Você está na página 1de 39

PSICOLOGIA DO TRABALHO

Prof. Emerson Luiz Marques

emersonpsi@gmail.com

Psicologia do Trabalho 1
O QUE É O TRABALHO?
O trabalho é algo inerente ao funcionamento
evolutivo do humano, próprio da evolução da vida,
constituído no bojo dos processos de formação da
humanidade. Logo, pensar o trabalho em algumas
contextualizações é articulá-lo aos processos
naturalizantes de constituição do mundo e do
humano, a ponto de caracterizá-lo como parte da
suposta natureza humana.

Psicologia do Trabalho 2
QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO (QVT)

Psicologia do Trabalho 3
Segundo RODRIGUES(1999), com outros títulos
e em outros contextos, mas sempre voltada para
facilitar ou trazer satisfação e bem-estar ao
trabalhador na execução de suas tarefas, a
qualidade de vida sempre foi objeto de
preocupação da raça humana.

Psicologia do Trabalho 4
Conforme FRANÇA (1997: 80), “Qualidade de
vida no trabalho (QVT) é o conjunto das ações de
uma empresa que envolvem a implantação de
melhorias e inovações gerenciais e tecnológicas no
ambiente de trabalho. construção da qualidade de
vida no trabalho ocorre a partir do momento em
que se olha a empresa e as pessoas como um todo,
o que chamamos de enfoque biopsicossocial. Uma
ferramenta de gestão.

Psicologia do Trabalho 5
WORKAHOLIC
“ A ética do workaholic: não é a de trabalhar para
viver, mas viver para trabalhar. Para o workaholic,
sua carreira é sua vida, seu culto. E o culto da
carreira, que rege sua obsessão, é guiado pela
Deusa do Sucesso. Ele reza a s receitas de profetas,
gurus e “gente bem – sucedida ”: ele adora heróis
empresariais, venera seus símbolos e prega sua
palavras e ações com fervor, como se fossem
verdades universais, como se todos devessem
conhecer seu evangelho.”
Psicologia do Trabalho 6
Eu não sou workaholic, apenas trabalho para relaxar!

Psicologia do Trabalho 7
A QVT assimila duas posições antagônicas: a
reivindicação dos empregados quanto ao bem-
estar e satisfação no trabalho; e, de interesse das
organizações quanto aos seus efeitos potenciais
sobre a produtividade e a qualidade.

Psicologia do Trabalho 8
A QVT representa em que grau os membros da
organização são capazes de satisfazer
suas necessidades pessoais através do seu trabalho
na organização.

Psicologia do Trabalho 9
A QVT envolve diversos fatores:

 A satisfação com o trabalho executado;


 As possibilidades de futuro na organização;
O reconhecimento pelos resultados alcançados;
O salário percebido;
Os benefícios auferidos;
Psicologia do Trabalho 10
O relacionamento humano dentro do grupo e da
organização;
O ambiente psicológico e físico de trabalho;
A liberdade e responsabilidade de decidir;
As possibilidades de participar.

Psicologia do Trabalho 11
A QVT envolve os aspectos intrínsecos (conteúdo) e
extrínsecos (contextos) do cargo.
Ela afeta atitudes pessoais e comportamentos
relevantes para a produtividade individual e grupal,
tais como: motivação para o trabalho,
adaptabilidade a mudanças no ambiente de
trabalho, criatividade e vontade de inovar ou
aceitar mudança.
Psicologia do Trabalho 12
Compensação Justa e Adequada: Busca-se
a obtenção de remuneração adequada pelo
trabalho realizado assim como o respeito à
equidade interna (comparação com outros
colegas) e à equidade externa (mercado de
trabalho).

Psicologia do Trabalho 13
Condições de Trabalho: mede-se as condições
prevalecentes no ambiente de trabalho.
Envolve a jornada e carga de Trabalho, materiais e
equipamentos disponibilizados para a execução
das tarefas e ambiente saudável (preservação da
saúde do trabalhador).

Psicologia do Trabalho 14
Oportunidade de Crescimento e Segurança
abarca as políticas da instituição no que concerne
ao desenvolvimento, crescimento e segurança de
seus empregados, ou seja, possibilidade de
carreira, crescimento pessoal e segurança no
emprego.

Psicologia do Trabalho 15
Integração Social na Organização pode-se
efetivamente observar se há igualdade de
oportunidades, independente da orientação sexual,
classe social, idade e outras formas de
discriminação, bem como se há o cultivo ao bom
relacionamento.

Psicologia do Trabalho 16
Constitucionalismo mede o grau em que os
direitos do empregado são cumpridos na
instituição. Implica o respeito aos direitos
trabalhistas, à privacidade pessoal (praticamente
inexistente no mundo empresarial moderno), à
liberdade de expressão (altamente em cheque,
tendo-se em vista as enormes dificuldades de
trabalho com registro em carteira).

Psicologia do Trabalho 17
Trabalho e o Espaço Total da Vida
deveríamos encontrar o equilíbrio entre a vida
pessoal e o trabalho.

Relevância do Trabalho na Vida


Investiga-se a percepção do empregado em
relação à imagem da empresa, à responsabilidade
social da instituição na comunidade, à qualidade
dos produtos e à prestação dos serviços.

Psicologia do Trabalho 18
A importância das necessidades humanas varia
conforme a cultura de cada indivíduo e cada
organização sobretudo pela atuação sistêmica de
características individuais e organizacionais
(necessidades, valores, expectativas... estrutura
organizacional, tecnologia, sistemas de
recompensas, políticas internas).
Psicologia do Trabalho 19
Saúde e trabalho têm suas condições de
possibilidade de existência combinadas e
sincronizadas.
A produção de subjetividade que constitui os
modos de agir, pensar, perceber e investigar as
causas acidentárias acaba por perpassar os
discursos oficiais. Nesses discursos, apesar de a
noção de culpabilidade manter-se como um jargão
a ser rechaçado, ainda as causas, de forma
marginal, coincidem com a culpabilidade.

Psicologia do Trabalho 20
Vale ressaltar que o desafio imaginado pelos seus
idealizadores persiste, isto é, tornar o QVT uma
ferramenta gerencial efetiva e não apenas mais um
modismo, como tantos outros que vêm e vão.

Psicologia do Trabalho 21
SOFRER OU NÃO SOFRER, ESTA É A QUESTÃO?

Estudos na área de saúde mental e trabalho têm


abordado o tema do sofrimento psíquico nas
organizações em suas múltiplas facetas.

Psicologia do Trabalho 22
Conforme DEJOURS (1996, p. 137): “O sofrimento
é inevitável e ubíquo. Ele tem raízes na história
singular de todo sujeito, sem exceção. Ele repercute
no teatro do trabalho ao entrar numa relação, cuja
complexidade já vimos, com a organização do
trabalho”.

Psicologia do Trabalho 23
A compreensão que os profissionais de RH
possuem a respeito do sofrimento humano nas
organizações influi nas concepções, atitudes e
decisões por eles tomadas e na maneira como lidam
com as pessoas na Empresa. Por outro lado, oferece
o suporte ideológico às estratégias e às ações da
área de Recursos Humanos. E se, por
alguma razão, aí ocorre uma dissonância, surge o
conflito de valores e o sofrimento.

Psicologia do Trabalho 24
Significado do Trabalho - valor atribuído ao
trabalho;

Conhecimento do Trabalho - valor atribuído


ao conhecimento das atividades e dos objetivos
do trabalho; nível de conhecimento relatado;

Controle sobre o Trabalho - valor atribuído


ao poder exercido sobre as atividades; nível de
controle exercido;

Psicologia do Trabalho 25
Relacionamento Interpessoal- valor
atribuído ao relacionamento interpessoal na
equipe, entre pares e entre chefia e
subordinados; qualidade do relacionamento;
Conceito de Prazer e de Sofrimento-
concepções sobre prazer e sofrimento;
associações ideacionais e afetivas com o conceito;
Existência de Prazer e de Sofrimento na
Organização - constatação subjetiva
sobre a existência de situações de prazer e de
sofrimento no trabalho.

Psicologia do Trabalho 26
Causas do Prazer e do Sofrimento- fatores
causais ou favorecedores da emergência de prazer e
de sofrimento na situação de trabalho;
Efeitos do Prazer e do Sofrimento no
Indivíduo - consequências para o indivíduo
atribuídas às situações de prazer e de sofrimento.

Psicologia do Trabalho 27
Formas de lidar com o Sofrimento- estratégias
defensivas, individuais e coletivas, utilizadas para
lidar com o sofrimento, positiva ou negativamente;
e
Papel do Profissional de Recursos Humanos
- responsabilidades relativas ao gerenciamento das
situações de prazer e de sofrimento atribuídas ao
profissional de RH.

Psicologia do Trabalho 28
As representações a respeito do significado do
trabalho referem-se à sua importância para a
sobrevivência. O não reconhecimento do
significado do próprio trabalho induz ao
desestímulo e o trabalho passa a ser visto como
algo desinteressante (CODO, 1998).

Psicologia do Trabalho 29
A definição de senso comum para prazer e
sofrimento - conceito de prazer e sofrimento – é
formulada em termos da descrição das situações
onde ocorrem essas vivências: ora prazer e
sofrimento são representados por meio de fatores
causais, ora mediante a indicação de
consequências.
Psicologia do Trabalho 30
ERGONOMIA

Psicologia do Trabalho 31
A Ergonomia (ou Fatores Humanos) é uma
disciplina científica relacionada ao entendimento
das interações entre os seres humanos e outros
elementos ou sistemas, e à aplicação de teorias,
princípios, dados e métodos a projetos a fim de
otimizar o bem estar humano e o desempenho
global do sistema.
Psicologia do Trabalho 32
Os Ergonomistas contribuem para o planejamento,
projeto e a avaliação de tarefas, postos de trabalho,
produtos, ambientes e sistemas de modo a torná-los
compatíveis com as necessidades, habilidades e
limitações das pessoas.

Psicologia do Trabalho 33
Ergonomia física: está relacionada com às
características da anatomia humana,
antropometria, fisiologia e biomecânica em sua
relação a atividade física. Os tópicos relevantes
incluem o estudo da postura no trabalho,
manuseio de materiais, movimentos repetitivos,
distúrbios músculo-esqueletais relacionados ao
trabalho, projeto de posto de trabalho, segurança e
saúde.

Psicologia do Trabalho 34
Ergonomia cognitiva: refere-se aos processos
mentais, tais como percepção, memória, raciocínio
e resposta motora conforme afetem as interações
entre seres humanos e outros elementos de um
sistema. Os tópicos relevantes incluem o estudo da
carga mental de trabalho, tomada de decisão,
desempenho especializado, interação homem
computador, estresse e treinamento conforme
esses se relacionem a projetos envolvendo seres
humanos e sistemas.

Psicologia do Trabalho 35
Ergonomia organizacional: concerne à
otimização dos sistemas sóciotécnicos, incluindo
suas estruturas organizacionais, políticas e de
processos. Os tópicos relevantes incluem
comunicações, gerenciamento de recursos de
tripulações (domínio aeronáutico), projeto de
trabalho, organização temporal do trabalho,
trabalho em grupo, projeto participativo, novos
paradigmas do trabalho, trabalho cooperativo,
cultura organizacional, organizações em rede, tele-
trabalho e gestão da qualidade.
 
Psicologia do Trabalho 36
Psicologia do Trabalho 37
REFERÊNCIAS
Qualidade de vida no trabalho (QVT). Disponível em:
http://www.recursoshumanos.al.ms.gov.br/index.php?option=
com_content&view=article&id=9:qualidade-de-vida-no-trabalho-qvt&catid=5:
Not%C3%ADcias&Itemid=2

GUI, Roque Tadeu.Prazer e Sofrimento no Trabalho: Representações


Sociais de Profissionais de Recursos Humanos .Disponível em:
http://www.pol.org.br/publicacoes/pdf/revista2002_04_art10.pdf

O que é ergonomia. Disponível em:


http://www.ergonomianotrabalho.com.br/ergonomia.html

LUZ, Leonardo Del Puppo, ANDRADE, Ângela Nobre de .Acidente de


trabalho típico e bipoder. Fractal, Rev. Psicol., v. 24 – n. 2, p. 253-270,
Maio/Ago. 2012.

Psicologia do Trabalho 38
VASCONCELOS, Anselmo Ferreira. Qualidade de vida no trabalho:
origem, evolução e perspectivas . Caderno de Pesquisas em
Administração, São Paulo, v. 08, nº 1, janeiro/março 2001. Disponível em:
http://www.ead.fea.usp.br/cad-pesq/arquivos/v08-1art03.pdf

Psicologia do Trabalho 39

Você também pode gostar