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V
A=
3600 v
onde:
A => área da seção em m2
V => vazão de ar em m3/h
v => velocidade recomendada no elemento em m/s
VELOCIDADES RECOMENDADAS
Baseada em:
• custo de circulação do ar
• nível de ruído
• aspectos técnicos como arraste de poeiras, gotas, etc
BOCAS DE INSUFLAMENTO
São as aberturas através das quais se introduz o ar no ambiente. Podem ser de parede
ou de teto.
As de parede, conhecidas por grades (ou grelhas), podem ser:
• grades de palhetas horizontais e verticais fixas
• grades de palhetas horizontais e verticais de simples deflexão
• grades de palhetas horizontais e verticais de dupla deflexão
• INDUÇÃO => é o fenômeno pelo qual parte do ar ambiente entra em movimento devido
ao choque com o ar insuflado que perde velocidade e se mistura ao ar secundário. A
indução pode ser feita no interior ou no exterior da boca
• DIVERGÊNCIA => é o ângulo formado pelo fluxo de ar nos planos horizontal e vertical
que devido a indução cresce ao afastar-se da boca
• JATO OU IMPULSÃO => é a distância percorrida pelo fluxo de ar desde o seu
lançamento até que sua velocidade se reduza a um valor baixo (velocidade terminal), para
que o choque do mesmo não produza correntes de ar desagradáveis na zona de ocupação
(1,5 m a partir do solo). A tabela 7-8 recomenda valores para velocidade terminal.
Análise do Jato
jato
zona de ocupação
velocidade terminal
Como:
Ae
a=
A
onde:
A => área total ou da face
Pode-se fazer:
2
1K V
A=
a jato
V
v=
a A
PERDA DE CARGA
v2
∆pboca = λ1 γ
2g
onde:
λ1 => coeficiente de resistência (tabela 7-10)
v => velocidade real na boca
a => coeficiente que relaciona a área efetiva e a área da face (tabela 7-9)
γ = 1,2 kgf/m3 - peso específico do ar
1º) Escolher os pontos de insuflamento para uma distribuição uniforme do ar, definindo-se a
área de atendimento de cada uma delas.
Grades de parede => áreas retangulares
Difusores de teto => áreas quadradas
2º) Escolher o tipo de boca atendendo a localização da mesma e a forma da área a atender.
3º) dimensionar o difusor a partir do tipo escolhido, jato, velocidade terminal recomendada e
vazão necessária.
V 0,42
v= = = 2,67 m/s < vmax (2,5 a 3,8 - Tab.7-6)
a A 0,32 ⋅ 0,49
v2 2,67 2
∆pboca = λ1 γ =1 1,2 = 0,44 mmH2O
2g 2 9,81
Observação: Alternativamente o dimensionamento dos difusores pode ser feito por meio de
diagramas, geralmente recomendados pelos próprios fabricantes das grades e difusores.
CANALIZAÇÕES
TIPOS
• Plenos => executadas na própria estrutura da construção em rebaixos do forro e vãos, com
velocidade de escoamento de até 1,7 m/s. Em geral de seção constante.
• Dutos de alta pressão => canalizações de seção circular onde o ar atinge velocidades
superiores a 10 m/s e pressão estática entre 150 e 250 mmH2O - instalações industriais.
• Dutos de baixa pressão => canalizações geralmente de seção retangular com velocidades
de escoamento inferiores a 10 m/s e pressão estática de até 50 mmH2O - instalações para
conforto.
MATERIAIS
Para chapas galvanizadas a Tab 14 (NBR 6401) recomenda a bitola a ser adotada em função
do diâmetro (dutos circulares) ou do lado maior (dutos retangulares).
a) o momento de transporte (vazão x distância) deve ser o mínimo, para obter-se uma
canalização econômica;
b) adotar medidas que reduzam a perda de carga nos acessórios. Por exemplo: usar guias nas
curvas, pequenos ângulos de divergência nas variações de seção;
c) nas bocas de insuflamento, usar captores dispostos perpendiculares à veia fluida, evitando-
se a pressão cinética do escoamento;
MÉTODOS DE DIMENSIONAMENTO
• Igual perda de carga => consiste em adotar a mesma perda de carga por unidade de
comprimento para todas a canalização. Este método também não atinge o equilíbrio de
pressões desejado nas bocas de insuflamento.
1) Equação da continuidade
V = A. v para ρ = cte
2) Equação de Bernoulli
Pa va 2 Pb vb 2
ha + + = hb + + +J
γ 2g γ 2g
energia cinética
energia de pressão (pressão estática)
energia de posição
3) Perda de carga
Pa va 2 Pb vb 2
J = ha + + − hb + +
γ 2 g γ 2 g
se ha = hb
Pa − Pb va 2 + vb 2
J = −
γ 2g
l v2
J =λ γ
D 2g
π ⋅ D2 4V l1−2 16 V 2 γ
Se: V = v 2 => v 2 = , logo J = λ , ou
4 π D2 D π2D4 2 g
V2
J = 0,0827 l1−2 λ γ
D5
Exemplo: Calcular a perda de carga em um duto circular de chapa de aço galvanizado de 10m
de comprimento, com vazão de ar de 1m3/s e v=5 m/s
1
American Society of Heating, Refrigeration and Air-conditioning Engineers, Inc.
b) Recuperação de pressão (estática)
γ
∆P = P2 − P1 =
2g
(v 1
2
−v2
2
)
Fazendo a velocidade v2 < v1, resulsta que a recuperação na pressão estática ∆P > 0.
Na prática, como os atritos na mudança de seção fazem com que essa recuperação de
pressão não seja integral, considera-se um rendimento de 75%, e:
γ
∆P = P2 − P1 = 0,75
2g
(v
1
2
−v2
2
)
como: γ = 1,2 kgf/m3 e g=9,81 m/s2, em unidades do SI.
∆ P = P2 − P1 = 0,0459 v1 − v 2 ( 2 2
)
Ganho esse, na pressão estática, que pode ser usado para vencer a perda de carga no
trecho da canalização que vai até a próxima boca de insuflamento, assim a pressão estática
será igual nos pontos de insuflamento 1 e 2.
( 2
)
0,0459 v1 − v2 = 0,001026
2
V
l1−2
0 , 61
v2
2 , 51
DIÂMETRO EQUIVALENTE
Selecionada a velocidade v2 no trecho, podemos calcular a seção a adotar para o
mesmo. A seção calculada deve ser circular, devido as equações adotadas. Podemos,
entretanto, determinar uma seção retangular que, para a mesma vazão, provoque a mesma
perda de carga que o duto circular considerado. O diâmetro da seção circular, nesse caso,
recebe o nome de diâmetro equivalente da seção retangular em estudo e é calculado a partir
da altura H e largura L da mesma. Como, entretanto, a seção retangular é maior do que a
seção circular equivalente, a velocidade real no treco será menor do que a calculada, de modo
que a recuperação de pressão será maior do que a perda de carga.
1) Resolve a equação
(
0,0459 v1 − v2 = 0,001026
2 2
) V
l1−2
0 , 61
v2
2 , 51
4V
Deq =
π v2
( L H) 0 , 625
Deq = 1,3
( L + H ) 0,25
ou usar tabelas de diâmetros equivalente, obtem-se o valor dos lados L x H
4) Recalcula a v2
V
v2′ =
L⋅ H
Exemplo: Sabendo-se que l1-2 = 5m, V = 1 m3/s, v1 = 5 m/s, calcular v2 para um duto
retangular de L/H = 2.
COMPRIMENTO EQUIVALENTE
v2 le v 2
J acessório = λ 1 γ = Jduto = λ γ
2g D2g
λ1
le = D
λ
A tabela 7-15 (Costa, 1977) traz valores de λ1 e le para os principais acessórios de
canalizações de ventilação.
l1 lcurva l2
lequivalente
BOCAS DE DESCARGA
Tipos:
• venezianas comuns de chapa ou madeira;
• grades com palhetas retas ou em V;
• Telas perfuradas;
• Cogumelos.
Localização:
• no teto para extração de fumos e odores (evitar curto-circuito);
• nas paredes a 20 cm do piso ou junto ao forro;
• na parte inferior das portas;
• no piso => uso de cogumelo: evita a extração do pó e obriga o ar a passar uniformemente
pela zona de ocupação.
Dimensionamento:
V vf
A= (área livre) => onde vf (velocidade aparente/face) => tabela 7-7 v =
vf a
Perda de carga:
v2
J =λ 1 γ => onde λ1 e a são obtidos da tabela 7-16.
2g
TOMADAS DE AR EXTERNO
Tipos:
• idem as bocas de descarga, exceto cogumelos.
Localização:
• junto a casa de máquinas.
Dimensionamento
V
A= vf => tabela 13 da NBR 6401
vf
Perda de carga:
v2
J =λ 1 γ => onde λ1 e a são obtidos da tabela 7-16.
2g
FILTROS
Tipos:
• tela galvanizada;
• lã de vidro;
• filtros de pano;
• filtros de plástico esponjoso.
Localização:
• junto a casa de máquinas.
Dimensionamento:
V
A= vf => tabela 7-4
vf
Perda de carga:
v2
J =λ 1 γ => onde λ1 é da tabela 7-17.
2g
VENTILADORES
Tipos:
• centrífugo com pás voltadas para a frente => alta pressão, grande vazão, alto ruído.
• centrífugo com pás voltadas para atrás => média pressão, média vazão, baixo ruído.
• axial => baixa pressão, alta vazão, médio ruído.
Ruído Utilização vp
Classe I Residências <20 m/s
Classe II Edifícios públicos 20 a 30 m/s
Classe III Edifícios industriais >30 m/s
Localização:
• casa de máquinas => ventilação geral diluidora
Dimensionamento
O dimensionamento exterior do ventilador pode ser feito a partir das velocidades
recomendadas pela tabela 7-4, adotando-se a expressão:
nπ φ2 v
V=
, ⋅4
11
onde n vale 1 para ventiladores de simples aspiração e 2 para de dupla aspeiração, de modo
que:
1,1 ⋅ 4 V
φ=
nvπ
as demais dimensões externas podem ser obtidas em função do diâmetro (φ), com auxílio da
figura 7-32 e da tabela a seguir:
Potência:
∆Pt V
P=
75 η
onde:
V => vazão de ar a movimentar (m3/s);
∆Pt => diferença de pressão total no ventilador em kgf/m2 (= mmH2O)
η => rendimento do sistema moto-ventilador que varia de 0,3 a 0,7 de acordo com a máquina
(dado pelo fabricante)
v2
∆Pt = ( ΣJ − Rp ) + γ
2g
ΣJ => numa instalação normal de ventilação, deve ser incluídas para o cálculo, as seguintes
parcelas:
• tomada de ar externo;
• canalização da tomada de ar exterior;
• filtro;
• duto principal;
• bocas de insuflamento;
• bocas de descarga;
• canalização de descarga.