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Trabalho
Prevenção e Gerenciamento dos males Psicossociais no Ambiente
Profissional
Revisão Textual:
Profa. Esp. Márcia Ota
Unidade Prevenção e Gerenciamento dos males Psicossociais
no Ambiente Profissional
Thinkstock/Getty Images
• Prevenção e Gerenciamento dos males
Psicossociais no Ambiente Profissional
Para um bom aproveitamento do curso, leia o material teórico atentamente antes de realizar
as atividades. É importante também respeitar os prazos estabelecidos no cronograma.
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Unidade: Prevenção e Gerenciamento dos males Psicossociais no Ambiente Profissional
Contextualização
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Prevenção e Gerenciamento dos males Psicossociais no Ambiente Profissional
Para iniciar a questão tema central desta unidade, quero sugerir a você a leitura e análise
deste trecho de (Costa, Ferreira, Romanek, Cartaxo, 2014):
Este estudo, do tipo revisão bibliográfica e análise qualitativa, foi conduzido por enfermeiras
interessadas em descrever e conhecer as causas de conflitos entre os trabalhadores da equipe
de Enfermagem e destes com os demais profissionais de outras áreas médicas atuantes no setor
e a chefia.
Os dados foram coletados em artigos publicados em português, inglês e espanhol no período
entre 2006 e 2011 a partir dos Descritores de Ciências de Saúde estabelecidos previamente.
Dos achados, analisados qualitativamente pela análise de conteúdo temático proposta por
Minayo (2007) , emergiram duas categorias:
• “Elementos desencadeadores de conflitos entre a equipe perioperatória”;
• “Os profissionais envolvidos nos conflitos no Perioperatório”.
Em relação à primeira categoria, “Elementos desencadeadores de conflitos entre a equipe
perioperatória”, há menção dos fatores que foram observados pelos autores como os que, com
mais frequência, causam conflitos no ambiente do Centro Cirúrgico.
Em outras palavras, a literatura disponível para pesquisa no período do estudo destaca que
fatores relacionados ao trabalho, ao ambiente profissional podem representar riscos para que os
trabalhadores de Enfermagem, especificamente, vivenciem conflitos no seu local de trabalho.
O estudo que cito acima se baseia em literatura de Centro Cirúrgico, mas seus achados também
podem se relacionar à prática de trabalho na área da saúde e nas atividades laborais em geral.
Dados da Organização Mundial da Saúde (World Health Organization) , no ano de 2009
apontam que o estresse no trabalho se relaciona primeiramente aos conflitos, ao absenteísmo e
consequência dos demais, pode ter relações com os índices de mortalidade da população.
Com isso, de acordo com os resultados alcançados no desenvolvimento da pesquisa, para os
trabalhadores, os males relacionados ao estresse podem gerar faltas, as quais, frequentemente,
diminuem a motivação para o trabalho, queda na qualidade de seu serviço e aumento do risco
de conflitos, os quais, para a administração da instituição, representam queda na produção do
trabalho com qualidade o que se relaciona ao prejuízo. Vale destacar que ambos os cenários são
indesejados por trabalhadores e por chefia.
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Podemos compreender, no discurso dessas autoras acima citadas, que uma estratégia possível
com vistas a prevenção de males psicossociais para o trabalhador é o uso da comunicação para
o estabelecimento da administração por objetivos que valorizem o profissional em um ambiente
enriquecedor objetivando o desempenho das suas atividades, de maneira produtiva, motivada,
empenhada e engajada.
Assim, a participação para a resolução desses casos da Enfermagem do Trabalho é
fundamental, uma vez que suas ferramentas de comunicação está com ambas partes envolvidas.
Além de seu objetivo de prevenir doença e promover saúde no ambiente laboral, é fundamental
para que a ocorrência do mal psicossocial se restrinja ao plano prevenção e não à resolução do
problema, salvo e com exceção aos casos em que a prevenção não seja possível, mesmo após
as tentativas.
Nesse sentido, como alternativa para a prevenção e o gerenciamento de possíveis
consequências negativas para o trabalhador e para a empresa, a partir da literatura acima citada,
pode-se recomendar o uso da Teoria da Administração por Objetivos como embasamento
da administração e da Enfermagem do Trabalho, setor que tem importante papel no que se
relaciona ao desenvolvimento da comunicação entre os trabalhadores e suas chefias.
No processo em que a administração acontece por objetivos, volta-se para as expectativas dos
trabalhadores, responsáveis pelo operacional em associação com a chefia, com os profissionais
que detêm o poder de decisão.
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Acordar os dois tipos de linguagem, para não dizer interesses, de cada um desses dois grupos
é papel da Enfermagem do Trabalho.
Chiavenato (2004), autor que é sugerido nesta disciplina desde a primeira unidade, aborda
a Teoria da Administração por Objetivos como um método atual e eficaz na administração,
uma vez que a instituição traça metas que devem ser alcançadas em relação à produção e o
profissional, por sua vez é orientado sobre essas metas e as maneiras pelas quais há expectativa
de seu alcance.
Se os colaboradores estiverem cientes do que se espera que façam (se lembra do Planejamento
Estratégico Situacional?) e da maneira como se espera que façam, certamente, operacionalizarão
a tarefa em conjunto com a chefia e não, simplesmente, porque lhes foi delegado.
Os objetivos estabelecidos para a prevenção dos males psicossociais do trabalhador podem
ser divididos em três tipos (Chiavenato, 2004) :
Em relação aos adjetivos da Administração por Objetivos, Chiavenato (2004) aponta que
a comunicação deve fluir entre todos os níveis de hierarquia da instituição de trabalho, o que
favorece a liderança e o direcionamento de recursos humanos, de recursos materiais e do
próprio ambiente laboral, estimulando a participação do profissional e o desenvolvimento da
sua motivação, alimentando o sistema de produtividade em quantidade e qualidade no trabalho.
Para isso, a avaliação necessária é constante por todas as partes envolvidas, administração e
nível operacional e, a partir desta, o treinamento dos pontos, que devem ser melhorados, pode
ser implementado, assim como a manutenção dos pontos positivos.
O objetivo é alcançado a partir do controle do processo de administração e liderança dos
recursos humanos trabalhadores.
De acordo com este autor, a prevenção dos males psicossociais mais a produtividade da
instituição e da qualidade do serviço que se destina a prestar ou produzir tenderá a acontecer.
O trabalhador passa pelo uso desta teoria, traça os seus próprios objetivos ao executar a
ação. Então, é importante que seja escrito a você que os objetivos não necessariamente serão
os mesmos da administração superior, o importante é que eles existem para o trabalhador.
Diferenças em relação às expectativas de cada um dos lados envolvidos no processo de
trabalho são possíveis e talvez até frequentes, o importante é que sejam conjugados entre si,
mesmo que em momentos diferentes.
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Partindo dessa premissa, sugere-se a leitura de artigo produzido por Lanzoni, Meirelles
(2013). Disponível em:
http://ref.scielo.org/vnkx9t
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Dessas informações, emergiram resultados relacionados à liderança do enfermeiro. Assim,
o profissional no desempenho da liderança foi considerado importante para o desempenho
profissional positivo dos agentes comunitários de saúde, proporcionando comunicação e
segurança no ambiente profissional.
O poder é outro elemento a ser utilizado como ferramenta pelo enfermeiro do trabalho
para o gerenciamento e/ ou a prevenção de males psicossociais relacionados ao desempenho
profissional e neste ambiente.
Nessa direção, é primordial a realização de reuniões periódicas para que sejam expostas as
percepções dos trabalhadores e a explanação dos seus objetivos em relação às suas atividades
e expectativas; afinal, são estratégias para o empowerment.
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Para saber mais: Mendes, Araújo Junior, Furtado, Duarte, et al, 2013. Condições e
motivações para o trabalho de enfermeiros e médicos em serviços de emergência de alta
complexidade. Ver. Bras. Enferm., Brasília 2013 mar-abr; 66(2): 161-6. Disponível em:
http://dx.doi.org/10.1590/S0034-71672013000200002
Em relação aos resultados, obteve-se que o tempo de formado dos enfermeiros e médico
variou entre 5 e 14 anos, 45,2% entre enfermeiros e 56,0% entre médicos. O tempo de trabalho
dos profissionais variou entre 52,4% de enfermeiros e 66,7% dos médicos têm menos de 5
anos nas emergências. Além disso, constatou-se que os enfermeiros possuem maior tempo de
permanência (33,3%) do que os médicos (19,0%) no Serviço de Emergência.
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Quanto à escolha do profissional para trabalhar na emergência, a maioria (78% dos
enfermeiros e 83% dos médicos) teve essa escolha pelo ponto de vista pessoal.
No que se refere ao conforto como item de trabalho, 69,8% dos profissionais percebe como
ruim, assim como a manutenção de equipamentos (67,7%). Houve alto percentual de
respostas “Ruim” em referência ao número de atendimentos por turno.
Os pesquisadores inferem, com base nesses dados discutidos a partir da literatura pertinente,
que os fatores percebidos como positivos pelos trabalhadores podem se relacionar à motivação
para produzir mais e melhor no ambiente laboral, com maior presteza, ou seja, promover a
participação do profissional na decisão do ambiente de trabalho pode constituir estratégia de
motivação, aumentando a produtividade.
Assim, esta Unidade se encerra a partir do entendimento das ferramentas disponíveis para a
prevenção dos males psicossociais no ambiente de trabalho.
Além disso, os enfermeiros atuavam no setor de Pronto Socorro, no Setor de Internação (Clínica
Médica e Cirúrgica), na Unidade Semi-Intensiva, na Unidade de Tratamento de Queimados, na
UTI Pediátrica, na Pediatria e no Centro Cirúrgico. Dos 20, 18 eram do sexo feminino e dois
do sexo masculino, a média do tempo de formação dos profissionais participantes da pesquisa
foi de 9, 7 anos.
Dos resultados, emergiram as informações:
• O significado de motivação foi atribuído por 17 enfermeiros
como sendo um conjunto de técnicas.
• As técnicas mencionadas como sendo a fonte de motivação
dos indivíduos foram: ambiente de trabalho organizado,
bons salários, carga horária de trabalho reduzida, cursos de
capacitação.
• Três enfermeiros perceberam a motivação como elemento
próprio do indivíduo, ao entusiasmo, necessidade de realização
e reconhecimento profissional.
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A desmotivação percebida na equipe está relacionada aos fatores que estão intimamente
ligados com a questão da autorrealização do indivíduo e do tipo de tarefa que ele exerce e o
componente salarial assume uma conotação diferente. Se dentro da teoria dos dois fatores ele é
apenas um recurso utilizado para garantir a satisfação no ambiente de trabalho, nesse contexto,
o salário possui também um significado de forma de reconhecimento do trabalho.
Entretanto, 08 enfermeiros (40%) consideraram suas equipes motivadas e apontaram nelas
as seguintes características:
• trabalho em equipe;
• realização das tarefas com agilidade e sem questionamentos;
• não questionamento das escalas diárias de atribuições.
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Material Complementar
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Referências
HELOANI, J.R.; Capitão, C.G. Saúde Mental e Psicologia do Trabalho. São Paulo
em Perspectiva 17(2) 2003. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/spp/v17n2/a11v17n2.
Acessado em: 23/02/15.
LANZONI G.M.M., MEIRELLES B.H.S. Rev Bras Enferm, Brasilia 2013 jul-ago; 66(4): 557-
63. Liderança do enfermeiro: elemento interveniente na rede de relações do agente
comunitário de saúde. z. Acessado em: 23/02/15.
MENDES, A.C.G. ; ARAÚJO JÚNIOR, J.L.A.C.; FURTADO, B.M.A.S.M.; et al, 2013. Condições
e motivações para o trabalho de enfermeiros e médicos em serviços de emergência
de alta complexidade. Rev. Bras. Enferm, Brasília 2013 mar-abr; 66(2): 161-6. Disponível
em: http://dx.doi.org/10.1590/S0034-71672013000200002. Acessado em: 23/02/15.
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Anotações
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