EME806 Ventilação

Professor: Juan Jose Garcia Pabon

Dutos para condução de Ar

 Ventilação Industrial Diluidora
Equação de Bernoulli para escoamentos em dutos
Para o caso de fluidos incompressíveis, ou mesmo compressíveis, como o ar, quando a
variação de pressão é muito pequena (escoamentos isométricos). A equação de Bernoulli
conclui que qualquer ponto de um fluido cumpre que:

𝑐2
ℎ𝜌𝑔 + 𝑝𝑒 + 𝜌 = 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒
2
altura

Pressão estática
em Pascal Velocidade massa especifica
em m/s em kg/m³
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Equação de Bernoulli para escoamentos em dutos
Essa equação, para o ar a baixa pressão escoando em nosso meio - caso em que a variação
de energia no campo gravitacional é praticamente nula-, pode ser simplificada para

𝑐2
𝑝𝑒 + 𝜌 = 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒
2

Pressão estática Pressão dinâmica (pd)

Pressão total (pT)

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Equação de energia para escoamentos em dutos
A equação de Bernoulli representa um caso ideal, mas na realidade os efeitos viscosos dos
fluidos criam atrito entre o fluido e as paredes do duto a medida que este escoa.
Provocando que o fluido perca pressão (ou energia) total ao longo do tubo.

1 2

𝑐12 𝑐22
𝑝𝑒1 + 𝜌 = 𝑝𝑒2 + 𝜌 + 𝐽12
2 2

Quando o fluido vai de ponto 1 a 2, parte da sua energia total se dissipa (𝐽12 )
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Perdas por atrito
As perdas por atrito devido ao escoamento do fluido pela parede do dutos dependem do
tipo de fluido (𝜌), da velocidade(c), o comprimento do duto (L), o diâmetro do duto (D), e
o fator de atrito (f)

D 1 2
c

𝐿12

𝐿12 𝑐 2 𝜌
𝐽12 =𝑓
𝐷 2
O fator de atrito depende da rugosidade da parede do duto, e o tipo de
escoamento (turbulento ou laminar).
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Perdas por atrito
Tambem podem ser descritas em função da vazão 𝑉𝑠 em m³/s, lembrando que para duto
circular:
4𝑉𝑠
𝑐=
𝜋𝐷 2
𝜋𝐷 2
𝑉𝑠 = 𝑐
4
4𝑉𝑠
𝐷=
𝜋𝑐

Então:
8𝐿12 𝑉𝑠2 𝐿12 𝑉𝑠2
𝑓 𝜌 0,811𝑓 𝜌
𝐿12 𝑐 2 𝜋 2 𝐷5 𝐷5
𝐽12 =𝑓 𝜌
2𝐷
𝜋 0,5 𝐿12 𝑐 2,5 𝐿12 𝑐 2,5
𝑓 𝜌 0,443𝑓 𝜌
4 𝑉𝑠0,5 𝑉𝑠0,5
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Perdas por atrito para dutos de ventilação
O fluido é o ar e sua densidade para uma temperatura de 20°C e 1,2 kg/m³.

𝐿12 𝑐 2
0,6𝑓
𝐷

𝐽12 = 𝐿12 𝑉𝑠2

0,973𝑓
𝐷5

𝐿12 𝑐 2,5
0,532𝑓
𝑉𝑠0,5

O fator de atrito de forma geral é calculado usando o diagrama de Moody

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Perdas por atrito para dutos de ventilação

Para evitar usar o gráfico de Moody, a ASHRE desenvolveu uma fórmula empírica para o
coeficiente de atrito e propôs o cálculo da perda de carga em canalizações CIRCULARES de
ventilação executadas em chapas galvanizadas.

𝐿12 𝑐1,9
0,0116
𝐷1,22

𝐽12 = 𝐿12 𝑉𝑠1,9

0,0184
𝐷5,02
𝐿12 𝑐 2,51
0,0100
𝑉𝑠0,61

Unidades: 𝐽 em Pascal, 𝐿 em m, 𝑐 em
m/s, D em m, 𝑉 em m³/s
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Perdas por atrito para dutos de ventilação RECTANGUARES
As equações apresentadas anteriormente são validas para dutos circulares. Quando dutos
retangulares são usados, uma correção geométrica deve ser feita antes de usar a equação
de perda de carga.

𝐿12 𝑐1,9 Diâmetro HIDRÁULICO junto com comprimento

0,0116 e velocidade do duto retangular.
𝐷ℎ1,22

𝐿12 𝑉𝑠1,9 Diâmetro EQUIVALENTE junto com comprimento

𝐽12 =
0,0184 5,02 e vazão do duto retangular.
𝐷𝑒𝑞

𝐿𝑒𝑞 𝑐 2,51 Comprimento EQUIVALENTE junto com vazão e

0,0100
𝑉𝑠0,61 velocidade do duto retangular.
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Perdas por atrito para dutos de ventilação RECTANGUARES
Diâmetro hidráulico (Dh) de um duto de seção retangular “h” e “l” é o diâmetro de um
duto circular que, para a mesma velocidade, sofre a mesma perda de carga que o duto
retangular em estudo.
2(ℎ𝑙)
𝐷ℎ =
(ℎ + 𝑙)
Diâmetro equivalente de um duto de seção retangular é o diâmetro de um duto de seção
circular que, para a mesma vazão, acarreta a mesma perda de carga do duto retangular
considerado.
ℎ𝑙 0,622
𝐷𝑒𝑞 = 1,297
ℎ + 𝑙 0,243
Comprimento equivalente de um duto de seção retangular é o comprimento de um duto
de seção circular que, para a mesma velocidade e vazão, acarreta a mesma perda de carga
do duto retangular considerado.
ℎ + 𝑙 1,22
𝐿𝑒𝑞 = 𝐿12 ∙ 0,5 = 𝐿12 ∙ 𝑏𝑒𝑞
ℎ𝑙 0,61
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Perdas por atrito para dutos de ventilação RECTANGUARES

A seguinte tabela permite calcular os três anteriores parâmetros, a partir da relação de

𝑙
dimensões da seção retangular do duto 𝑎 = ℎ . Considerando 𝑙 sempre como o maior
lado do retângulo.

𝒍/𝒉 = 𝒂 𝒃𝒆𝒒 𝑫𝒉 /𝒉 𝒉/𝑫𝒆

1 1,16 1,00 0,915
1,5 1,19 1,20 0,794
2 1,25 1,33 0,654
2,5 1,31 1,43 0,592
3 1,38 1,50 0,545
3,5 1,44 1,56 0,512
4 1,52 1,60 0,483
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Perdas em acessórios
Em um sistemas de dutos é comum encontrar vários acessórios, mudanças de seção
transversal do duto e direção do escoamento. TODAS elas geram uma perda de energia.
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Perdas em acessórios ou localizadas
Fazendo uma analogia para o calculo de perda de carga para dutos retos, pode chegar em
uma expressão para perdas carga localizadas

𝐿 𝑐2𝜌
𝐽𝑎𝑐𝑠 =𝑓
𝐷 2

A geometria do elemento e seu fator

de atrito, podem ser agrupadas em
um único parâmetro Primeira opção

𝑐2𝜌
𝐽𝑎𝑐𝑠 = 𝐾𝑎𝑐𝑠
2

Fator de perda de Pressão dinâmica

carga do acessório de referencia
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Perdas em acessórios ou localizadas
Fazendo uma analogia para o calculo de perda de carga para dutos retos, pode chegar em
uma expressão para perdas carga localizadas

𝐿𝑒𝑞−𝑎𝑐𝑠 𝑐1,9
𝐽𝑎𝑐𝑠 = 0,0116
𝐷ℎ1,22 Segunda opção

O comprimento equivalente de um acessório é aquele comprimento de tubo reto que gera a

mesma perda de carga do acessório

Normalmente o 𝐿𝑒𝑞−𝑎𝑐𝑠 é função de um diâmetro HIDRULICO

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𝐾𝑎𝑐𝑠 𝐿𝑒𝑞,𝑎𝑐𝑠
Perdas em acessórios ou localizadas
Os valores do 𝐾𝑎𝑐𝑠 e/ou 𝐿𝑒𝑞−𝑎𝑐𝑠 são tabelas e
variam em função do tipo de acessório e suas
dimensões da seção transversal. Como exemplo
esta a seguinte tabela que apresenta casos
gerais mais comuns das instalações de
ventilação mecânica de baixa pressão.

Tabelas com maior detalhes estão em:

“HVAC Systems Duct Design By SMACNA”

Appendix Fitting Loss Coefficient Tables

 Ventilação Industrial Diluidora
Dimensionamento de canalização
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Dimensionamento de canalização