2001 e quase igual às pesquisas dos dois anos anteriores. A taxa foi mais
elevada no setor público do que no privado (4,6% contra 3,1%). O segundo método,
portanto, usa perguntas individuais aos funcionários através da General Household
Survey e da Labour Force Survey. As estimativas desta última colocam a taxa média
de ausencia em apenas 2%, enquanto os números da
primeira indicam uma leve
tendéncia global desde os anos 1970. As taxas mais elevadas no setor
público estão
confirmadas (www.eiro.eurofound.ie). Os custos da ausência são estimados em uma
média de 567 libras britânicas ao ano por
empregado. Entretanto, estudos durante
muitos anos mostram que a medição
rigorosa ainda é muito rara, então essas estima-
tivas são, na verdade, médias de palpites. Um estudo na
de 60% das horas perdidas devido ao absenteísmo o
Europa mostrou que cerca
foram por motivo de
(llgen, 1990). doença
No Reino Unido, 177 milhões de dias foram
perdidos em 1994,o que representa
um custo de 11
milhões de libras britànicas. O absenteísmo leva tanto a custos diretos
(como pagamento de licenças médicas, horas extras, custos do excesso de
custos de gestão e administração e perda de
pessoal,
de condição serviço) quanto indiretos
(como interrupção das condiçöes de
serviço, atendimento de qualidade reduzida,
custos de recrutamento, seleçao treinamento da
e
equipe substituta, moral mais bai-
xo e prejuízo pela ausëncia de terceiros). A ausència é um
problema relacionado à
minoria dos empregados. Porem, parece que deternunados grupos dentro de
uma
forca de trabalho, tal como os jovens e as mulheres, contribuem mais
para as taxas de
absenteismo (Kristensen, 1991).
A ausência de longo prazo provavelmente estå associada a
problemas médicos.
enquanto a ausênca de curto prazo tem chance de ser provocada por atores sociio
ELSEVIER
d
enunciados no Quadro
PESSOais, em vez de doenças (Searle, 1997). Os fatores
e q u e 13.3 podem causar o absenteismo (Labriola et al., 2006).
Destaque 13.3
Causas do absenteismo
Planejamento do trabalho e da função.O absenteísmo tem chance de ser mais elevado nos
Presenteismo
O presenteísmo é dehnido como o costume de comparecer ao trabalho quan
do o indivíduo não deveria fazê-lo, o que resulta em estar hsicamente presente,
mas funcionalmente ausente (Middaugh, 2006). O presenteísmo é menos aparente
H.SEVIER
Destaque 13.4
Tipos de presehteismo
ao trabalho independentemente
Presenteismo por doença.Os funcionários comparecem
doente
não implica que o funcionário queira ficar
de queixas e de problemas de saúde. Isso
trabalho. Espera-
do cargo ou utilizar mal o tempo da empresa no
para evitar as obrigações
relacionado ao risco elevado de doenças porque
se que o presenteismo por doença esteja
No que diz respeito ao presenteísmo por doença, mostrou-se que até um ter-
ço dos empregados voltam ao trabalho sem se recuperarem de modo satisfatório.
Aronsson et al. (2003) descobriram que o presenteísmo por doença era mais alto
nas
profissões de recursos humanos, incluindo professores, enfermeiras e assistentes
sociais, especialmente quando as pessoas acham dificil relaxar
marki et al. (2005) descobriram que 17% dos
após o trabalho. Kivi-
funcionários não-saudáveis no
publico britànico não tiveram faltas por doença em um
serviço
cia de eventos
período de 3 anos. A incidên-
coronarianos sérios
nesse
grupo foi, após a correção de fatores de risco
convencionais, duas vezes mais elevada
que a dos empregados não-saudáveis com
níveis moderados de auséncia por
doença.
Estudos mostraram que o presenteísmo tem efeitos
dutividade e resultados econômicos, níveis de negativos em termos de pro-
mas de saúde. Funcionários que trabalham com
satisfação dos funcionários e proble-
capacidade reduzida custam estimna-
damente aos
empregadores de US$180 a US$250 bilhões por
ano. O
contribui 61% da
com perda de produtividade total de um presenteismo
médicos. A perda de produtividade e empregado e dos
custos
significativamente
Forimento ao trabalho enquanto estão doentes do
maior nos dias de
compa-
que nos dias de trabalho
devida a doenças (Middaugh,
2006) (USS180 a US$250 bilhöes perdidos
de perda de
dade devido ao
presenteismo contribui para 18% a 61% produti-
presenteismo).0
total de doenças dos funcionários (Goetzel do custo
et a., 2004).
presenteísmo provocado p0r carga de trabalho, pressa, interferência
O é aita
do
trahalho/doméstica. pouca porniae e set
Substituido, número baixo
de fun- un-
272 Fundamentos de Psicologia Organizacional e do Trabalho
ELSEVIER
Cionários, exigências
trabalho (Aronssone conflitantes, falta de recursos e baixo controle sobre o Titmo de
Gustafsson, 2005).
presenteismo pode ser administrado
e em concentrando-se em atitudes individuais
mudanças comportamentais, bem como em
o
Quadro de Destaque 13.5). intervenções organizacionais(Vea
Destaque 13.5
Lidando com o
presenteísmno
Conduza pesquisas anônimas de qualidade de vida e
melhorias.
peça aos empregados para sugerirem
Proporcione treinamento de conscientização em saúde e qualidade de vida para os
supervisores e funcionários.
Crie acesso
instalações de boa forma física.
a
Furto
Existem tantos sinais de furto quanto maneiras de furtar. Certas
incidentes podem não resultar de descuido ou
condições ou
o furto está em andamento. Bens ou
incompetència, mas indicações de que
produtos próximos à saída dos funcionários,
documentos confidenciais em fotocopiadoras e empregados em funções-chave que se
recusam a ter tempo livre têm sido sinais de furto no
passado e podem ser indicações
da existência de desonestidade.
Todas organizações provavelmente sotrem algum grau de furto por parte dos
as
HSEVIER
ele con-
aceitar que os empregados que
administrador
E muito dificil para um existem várias
Consequentemente,
de furtar.
ratou nos quais confia sejam capazes A maior parte dos
furtos é
exemplo: a)
1delas erradas em relação ao problema, por
ou veteranos são con-
causada por não-funcionários. b) Os funcionários bem pagos
co-
Pode-se contar com os funcionários honestos para
háveis/leais e não furtam. c)
furto
furto. dos empregados é ostensivo e pode ser detectado nos
municar o d) O
formalmente aos empregados
primeiros estágios, não sendo necessário comunicar
que o furto não será tolerado.
As razões para o furto informadas pelos empregados incluem as seguintes: a).
A oportunidade de furto se apresentou através de políticas e controles frouxos e da
indiferença da administração. b) A administração (e não as necessidades financei-
ras do empregado) criou as oportunidades para o furto. c) A administração estava
furtando, então é aceitável que os
empregados também furtem. d) Os empregados
são mal pagos e estão pegando
apenas o que merecem. e) Todo mundo faz isso. f)
A organização lucra muito e os funcionários merecem uma parte desse lucro. g) A
organização irritou o funcionário.
Assédio sexual
E definido como qualquer comportamento de fundo sexual
que seja sabidamen-
te indesejado e 1) tenha um efeito adverso na condição de emprego de uma
pessoa,
2) interfira no desempenho profissional de uma pessoa ou 3) crie um
ambiente de
trabalho hostil ou intimidador. Essa deliniçaoe extraida das leis
criadas para prote-
per as vitimas de assédio sexual. Os topicOS um e dois são conhecidos como assédio
sexual "de compensação, significando que à Vilima de alguma forma é punida por
ter dito não. O terceiro tópico relere-se a situaçoes inas quais o comportamento direta
Intimidação [Bulliying)
A intimidação é definida commo "... aquelas ações e práticas repetidas voltadas
mais empregadose que são indesejacdas pela vitima, que poderm ser feitas
a um ou
comportamento
disTuncional nas organizacdes
275
trabalhoe
Bem-estar no
HSEVIER
Destaque 13.6
A
intimidação pode resultar
(Hoel et al., 2004): a) sintomas físicoS
em
exemplo, suor, tremores e (PO
mal-estar); eb) sintomas
siedade, ataques de
pånico, depressão, raiva e perda dapsicológicos (por exemplo, a
intimidação passam por sintomas de distúrbio de autoconfiança). vitimas aAs
sen e
Einarsen, 2002). estresse pós-traumático (Mikkel
AS
organizações precisam ser
proativas ao lidar
narios devem colocar
com a
intimidação. Os funcio-
em
prática políticas que enfatizam que a intimidação não sera
permitida. Tais políticas devem detalhar as possíveis consequências da intimidaçao
por exemplo, ação disciplinar) e devem ser
comunicadas a todo o corpo de funci0
nários. As
organizações também devem proporcionar treinamento a gerentes, pessoal
de recursoshumanos e funcionários para identificar e administrar a
funcionários que se queixam de
intimidação. Os
intimidação
devem ser tratados de modo sensivel
e apoiados pela organização.
Deve ser elaborada e validada uma medida da intimi-
dação. As causas da intimidação nos trabalhadores que obtiverem pontuações altas
nessa medida devem ser cuidadosamente
analisadas se lidar com isso para que possa
(Notelaers et al., 2006).
HSEVIERR
Resumo
. O bem-estar do ser humano é um processo multidimensional que envolye
emocional física
saúde intelectual, social,
e
ELSEVIER
O
e eustresse.
consiste dois estados: distresse
e - e s t a r no trabalho
em
um fator de
stresse é definido como psicológica negativa a
uma resposta
indicado pela presença de estados psicológicos
negativos.
CContorme fator de
O eustresse é definido como uma resposta psicológica positiva a um
Cstresse, conforme indicado pela presença de estados psicológicos positivos.
Mudanças notáveis ocorreram no mundo do trabalho nas últimas decadas, o
que pode resultar em estresse negativo ou em estresse positiVO.
Obem-estar dos indivíduos no trabalho pode ser afetado por forças externas
por exenmplo, taxa de variação social e tecnológica, família, raça, sexo, classe
$ocial e comunidade, assim fatores ambientais), fatores organizacio
como
nais (por exemplo, exigências da função, responsabilidade pelos demais, exi-
gencias interpessoais, estrutura organizacional, natureza de determinados
cargos, condições fisicas do trabalho, apoio organizacional, oportunidades
de crescimento, oportunidades de progresso e segurança no emprego) e ta-
tores individuais (por exemplo, percepção, experiência na função, senso de
coerência, auto-eficácia, localização do controle, otimismo, ousadia e en-
frentamento).
Altos níveis de distresse ocupacional e baixos níveis de eustresse podem le-
var a efeitos físicos, psicológicos, comportamentais e/ou no desempenho
profissional.
As orientações para assegurar o bem-estar no trabalho incluem atenção
à ergonomia, apreciação e avaliação dos funcionários, replanejamento do
cargo e mudanças no trabalho, implementação de uma liderança eficiente
proporcionar treinamento, mudar a estrutura e o clima organizacionais, se-
gurança no emprego, participação no desenvolvimento da carreira, esclare-
cimento das funçõese implementação de programas de qualidade de vida
do funcionário. Os programas de qualidade de vida do funcionário concen-
tram-se no bem-estar físico e emocional. No tocante ao bem-estar físico,
podem ser oferecidos serviços para que as pessoas façam parte de progra-
mas de boa forma, perda de peso, controle da alimentação, parar de fumar
e controlar a ingestão de álcool e drogas. Em relação ao bem-estar mental,
podem ser oferecidos serviços de aconselhamento e acesso a serviços de psi-
cólogos clínicos e psiquiatras.
São distinguidos vários tipos de comportamento disfuncional, incluindo
absenteismo, presenteísmo, furto, assédio sexual, intimidação e uso de álcool
e drogas.