CENTRO UNIVERSITÁRIO PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS
III Jornada Acadêmica do Curso de Psicologia do UNIPAC Barbacena
60 anos da Regulamentação da Psicologia no Brasil: saberes, fazeres
e desafios para a ciência e profissão
Saúde Mental e Qualidade de Vida do Trabalhador
Ana Júlia V. Loures; Camila Monteiro Dias; Crislane A. N. Dias; Gabriela da Silva; Geni S.
de Abreu Lima; Jéssica A. de Souza; Larissa Ap. Maia; Letícia Sales;
Mayra G. da S. Santos; Roseany H. Teixeira
INTRODUÇÃO
Estágio realizado no CEREST, o qual tem como objetivo
investigar a saúde dos trabalhadores em Barbacena e região,
promovendo o autocuidado e a prevenção de doenças e de
acidentes relacionados ao trabalho.
Quando o trabalhador é privado da possibilidade de adaptar o
seu trabalho às suas necessidades físicas e psicológicas,
abre-se a guarda para que o sofrimento se instaure. (Dejours,
1998)
OBJETIVOS DO TRABALHO
Estudar, pesquisar e diagnosticar a situação de saúde mental
em trabalhadores, compreendendo a importância da
Psicologia Organizacional e do Trabalho para a promoção da
saúde e qualidade de vida das pessoas.
Analisar e propor medidas de intervenção psicossociais
voltadas para a promoção da saúde mental no
trabalho.
JUSTIFICATIVA
O projeto ressalta a importância da Psicologia em diversos
setores. A pesquisa em Saúde do Trabalhador adentra em
questões de direitos humanos, buscando através de métodos e
estudos presentes na ciência da Psicologia, formas de trazer
bem estar e melhorar constantemente a qualidade de vida do
trabalhador.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Mediante ao tema abordado, é de grande relevância destacarmos
as contribuições de Christophe Dejours, médico psiquiatra e
psicanalista, que pesquisou a vida psíquica no trabalho por mais
de 30 anos, tendo como foco principal o sofrimento psíquico e as
estratégias de enfrentamento utilizadas pelos trabalhadores para
a superação e transformação deste em fonte de prazer. Dejours
se torna pioneiro, responsável por formular a nova ciência tratada
como “análise do sofrimento psíquico resultante do confronto dos
homens com a organização do trabalho”. O sofrimento então
passa a ser o centro da análise que articulada às exigências da
organização do trabalho e revela os modos de subjetivação.
Segundo análise de Dejours, ao não contar com os benefícios do
reconhecimento de seu trabalho nem poder aceder ao sentido da
relação que vive com este, o sujeito se confronta com seu
sofrimento e somente a ele. Sofrimento absurdo que só produz
angústia, dentro de um círculo vicioso, e que será
desestruturante, capaz de desestabilizar a identidade e a
personalidade alem de causar adoencimentos mentais. Por isso,
não há neutralidade no trabalho em relação à saúde mental.
METODOLOGIA
As abordagens  utilizadas foram as quantitativas em que
foram realizadas a aplicação do questionário de auto relato
SRQ20- Self Report, que é utilizado para mensurar o nível
de suspeição de transtornos mentais, especialmente em
grupos de trabalhadores. E abordagens qualitativas onde
foram feitas intervenções com palestras educativas sobre
(burnout, trabalho infantil, segurança trabalho), rodas de
conversa, visitas de inspeção(observação participante), Blitz
educativa sobre segurança no trânsito e sobre o trabalho
que o CEREST realiza.
ANÁLISE DO ESTUDO
Os estudos realizados foram objetivos, a principal busca foi
entender como a saúde mental e o trabalho se
correlacionam na sociedade atual. Foram feitos alguns
encontros com os trabalhadores, nos encontros foi utilizado
o teste SRQ 20. Assim, a partir dos resultados se
encaminha à uma análise. Porém dentre os resultados, a
prevenção se destaca, observa-se que trabalhar com rodas
de conversas e palestras, ajudam os trabalhadores
presentes em setores de trabalho a reconhecerem seus
direitos, entenderem alguma das patologias que podem ser
relacionadas ao trabalho, e o mais importante, como lidar
com estas questões.
PREVENÇÃO
A presença do profissional adequado - Psicólogo
Organizacional do Trabalho – que irá trabalhar para tal
prevenção promovendo o bem-estar e satisfação dos
funcionários em dia; cuidando do corpo, da mente e atentos
aos direitos dos mesmos.
CONCLUSÃO
Contudo, faz-se necessário o conhecimento no que tange a
saúde mental e qualidade de vida dos trabalhadores pela
sociedade e instituições, bem como a atuação do  psicólogo
organizacional nestas. Cabendo aos serviços de saúde
ocupacionais, organizarem e desenvolverem planos de
qualidade de vida neste  ambiente. Afinal, o indivíduo passa
maior parte do tempo em seu trabalho.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
TONELLI, Maria José; AZEVEDO, Márcia Carvalho de. Saúde e
Qualidade de Vida no Trabalho. FGV.
ZANELLI, J. Carlos; BORGES-ANDRADE, J. Eduardo; BASTOS,
Antonio V. Bittencourt (Org.). Psicologia, organizacões e trabalho
no Brasil. 2.ed. Porto Alegre: Artmed, 2014