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Instalação e Gestão de Redes Informáticas

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MANUAL DA FORMAÇÃO

I D E N T I F I C A Ç Ã O

CURSO: Formação Modular

MÓDULO 5448 – Introdução à Informática de Gestão

DURAÇÃO: 50H

FORMADOR: JOSÉ LUÍS PINTO FERREIRA

DATA:

ASSINATURA:

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Objectivos do Manual:

 Identificar os conceitos essenciais da


informática de gestão.
 Identificar critérios de análise de aplicações
 Avaliar software para organizações
 Reconhecer e calcular o custo económico da
informação.

Índice
HARDWARE E SOFTWARE......................................................................................................................5
Conceitos Base...........................................................................................................................................5
1. O QUE É A INFORMÁTICA?.............................................................................................................5
2. O QUE É UM COMPUTADOR?..........................................................................................................5
3. PERIFÉRICOS......................................................................................................................................7

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Sistema Computacional.............................................................................................................................9
4. CAPACIDADES DO HOMEM E DO COMPUTADOR...................................................................11
MOTHERBOARDS....................................................................................................................................11
Famílias....................................................................................................................................................12
Formatos das motherboards.....................................................................................................................17
PROCESSADORES....................................................................................................................................18
Dentro do Microprocessador...................................................................................................................24
Como funciona o Microprocessador........................................................................................................25
Coprocessador Matemático......................................................................................................................27
1. UNIDADE ARITMÉTICA E LÓGICA.........................................................................................................27
2. VELOCIDADE DO PROCESSADOR..........................................................................................................27
3. OVERCLOCKING....................................................................................................................................28
1. CACHE INTERNA...................................................................................................................................29
MEMÓRIAS................................................................................................................................................32
Memória de Sistema................................................................................................................................32
Vários tipos de Memórias........................................................................................................................33
Instalação de Memórias...........................................................................................................................37

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Índice de Tabelas
Tabela 1 - Comparação Homem/Máquina...................................................................................................11
Tabela 2 - Comparação Dimensões.............................................................................................................14
Tabela 3- Formatos Motherboards...............................................................................................................17
Tabela 4 - Geração dos CPU........................................................................................................................24
Tabela 5 - Tabela de Memória Cache..........................................................................................................30

Índice de Figuras
Ilustração 1 - Funcionamento do PC..............................................................................................................7
Ilustração 2 -Microprocessadores................................................................................................................23
Ilustração 3 - Funcionamento de um microprocessador..............................................................................25
Ilustração 4 - Processamento de instruções.................................................................................................25
Ilustração 5 - Processamento de Instruções.................................................................................................26
Ilustração 6 - Controlador de Memória........................................................................................................34
Ilustração 7 - Aspecto físico de uma memória DDR...................................................................................36
Ilustração 8 - SIMMs de 30 (no alto), 68 (centro) e 72 pinos (em baixo)...................................................37

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HARDWARE E SOFTWARE
CONCEITOS BASE
1. O QUE É A INFORMÁTICA?
Uns consideram que a Informática é uma técnica, um conjunto de acções que com o
auxílio de vários instrumentos (computador) tem como objectivo auxiliar o homem no
desempenho de inúmeras tarefas.

Outros defendem que a informática deve ser encarada como uma ciência, tendo em
conta que possui um objectivo e métodos específicos para o atingir.

A informática é uma ciência do tratamento lógico de dados, que o utiliza com o


conjunto de técnicas e equipamentos que possibilitam a sua transformação em
informações, armazenamento e transmissão.

Dados – conjunto de informação em bruto, que, através de vários processos, se


transformam em informação

Processamento – conjunto de operações aplicadas sobre o conjunto de dados, com o


auxílio de equipamentos informáticos.

Informações – conjunto de resultados obtidos após o processamento.

2. O QUE É UM COMPUTADOR?

Computador é um conjunto de vários equipamentos e componentes que, funcionando


em conjunto, permitem a obtenção de um determinado resultado

Esse equipamento funciona com base em ordens escritas e codificadas em linguagens


que permitem a comunicação entre a pessoa e o computador.

Para o computador receber os dados são necessários diversos tipos de equipamentos ao


qual chamamos Periféricos.

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3. PERIFÉRICOS

Unidade Central de Saída de Periféricos de


Periféricos de Entrada Processamento Saída
Entrada (CPU) Informação
De Dados
Ex: (Monitor)
Ex: (Teclado)

Ilustração 1 - Funcionamento do PC

Periféricos de Entrada (INPUT)

Teclado – Nº teclas: 101 ou 102 (82/85 nos portáteis)

Teclas de função = F1,F2,F3, ….

Teclas de acções especiais = ENTER, ALT, CTRL, ALT GR…….

Teclas de cursor = setas direccionais.

Teclado alfanumérico = letras e números

Bloco numérico = teclas numéricas à direita

Rato – periférico de entrada

2 ou três botões, com ou sem roda funções executadas (na sua maioria) através de
cliques com o botão esquerdo tapete

Leitor Ópticos – garante rapidez de introdução de dados

Ex: scanner, light pen, leitores de código de barras….

Joystick – utilizado em jogos

Microfone – reconhecimento de voz


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Unidade de Cd-Rom - leitura de informação gravada no CD, não sendo possível
alterá-la ou apaga-la.

Câmara Digital – permite comunicar à distância com outras pessoas, em tempo real
(Internet)

Periféricos de saída (output)

Ècran/Monitor - visualização dos resultados do processamento, ou seja, das


informações.

Plottres – traçadores gráficos para desenhos

Impressora – utilizada para impressão dos documentos semelhante a uma


fotocopiadora. Impressoras a laser jacto de tinta.

Periféricos de entrada / saída (Input /output)

Disquetes – suporte de informação

CD-ROM - suporte de informação

Modem – comunicação de informação à distância, através de linhas telefónicas.

Pen Drive – suporte de informação

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SISTEMA COMPUTACIONAL
Em um sistema de processamento de dados existem três componentes principais:

 Hardware: É o conjunto de toda a parte física do computador. Ex: teclado,


vídeo, disquete.

 Software: Toda a parte lógica do computador. Ex: programa, instruções.

Hardware:

Definição: todo o conjunto de componentes físicos de um computador e os periféricos


ligados a ele. Por exemplo, o teclado, os monitores, as impressoras, os scanner entre
outros.

Os principais elementos de hardware um sistema computacional podem ser agrupados


nas seguintes categorias:

• Dispositivos (periféricos) de entrada de dados;

• Dispositivos (periféricos) de saída;

• CPU;

• Memória principal;

• Memória Auxiliar.

OBS: Os sistemas computacionais ainda podem ser configurados, ou seja,


especialmente equipados de acordo com as necessidades do usuário.

Software:

Definição: conjunto de programas que são processados num computador. Exemplos: os


processadores de texto, os editores gráficos, as folhas de cálculo os jogos, etc.

Programadores: profissionais da computação que escrevem programas de


computadores, isto é, fazem o software.

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Tipos de Software: Os softwares podem ser divididos em dois grupos básicos:

Softwares Básicos. São programas específicos que se relacionam com o hardware do


computador, controlam os dispositivos de entrada e saída e a CPU. São mais
comummente encontrados na forma de sistemas operativos (ex:Win98) e compiladores
de linguagens de programação.

Softwares Aplicativos. São programas planeados para atender determinadas exigências


que envolvam processamento de dados. Esse é o maior conjunto dos softwares,
composto por programas do tipo processadores de texto, folhas de cálculo e programas
gerais de controlo aplicados na indústria e no comércio.

Softwares Personalizados. Também chamados de "custom softwares". São softwares


planeados e escritos geralmente por programadores e consultores para atender a uma
determinada tarefa específica. Geralmente são programas mais caros do que seus
similares quando encontrados na forma de pacotes pois demandam tempo de
desenvolvimento

Sistemas Operativos: São programas que controlam os computadores, coordenam o


hardware e suas tarefas e gerem a utilização dos diversos dispositivos do sistema
computacional, como por exemplo as impressoras os monitores, etc. Os Sistemas
Operacionais além de fazerem o interface entre o hardware e os programas fazem
também a conexão lógica entre o homem e a máquina, o computador.

Exemplos: MS-DOS, LINUX e Windows.

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4. CAPACIDADES DO HOMEM E DO COMPUTADOR

Aspecto de comparação Possibilidade Possibilidade


Homem Computador
Rapidez de execução Baixa Muito alta

Possibilidade de suportar
tarefas monótonas durante Fraca Muito Boa
longos períodos

Capacidade de fixar e Pouca e insegura Muita e Segura


relembrar informação

Perfeição do trabalho Pode errar Não comete erros

Capacidade de adaptação a
situações novas Boa Nula

Capacidade de aprendizagem
com os erros cometidos Boa Nula
anteriormente

Tabela 1 - Comparação Homem/Máquina

MOTHERBOARDS
A motherboard pode, muito apropriadamente, ser designada por "placa mãe". Com
efeito, uma determinada motherboard define a "personalidade" do PC que nela se
baseia, condicionando um vasto conjunto de características do PC, nomeadamente:

 O tipo de CPU - Central Processing Unit - e a respectiva velocidade;

 O tipo de chipset - conjunto de circuitos que controlam o acesso a memória


central, a memória cache externa, aos barramentos e a alguns periféricos; É vulgar
encontrar integrado na motherboard os seguintes periféricos:

 Controlador de vídeo - pode utilizar parte da memória central


 Controlador de unidades IDE

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 Controlador de unidades SCSI
 Controlador de portas série – COM –
 Controlador de porta paralela - LPT -,
 Controlador de portas USB,
 Controlador para rato PS/2 e interface para unidades de infravermelhos.

 A dimensão e tipo da memória cache externa;

 A dimensão e tipo da memória central -EDO, SDRAM, RDRAM, ECC,


paridade, etc.

 O número e tipo de conectores de expansão -ISA, EISA, MCA, VESA, local


bus, AGP, ou PCI;

 A existência da facilidade Plug 'n Play;

 O tipo de caixa e da fonte de alimentação

 O tipo de BIOS

 O tipo de conector do teclado.

FAMÍLIAS
É possível classificar as motherboards em duas grandes famílias: AT e ATX. Na
família AT, mais antiga (em produção desde 1983 até 1996), podem-se encontrar
motherboards de diversos tamanhos, estando mais divulgadas a mais pequena,
designadas por baby AT, por oposição ao formato Full-size AT. Tipicamente estes
formatos utilizam o mesmo tipo de caixa.

Em 1987, a Western Digital introduziu no mercado um novo formato, designado por


LPX. A principal particularidade deste formato é a existência de uma pequena placa
vertical, que encaixa na motherboard e que inclui os conectores de expansão. Desta
forma, as placas de expansão são instaladas, nesta extensão, paralelamente à
motherboard, o que permite construir sistemas de baixo perfil (desktop). O principal
inconveniente destas placas reside exactamente na existência de mais um conector, o
que aumenta a probabilidade de erros de origem mecânica.

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As placas ATX (especificação desenvolvida pela Intel, em 1996) representam uma
natural evolução relativamente às anteriores, sendo totalmente incompatíveis ao nível da
caixa. As principais inovações podem ser resumidas do seguinte modo:

 Conectores das diversas portas de I/O integrados na motherboard, o que evita a


instalação de cabos, aumentado assim a fiabilidade;

 Fonte de alimentação liga através de um único conector, que apenas encaixa


numa posição (potencial fonte de erros nas placas AT);

 A posição da CPU e dos conectores de memória facilita o seu manuseamento e


promove a capacidade de refrigeração, uma vez que se encontram estrategicamente
próximos das ventoinhas da fonte;

 Os conectores das unidades de disco estão mais próximos dos espaços


reservados para a sua instalação; e inversão do fluxo de ar (objecto de recomendação,
mas que está a ser assumido como norma). O ar forçado para refrigeração -proveniente
das ventoinhas da fonte de alimentação - deverá ser "soprado" para dentro da caixa, o
que evita que o computador funcione como um "aspirador".

À semelhança do que aconteceu com o formato AT, a Intel também especificou uma
versão reduzida da placa ATX, a MicroATX (bastante vulgarizada), apenas de
dimensões mais reduzidas, mas fisicamente compatível com uma ATX.

Assim como, para sistema de perfil baixo, seguindo uma filosofia idêntica à utilizada
nas placas LPX, surgiu recentemente o formato NLX, que poderá, a curto prazo,
constituir a preferência para sistemas de baixo custo (e baixo desempenho, dadas as
limitações para instalar componentes de topo de gama, normalmente com requisitos
térmicos mais exigentes!). A tendência de miniaturização subjacente à definição do
formato MicroATX continuou, não só por parte da Intel, que em 1999 desenvolveu a
especificação FlexATX (como adenda à especificação MicroATX), mas também a
empresa

Via, que em meados de 2000 desenvolveu a especificação ITX, a qual, através de uma
fonte de alimentação especificamente desenvolvida para o efeito, permite desenhar
sistemas de dimensões bastante reduzidas. Realce-se, contudo, que do ponto de vista

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dos encaixes mecânicos, todas estas placas são compatíveis. A tabela seguinte permite a
comparação das dimensões físicas destas três placas.

Comp. Max.
Designação Larg.Max. (mm)
(mm)
MicroATX 244 244
FlexATX 229 191
ITX 215 191
Tabela 2 - Comparação Dimensões

Para além destes formatos (mais ou menos) normalizados, é possível encontrar


motherboards com formatos proprietários, o que deverá ser evitado, uma vez que tais
sistemas limitam uma das principais características dos computadores pessoais, a sua
modularidade e flexibilidade... [formatos].

2.1 Componentes constituintes

Uma motherboard é constituída pelo seguinte conjunto de blocos, os quais poderá


identificar com relativa facilidade, inspeccionando uma motherboard e,
simultaneamente, consultando o respectivo manual técnico (ou ainda um diagrama de
blocos de uma das arquitecturas ao nível do sistema).

1.Conector para a CPU - eventualmente mais do que um

2.Chipset

O chipset inclui um vasto conjunto de módulos, essenciais ao funcionamento do


sistema, mas cujo estudo ultrapassa o âmbito desta abordagem. De qualquer forma, e
apenas como referência, esse conjunto de módulos inclui:

 Gerador de clock • Controlador de barramento

 Timer

 Controlador(es) de interrupções (PIC - Programmable Interrupt Controller)


Controlador(es) de acesso directo à memória (DMA -Direct Memory Access)

3. O contador de tempo real (RTC- Real Time Clock), que mantém o registo da hora
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actual - na realidade, o número de segundos desde o dia 1 de Janeiro de 1970, ou 1994!)

4.CMOS RAM(e a respectiva pilha), que mantém a informação sobre a configuração

5.ROM BIOS, que contém as rotinas de baixo nível para controlo dos periféricos
integrados, assim como o programa de configuração (setup)

6. Controladores de periféricos, integrados (inicialmente apenas controladores de portas,


depois gradualmente, controladores de discos, áudio, vídeo, rede e até mesmo
controladores de subsistemas deve armazenamento sofisticados como os RAID.

7. Conectores para a memória cache RAM

8. Conectores para a memória central (SIMM/DIMM)

9. Conectores do(s) barramento(s)

10.Conectores para periféricos e para indicadores luminosos e interruptores da caixa

11.Fonte regulável para a CPU (VRM), que fornece à CPU uma tensão adequada e
diferente daquela que é fornecida pela fonte de alimentação.

12. Jumpers (pequenos dispositivos que, normalmente, permitem interligar 2 pinos)


para configurações de natureza não programável, isto é, que dependem apenas das
características dos componentes implantados na motherboard). Se adquirir uma
motherboard já montada, estes jumpers deverão estar devidamente colocados.

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FORMATOS DAS MOTHERBOARDS

O formato da motherboard define a sua aparência, o tipo de caixa e os cabos de


alimentação que se podem usar, mas também a organização dos componentes desta.

Existem motherboards dos mais diversos formatos:

Tabela 3- Formatos Motherboards


Formatos Normais Formatos Desktop
AT
Mini AT
LPX
Baby AT
Baby LPX
2/3Baby AT
¾ Baby AT

ATX
NLX
Micro ATX
Baby ATX
EBX
Extended ATX

Formatos Normais - Sendo encontrados na maior parte dos PC's, são formatos que
evoluíram em caixas tower, mini-tower, ..

Formatos Desktop - Utilizados nos desktops, slimlines.

Formatos Industriais

EuroCard/CompactPCI

Formatos Industriais - Estes raramente se vêm pois são utilizados na indústria, dado o
facto de possuírem características especiais, como protecção magnética, funcionam a
temperaturas extremas.

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PROCESSADORES
Microprocessador é um dispositivo de computação completo, fabricado num só chip. O
primeiro microprocessador a ser fabricado foi o Intel 4004 e foi apresentado em 1971.
O 4004 não era muito potente, pois executava simplesmente adições e subtracções, e
somente a 4 bits de cada vez. Mas, contrariamente aos anteriores, ele era construído
num só chip. O 4004 foi usado num dos primeiros calculadores electrónicos que foi
construído.
O primeiro microprocessador que foi utilizado num computador pessoal foi o Intel
8080, um processador completo de 8 bits, apresentado em 1971. O primeiro processador
que verdadeiramente provocou ondas foi o Intel 8088, dado que incorporou o primeiro
IBM Personal Computer. Seguidamente ainda, a Intel desenvolveu o 80286, o 80386, o
80846 e por aí fora.
Paralelamente à Intel, também outras marcas desenvolveram os seus processadores,
como, por exemplo a Motorola, que em 1974 apresentou o 6800, um processador de 8
bits e com 4.000 transístores. O chip era fabricado segundo a tecnologia NMOS de 6
mícrons (µ) e necessitava de uma alimentação de 5 volts.
Ainda em 1974 apareceu o RCA 1802, capaz de trabalhar a uma velocidade
impressionante de 6.4MHz, tendo um desenho de 8 bits com um endereçamento de 16
bits.
Em 1975, Faggin e Shima desenvolveram o Zilog Z80. Este processador era
considerado um grande avanço sobre 8080, trabalhava a 2.5MHz e continha 8.500
transístores. Posteriormente com o Z80A, a velocidade passou a 4MHz sendo, capaz de
endereçar directamente 64KB de espaço de memória. O Z80 incorporava o primeiro
sistema operativo standard para microprocessadores. Este processador foi o primeiro a
ser utilizado em muitos sistemas pioneiros, como o Osborne, o Kaypro e o nosso
sobejamente conhecido Sinclair ZX80, ZX81 e Spectrum, entre outros.
Voltando novamente à Intel, em 1978 foi apresentado o Intel 8086. Foi com ele que
apareceu um conjunto de instruções x86, que ainda hoje subjuga o desenvolvimento dos
processadores, devido à necessidade de manter uma compatibilização dos processadores
actuais com software menos actual. Este processador já tinha registos de 16 bits, um

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barramento de dados de 16bits e no seu interior continha 29.000 transístores. Outra das
suas características era ter um barramento de endereços de 20 bits, o que permitia um
endereçamento de memória até 1 MB. Um dos grandes benefícios do 8086 era manter
uma certa compatibilidade na linguagem Assembler com o seu antecessor 8080.
Em 1979, novamente a Intel apresentou o 8080, tendo sido baseado no 8086. Era
também um processador de 16 bits, mas tinha um barramento de dados de 8bits, e
manteve os 20bits no barramento de endereços, tal como o 8086. Este processador
trabalhava 4,77MHz. Ainda em 1979, a Motorola apresentou o 68000, um processador
de 16 bits, que incluía um set de instruções de 32 bits. O 68000 tinha, no entanto, um
barramento de endereços de 24 bits e um barramento de dados de 16bits. Foi a
plataforma usada em alguns dos primeiros sistemas de UNIX e foi usado pela APLE
primeiro no Lisa e posteriormente no Machintosh. No seu interior podíamos encontrar
68.000 transístores.
O avanço seguinte mais significativo nos microprocessadores veio em 1982 com o
aparecimento do Intel 80286, a 16 bits. O i286, como ficou conhecido, permitia 1GB de
memória virtual endereçável e tinha 130.000 transístores. Trabalhava a velocidades
entre os 8MHZ e os 12 MHz, e aumentava em seis vezes a potência do 8086.
Endereçava até 16 Mb de memória física, continha um barramento de endereços de
24bits e um de dados de 16bits.
Em 1985, a Intel lançou outro dos seus trunfos, o 80386, ou i386 como ficou conhecido.
Este chip permitiu a transição para a era moderna do computador pessoal. Não devemos
esquecer que ainda existem muitos computadores a trabalhar com o i386. O processador
trabalha a velocidades entre os 16MHz e os 25MHz no 386SX e 20MHz a 40MHz no
386DX. Tenho um desenho de 32bits com 275.000 transístores. Foi o primeiro
processador da Intel a ter ambos os barramentos, dados e endereços de 32 bits. Tem 4
GB de espaço de endereçamento e foi o primeiro da família Intel a suportar
endereçamentos lineares. Em 1986, o projecto de Stanford MIPS produziu o primeiro
processador RISC comercial, o R2000. MIPS é uma abreviatura de Microprocessor
Without Interlocked Pipeline Stages.
A Sun apresentou em 1987 o primeiro microprocessador SPARC, que trabalhava a
36MHz e foi desenhado para correr aplicações de 32bits.

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Em 1989, novamente a Intel lançou o 486. Era um aperfeiçoamento dos 386. Continha
1,2 milhões de transístores, um processador Aritmético interno e incluía também uma
memória Cache interna de 8Kb. De notar que foi o primeiro processador a ter uma
cache de nível 1. As frequências de relógio variam entre os 16MHz e os 100MHz.
Em 1993, a Intel lança o Pentium, o primeiro chip a incorporar um arquitectura
superescalar, na qual o seu desenho de Pipeline duplo permitia a execução de duas
instruções simultâneas. O Pentium tem um barramento de dados de 64bits assim como
um cache nível 1 de 16Kb. Este chip incorpora qualquer coisa como 3,1 milhões de
transístores e é capaz de atingir uma frequência de relógio de 200MHz.
Também em 1993, a IBM e a Motorola, em conjunto, apresentam o Power PC604, um
processador que trouxe arquitectura RISC para o vulgar PC. Este processador e os seus
sucessores foram adoptados pela Aple para a sua gama Power Machintosh. Este
processador trabalha a uma velocidade que vai desde os 50MHz aos 120MHz e contem
no seu interior 2.8 milhos de transístores.
Em 1995, o Pentium PRO, da Intel foi apresentado ao mundo. O processador foi
optimizado para aplicações de 32bits, a correr em sistemas operativos de 32bits. È um
processador de arquitectura superescalar, capaz de executar até três instruções
simultâneas. Em relação aos seus antecessores, tem uma novidade que é o facto de ter
no seu interior uma memória cache de nível 2, com a capacidade de 256Kb ou 512Kb.
No seu núcleo, o CPU tem qualquer coisa como 5,5 milhões de transístores, as
frequências de trabalho são 60MHz, 66MHz, 75MHz, 90MHz, 150Mhz, 166Mhz,
180Mhz ou 200Mhz e contem um barramento de endereços de 36 bits.
Em 1996, a Cyrix introduziu a família de processadores 6X86, com as denominações
PR120+, PR133+, PR150+, PR166+ e PR200+, o que já permite adivinhar as suas
frequências de trabalho. Os 6X86 contem uma cache primária de 16Kb e uma unidade
de superplined e superescalares, contem também um barramento de dados de 64bits,
assim como um barramento de endereços de 32bits. A família 6X86 foi optimizada para
aplicações de 16 a 32 bits.
Em 1987, a Intel apresentou um outro trunfo, um processador Pentium, com tecnologia
MMX. Este chip tem no seu microcodigo 57 novas instruções, desenhadas
especificamente para manipular e processar eficientemente vídeo, áudio e dados
gráficos. Neste chip, a cache nível 1 passou também de 16Kb para 32Kb, alem de

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algumas alterações no seu desenho interno. As suas frequências de funcionamento eram
de 166 MHz, 200MHz e 233Mhz.
Em Abril de 1997, a AMD anuncia o AMD-K6\PR-233. Este chip tem uma cache
primária de 64 Kb e 3,3 milhos de transístores. Baseia-se numa micro arquitectura
superescalar RISC 86 e inclui suporte para tecnologia MMX da Intel. Este chip foi
desenvolvido inicialmente pela NextGen e adquirido pela MDA na primavera de 1996.
Também em 1987 a Intel lançou o Pentium2. Inicialmente baptizado Klamath,
começou por trabalhar a 233MHz e tinha uma cache nivel2 e de 256Kb ou 512Kb.
Incorporava tecnologia MMX, alem de outras inovações tecnológicas, tais como a
Dynamyc execution, a arquitectura DIB (Dual Independent Bus) e o intelligent
input/output. As suas velocidades de trabalho são 233Mhx, 266MHz, 300Mhz, 333Mhz,
350Mhz, 400Mhz e 450Mhz.
Em 1998 foi o lançamento do Pentium II Xeon, pensado para os servidores de média
alta gama, assim como para estações de trabalho. Apesar de manter a compatibilidade
com os seus antecessores, ele trouxe algumas novidades. Foi lançado somente em duas
versões, 400Mhz e 450Mhz.
Ainda em 1998, a Intel lançou em CPU que seria a partir desse momento o processador
de gama baixa: o Celeron inicialmente a trabalhar a 266 MHz e 300Mhz e sem cache
nível 2. Algum tempo depois, cerca de quatro meses, a Intel apercebeu-se da asneira e
lançou o Celeron A. A diferença básica era o facto de a versão A já ter uma cache novel
2, embora somente 128KB. Esta versão começou com 300MHz e acabou com 533MHz.
Enquanto o Celeron Inicial tinha 7,5 milhões de transístores, na versão A passou a 19
milhões. O Celeron mantém as mesmas características do Pentium II, exceptuando a
cache nível 2, é claro.
Em Fevereiro de 1999, apareceu o Pentium III, ou Katmai, que oferece um
desempenho excelente para qualquer tipo de software e é totalmente compatível com
todo o tipo de software baseado na arquitectura Intel. Tem no seu interior qualquer coisa
como 9,5 milhões de transístores e velocidades entre os 400MHz e os 600MHz.
Em Março do mesmo ano, a Intel lançou o Pentium III na sua versão musculada, isto é,
o PIII Xeon, tendo no seu interior 9,5 milhões de transístores, com velocidades de
500Mhz e 550MHz, e algumas diferenças substanciais em relação ao seu predecessor, o
PIII, diferenças essas analisadas posteriormente.

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Também em 1999, a AMD lança o K6®-III a 450MHz, com a tecnologia 3Dnow e com
desenho TriLevel Cache, o que maximiza a performance dos PC através de uma cache
interna Nível 1 de 64Kb e uma cache também interna nível 2 de 256Kb de alta
velocidade, além de um barramento a 100Mhz para uma terceira cache opcional externa,
o que permite ter uma capacidade de cache total até 2.368Kb.
Em Outubro de 1999, novamente a Intel lança o Pentium III E, com 28,1 milhões de
transístores e velocidades entre 600 MHz e 1,26Ghz. A partir desta versão, a Intel
introduziu algumas diferenças no PIII e uma delas tem a ver com o aspecto físico do
mesmo, tendo abandonando e cartridge SECC e voltando ao aspecto CHIP com o socket
370. Outra diferença é o facto de a cache nível 2 ter passado de 512 Kb a 256Kb.
Em Janeiro de 2000, apareceu a versão PIII EB, com barramento a 133 MHz e as
mesmas características da versão E.
Em Fevereiro de 2000, a AMD lançou o K6®-2 a 500MHz, 533MHz e 550MHz e
tecnologia 3DNow.
Em Março de 2000, apareceu o Pentium 4, tendo abandonado a arquitectura P6, que
vinha a utilizar desde o Pentium Pro, e utilizando a nova arquitectura NetBrust. A Intel
oferece um processador com 42 milhões de transístores no seu interior, 1,4 GHz de
velocidade, cache nível 1 de 64 KB e cache nível 2 de 256Kb.
Em Janeiro de 2001, a AMD lança o Duron com 800MHz, 850 MHz e 900MHz,
barramento de alta velocidade, uma arquitectura de cache sofisticada e FPU
superescalar com tecnologia 3DNow.
Como se não bastasse ainda, a AMD lança Athlon, com velocidades entre os 900MHz e
1,13GHz. É um processador pensado para estações de trabalho de grande desempenho.

Ilustração 1 -Microprocessadores

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Vejamos agora os CPU numa divisão de gerações.

Geração 1 i8086 i8088


Geração 2 i80286
Geração 3 i80386DX i80386SX 80486SLC
Geração 4 i80486DX i80486SX i80486DX4
Pentium Cyrix
Geração 5 Pentium AMD K5 Cyrix 6x86 AMD K6-2
MMX 6x86MX
Geração 6 Pentium PRO Pentium II Celeron Xeon Pentium III AMD K6-3
Geração 7 AMD Athlon Intel Willamette
Geração 8 Intel Itanium AMD Sledgehammer
Tabela 4 - Geração dos CPU

DENTRO DO MICROPROCESSADOR.
Para entendermos como funciona um microprocessador, vamos ver como é ele por
dentro e tentar perceber a lógica usada para a sua criação.

O microprocessador executa toda uma série de instruções que lhe dizem o que deve
fazer. Baseado nas instruções que lhe são dadas, ele executa três coisas básicas através
da sua Unidade Aritmética Lógica (ALU):

 O Microprocessador executa as principais operações matemáticas. Os


microprocessadores mais recentes, no entanto, têm internamente um
coprocessador aritmético, cuja função é auxiliar na execução de operações com
vírgula flutuante.

 O Microprocessador move dados de uma localização de memória para outra.

 O microprocessador pode tomar decisões e saltar para um conjunto de instruções


baseado em decisões.

Apesar de, como nós sabemos, um processador poder executar todo o tipo de operações
sofisticadas, estas são as suas três actividades básicas.

COMO FUNCIONA O MICROPROCESSADOR


O CPU recebe continuamente instruções para ser executadas. Cada instrução é uma
ordem de processamento de dados e o trabalho do CPU consiste principalmente em
cálculos e transporte de dados.
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Dados a ser Dados
Processados CPU
Processados

Ilustração 3 - Funcionamento de um microprocessador

O CPU recebe pelo menos dois tipos de dados:

1. Instruções acerca do que fazer com os dados.

2. Dados que serão processados de acordo com as instruções.

Chamamos instruções aos códigos de programação, que incluí mensagens enviadas ao


computador, ordens de impressão, entre outras.

Os dados são normalmente dados do utilizador, sejam eles informações numa base de
dados, uma folha de cálculo, um desenho, etc.

A maior carga de trabalho do CPU consiste na descodificação de instruções e


localização de dados, e os cálculos em si não são o tipo de trabalho muito pesado para
um microprocessador.

Instruções de
Processamento
de dados.

Dados a
Processar
CPU

Dados Processados

Ilustração 4 - Processamento de instruções

A descodificação é, é no fundo, a percepção de instruções que o utilizador envia para o


CPU. Todos os CPU dos PC são compatíveis com o 8086. Isto quer dizer que os
programas comunicam com o CPU através de uma família específica de instruções.

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Dado que existe a necessidade dos CPU das gerações subsequentes poderem utilizar as
mesmas instruções do 8088, foi necessário criar um conjunto de instruções compatíveis.
Os CPU mais recentes têm de perceber as mesmas instruções. Esta compatibilidade
standard da industria desde então. Todos os processadores novos, independentemente da
sua geração, tem de ser capazes de perceber e manipular o formato de instruções 8088.

Instruções

Tradução
Dados do
Utilizador ou
outros
Instruções
Internas

Ilustração 5 - Processamento de Instruções

COPROCESSADOR MATEMÁTICO
O coprocessador matemático, ou, mais correctamente, unidade de virgula flutuante ou
FPU (Floating Point unit), é dedicado à excepção de funções ou operações matemáticas
com números e virgulas flutuante. Um número de vírgula flutuante é aquele que não é
inteiro. Os números inteiros e os dados representados por números inteiros são
processados por um outro componente do processador, a unidade Aritmética e Lógica.

Desde o 486Dx que o coprocessador matemático passou a ser uma parte integrante do
processador, excepção feita ao 486SX. Nos processadores anteriores ao 486, as
operações de vírgula flutuante eram executadas pela unidade aritmética e lógica,
excepto nos casos em que o PC possuía um coprocessador matemático externo para a
execução dessas operações. O coprocessador trabalhava também com o processador
para aumentar a performance de aplicações com cálculo matemático intensivo.

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1. UNIDADE ARITMÉTICA E LÓGICA
NO PC, grande parte do trabalho é feito com informação inteira, isto é, números inteiros
e dados que são representados por números inteiros. Nos inteiros incluímos números,
caracteres e dados similares. Os números que não são inteiros são números de vírgula
flutuante.

É na unidade aritmética e lógica que as instruções são executadas e o trabalho é feito.


Nos processadores mais antigos, só existe uma destas unidades, onde as instruções são
processadas sequencialmente. Nos processadores mais recentes, já temos mais unidades
permitindo que mais de uma instrução seja executada simultaneamente.

2. VELOCIDADE DO PROCESSADOR
A velocidade do relógio de sistema de um computador é medida como frequência ou
número de ciclos por segundo. Um oscilador de quartzo controla a velocidade de
relógio. Quando uma tensão é aplicada ao quartzo, ele vibra a uma determinada
frequência. A oscilação emana do cristal na forma de corrente alterna na proporção da
harmónica do cristal – esta corrente alterna é o sinal do relógio.

Um computador trabalha a milhões destes ciclos por segundo, pelo que a sua velocidade
é medida em megahertz (MHz), isto tendo em linha de conta que um hertz é igual a um
ciclo por segundo.

A denominação Hertz foi dada em homenagem ao físico alemão Heinrich Rudolph


Hertz. Em 1885, ele provou, através da experimentação, a teoria electromagnética, que
diz que a luz é uma forma de radiação electromagnética e propaga-se através de ondas.

Quando vemos num processador 600Mhz, sabemos que a frequência de relógio é de


600MHz, pelo que temos na placa principal um pequeno oscilador de quartzo que oscila
continuamente a um determinado número de impulsos por segundo.

Os primeiros processadores trabalhavam a 4,77 MHz e, subsequentemente, foram


aumentados para 8Mhz, 16Mhz, 50Mhz, 66Mhz, 90Mhz, 133Mhz, e 200Mhz, até as
velocidades que hoje conhecemos e que se aproximam cada vez mais dos 200Mhz.

Para atingir estes valores de velocidade de processamento, os fabricantes tiveram de


utilizar uma técnica de multiplicação de frequência.

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3. OVERCLOCKING
Já que estamos a falar de velocidade do processador, vamos dizer algumas palavras
acerca do overcloking.

Dado que quase todas as placas principais nos permitem alterar livremente a velocidade
do barramento e a velocidade do relógio, em princípio, podemos aumentar a velocidade
do processamento da nossa máquina, podemos configurar a nossa placa de forma que o
nosso computador funcione, por exemplo, a 800Mhz, mesmo que as características da
fábrica digam que ele é de 600Mhz, isto é, se ele funcionar, o que nem sempre acontece.

As frequências que podemos alterar são:

 A velocidade do barramento, normalmente de 100Mhz ou 133Mhz, mas diga que


queremos alterar de 100Mhz para 133Mhz.

 A velocidade do processador pode também ser aumentada e aqui esse aumento pode
ser efectuado de dois modos: pelo aumento da velocidade do barramento e pelo
aumento do seu factor multiplicativo.

O resultado de qualquer um destes processos é um processador mais rápido. No entanto,


se aumentarmos a velocidade de barramento, isto vai afectar também a velocidade com
que os dados são enviados e recebidos da RAM e para isso a RAM também tem que
suportar esse aumento.

Por outro lado, quando aumentamos a velocidade interna do processador, temos ver se
as aplicações que utilizamos funcionam eficazmente, pois muitas aplicações não
suportam estas aventuras.

Quando fazemos o overcloking, temos de ter em atenção um factor extremamente


importante nos processadores: aquecimento, já que o aumento da temperatura é um dos
maiores perigos para o nosso processador.

1. CACHE INTERNA
A cache interna apareceu pela primeira vez no processador Intel 80486Dx e denominou-
se L1 (level1). Desde esse momento, a cache teve o seu desenvolvimento natural
principalmente em tamanho, como podemos ver na tabela seguinte:

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Nesta tabela podemos ver que alguns processadores têm também uma cache L2, o equivalente à cache
externa situada nas placas principais, que posteriormente começou a ser parte integrante do processador.

CPU Tamanho da Cache


80486DX e DX2 8 KB L1
Pentium 16KB L1
Pentium Pro 16KB L1 + 256 KB L2
Pentium MMX 32KB L1
AMD K6 e K6-2 64KB L1
Pentium II e Pentium III 32KB L1
Celeron 32 KB + 128KB L2
Pentium II CuMine 32 KB L1+256 KB L2
AMD K6-3 64KB L1 + 256 KB L2
AMD K7-Athlon 128 KB L1
AMD Duron 128 KB L1 + 64 KB L2
AMD Athlon Thunderbird 128 KB L1 + 256 KB L2
Tabela 5 - Tabela de Memória Cache

Vejamos qual a sua função e como funciona.

O processador tem de receber e entregar dados a alta velocidade. A memória RAM não
consegue acompanhar essa necessidade de velocidade, pelo que foi criada uma memória
RAM especial, a que se chamou cache, a qual é utilizada como área de armazenamento
temporário. Para se tirara a máxima performance do CPU, o número de transacções para
o exterior deve ser minimizado. Quanto mais dados puderem ser mantidos dentro do
CPU, melhor será a performance. Tomemos como exemplo os processadores 486,
equipados com uma unidade de vírgula flutuante e uma cache interna de 8 KB. Estes
dois elementos ajudam a minimizar o fluxo de dados que entra e sai do CPU,
aumentando a sua performance.

Como já vimos a cache funciona como um armazenamento temporário para instruções


frequentemente utilizadas, reduzindo assim a busca de dados na memória principal do
sistema.

Apesar da cache L1 aparecer inicialmente no 486, a partir do Pentium ela passou a ter
um refinamento. O 486 tem uma cache unificada de 8 KB, que era usada para código e
para instruções. A partir do Pentium, os processadores passaram a ter a cache L1
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dividida em duas partes, sendo uma delas reservada para dados e outra reservada para
código. Retomando o exemplo Pentium, temos uma cache L1 com 16KB, sendo 8 KB
para código e 8 KB para dados.

Temos as seguintes características da cache única.

 Para um dado tamanho de cache, uma cache única apresenta uma taxa de acerto
maior do que caches separadas.

 Apenas é necessário projectar uma cache.

 A manipulação do código é mais simples.

Temos as seguintes características para as caches separadas.

 Reduzem os conflitos de barramento

 Aumentam a disponibilidade da cache quando necessário.

A opção do uso de cache separadas para o Pentium foi devida à necessidade de uma
maior largura de banda do que a que era proporcionada pela cache única.

A memória cache torna-se especialmente importante nos processadores em que a


frequência interna é multiplicada, o que a torna muito superior à externa. Assim, a cache
permite uma recepção e entrega de dados muito mais rápida.

Como já foi referido, os computadores têm dois níveis de memória cache, a L1 interna e
a L2 inicialmente externam mas que posteriormente passou também a ser controlada no
próprio chip do processador, com notórias vantagens a nível de performance global.

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MEMÓRIAS
Os PC assim como qualquer outro computador necessitam de uma memória principal,
cujo papel primordial é armazenar dados que estejam a ser usados no momento.

Como vamos ver em seguida, alem da memória principal, o PC necessita também de


outros tipos de memória, tais como a cache, a memória de vídeo e uma menos falada,
mas também extremamente importante, que é a memória ROM.

MEMÓRIA DE SISTEMA
A memória de sistema é o local onde o computador armazena os programas e os dados
que estão em uso. O temo memória, em si, é algo ambíguo, podendo referir-se a partes
diferentes, dado que, como já vimos, há vários e diferentes tipos de memórias.

A memória desempenha um papel primordial nos seguintes aspectos do computador.

 Performance – A quantidade e o tipo de memória de sistema que temos é um


factor muito importante na performance global do sistema. Em muitos aspectos é
mesmo mais importante que o processador, dado que uma quantidade insuficiente de
memoria pode fazer com que o processador trabalhe a 50%, ou menos, das suas
capacidade. Este é um ponto extremamente importante que é muitas vezes subestimado.

 Suporte a software – Programas mais recentes requerem muito mais memória


que os antigos. Assim, quanto mais memoria tivermos, maior facilidade temos em
correr qualquer programa.

 Estabilidade e confiança – Uma memoria defeituosa ou de fraca qualidade


pode causar problemas misteriosos e estranhos no nosso sistema, pelo que devemos
assegurar que temos memorias de boa qualidade. Além da qualidade devemo-nos
também certificar que temos memórias do tipo mais indicado para o nosso sistema.

 Escalabilidade – Existem tipos de memorias e alguns mais universais que


outros. Uma escolha acertada do tipo de memória pode permitir que aproveitamos as
nossas memórias caso queiramos fazer um upgrade da placa principal.

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VÁRIOS TIPOS DE MEMÓRIAS
Vamos agora ver vários tipos de memórias que podemos encontrar no nosso
computador, assim como as várias tecnologias.

As memórias podem ser classificadas como memórias somente de leitura e memórias de


leitura e escrita.

ROM - READ ONLY MEMORY

 Guardam os dados por um longo período de tempo

 Os dados contidos nestas memórias são de difícil modificação

Tipos de memórias ROM:

 Mask-Rom: os dados são gravados directamente pelo fabricante e não podem


ser alterados.

 Prom: pode ser programada usando equipamento especial; é possível gravar


dados apenas uma vez e depois só é possível efectuar operações de leitura.

 EPROM:
 Pode ser apagada e regravada (luz ultravioleta)
 Exigem a remoção do chip do seu local
 - EEPROM:
 Pode ser apagada e regravada (impulsos eléctricos comandados por
software)
 É possível apagar apenas o conteúdo de um endereço
 Flash-ROM:
 É um tipo de memória EEPROM
 Ao contrário das EEPROM todo o seu conteúdo é apagado

Tipos de memórias RAM:

RAM – Random Access Memory

 Tipo de memória que pode ser alterada

 O seu conteúdo é perdido quando a alimentação da energia eléctrica é retirada

 Permite armazenar dados durante o processamento de dados

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 É considerada uma “mesa de trabalho” do CPU

 Mais rápida que a memória ROM

 Permite operações de leitura e escrita

Acesso à memória RAM

É o processo de ler ou escrever dados na memória.

É controlado por um circuito denominado por Controlador de memória.

Ilustração 2 - Controlador de Memória

Tempo de acesso é o tempo que a memória leva a produzir os dados requeridos, desde
o início do acesso até que os dados estejam disponíveis.

Detecção de erros da memória RAM

A fiabilidade de um dado na memória RAM não é muito elevada, se qualquer 0 ou 1 for


trocado, perde-se toda a informação armazenada.

Para evitar os erros os sistemas de computação utilizam métodos de detecção e detecção


e correcção de erros.

Paridade:

A cada 8 bits armazenados na memória, um nono bit é acrescentado para informar se o


conjunto de bits tem erro. Estes bits formam com os outros 8 bits, um número par de
bits iguais a 1 caso a memória seja de paridade par ou um número ímpar de bits iguais a
1 caso a memória seja de paridade ímpar.

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Códigos de correcção e detecção de erro: utilizam algoritmos especiais para a
detecção e correcção de erros. Necessitam de mais do que um bit por cada 8 bits
armazenados.

Memória CACHE

Para resolver este problema utiliza-se uma memória rápida denominada de memória
cache que é colocada entre o processador e a memória principal.

Com o aumento da velocidade dos CPU’s, o tempo de acesso aos dados da memória
tornou-se uma questão fundamental para o desempenho do sistema de computação.

Os CPU’s são muito mais rápidos que as memórias o que muitas vezes faz com que
estes fiquem num estado de espera.

O CPU utiliza esta memória para armazenar, dados recentemente utilizados ou as


instruções das próximas posições de memória, permitindo assim que o CPU aceda a
esses dados ou instruções directamente e não da memória principal, reduzindo assim o
tempo de acesso aos dados.

Ilustração 3 - Aspecto físico de uma memória DDR

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INSTALAÇÃO DE MEMÓRIAS
O primeiro passo para instalar memória num computador é determinar se temos o tipo
de memória correcto, assim como a quantidade de SIMM necessária

INSTALAÇÃO DE SIMM

As SIMM de 30 pinos são usadas em máquinas 386 e 486. Normalmente são memorias
4 SIMM para fazer a expansão da memoria. A maior parte das máquinas 386 só admite
a utilização de SIMM de 1 MB, enquanto as maquinas 486 podem usar de 1 MB ou 4
MB.

Ilustração 4 - SIMMs de 30 (no alto), 68 (centro) e 72 pinos (em baixo)

Alinhe o entalhe (Groove) lateral no módulo para que a SIMM entre no socket num
ângulo de 45º. Quando a SIMM estiver correctamente colocada, com os dedos nas
extremidades puxe-a para a frente quando estiver num ângulo de 60º. Os clips do socket

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abrir-se-ão assegurando a sua perfeita colocação num ângulo de 90º, logo que isso
aconteça, os clips fecham e prendem a SIMM.

INSTALAÇÃO DE DIMM

Quando se vai instalar uma DIMM, convém ter em atenção as seguintes especificações:

 É uma DIMM de 3.3 ou 5 volts?

 É buffered ou unbuffered?

 Requer a presença paralela ou serie?

 É FPM, EDO, ECC, SDRAM, etc.?

Para inserir uma DIMM, temos de a alinhar correctamente em relação ao socket, pois
ela é introduzida de cima para baixo. Abrimos os clips laterais do socket e pressionamos
a DIMM para baixo até que os clips se fechem novamente.

No caso das RIMM e das DDR, o processo é precisamente o mesmo das memórias
DIMM.

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