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SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS

PLANO DE ESTUDO TUTORADO COMPLEMENTAR


COMPONENTE CURRICULAR: SOCIOLOGIA
ANODEESCOLARIDADE:3ºANO
NOME DA ESCOLA: ESCOLA ESTATUAL FRANCISCO DUMONT
ESTUDANTE:_______________________________________
TURMA: 3°ANO
NÚMERO DE AULAS POR SEMANA: _____
TURNO: VESPERTINO
TOTAL DE SEMANAS: _______
NÚMERO DE AULAS POR MÊS:_______
SEMANAS 1 A 4
UNIDADE TEMÁTICA: - Análise Sociológica do Mundo Moderno: a Sociedade em que vivemos.
- A Abordagem Sociológica de Questões Sociais no Brasil Contemporâneo.
OBJETOS DECONHECIMENTO: - Valores, normas e a diversidade cultural; identidades grupais e sociais;
diferenças e tolerância.

HABILIDADES:
Identificar focos e bases de identidade que mobilizem pessoas e grupos dentro da sociedade (CBC Sociologia
3.1).
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
- Educação, família, cultura, curso da vida, evolução da espécie humana.

ATIVIDADES

PAÍS DO FUTURO
Rio de Janeiro – Lembra-se de quando o Brasil era o país do futuro?

Primeiro foi um gigante adormecido (“em berço esplêndido”), que um dia iria acordar e botar pra
quebrar.Depois tornou-se o país do futuro, um futuro de riqueza, justiça social e bem-aventurança.
Eram tempos, aqueles, de postergar tudo o que não podia ser realizado no presente.
A dureza do regime militar deixava poucas brechas para que se ousasse fazer alguma coisa que não fosse
aquilo já previsto, planejado, ordenado pelos generais no poder. Só restava então aguardar o futuro, que nunca
chegava (mais uma vez vale lembrar: foram 21 anos de regime autoritário).
O pior é que, mesmo depois de redemocratizado o país, a coisa continuou e continua meio encalacrada, com
muitos sonhos tendo de ser adiados a cada dia, a cada nova dificuldade. Com a globalização, temos que
encarar (e temer) até as crises que ocorrem do outro lado do mundo.
Todavia há que se aguardar o futuro com otimismo, e alguma razão para isso existe.
Dados de uma pesquisa elaborada pela Secretaria de Planejamento do governo de São Paulo revelam que o
Brasil chegará ao próximo século, que está logo ali na esquina, com o maior contingente de jovens de sua
história.
Conforme os dados da pesquisa, somente na faixa dos 20 aos 24 anos serão quase 16 milhões de indivíduos
no ano 2000.Com esses dados, o usual seria prever o agravamento da situação do mercado de trabalho, já tão
difícil para essa faixa de idade, e de problemas como a criminalidade em geral e o tráfico e o uso de drogas
em particular.
Mas por que não inverter a mão e acreditar, ainda que forçando um pouco a barra, que essa massa de novas
cabeças pensantes simboliza a chegada do tal futuro? Quem sabe sairá do acúmulo de energia renovada dessa
geração a solução de problemas que apenas se perpetuaram no fracasso das anteriores?
Nada mal começar um milênio novinho em folha com o viço, a ousadia e o otimismo dos que têm 20 anos.
01. Encontra apoio no texto a afirmação contida na opção:

a) A existência de 16 milhões de jovens brasileiros no ano 2000 constituirá um problema insolúvel.


b) Com a população jovem brasileira na casa dos 16 milhões, só se pode esperar o pior.
c) Não se pode pensar de forma otimista em relação ao próximo século.
d) Pode-se pensar positivamente em relação ao nosso futuro, apesar de alguns problemas.
e) Pode-se pensar de forma positiva sobre nosso futuro a partir da previsão do agravamento do desemprego

02. A ideia de futuro vem representada no texto por uma sequência de conceitos. A opção que indica essa
sequência é:
a) expectativa – gigantismo – idealização – otimismo
b) otimismo – expectativa – idealização – gigantismo
c) gigantismo – otimismo – idealização – expectativa
d) expectativa – idealização – otimismo – gigantismo
e) gigantismo – idealização – expectativa – otimismo
XENOFOBIA E RACISMO (fragmento)
As recentes revelações das restrições impostas, há mais de meio século, à imigração de negros, judeus e
asiáticos durante os governos de Dutra e Vargas chocaram os brasileiros amantes da democracia. Foram atos
injustos, cometidos contra estes segmentos do povo brasileiro que tanto contribuíram para o engrandecimento
de nossa nação.
Já no Brasil atual, a imigração de estrangeiros parece liberalizada e imune às manchas do passado,
enquanto que no continente europeu marcha-se a passos largos na direção de conflitos raciais onde a marca
principal é o ódio dos radicais de direita aos imigrantes.
Na Europa, a história se repete com o mesmo enredo centenário: imigrantes são bem-vindos para reforçar
a mão-de-obra local em momentos de reconstrução nacional ou de forte expansão econômica; após anos de
dedicação e engajamento à vida local, começam a ser alvo da violência e da segregação.
03. Se as restrições de imigração eram impostas a negros, judeus e asiáticos, podemos dizer que havia, nesse
momento, uma discriminação de origem:

a) racial e religiosa
b) exclusivamente racial
c) econômica e racial
d) racial e geográfica
e) religiosa, econômica, racial, geográfica e cultural
04. O segundo parágrafo do texto é introduzido pelo segmento “Já no Brasil atual…”; tal segmento indica:
a) uma oposição de local e tempo:

b) uma oposição de tempo


c) uma consequência do primeiro parágrafo
d) uma comparação de duas épocas
e) uma indicação das causas dos fatos relatados
O “IMPEACHMENT” E A AUSÊNCIA DE RESPONSABILIDADE PRESIDENCIAL
Tendo aludido ao lugar da obra de Rui Barbosa onde se lê “mais vale, no governo, a instabilidade
que a irresponsabilidade” – essa nota dominante do presidencialismo – um dos nossos
bons constitucionalistas retratou com suma clareza e singeleza a inoperância do impeachment, instituto de
origem anglo-saxônica, acolhido pelas Constituições presidencialistas, ao afirmar que “sendo um processo de
‘formas’ criminais (ainda que não seja um procedimento penal ‘estrito’), repressivo, a posteriori, seu manejo
é difícil, lento, corruptor e condicionado à prática de atos previamente capitulados como crimes”.
Sobre o impeachment, esse “canhão de cem toneladas” (Lord Bryce), que dorme “no museu das
antigüidades constitucionais” (Boutmy) é ainda decisivo o juízo de Rui Barbosa, quando assevera que “a
responsabilidade criada sob a forma do impeachment se faz absolutamente fictícia, irrealizável, mentirosa”,
resultando daí no presidencialismo um poder “irresponsável e, por conseqüência, ilimitado, imoral, absoluto”.
Essa afirmativa se completa noutra passagem em que Rui Barbosa, depois de lembrar o impeachmet
nas instituições americanas como “uma ameaça desprezada e praticamente inverificável”, escreve: “Na
irresponsabilidade vai dar, naturalmente, o presidencialismo. O presidencialismo, se não em teoria, com
certeza praticamente, vem a ser, de ordinário, um sistema de governo irresponsável”. Onde o presidencialismo
se mostra pois irremediavelmente vulnerável e comprometido é na parte relativa à responsabilidade
presidencial.
O presidencialismo conhece tão-somente a responsabilidade de ordem jurídica, que apenas permite a
remoção do governante, incurso nos delitos previstos pela Constituição. Defronta-se o sistema porém com um
processo lento e complicado (o impeachment, conforme vimos), que fora da doutrina quase nenhuma
aplicação teve.
Muito distinto aliás da responsabilidade política a que é chamado o Executivo na forma parlamentar,
responsabilidade mediante a qual se deita facilmente por terra todo o ministério decaído da confiança do
Parlamento. (BONAVIDES, Paulo. Ciência política, p. 384)

05. Dentre as citações do texto, a que mais se distancia dos recentes acontecimentos políticos ocorridos no
Brasil é:

a) “(…) um dos nossos bons constitucionalistas retratou com suma clareza e singeleza a inoperância do
impeachment.”
b) “sobre o impeachment, esse “canhão de cem toneladas” (Lord Bryce), que dorme “no museu das
antigüidades constitucionais” (Boutmy) é ainda decisivo o juízo de Rui Barbosa (…)”
c) “defronta-se o sistema porém com um processo lento e complicado (…) que fora da doutrina quase
nenhuma aplicação teve.”
d) “(…) responsabilidade mediante a qual se deita facilmente por terra todo o ministério decaído da
confiança do Parlamento.

06. Das referências ao impeachment feitas abaixo, a única que não se encontra no texto é:

a) trata-se de um instituto criado por constitucionalistas brasileiros.


b) pode ser incluído entre as falhas do sistema presidencialista.
c) carece, enquanto processo, de presteza e simplificação.
d) constitui um instrumento constitucional ultrapassado.

Parabéns! Você concluiu com êxito as atividades complementares ! Espero você para nossas
próximas aulas. Até breve!
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