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ABSOLUTISMO
Nesse modelo, a figura central, com poderes de fato e de direito, é o rei, o príncipe, o monarca.
Ser supremo da sociedade, dotado de grande prestígio e força. Respeitadas as diferenças de
tempo e contexto, o absolutismo seria comparável ao que, hoje, chamamos ditadura. Um
regime tirano, despótico, autoritário, onde a população não vota, não participa, não tem seus
direitos civis assegurados e vive sob a égide da repressão e da censura.
Como foi dito no tópico anterior deste capítulo, é evidente que tal modelo sofre variações
regionais, não significando unanimidade na Europa. Países diferentes apresentam graus
diferentes de tirania, assim como características absolutistas próprias. Nem significa,
rigidamente, que o monarca fosse o chefe pleno dos poderes executivo, legislativo e judiciário,
concentrando em suas mãos todas essas atribuições. Possuíam, tais poderes, certo dinamismo e
autonomia. Porém, o que se pode afirmar, sem sombra de dúvida, é que o soberano estava
acima desses poderes, interferindo e usando-os quando e como quisesse, da forma que melhor
lhe aprouvesse.
O absolutismo foi justificado por diversos autores da Idade Moderna, que com suas teorias,
preocuparam-se em corroborar e dar legitimidade às ações antidemocráticas dos monarcas
europeus. Essas teorias utilizavam argumentos ora racionais, ora religiosos ou míticos para
atingir um objetivo maior: a estabilidade ideológica do Estado Absoluto. A seguir,
apresentamos os principais teóricos do absolutismo.
Jacques Bossuet – principal obra: “Política Segundo a Sagrada Escritura”. Esse bispo
católico francês procurou justificar o poder extremo do monarca com a alegação de que o
rei era um representante de Deus junto aos homens, seu poder emanava de Deus e, sendo
assim, seus atos eram legítimos. Quem se colocasse contra o rei estaria, na verdade, se
colocando contra Deus. “Teoria do Direito Divino dos Reis”.
Thomas Hobbes – principal obra: “O Leviatã”. O homem, no seu estado natural, sem
regras ou limites, age de forma animalesca para atingir seus objetivos, é capaz de ferir seus
semelhantes para atender seus próprios interesses. Segundo Hobbes, “o homem é o lobo do
homem”. Portanto, o Estado é necessário para harmonizar a sociedade e evitar o caos e,
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Capa do Leviatã.
MERCANTILISMO
A maneira como cada país procura obter o enriquecimento pode variar de acordo com sua
estrutura econômica, suas diretrizes políticas e produtivas. Além do comércio, é observável em
alguns casos, ênfase também na manufatura. Porém, as idéias mais comuns para atingir tal
finalidade são: